sábado, 12 de dezembro de 2015

TRABALHO FAZ VISÍVEL PURO AMOR-Soneto à Verdade [6º DA SÉRIE] - Noneto-Poético-Teatral Nº 24-Soneto nº 6.072 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*) Comentando A Crônica [Rastreando a Verdade] [V1]

-

TRABALHO FAZ VISÍVEL PURO AMOR-Soneto à Verdade [6º DA SÉRIE]
-
Noneto-Poético-Teatral Nº 24-Soneto nº 6.072
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)
Comentando A Crônica [Rastreando a Verdade] [V1]
– TRABALHO: Elemento Vital da Travessia Humana –
De Klinger Sobreira de Almeida.
-
Trabalho em regra quer o TER palpável;
fica incompleto sem a chama acesa,
porque impulsiona o tempo não viável;
o lucro ostenta, às vezes, vil dureza!
-
AMOR é tudo, rege Lei Imutável,
na Travessia é porta, luz, certeza
à evolução do bem-estar louvável!
A humanidade no ócio vê tristeza.
-
Trabalho enfim, eleva, traz Missão
em sintonia, tudo vibra ao passo
primordial, na marcha em boa ação:
-
Os Voluntários provam "tal" sabor!
Lei Natural que ocupa todo espaço.
TRABALHO faz visível puro AMOR.

Belo Horizonte,MG, sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
-
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5470264
-
(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes//
na 4ª, 6ª, 8ª; 10ª sílabas  Rimas: ABAB, ABAB,CDC, EDE;
Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético:
CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais apenas.
SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais.
(Noneto musical criado por Villa Lobos)
(Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta)
Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).
-
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5477686
---------------------*-----------------

Rastreando a Verdade (VI)

– TRABALHO: Elemento Vital da Travessia Humana –
“O trabalho é o amor feito visível./E se não podeis trabalhar com amor, mas somente com desgosto, melhor seria que abandonásseis vosso trabalho e vos sentásseis à porta do templo a solicitar esmolas daqueles que trabalham com alegria”. (Gibran)
A abordagem impõe um reparo. A tradição judaica mal interpretada, mas aceita nos primeiros séculos do cristianismo, apresentava o trabalho como uma expiação do pecado original. Sua conotação, castigo. Uma distorção incompreensível, produto da ignorância, que já se desfez na poeira do tempo. Por isso, importante abrir o tema ancorado no saudoso pensador que, em O Profeta, unge o Trabalho no caldo do Amor.
O universo é movimento. Nada, sob pena de desaparecimento, é estático.  Do micro ao macro, do átomo às colossais galáxias, tudo vibra em energia. O ser humano é um microcosmo: corpo e alma inteligente – que interage com o todo e o contém. Esse microcosmo inteligente, ao fazer sua travessia, entra em atividade. No início, auxiliado e apoiado pelos pais ou alguém que os substitui. É educado, recebendo gotas do saber – o conhecimento e os parâmetros de alinhamento moral. Depois, já adolescente ou adulto, o caminhar pelas próprias pernas – o uso do livre arbítrio. O microcosmo inteligente movimenta-se e vibra em sintonia cósmica, ou não. Trabalho ou ócio!
Feitas estas preliminares, eis a questão: O que é trabalho?
Trabalho, ensinam as revelações espirituais, é Lei Natural, insculpida na consciência do homem e, como tal, um dever que se exercitará orientado pelas balizas do Amor – este, lei imutável, regente do universo. Assim, num primeiro plano, o trabalho ostenta uma dimensão espiritual. Desta, decorre a dimensão material que, abrindo-se em variado leque de atividades – mental e/ou braçal – enseja ao homem participar, como co-criador, da obra do Ser Primordial. Então, o finito inflete, em vibrações, rumo ao infinito: produz, faz, constrói, descortina, descobre, abre veredas... Em suma, o trabalho impulsiona o progresso do planeta.
A regra, considerando a necessidade do Ter, é que da atividade do trabalho decorra remuneração ou lucro. Porém, a norma flexibiliza-se em face de situações ou circunstâncias conjunturais, e o trabalho assume natureza gratuita, ou modus voluntário. V.g: Quem dispõe de abundância em bens materiais – dividendos polpudos ou remuneração de investimentos, aposentadoria precoce com proventos suficientes – pode e deve doar-se em trabalhos voluntários para o seu próprio bem-estar físico e psíquico, porquanto a paralisação de atividades – o ócio – atrofia e degrada em todos os aspectos, inclusive escancara o portal do vício. Em verdade, não se pode contrariar uma Lei Natural; se o fizermos, estaremos na contramão da marcha evolutiva do universo.
Atente-se, no entanto, que, no processo do trabalho, há uma condicionante intrínseca: o Amor. Inexistente este, o trabalho, qualquer que seja – do mais humilde ao mais complexo – é inócuo, não gera efeitos salutares ao agente nem ao orbe terrestre. Mas, nucleado pelo Amor, infere-se que o trabalho – elemento vital da travessia humana – dignifica e eleva espiritualmente o homem; coloca-o em sintonia cósmica.  Constitui, no plano do Ter, fator de progresso material e, na esfera do Ser, alavanca de ascensão.

Klinger Sobreira de Almeida – Mil Ref/PMMG, membro ALJGR

Nenhum comentário:

Postar um comentário