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Publicado em 11 de jan de 2015
Dona Elza de Moura, professora, cientista, regente e musicista, vai completar 100 anos em agosto e dedicou boa parte de sua vida à educação. É praticamente a única das colaboradoras e amigas da psicóloga e educadora russa Helena Antipoff que está viva. Helena revolucionou o ensino em Minas nos anos 1930, 40 e 50. Elza é umas das participantes mais ativas da Arcádia de Minas Gerais (Academia de Letras, artes e ciencias humanas), que funciona no Maletta e ainda dá muitas palestras, conferências, compartilhando sua experiência de vida.
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SAUDAÇÃO DE PROFESSOR RAYMUNDO MNONATO À CENTENÁRIA ELZA DE MOURA DIA 5-8-2015 EM BH/MG- A musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.
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No ano de seu centenário, musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.
Leia os poemas feitos para ELZA DE MOURA E HELENA ANTIPOFF
https://www.youtube.com/watch?v=_LMd4LPuQFo
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SAUDAÇÃO DE PROFESSOR RAYMUNDO MNONATO À CENTENÁRIA ELZA DE MOURA DIA 5-8-2015 EM BH/MG- A musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.
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SAUDAÇÃO à querida e jovem centenária
Mestra ELZA de MOURA
Prof. Raymundo Nonato Fernandes
5-8-2015
Evento promovido:
Arcádia de Minas Gerais
Apoio: SEC/MG
5-8-2015
Evento promovido:
Arcádia de Minas Gerais
Apoio: SEC/MG
Incumbe-me a ARCÁDIA DE MINAS GERAIS, o privilégio de
saudação à grande Mestra Elza de Moura, ícone dos grandes educadores de um
passado das glórias de Minas, o “Estado Educador do Brasil”, quando Ouro Preto,
a então chamada “Atenas Brasileira e Belo Horizonte, em 1934, proclamada por
Edouard Claparède, a “Capital Pedagógica do Brasil.
Educação e Cultura são termos indissociáveis de uma
equação e, aqui hoje celebramos o encontro fecundo da Arcádia de Minas Gerais
com a Secretaria de Estado da cultura para esta carinhosa homenagem a uma
educadora dos tempos de lutas e de glórias das duas Reformas de Ensino,
ocorridas em Minas Gerais.
João Pinheiro, Constituinte da Carta Magna da
República de 1891, horrorizado com os caminhos dos “Republicanos Históricos”
vendeu tudo o que tinha por “Seis Contos de Réis; comprou uma Granja do Tinoco,
em Caeté,MG- Terra de sua mão e nela autoexilou-se. Montou uma grande Fábrica
de Cerâmica; tornou-se o Oleiro de Caeté.
A construção de belo Horizonte, em quatro anos,
endividou o Estado de Minas Gerais. Todo o país mergulhou na mais profunda
crise econômica.
Em 18899, o Secretário do Interior Wenceslau Braz
Pereira Gomes lamentava que até as crianças não iam mais às Escolas...Escolas
havia que tinham apenas um, dois ou três alunos frequentes.
Diante das circunstâncias como estas, era necessário
repassar o REGIME REPUBLICANO.
João Pinheiro é chamado de seu exílio para cumprir seu
papel no cenáro político.
Segundo Monstesquieu, em L´esprit des Lois (O espírito
das Leis)-
“Regime Autoritários se fundamentam na França.”
O Regime Monárquico na honra de seus cidadãos!
O Regime Republicano na virtude de seus cidadãos!
Mas, como criar virtudes republicanas, para a Nação
Brasileira?...
Affonso Penna e João Pinheiro se concentram:
-“Façamos uma Reforma da Instrução Pública, longe das
ideologias e dos Políticos Republicanos Históricos.”
Eleito Presidente do Estado, em 17 de setembro de
1906, no mesmo dia, João Pinheiro começa
a Reforma do Ensino, anunciada na sua plataforma eleitoral.
A instrução “ é
quase o único benefício direto, que o povo recebe em troca dos sacrifícios
exigidos, pelo Tesouro.
No jantar comemorativo da Posse, no Grande Hotel, o
Secretário do Interior, Carvalho de Brito, teve de sair às pressas, para o
Encontro com os Diretores e Professores convocados para tratar de ampla Reforma
do Ensino Fundamental.
Já no dia 28 de setembro, foi publicado o Decreto da
Reforma e no dia 16 de dezembro de 1906, aniversário de João Pinheiro,
implantava-se a mais ampla Reforma de Ensino Primário, fundamento de toda cultura da identidade nacional de um país.
Cria a Escola Normal Modelo; o Estado é dividido em 40
circunscrições que são percorridas pelos Inspetores Escolares, formados como um
“Profissional Técnico”, susceptível de apaixonar-se pela causa que lhe é
confiada.
A eles, incumbe fiscalizar e orientar o Ensino para seu aperfeiçoamento.
Cada Inspetor, pedagogicamente qualificado, decorria itinerante as Escolas de
sua circunscrição para o aprimoramento uniforme em todos os recantos do Estado
de Minas.
A Construção de Espaços próprios
Para levar vida pás Escolas e abrigar em um só prédio
“Escolas Isoladas” fazem o aparecimento de “Escolas Agrupadas” e dos “Grupos Escolares.”
