sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Rastreando a Verdade (V) – O Perdão Liberta –Crônica de Klinger Sobreira de Almeida-Noneto-Poético-Teatral Nº 24-Soneto nº 6.071 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil





SONETO À VERDADE [5º DA SÉRIE]
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Noneto-Poético-Teatral Nº 24-Soneto nº 6.071
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)
Comentando A Crônica [Rastreando a Verdade] [V]
– O Perdão Liberta –
De Klinger Sobreira de Almeida.
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Rancor e mágoa pedem "cova rasa"
mas a Verdade é una e traz união!
Jesus ensina Amor que leva à Casa
do Pai Celeste, o Mestre pede ação.
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"O prisioneiro tem carvão em brasa"
que o queima" numa trilha, sem perdão
e Robert Muller dá o canal e embasa
lições que Krishna, Buda e outros dão.
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Na Estrela-Guia Gandhi dá o Caminho!
Se alguém perdoa muda a própria sorte
e nunca mais terá de andar sozinho.
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Não é difícil, basta por no plano:
-Quem quer ser livre fica bem mais forte.
Sim, o perdão liberta o ser humano.
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Belo Horizonte,MG, sexta-feira, 4 de dezembro de 2015
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http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5470264
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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes//
na 4ª, 6ª, 8ª; 10ª sílabas  Rimas: ABAB, ABAB,CDC, EDE;
Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético:
CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais apenas.
SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais.
(Noneto musical criado por Villa Lobos)
(Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta)
Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).
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Rastreando a Verdade (V)

– O Perdão Liberta –

Viver é, basicamente, erigir relacionamentos interpessoas: família, vizinhança, escola, trabalho, clubes, associações etc. Estes, em princípio, deveriam se constituir em argamassa para a construção de um tecido social harmonioso. Todavia, e infelizmente, nem todo relacionamento cumpre seu desiderato. Às vezes, ou com frequência indesejável, apresenta fissuras, corrói-se, estrangula-se em mal-estar e, ao invés de irradiar bons fluidos, torna-se fonte de inimizade, intolerância, repulsão, ódio... Tudo isto podendo descambar para vingança em todos seus matizes trevosos: perseguições, agressões físicas ou morais, assassinato, beligerância permanente, guerra etc.
Por que os relacionamentos humanos degradam-se?  Porque, já o dissemos alhures, com lastro na ensinança espiritual: (1) a humanidade, no seu todo, se, de um lado, teve um vertiginoso avanço em nível de conhecimento (intelectual), de outro, ainda rasteja em nível consciencial (moral); (2) a maioria dos humanos, com imperfeições em variados graus, acha-se em processo-evolutivo nesta passagem de provas e/ou expiações. Somos, assim, aprisionados em nossas deficiências das quais precisamos nos libertar. Por isso, conhecer a verdade na plenitude, e em todas suas facetas, é um imperativo do processo vivencial.
Quando recebemos uma ofensa – caso não estejamos em razoável nível de elevação consciencial - ficamos a remoê-la, mentalizando como devolvê-la. Instala-se, então, um processo interior de latência. Esta, enquanto não deságua numa reação – vingança! – vai se inflando, tomando conotações várias: rancor, mágoa, ressentimento, raiva...  São sentimentos destrutivos, mantendo-nos agrilhoados, que alimentam o ódio. Acarretam distúrbios emocionais, enegrecem nossa psicosfera e bloqueiam o livre curso da energia vital. A Alma afetada repercute em males psíquicos – inquietudes, anseios difusos, depressão... – medrando as raízes dos desequilíbrios orgânicos: gastrite, pressão alta, dores de cabeça... As doenças chegam, às vezes insidiosas e terríveis.
Diante das ofensas e/ou ingratidões, das quais não estamos imunes nesses processos de relacionamento que compõem a vivência humana, existe um antídoto infalível. Há uma terapêutica milenar. Krishna – 5.200 anos – enunciava: Seja como o sândalo que perfuma a lâmina que o corta. Buda, o iluminado, em suas preleções, alertava: quem guarda raiva, rancor ou ressentimento segura um carvão em brasa que lhe queima permanentemente. E nessa sequência de alerta e repúdio à vingança, por contrariar a Lei do Amor, que rege o universo, o Mestre dos Mestres – Cristo – consagrou o PERDÃO como verdade absoluta e insofismável. Sim, o PERDÃO tem o condão de desobstruir os canais de nossa interação cósmica, alivia a Alma e o Coração.
Mahatma Gandhi, que fez do perdão incondicional sua estrela-guia, foi taxativo nas trilhas da não-violência: “O fraco jamais perdoa; o perdão é um atributo do forte”. Nessa linha caminhou Robert Muller, um dos arquitetos da doutrina humanitária da ONU: “Perdoar é libertar o prisioneiro... e descobrir que o prisioneiro era você”.
Aceitar, internalizar e praticar o PERDÃO, eis um modus vivendi que abre as veredas de luz, que liberta o ser humano em sua travessia ascensional.
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Klinger Sobreira de Almeida, Militar Ref/PMMG, membro ALJGR
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5470264

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