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UMA TRAJETÓRIA DE APENAS
50 ANOS*
“A vida é muito curta para ser pequena” (Benjamin
Disraeli, estadista inglês, Séc. XIX)
I – A GÊNESE
DO CARÁTER HUMANO
Como se forma
o caráter de um homem?
No seio da
família, a semente desabrocha. O meio e as circunstâncias, não escolhidos (?),
às vezes salpicado de escolhos e misérias, outras recheado das suaves benesses
da riqueza, ou da posição social-econômica
dos pais, influenciam na gênese da personalidade infantil que se delineia e vai
se construindo na adolescência ao mergulho inexorável na plenitude da idade
adulta.
Os princípios
e os valores morais, que norteiam o meio e as circunstâncias ao longo do
crescimento psíquico da pessoa, são
fatores influentes na formação do caráter. Não o negamos. Mas não comungamos
com Ortega Y Gasset em sua assertiva dogmática
de que “ O homem é ele e suas
circunstâncias”. Não! As influências do meio e suas circunstâncias agem, e podem
fazê-lo com certa preponderância, mas não são fatores inelutáveis na formação
do caráter do homem. Preferimos a linha
de Herman Hesse e outros pensadores, que, não excluindo as possibilidades do
meio e das circunstâncias, veem no homem o seu próprio construtor, veem no
homem a potencialização do pensamento, da
vontade e do livre arbítrio. É por essa vertente, cremos nós, que se incorporam,
como coadjuvantes, muitas vezes fundamentais, até para corrigir influências da
caminhada inicial, o meio e as circunstâncias.
Aí, então,
emerge a escola – a alma do processo educacional. Esta, sim, se souber cumprir
seu papel - construtor, reformador, corretor, modelador e missionário... –
haverá de se constituir em lastro de formação, desenho e definição de conteúdo
do caráter da pessoa. E é importante que a escola – a boa escola, a escola em
seu conceito pedagógico mais saudável, a escola alicerçada nos ideais mais
sublimes – aconteça no decurso da travessia humana, principalmente nos albores
da adolescência.
II – RECORDAR
É GRATIFICANTE E NUTRIENTE
O7 de outubro
de 1961 – 07 de outubro de 2011. Meio século!
Naquela manhã
ensolarada, no pátio do Departamento de Instrução, a tropa de cadetes, compondo
a Guarda de Honra, se postara para prestar as continências de estilo ao então
Governador do Estado – José de Magalhães Pinto – paraninfo dos 31 Aspirantes a
Oficial, que, após uma jornada iniciada em 03 de março de 1958, em regime de
internato e tempo integral de ensino, receberiam, dentro em pouco, o galardão
do oficialato – a espada e as estrelas reluzentes sobre os ombros.
Circundando a
tropa em fardamento de gala, os convidados e familiares dos formandos
estendiam-se por todos os espaços. E do cenário cintilante de cores e sorrisos,
aflorava, perceptível aos olhos humanos sensíveis, uma aura de contentamento e felicidade.
O palanque
repleto de autoridades: Generais,
Oficiais de alta-patente, Secretários de Estado, Deputados, Arcebispo
Metropolitano e outros expoentes do mundo político e social. A formatura de
oficiais da gloriosa e tradicional Força Pública Mineira constituía
acontecimento de relevância cívico-social.
Em seguida,
as formalidades. A Ordem do Dia com a Declaração de Aspirantes e suas
classificações nas diversas Unidades Operacionais. Evoluções e marchas precisas. Deposição do
Espadim Tiradentes com honra e dignidade. Aposição das espadas pelas madrinhas.
Compromisso de honra. Desfile em continência ao
Pavilhão Nacional. Então, os
discursos do orador da turma – Aspirante a Oficial Maruene Ubirajara da Silva –
e o eloqüente pronunciamento do paraninfo que, em seguida, assistiria ao
desfile da tropa. E o fora-de-forma apoteótico. Mas tudo isto, embora
exteriorização de beleza, sincronia de movimentos e deslumbre para o olhar
vulgar, representava para cada de um de nós – formandos – uma simbologia
profunda. A escola, num cerimonial de pompas e galas, nos entregava ao mundo. A
realidade, viva e palpitante, em toda sua crueza, seria, dentro em breve, o
nosso cenário.
