6813-Soneto LXXVIII-à VERDADE-GANÂNCIA FEZ CATÁSTROFE EM BRUMADINHO
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Noneto nº 136-Soneto 6813
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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Dilacerante dor no mar de lama...
Crime doloso vê romper barragens!
Está evidente:_Lucro sempre chama
contradições expressas nas mensagens.
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Em Brumadinho, o povo chora e clama
com tantos mortos, viu sumir paisagens.
Alguns atestam laudos, causam drama.
Parece incrível: _Elas são miragens?
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Poder corrompe! Sempre um quer ganhar!
A VALE paga ESTADO e vence o medo;
barganha há; benesses faz gerar!
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VIDA não se paga em nenhuma estância!
Prisão dos Réus? Julgar é cedo.
Ser egoísta é ter cruel ganância!
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Belo Horizonte, MG, Brasil, Fevereiro de 2019
Email: clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6570428
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Metodologia deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
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Noneto nº 136-Soneto 6813
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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Dilacerante dor no mar de lama...
Crime doloso vê romper barragens!
Está evidente:_Lucro sempre chama
contradições expressas nas mensagens.
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Em Brumadinho, o povo chora e clama
com tantos mortos, viu sumir paisagens.
Alguns atestam laudos, causam drama.
Parece incrível: _Elas são miragens?
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Poder corrompe! Sempre um quer ganhar!
A VALE paga ESTADO e vence o medo;
barganha há; benesses faz gerar!
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VIDA não se paga em nenhuma estância!
Prisão dos Réus? Julgar é cedo.
Ser egoísta é ter cruel ganância!
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Belo Horizonte, MG, Brasil, Fevereiro de 2019
Email: clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6570428
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Metodologia deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
Silvia Araujo Motta
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Mensagem do autor:
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Mensagem do autor:
Prezados confrades e confreiras,
Em 23Jan2013, madrugada, incêndio na boate Kiss, Santa Maria, Rio Grande do Sul: 242 mortos. Estabelecimento funcionava irregularmente. Alvará vencido. Não havia saídas de emergência. Super lotação. Incrível tragédia com ressonância até hoje junto aos familiares das vítimas e à comunidade. Por que aconteceu? Por que os órgão públicos permaneceram de “olhos fechados” para o funcionamento irregular? Por que os proprietários foram insensíveis aos riscos? As respostas são óbvias: conluio, corrupção... Porém, apesar da obviedade das causas e a grande repercussão da “chacina coletiva”, ainda existem em funcionamento muitas casas de diversão, neste imenso Brasil, funcionando precariamente em matéria de segurança sob os olhos complacentes das “autoridades responsáveis”.
“Certas verdades têm que ser ditas, propagadas, clamadas aos ventos...” Eis o nosso clamor na série Rastreando a Verdade. Tema LXXVIII: GANÂNCIA→Força-Motriz das Catástrofes. Diante dessa chacina de Córrego do Feijão/Brumadinho – homicídio coletivo com dolo eventual – impõe-se “clamar aos ventos”. É preciso um basta às condutas gananciosas que vêm causando tantos malefícios.
Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Ref
Presidente ALJGR/PMMG.
-Rastreando a Verdade (LXXVIII)
GANÂNCIA→Força-Motriz das Catástrofes
“Ser
egoísta (...) eu quero tudo para mim mesmo; que ao possuir, não compartilhando,
tenho prazer; que me devo tornar cobiçoso porque, se meu objetivo é ter, sou
mais na medida em que tenho mais...” TER ou SER, Erich Fromm
Dois os vetores de ascensão da humanidade.
Um de ordem intelectual – Nível de Conhecimento – outro, de ordem moral:
Nível Consciencial. Se tomarmos como referência o Êxodo, há quase três
mil anos, constatamos que a humanidade rastejava nos dois níveis. Porém, de lá
a hoje, o Conhecimento deu um salto fabuloso em todas as searas. E o Conciencial?!
Apesar dos dez mandamentos, a humanidade parou de mentir, roubar, matar? Não! Ascensão
ínfima! Entre os dois vetores um imenso gap.
Ganância – filhote do egoísmo (patologia
psíquica!) – é ambição desmedida por bens materiais, dinheiro, poder, honrarias...
Incrusta-se naqueles que ainda permanecem rasteiros em Nível Consciencial, não
obstante, alguns, altas inteligências.
Estas reflexões vêm à tona quando nos
deparamos como este Brasil atolado em corrupção proporcionada pelas elites
políticas e empresariais, fator preponderante para todos os malefícios que nos
assolam. Recentemente: catástrofe de Brumadinho, 25Jan19, centenas de mortos,
habitações e plantações destruídas, animais exterminados, cursos d´água
soterrados, rios contaminados. Choro e ranger de dentes!
Interessante, e causa pasmo, é que, só em
MG, de 1986 a 2015 (pavoroso desastre de Fundão/Mariana), tivemos sete
acidentes de ruptura de barragens – mortes, destruições, contaminações de rios,
extermínio de fauna... Nas ocasiões
funestas, pronunciamentos demagógicos, multas de efeito fictício etc. Tudo
continuou como dantes! As empresas, sequiosas por lucros exorbitantes, corriam
a produzir cada vez mais com menores custos: receitas na “estratosfera”, parcos
investimentos... Ao final: resultados com distinção na mídia! Distribuição de
dividendos sumosos (isentos de Imposto de Renda), bônus compensadores aos
Diretores e cargos executivos!
Continuando na “dolce vita” das benesses –
alheias aos mais comezinhos princípios de responsabilidade moral e social! – as
mineradoras inibiram o poder fiscalizador e “adoçaram” alguns políticos. Embora
o mundo sinalizasse e praticasse novas técnicas em construção e modelos de
tratamento dos rejeitos: barragens a jusante, empilhamento a seco,
transformação em pasta, armazenamento em tubos geotêxteis – as empresas
brasileiras, com destaque para a Vale, persistiram nas obsoletas barragens de
alteamento a montante, comprovadamente perigosas. De outro lado: as agências de
fiscalização permaneciam inertes, aguardando os desastres anunciados; os
políticos “engavetavam” projetos de lei que, se aprovados, obrigariam a modernidade
em segurança. Por quê? A resposta é de uma clareza meridiana: conluio entre o
“dá cá, toma lá”; corrupção das baixas esferas de fiscalização aos altos
poderes de decisão.
Há uma força-motriz para as condutas
omissas, complacentes e dolosas, tanto de alguns segmentos empresariais como de
parte da esfera pública, incluindo a política. Qual? A GANÂNCIA, fruto do
egoísmo. Por ela impulsionado, o homem se inebria; torna-se insensível; fora
ele e sua grei, o resto é resto. Então, as catástrofes que destroem não só
vidas humanas, mas também comunidades e meio ambiente.
Klinger
Sobreira de Almeida – Militar Ref/Membro ALJGR/PMMG