quinta-feira, 6 de agosto de 2015

SAUDAÇÃO DE PROFESSOR RAYMUNDO MNONATO À CENTENÁRIA ELZA DE MOURA DIA 5-8-2015 EM BH/MG- A musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.


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Publicado em 11 de jan de 2015
Dona Elza de Moura, professora, cientista, regente e musicista, vai completar 100 anos em agosto e dedicou boa parte de sua vida à educação. É praticamente a única das colaboradoras e amigas da psicóloga e educadora russa Helena Antipoff que está viva. Helena revolucionou o ensino em Minas nos anos 1930, 40 e 50. Elza é umas das participantes mais ativas da Arcádia de Minas Gerais (Academia de Letras, artes e ciencias humanas), que funciona no Maletta e ainda dá muitas palestras, conferências, compartilhando sua experiência de vida.

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SAUDAÇÃO DE PROFESSOR RAYMUNDO MNONATO À CENTENÁRIA ELZA DE MOURA DIA 5-8-2015 EM BH/MG- A musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.
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SAUDAÇÃO  à querida e jovem centenária
Mestra ELZA de MOURA

Prof. Raymundo Nonato Fernandes
5-8-2015
Evento promovido:
Arcádia de Minas Gerais 

Apoio: SEC/MG

Incumbe-me a ARCÁDIA DE MINAS GERAIS, o privilégio de saudação à grande Mestra Elza de Moura, ícone dos grandes educadores de um passado das glórias de Minas, o “Estado Educador do Brasil”, quando Ouro Preto, a então chamada “Atenas Brasileira e Belo Horizonte, em 1934, proclamada por Edouard Claparède, a “Capital Pedagógica do Brasil.

Educação e Cultura são termos indissociáveis de uma equação e, aqui hoje celebramos o encontro fecundo da Arcádia de Minas Gerais com a Secretaria de Estado da cultura para esta carinhosa homenagem a uma educadora dos tempos de lutas e de glórias das duas Reformas de Ensino, ocorridas em Minas Gerais.

João Pinheiro, Constituinte da Carta Magna da República de 1891, horrorizado com os caminhos dos “Republicanos Históricos” vendeu tudo o que tinha por “Seis Contos de Réis; comprou uma Granja do Tinoco, em Caeté,MG- Terra de sua mão e nela autoexilou-se. Montou uma grande Fábrica de Cerâmica; tornou-se o Oleiro de Caeté.

A construção de belo Horizonte, em quatro anos, endividou o Estado de Minas Gerais. Todo o país mergulhou na mais profunda crise econômica.

Em 18899, o Secretário do Interior Wenceslau Braz Pereira Gomes lamentava que até as crianças não iam mais às Escolas...Escolas havia que tinham apenas um, dois ou três alunos frequentes.

Diante das circunstâncias como estas, era necessário repassar o REGIME REPUBLICANO.

João Pinheiro é chamado de seu exílio para cumprir seu papel no cenáro político.

Segundo Monstesquieu, em L´esprit des Lois (O espírito das Leis)-
“Regime Autoritários se fundamentam na França.”
O Regime Monárquico na honra de seus cidadãos!
O Regime Republicano na virtude de seus cidadãos!
Mas, como criar virtudes republicanas, para a Nação Brasileira?...

Affonso Penna e João Pinheiro se concentram:
-“Façamos uma Reforma da Instrução Pública, longe das ideologias e dos Políticos Republicanos Históricos.”

Eleito Presidente do Estado, em 17 de setembro de 1906, no mesmo dia,  João Pinheiro começa a Reforma do Ensino, anunciada na sua plataforma eleitoral.

A instrução  “ é quase o único benefício direto, que o povo recebe em troca dos sacrifícios exigidos, pelo Tesouro.

No jantar comemorativo da Posse, no Grande Hotel, o Secretário do Interior, Carvalho de Brito, teve de sair às pressas, para o Encontro com os Diretores e Professores convocados para tratar de ampla Reforma do Ensino Fundamental.

Já no dia 28 de setembro, foi publicado o Decreto da Reforma e no dia 16 de dezembro de 1906, aniversário de João Pinheiro, implantava-se a mais ampla Reforma de Ensino Primário, fundamento de toda  cultura da identidade nacional de um país.

Cria a Escola Normal Modelo; o Estado é dividido em 40 circunscrições que são percorridas pelos Inspetores Escolares, formados como um “Profissional Técnico”, susceptível de apaixonar-se pela causa que lhe é confiada.

A eles, incumbe fiscalizar  e orientar o Ensino para seu aperfeiçoamento. Cada Inspetor, pedagogicamente qualificado, decorria itinerante as Escolas de sua circunscrição para o aprimoramento uniforme em todos os recantos do Estado de Minas.

A Construção de Espaços próprios
Para levar vida pás Escolas e abrigar em um só prédio “Escolas Isoladas” fazem o aparecimento de “Escolas  Agrupadas” e dos “Grupos Escolares.”