III – O
DEPARTAMENTO DE INSTRUÇÃO: Forja de Homens do Dever
Nada existe
sem que antes alguém ou alguns
tenham sonhado, pensado, idealizado...
As edificações tomam forma, concretizam-se, materializam-se, quando, ao ideal, se segue a vontade do homem.
Ou melhor, dos homens férreos que não se
vergam diante de nenhum obstáculo.
A Força
Pública adentrou o século XX como vanguardeira da segurança pública com seus
destacamentos e diligências permanentes dispostos em malha protetora por todos
os rincões mineiros, e seus legendários oficiais cumprindo atribuições de
polícia judiciária nas comarcas distantes, algumas quase inacessíveis. Porém,
no caminhar do século, em meio às ondulações políticas e sociais de uma nação
que se consolidava, à Minas Gerais, por injunções de sua própria trajetória, impunha-se
assumir uma aguerrida posição de
equilíbrio federativo. Parcela de sua força pública deveria ser adestrada para
o combate. E o foi. Fez-se presente nos teatros de combate, participando ativamente
dos movimentos insurrecionais da década de 20. Vem a revolução de 1930, segue-se-lhe
a eclosão do sangrento 32, e o soldado mineiro esculpiu no painel da história o
valor e a bravura da gente montanhesa.
Nesse caldo
de lutas com seus heróis e seus mártires, o sonho de uma escola para formar os
graduados e oficiais da força, para aperfeiçoá-los e integrá-los aos tempos de
um Brasil novo, veio à tona. Do sonho à realização por força da vontade
incoercível de um pugilo de oficiais gigantes em qualidades morais. As energias
galvanizaram-se num rumo e num sentido. O Presidente do Estado, Olegário
Maciel, antes de seu falecimento, em 1933, inspirado pelos idealistas, lançara
as primeiras sementes de um educandário. O Interventor estadual – Benedito
Valadares – que o sucedeu, manifestava
seu desejo e vontade. O Secretário do
Interior – Carlos Luz – assessorado e apoiado pelo Chefe da Missão Militar
Instrutora do Exército – Major Ernesto Dornelles – encampava o salto
qualitativo. E o Chefe do Estado-Maior –
Cel. José Gabriel Marques – direcionava esforços. E na vanguarda – atuando,
fazendo e pelejando - um líder se
avultava: Cel. José Vargas da Silva.
O
Departamento de Instrução, Decreto 11.252, veio à luz em 03 de março de 1934. O
timoneiro, seu primeiro comandante, Cel. José Vargas da Silva. A arrancada fora
dada. A missão bem clara de formar graduados e oficiais para uma profissão
árdua, singular e incomum. Uma profissão
à qual se impõe o dever de enfrentar o perigo. De salvar, mesmo com o
sacrifício da própria vida. Que não se coaduna com o medo. Que exige disciplina
incontrastável. Que se caracteriza por padrões inatacáveis de honra, pundonor e
lealdade. Que raramente contempla oásis de lazer.
Ser soldado,
comandar soldados, não é, em verdade, tarefa para os fracos de corpo, lânguidos
de alma, frouxos e frágeis de caráter.
Na concepção
do perfil do soldado – superior ao tempo como se dizia na caserna – os
idealistas que preconizavam a escola, estavam bem sintonizados com a atmosfera
que aureolava a pátria: Brasil aberto à revolução industrial e aos direitos
sociais do trabalhador urbano e do homem do campo; Brasil comungando com o
império dos direitos humanos. Assim, a sociedade florescente exigia um novo
soldado. Não mais havia lugar para o brutamontes, o incivilizado, o violentador
de direitos, o arbitrário, o atrabiliário, o desumano. A demanda era por uma
polícia corajosa e imbatível diante da criminalidade, ou, eventualmente, nos
campos de batalha, mas uma força pública humana, que atuasse em defesa da lei,
que propagasse nossa cultura como representante ambulante do governo nos mais
diversos rincões de nosso Estado. E esta era a missão do novel educandário:
formar os líderes de uma nova força pública. Vieram suas primeiras turmas de
sargentos. A primeira turma de oficiais em 1936, e outras mais: 37, 38,41,
43... até os dias de hoje. A escola não parou no tempo. Seguiu a linha da
ascensão social, cultural e tecnológica.
