VÍCIO-PERDIÇÃO ERRADICÁVEL
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Noneto-Poético-Teatral Nº 80-Soneto nº 6.579
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)
Interação-interpretativa da reflexão de
Klinger Sobreira de Almeida, Cel.PM.Ref.
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Tal como a lua, em fase, vejo o vício:
amigos surgem, logo vão sofrer,
quando se escondem, partem desde o início;
fase minguante mata o bem-querer.
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Querer viver bem tem valor propício,
o livre-arbítrio faz a luz crescer,
se há perdição cruel é mal do "ofício"
erradicável, por amor faz crer.
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Para a família é triste e forte o choque,
quando vê DROGA entrar no lar, porcerto:
a cocaína, fumo, álcool, craque...
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A sociedade mostra o mal na história;
se o viciado quer, consegue é certo:
-Quem resgatar mau vício traz VITÓRIA.
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Belo Horizonte, MG, Setembro de 2017.
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/soneto-verdade-xlvii-vicio-perdicao.html
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(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sons das
sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª; e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE;
Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO: Rimas:
AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas:
BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto
musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo
Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso. (Último do segundo
terceto).Email:clubedalinguaport@gmail.com
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6108950
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Palavras do autor Klinger Sobreira de Almeida,
O vício é o “Senhor” implacável. Escraviza. Coloca grilhões. O
pior escravo é aquele que se sujeita aos grilhões; é impotente para rompê-los,
e ignora quem quer ajudá-lo.
Se no tema anterior, vimos que o vício é perdição evitável, agora, no
tema XLVII, prosseguimos com a nova e melindrosa faceta, nas asas da
esperança: VÍCIO→Perdição Erradicável. O viciado é um escravizado
que tem vontade e pode exercitá-la para romper os grilhões.
Prezados confrades e confreiras,
Colocando-lhes o tema à apreciação, sei que a abordagem é passível de
ampliação e até de contraditório.
Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel. PM Ref.
Presidente ALJGR/PMMG.
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Rastreando a Verdade (XLVII)
VÍCIO→Perdição Erradicável
“Que
homem dentre vós, tendo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove, e não vai após a perdida até que venha a achá-la?”
Lc 15:4. Seguem vv 5, 6 e 7. Alegoria de
excelsa sabedoria!
Vício é desvio do “protocolo moral”: mens sana in corpore sano. Perdição que leva à ausência de senso
crítico. Abuso. Devassidão. Perda dos valores...
No contexto da trajetória cósmica da alma,
esse desvio-perdição constitui dano. Atraso. Retém a ascensão. Na esfera fugaz da
travessia humana, torna-se, segundo sua natureza e extensão, altamente nocivo e
oneroso ao viciado, à família, à sociedade...
Dentre a variada gama de vícios, eis os
mais cruéis na destruição do corpo e da alma: Alcoolismo, Tabagismo e
Toxicomania. Todos implicam em dependência física e psíquica. E a abstenção
acarreta sérios distúrbios.
O Alcoolismo provoca, no âmbito da
atividade produtiva: abstinência iterativa; afastamento para tratamento; ônus
aos cofres públicos... No lar: famílias aflitas e desestruturadas. No geral:
aposentadorias precoces e mortes penosas. Segundo estimativas, 15% da população
do país é alcoólatra. Debita-se ao alcoolismo: 75% dos acidentes de trânsito
com mortes; 39% das ocorrências policiais...
O Tabagismo com seus 18 milhões de
fumantes é outra variante que incapacita trabalhadores e causa mortes
prematuras. Estatísticas recentes apontam um custo anual de 56,9 bilhões, dos
quais 39,4 com despesas médicas.
Drogas ilícitas: maconha, cocaína, crack!...
Calcula-se que 1% da população brasileira esteja atada a uma dessas drogas.
Quantitativamente tal percentual significa uma tragédia de ordem pública em
face do liame - usuário x crime organizado.
Alcoolismo, Tabagismo e Toxicomania! Eis o
trio maldito que pode açambarcar o homem numa só vertente, em duas, ou em
todas. Impõe-se, por uma questão de ordem sanitária, moral e espiritual, que a
nação, na conjugação de suas forças vivas, busque a libertação dos escravos do
vício: “ovelhas desgarradas”.
O ideal seria a interação sinérgica, via políticas
públicas inteligentes e consistentes, de todas as esferas estatais, para
minimização do problema. E também o engajamento pleno de empresas, igrejas,
sindicatos, associações, escolas e clubes de serviço. Esse viés indesejável é
da sociedade como um todo. Todavia, exige administração humana, caridosa e
misericordiosa. Emprego de força pública e repressão tão somente no eixo do
tráfico, no que tange às drogas ilícitas. Cigarro?! A propaganda ostensiva dos
malefícios, como se faz, inibe. Álcool?! Propaganda contra inexiste, e outras
ações inibidoras, em face de interesses econômicos, ainda são frágeis.
A erradicação da perdição é possível? Sim;
porém nada se consegue sem adesão individual. Se o viciado não tiver seu
despertar para as potências da Alma – Pensamento, Livre-Arbítrio e Vontade – e
manifestar seu “QUERER” de libertação, todos os esforços – médico e
psicológico, internação, terapia de trabalho, religioso... – serão inócuos.
Contudo, a sociedade não pode desistir. Cada
resgate é uma vitória na seara do Amor: “...haverá alegria no céu por um
pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não
necessitam de arrependimento.” Lc 15:7
Klinger Sobreira de Almeida – Cel.
Ref./Membro ALJGR/PMMG