A Escola Pública Mineira destinada às camadas mais pobres da população mostra a mudança do lugar físico e simbólico: “dos pardieiros aos palácios.

No panorama urbano da cidade, duas construções se apresentavam em destaque: a Igreja como Templo de Deus e a Escola, como Santuário da criança, os Filhos de Deus.


Os prédios escolares tinham sempre um modelo neoclássico ou pelo menos, uma construção suntuosa, como se vê o Grupo Escolar Barão do Rio Branco.

Para a Formação dos Professores “ a Escola Normal Modelo” e seu desenvolvimento pedagógico era o padrão para as demais Escolas Normais do Estado.

Elza de Moura é a dileta filha desta “Escola Renovada”.

Estudou no Grupo Escolar Henrique Diniz, próxima à
 aprazível residência, onde nasceu, na rua que traz o nome de seu pai “Tenente Anastácio de Moura.”

No seu amplo quintal, os jardins se alternam com seus cultivados pomares. Entre flores e fruteiras, D. Elza construiu confortável pousada de dois andares para seus parentes que vem estudar em belo Horizonte.

A menina Elza de Moura terminou com distinção,  estudos no Grupo Escolar, aos 10 anos, mas tem que repetir o quarto ano, por duas vezes, “ porque só se podia entrar na Escola Normal Modelo, aos 12 anos, para um curso de 7 anos; 2 anos de adaptação; 3 anos de preparação com todas as matérias, para a base humanística; 2 anos de aplicação em Curso de Especialização.

A jovem Elza de Moura  terminou seu curso de Normalista, aos 19 anos.

Fora do Magistério, outra vocação: seis anos de canto e piano, para sua acurada formação artística.

Dona Elza viveu sob o esplendor continuado em duas Reformas Importantes da Educação Nacional: a Reforma João Pinheiro e seu coroamento com a Reforma Francisco Campos, com sua famosa Escola de Aperfeiçoamento.

Antonio Carlos Ribeiro de Andrada celebrou seu primeiro ano de governo, criando a Universidade de Minas Gerais, aos sete de setembro de 1927, federalizado, em 1948.

A anunciação da Reforma se fez dia 15 de outubro de 1927, quando expressivamente, se comemorava o centenário da Instrução Pública no Brasil, por D. Pedro I.
A Reforma é marcada pelo movimento “Escola Novista” à estreita relação do AlunoXProfessorXFamília e o ENSINO passa a ser obrigatório. Em maio de 1927, há a instalação do 1º Congresso da Instrução Primária do Estado de Minas Gerais.

Para a Escola de Aperfeiçoamento instalada em março de 1929, veio de Genebra uma equipe indicada por Claparède, de professores de alto nível para o Brasil.

Elzxa de Moura vive ativamente, os tempos desta Equipe, familiarizada com os Programas de Psicologia e outros jovens, em início de carreira como Piaget, Adler, Binet, Claparède, Jung, Kretschener, Pavlov, Ribot, Simon, Spranger, Stern, Walter.

Com os Professores Thedoro Simon, Leon Walter, Artus Perrelet, Hlena Antipoff, Jeanne Louise Mild e as brasileiras que estudaram nos Estados Unidos: Alda Lodi, Lúcia Casasanta e Ampelia de Csatro Monteiro.

Helena Antipoff veio para a Escola em agosto de 1929.
Neste período foram criadas 3.555 Unidades de Ensino Primário; 19 Escolas Normais e o crescimento de 87 % de matrículas : 230.873 alunos, em 1926 para 448.810, em 1930.

Após a Revolução Liberal os ganhos brilhantes da Reforma da Escola Nacional suntuosamente, as realizações se perderam. Das 5.173 Escolas existentes, em 1930, apenas 2.450 funcionaram, em 1932.

Em 1934, Dona Elza matriculou-se ma última turma da Escola de aperfeiçoamento.
Após 1946, o Governo Diniz de Batista, a Escola Normal Modelo é transformada em Instituto de Educação para receber a antiga Escola de Aperfeiçoamento.

Querida Jovem Centenária ELZA DE MOURA que viveu toda essa chama de Educação mineira, que sofreu toda a triste luta da educação de Minas, venho trazer em seu centenário natalício a SAUDAÇÃO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS e da mais renomada cultura de Ângelo Oswaldo na Secretaria de Estado da Cultura, vozes aqui presentes e de tantas vozes que se calaram no decorrer dos anos, das grandes MESTRAS da Inteligência Mineira,
Das grandes amigas que fizeram de Minas o ESTADO EDUCADOR DO BRASIL.
Com carinho,
Nosso aplauso ao esplendor de sua benemérita e grande vida.
Tenho dito.
Raymundo Nonato Fernandes.


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SAIBA MAIS:

No ano de seu centenário, musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.

Leia os poemas feitos para ELZA DE MOURA E HELENA ANTIPOFF

https://www.youtube.com/watch?v=_LMd4LPuQFo

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