IV – OS ASPIRANTES DE 1961
Aqui se
encontram eles. Neste mesmo pátio, 50 anos depois. Dos 31, uns poucos, sim, em
presença física. Alguns, alquebrados pelo tempo, não puderam vir. Outros
trilharam diferentes caminhos. Certo número – 13 colegas – feita a travessia
terrena, alçou voo rumo à Pátria
Espiritual, e estes lá prosseguem a
jornada cósmica.
Nós, tendo
vivenciado a nossa escola por quatro anos letivos, predominantemente em regime
de internato, e, após uma travessia de
50 anos, percorrendo sítios às vezes aprazíveis, outras vezes inóspitos, ora atravessando planícies e vales, ora galgando escarpas íngremes, ora tombando
ora erguendo, ora levantando o laurel do triunfo ora amargando o fel da
derrota, podemos, hoje, no aqui e agora, plagiando o saudoso poeta Pablo
Neruda, dizer “Confessamos Que Vivemos”.
E esta confissão, permite-nos testemunhar a escola que nos formou para a vida.
A escola do
Cel. Vargas - DI, EsFAO ou APM - era e é uma escola diferente. Foi para os
31 de 1961, e para todas as outras
turmas, a forja que enrijecia, modelava
e burilava.
Aqueles
exercícios pesados e árduos e aquela pressão incessante – embates físicos
diários, manobras de campo, simulação de lutas, exercícios de tiro,
vivenciamento de situações incríveis... – que assustaram a alguns, levando-os à
desistência, concomitantemente às disciplinas fundamentais e humanísticas,
ministradas por mestres inigualáveis, que, também, exigiam o aprendizado
integral, constituíram, hoje o sabemos, a seiva poderosa, a seiva dos deuses no
processo de tessitura de nosso caráter.
E cada um, naquele
07 de outubro de 1961, ao se despedir da escola e atravessar seus umbrais rumo à
vida profissional, tinha incrustada na mente a percepção do futuro, a percepção
do possível. Mas também cada um trazia no seu âmago a convicção de sua
capacidade para enfrentar as refregas e os desafios que adviriam ao longo da
travessia que se iniciava. Não havia jovens trêmulos, frágeis, inquietos e
medrosos. Ao contrário, havia jovens plenos de fé e esperança, confiantes,
corajosos e prontos para a luta do dia-a-dia. Uma escola de valor incomensurável
tecera-lhes a estrutura do homem profissional de manutenção da ordem pública.
O Departamento de Instrução, do Cel. Vargas e daqueles visionários dos anos 30, foi o divisor de águas da Força Pública.
Constituiu e constitui-se no manancial de saber dinâmico e renovador, na fonte
de valores morais que nunca se esmaecem.
É desta Academia que jorra continuamente o sopro avassalador, sustentando a
trajetória evolutiva de uma Polícia Militar que não se verga nem mesmo diante
dos mais furiosos vendavais.
Nós, Aspirante de 61, daqui saímos e aqui voltamos
ao longo da carreira para reciclar, aperfeiçoar e reenergizar. Muitos aqui
estiveram como instrutores ou componentes do grupo diretivo-pedagógico. Dois
colegas tiveram a honra de comandá-la da década de 80.
A esta Escola
sublime, nosso preito de eterna gratidão. Até hoje, nos entrechoques da vida,
já fora da carreira militar, há um liame indestrutível com o embasamento que
ela nos proporcionou.
