segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

6616-SONETO À VERDADE-nº 53 (LIII) VALOR DAS PARÁBOLAS - Noneto-Poético Nº 91-Soneto nº 6.616 Interação com Klinger Sobreira de Almeida Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil



SONETO À VERDADE-nº 53 (LIII) VALOR DAS PARÁBOLAS
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Noneto-Poético Nº 91-Soneto nº 6.616
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil
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Errar é próprio do homem; ser mortal,
mas não se pode ter a mesma ação;
corrigir sempre o erro é que é normal;
a Caridade sabe dar razão.
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Toda Verdade tem valor moral,
traz reflexão, essência da adesão,
melhor conduta leva ao bom canal:
_Educação é força, luz, condão.
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Cristo pregou quarenta temas certos;
ensinamentos que nos fazem crer,
milagre existe; tempos são incertos.
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Superior ou Pai, quem for expor,
jamais humilha quem precisa ver:
_ A Dignidade traz respeito, amor.
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Belo Horizonte, 5 de dezembro de 2017.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6190333
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(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto). Email:clubedalinguaport@gmail.com
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/12/6616-soneto-verdade-valor-das-parabolas.html

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Prezadas Leitoras,

Os Grandes Mestres  que, de tempos em tempos, fazem a travessia terrena, deixam-nos suas mensagens (transmissão de verdades), via de regra, em forma de parábolas. Estas são insuscetíveis de alterações ou de modelações ao gosto de épocas ou interesses mesquinhos. Às vezes, ou quase sempre, são estórias simples, com aparência de tolas, ou confusas, mas o leitor perspicaz, que adquiriu discernimento e elevação consciencial, saberá entender o sentido da alegoria,.seu simbolizado espiritual com o fundo moral que lhe dá substrato. 
Com lastro nessa ensinança milenar, o tema LIII da série Rastreando a Verdade, foca a PARÁBOLA como conduto de transmissão da verdade. Eis, pois, mais um tema à  livre apreciação.

Saudações,


Klinger Sobreira de Almeida – Cel. PM QOR
Presidente ALJGR/PMMG

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Rastreando a Verdade (LIII)
PARÁBOLA→Conduto da Verdade
Há anos, recebi a incumbência de burilar um Gerente. Profissional inteligente,  probo e de grande conhecimento, mas arestoso: pela franqueza sem disfarce, os subordinados repudiavam-no. Sua maneira peculiar não conseguia construir liderança. Seu gabinete, conhecido como “Sala do Saddam Hussein”.
Com pouco tempo, observando os atritos e a insatisfação, chamei-o para uma conversa. Ele dizia-me que não aceitava erros; exigia a perfeição; era franco e sincero no trato com os subordinados. Em resposta, contei-lhe uma velha historieta popular. 
De certa feita, encontraram-se a Parábola e a Verdade. Aquela estava alegre e exuberante. Esta, chorosa e reclamona, expunha à amiga suas queixas. Ninguém a escutava. Suas mensagens, ancoradas no saber, eram ignoradas. E isto lhe doía. Queria o êxito, mas via o fracasso das pessoas.
A Parábola, condoída, resolveu orientar a amiga: – Uso suas mensagens, que contêm toda essência do saber, e sou ouvida. Por quê? Sei chegar às pessoas; tenho boas vestes; meu falar é manso e suave; conforme a natureza da mensagem, disfarço-a sob o manto da fantasia. Você, não! Veste-se mal; é rija; atira a mensagem como uma flecha; fere. Assim, as pessoas se assustam; ofendem-se; fogem.
A Verdade escutava, pensativa e reflexiva. E a Parábola prosseguia: - Vou lhe emprestar roupas vistosas e até fantasias. Ensinar-lhe-ei o discurso que, sem deturpar a essência, atrai, fascina e provoca reflexões no íntimo dos ouvintes.
A Verdade acolheu as orientações. Deixou seu isolacionismo.  Novas vestes. Novo discurso: ameno, suave e pleno de amor. E adotou a Parábola como companheira.
Através dos tempos, a Parábola, muitas vezes derivando para a forma de Apólogo, Fábula ou metáforas, fez uma simbiose com a Verdade, e conduziu-a por veredas claras. Trouxe a luz a multidões.
Os Filósofos Gregos adotaram-na como conduto da Verdade. Vide Sócrates com a Maiêutica; Platão com os Presos da Caverna; Plotino com a Estátua. Ramakrishna, o legendário Indiano, carreou seus ensinamentos profundos via Parábola: O Guru e o Discípulo, A Cobra e o Monge, O Elefante e os Cegos... As insuperáveis “Verdades de Cristo” chegaram até nós através de metáforas e mais de quarenta Parábolas.
O jovem Gerente, que me ouvira em silêncio, reagiu: – Coronel, o Senhor tem razão. Vou modificar. Serei outro. Cumprimentei-o. A partir daí, tive um Gerente impecável que, liderando, alcançava todas as metas.
A historieta nos ensina que todo homem quer ser tratado com respeito e  dignidade. Se erra – e errar é próprio do humano! – aquele que deve corrigir e reorientar, seja pai, chefe ou superior, fá-lo-á com método de civilidade e educação, às vezes com energia, tendo como farol a dignidade da pessoa. A correção sempre pode ser uma maneira de o corrigido encontrar oportunidades de melhoria em sua conduta. Jamais causar revolta. Jamais humilhar. Jamais ferir.
A Parábola, bem engendrada, traz sempre o fundo moral. Obriga à reflexão. E esta faz desabrochar a Verdade.
Klinger Sobreira de Almeida – Cel. PM QOR

Membro Efetivo-Fundador ALJGR/PMMG
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/12/6616-soneto-verdade-valor-das-parabolas.html



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