A Escola Pública Mineira destinada às camadas mais
pobres da população mostra a mudança do lugar físico e simbólico: “dos
pardieiros aos palácios.
No panorama urbano da cidade, duas construções se
apresentavam em destaque: a Igreja como Templo de Deus e a Escola, como
Santuário da criança, os Filhos de Deus.
Os prédios escolares tinham sempre um modelo
neoclássico ou pelo menos, uma construção suntuosa, como se vê o Grupo Escolar
Barão do Rio Branco.
Para a Formação dos Professores “ a Escola Normal
Modelo” e seu desenvolvimento pedagógico era o padrão para as demais Escolas
Normais do Estado.
Elza de Moura é a dileta filha desta “Escola
Renovada”.
Estudou no Grupo Escolar Henrique Diniz, próxima à
aprazível
residência, onde nasceu, na rua que traz o nome de seu pai “Tenente Anastácio
de Moura.”
No seu amplo quintal, os jardins se alternam com seus
cultivados pomares. Entre flores e fruteiras, D. Elza construiu confortável
pousada de dois andares para seus parentes que vem estudar em belo Horizonte.
A menina Elza de Moura terminou com distinção, estudos no Grupo Escolar, aos 10 anos, mas
tem que repetir o quarto ano, por duas vezes, “ porque só se podia entrar na
Escola Normal Modelo, aos 12 anos, para um curso de 7 anos; 2 anos de
adaptação; 3 anos de preparação com todas as matérias, para a base humanística;
2 anos de aplicação em Curso de Especialização.
A jovem Elza de Moura terminou seu curso de Normalista, aos 19 anos.
Fora do Magistério, outra vocação: seis anos de canto
e piano, para sua acurada formação artística.
Dona Elza viveu sob o esplendor continuado em duas
Reformas Importantes da Educação Nacional: a Reforma João Pinheiro e seu
coroamento com a Reforma Francisco Campos, com sua famosa Escola de
Aperfeiçoamento.
Antonio Carlos Ribeiro de Andrada celebrou seu
primeiro ano de governo, criando a Universidade de Minas Gerais, aos sete de
setembro de 1927, federalizado, em 1948.
A anunciação da Reforma se fez dia 15 de outubro de
1927, quando expressivamente, se comemorava o centenário da Instrução Pública
no Brasil, por D. Pedro I.
A Reforma é marcada pelo movimento “Escola Novista” à
estreita relação do AlunoXProfessorXFamília e o ENSINO passa a ser obrigatório.
Em maio de 1927, há a instalação do 1º Congresso da Instrução Primária do
Estado de Minas Gerais.
Para a Escola de Aperfeiçoamento instalada em março de
1929, veio de Genebra uma equipe indicada por Claparède, de professores de alto
nível para o Brasil.
Elzxa de Moura vive ativamente, os tempos desta
Equipe, familiarizada com os Programas de Psicologia e outros jovens, em início
de carreira como Piaget, Adler, Binet, Claparède, Jung, Kretschener, Pavlov, Ribot,
Simon, Spranger, Stern, Walter.
Com os Professores Thedoro Simon, Leon Walter, Artus
Perrelet, Hlena Antipoff, Jeanne Louise Mild e as brasileiras que estudaram nos
Estados Unidos: Alda Lodi, Lúcia Casasanta e Ampelia de Csatro Monteiro.
Helena Antipoff veio para a Escola em agosto de 1929.
Neste período foram criadas 3.555 Unidades de Ensino
Primário; 19 Escolas Normais e o crescimento de 87 % de matrículas : 230.873
alunos, em 1926 para 448.810, em 1930.
Após a Revolução Liberal os ganhos brilhantes da
Reforma da Escola Nacional suntuosamente, as realizações se perderam. Das 5.173
Escolas existentes, em 1930, apenas 2.450 funcionaram, em 1932.
Em 1934, Dona Elza matriculou-se ma última turma da
Escola de aperfeiçoamento.
Após 1946, o Governo Diniz de Batista, a Escola Normal
Modelo é transformada em Instituto de Educação para receber a antiga Escola de
Aperfeiçoamento.
Querida Jovem Centenária ELZA DE MOURA que viveu
toda essa chama de Educação mineira, que sofreu toda a triste luta da educação
de Minas, venho trazer em seu centenário natalício a SAUDAÇÃO DA ARCÁDIA DE
MINAS GERAIS e da mais renomada cultura de Ângelo Oswaldo na Secretaria de
Estado da Cultura, vozes aqui presentes e de tantas vozes que se calaram no
decorrer dos anos, das grandes MESTRAS da Inteligência Mineira,
Das grandes amigas que fizeram de Minas o ESTADO
EDUCADOR DO BRASIL.
Com carinho,
Nosso aplauso ao esplendor de sua benemérita e grande
vida.
Tenho dito.
Raymundo Nonato Fernandes.
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SAIBA MAIS:
No ano de seu centenário, musicista Elza Moura é PALESTRANTE E MEMBRO EFETIVO DA ARCÁDIA DE MINAS GERAIS COMPARECE ÁS REUNIÕES MENSAIS.Rua da Bahia 1148-Salas 811-Ed. Maletta.BH-Toda primeira quarta-feira do mês.
Leia os poemas feitos para ELZA DE MOURA E HELENA ANTIPOFF
https://www.youtube.com/watch?v=_LMd4LPuQFo