Como
recipiendários da Medalha Cel. José Vargas da Silva, postamo-nos com orgulho
neste pátio de tantas tradições e glórias, porém humildes e agradecidos pelo
privilégio que Deus nos reservou de ingressar e vivenciar nosso período
formativo neste Templo de Sabedoria. Simbolicamente, repartimos esta honra com
os 13 saudosos companheiros que, cumprida a missão da vida, transportaram-se à
Pátria Espiritual, destino de todos nós.
V – HOMENAGENS E AGRADECIMENTOS
“Sic transit
gloria mundi” – Assim se esvai a glória do mundo – reza o velho adágio latino.
Passado é
passado. O desta Milícia de Tiradentes é um passado honroso e cintilante de
glórias. É um passado construído por homens valorosos, alguns legendas que
assumiram contornos de lenda. É um dever cívico cultuá-lo, mostrá-lo com
exuberância, colocá-lo bem alto no panteão de nossa história, pois ele é acervo
que nos legou conhecimentos e valores primordiais, é acervo que inspira.
Porém, atentemos,
há uma verdade incontrastável: o passado permaneceu lá atrás. Qualquer
instituição, por mais sólida e respeitável,
que fique apenas atrelada ao passado, cultuando-o e elevando loas no
altar da glória e das tradições, mas não se atualize, modernize, seja audaciosa
e promova a ruptura de paradigmas, estará fadada a soçobrar, ou a
transformar-se em museu. A ação é do
momento presente. Quem movimenta a corporação e assegura sua trajetória
evolutiva é a geração atual. São os comandantes e milicianos que a sustentam
nesta era de tantas mutações sociais e econômicas, revolução de valores e
avassalador avanço tecnológico.
Nossas
homenagens e agradecimentos à geração do presente. À ela, perfilamos em continência.
Ao Exmo. Sr
Governador Antônio Augusto Junho Anastasia, que nos outorgou esta distinção
honorífica, a medalha que, na efígie do primeiro comandante desta escola,
simboliza a glória que traduz a responsabilidade do amanhã. Louvamos aqui o
estadista de primeira linha, o governante que, no exercício do poder, erigiu a
probidade como estrela-guia e tem feito do bem-comum o seu fanal.
Homenageamos
e agradecemos ao Cel. Luis Carlos Dias Martins, digníssimo Chefe do Gabinete
Militar, oficial de peregrinas virtudes, que nos recepciona e proporciona estes
momentos tão gratificantes e nutrientes para o espírito. Reconhecemos que o
Cel. Luis Carlos, pelo seu talento, dinamismo, lealdade e postura, é um símbolo vivo desta nova
Polícia Militar.
Homenageamos
e agradecemos ao Cel. Eduardo Campolina, parcela fulgurante desses oficiais da
década de 80, pela acolhida generosa. E em sua pessoa, homenageamos o corpo docente, o corpo discente e a
administração escolar. Se nos fora dado,
Senhor Comandante, desenhar nossa geografia afetiva, enunciaríamos, em
alto e bom tom, que esta Academia de Polícia Militar, ocupa o relevo mais
exponencial e nobre de nosso ser.
Homenageamos
na pessoa do nosso timoneiro – Cel. Renato Vieira da Silva – todos os
milicianos desta formidável, briosa e amada corporação. Homenageamos a geração
atual que impulsiona o presente com as vigas assentadas no porvir. Ao Exmo. Sr.
Cmt. Geral, Cel. Renato, a expressão de nossa irrestrita lealdade e confiança
nos destinos desta bissecular instituição.
VI – MENSAGEM
DERRADEIRA
Os Aspirantes
do aparentemente longínquo 1961 saúdam
os Cadetes e os Aspirantes de 2011. Saudamo-los, carinhosamente, retornando à
citação do grande estadista do Sec XIX – A
vida é muito curta para ser pequena – e convocamo-los à reflexão sobre
estas poucas, mas substanciosas
palavras.
Caros jovens,
queridas jovens, a vós que tendes, como tivemos, o privilégio de encontrar
no estágio mais crítico e decisivo da
passagem da adolescência à idade adulta, quando se delineia a estrutura do
corpo e a alma desperta, e o caráter do indivíduo emerge na sua tessitura definitiva, uma escola. Uma escola, e não uma
pseudo-escola. Uma Academia alicerçada e firme no dever consciente de formar os
futuros regentes da segurança pública que a comunidade mineira exige e tem direito. Quando atravessardes estes portões rumo à
vida, sede dignos desta escola que vos proporcionou a educação integral, que
vos alinhou os parâmetros da profissão, que vos abriu as clareiras para o
despertar consciencial.
Sim! A vida é
muito curta. 10, 20, 30, 40, 50 anos passam velozes e se perdem na poeira do
tempo. Quando menos pensamos lá se foram as oportunidades, as chances se
escoaram.
A profissão
que abraçastes, malgrado sua nobreza e sublimidade, configura paradoxos terríveis. É perigosa pelas
armadilhas que o mundo acena. O policial transita comumente em terrenos
alagadiços e zonas de sombra. Inibindo a vontade de delinqüir, impedindo
condutas danosas à sociedade, ou reprimindo-as, atua, interage mesmo, com um
meio perverso e sórdido: o ambiente do vício mais degradante, do crime, dos
negócios escusos, do ganho desonesto e fácil, das tentações da riqueza e da
luxúria, das orgias mais deprimentes... É um meio que atrai, que seduz, que
ilude... Além de tudo, ser polícia é deter parcela do poder estatal, é dispor
de autoridade, e essa situação não bem assimilada, leva ao devaneio da
superioridade sobre os semelhantes, leva ao delírio de que não há limites da
força. Então, o abuso, a violência arbitrária, os atos de brutalidade e
selvageria no trato com as pessoas.
Ao longo dos anos,
milhares de policiais que envergaram a farda desta milícia souberam conduzir-se
com dignidade. Souberam honrar o compromisso de servir à comunidade, protegê-la
e respeitar a dignidade do ser humano. Porém, alguns se desviaram. Muitos se
enlamearam nas sarjetas na vida, caindo no crime e na corrupção. Muitos se
tornaram, ao invés de protetores, algozes da comunidade.
Apesar dos
desvios, das nódoas lançadas contra a corporação, o povo soube distinguir o
joio que floresceu no meio do trigal. A Polícia Militar consolidou-se como
instituição de grandeza moral granítica. Os feitos positivos, contínuos,
iterativos dos milhares de homens e mulheres que se guiaram pelo dever, fê-la
bem maior e mais forte que o malefício dos maus, dos traidores da causa que erigimos
como farol de nossas vidas.
Caros jovens,
a vida só se realiza quando edificada na seara do bem, quando vivida dentro dos
padrões de ética, quando balizada pelo dever. É bom. Nutriente mesmo. Olhar o
passado e vê-lo sem débitos. Vê-lo com créditos. Vale a pena, pois, preencher
todo minuto que passa com sessenta segundos de ações dignas e acertadas , ações
que não envergonhem a instituição ou causem asco à sociedade. Vale à pena,
pois, fazer da vida, em cada passo que dermos, uma travessia com ações construtivas,
voltadas para o bem-comum e que elevem o homem e sua dignidade. Vale a pena,
pois, resistir aos apelos ilusórios de um mundo que tenta corromper, que
inebria e leva ao abuso do poder.
Que possais,
fazendo a travessia profissional, chegar ao final da carreira com a consciência
do dever cumprido, e dizer-vos, no silêncio do vosso íntimo, como o disse o
Apóstolo Paulo:
“Combati o bom combate, encerrei a carreira,
guardei a fé”
Eis a nossa
mensagem. Muito obrigado.
*Oração proferida pelo Cel. QOR Klinger Sobreira de Almeida, em 30 de
novembro de 2011, na Academia de Polícia Militar de Minas Gerais, por ocasião
da cerimônia de entrega da Medalha Cel. José Vargas da Silva aos Aspirantes a
Oficial da turma de 1961