sexta-feira, 27 de março de 2020

JOSÉ MARQUES DO CARMO, MEU CUNHADO, MORREU EM BELO VALE-MG-25-MARÇO-2020

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JOSÉ MARQUES DO CARMO, MEU CUNHADO, 
MORREU EM BELO VALE-MG-25-MARÇO-2020
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J-[Junto da MORTE é que floresce a VIDA]:
O-O eterno verso é do sonetista Cruz e Sousa.
S-[Sigo de mãos vazias e o coração confiante]:
É-Esta reflexão é de Rabindranath TAGORE.

M-[MORTE não costuma agendar sua chegada.]:
A-Assim pensamos com WAL Águia ESTEVES...
R-Relendo Augusto de Carvalho Rodrigues dos Anjos
Q-Quis dizer aos mortos: [Ah! Esta noite é dos Vencidos!].
U-Um poeta da Academia Brasileira de Letras, Mário Quintana
Escreveu [Quando fechas um livro, ele alça voo...] e eu digo:
S-Se { fecho meus olhos, vejo ZÉ da LIA, o genro da Dona Ana.}
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D-De Antero de Quental, o pensamento transcende e vai além,
O-Ouve-nos: [Na Comunhão ideal do eterno Bem] a extrema-unção!
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C-Com SAUDADE, todos nós, sentiremos falta de suas ORAÇÕES
A-A pedir nominalmente, em listagem especial, para todos os que
R-Recomendavam preces ao Senhor Deus, feitas só por você!
M-Muitas recordações! Quantas lições! Nossa Gratidão é imortal!
O-O seu lugar sempre estará em nosso coração! Muito Obrigada!
---DESCANSE EM PAZ, ALÉM DOS MUROS DA VIDA, NA CASA DO PAI!---
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Belo Vale, Minas Gerais, quarta-feira, 25 de março de 2020.

https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6899222

https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2020/03/jose-marques-do-carmo-meu-cunhado.html

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6619-CASARÃO DOS ARAÚJOS
IN LIVRO “O mais BELO VALE de Minas”
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Homenagem-Acróstico-histórico nº 6.619
Por Sílvia Araújo Motta-Belovalense (*1951)
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H-Históricos Primeiros Prefeitos de 1834 eram
I-Indicados Intendentes pelo Legislativo/1890.
S-S. Gonçalo passou a Distrito Belo Vale, 1914.
T-Teve construído seu Paço Municipal.(1929)
O-O imóvel de dois pavimentos, de Antônio Pinto,
R-Registra que foi vendido à Família Araújo!
I-Identificado no Cartório de Notas, de Bonfim,
C-Consoante Escritura, no Livro 3-K, Folha 197,
O-O valor CR$60.000 mil cruzeiros, no inventário.

C-Casarão dos Araújos, datado de 1929,
A-Apresenta Arte na História de Belo Vale.
S-Sede do Primeiro Paço Municipal
A-Arquitetura preservada até 2007;
R-Resgatava atribuições da Câmara Municipal,
A-A dividir fiscalização dos Intendentes
O-Oficiais Gerais de Polícia Portuguesa,
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D-Da Corte instalada no Rio de Janeiro:
O-Órgão e Repartição do Executivo...
S-Sucessivas mudanças, novos objetivos!
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A-Adquirida de Antônio Pinto em 02-Jan-1947,
R-Residência para Ma. Fernandes de Araújo
A-À “Praça 17 de Dezembro.” Nomeado em
U-Uníssono imponente“Casarão dos Araújos.”
J-Já renomeada Pça. Dr. Cláudio Pinheiro 146/150.
O-Ostenta 595 metros quadrados,
S-Sempre valorizada pela população.
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A-Aplaudidos Filhos de Maria. Fernandes.de Araújo,
R-Residentes no Casarão dos Araújos e Loja de Tecidos,
A-Ali, tornaram-se cidadãos reconhecidos imortais:
U-Uma bela história sócio-econômica-cultural deixaram
J-José (Neném),Geraldo (Lalá),Mário, Luiz (Lulu)
O-Os irmãos de Maria Araújo Silva e
S-Sílvio Fernandes de Araújo, meu PAI.
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A-Aos familiares brasileiros, leais, honestos, herdeiros
R-Recomendações especiais pelo empreendedorismo;
A-Afinal, somos descendentes portugueses, companheiros,
U-Unidos, comprometidos com a cidade, ordeiros demais.
J-Jamais nos esqueceremos...temos tantas histórias reais.
O-Orgulhamo-nos de ter berços belovalenses,
S-Somos de Minas Gerais, no mais belo vale de Minas.
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A-A Família Araújo é tradicional, de Guimarães a Bonfim,
R-Referência portuguesa primordial, além de outras.
A-Alianças espanholas, sírio-libanesas e brasileiras.
U-Um patrono da Cadeira 32 da Academia Brasileira Letras:
J-Jornalista, Poeta, Pintor, Diplomata (residia no RS)
O-O Professor,Teatrólogo,Barão de Sto. Ângelo,
S-Sr. Manuel José de Araújo.(1806/1979).
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A-A Família Araújo tem seu Brasão de Armas!
R-Reconheceu o título português do Barão de
A-Alegrete: José Maria Araújo Gomes.(1891).
U-Um Comendador Imperial da Ordem da Rosa,
J-Jovem Fidalgo com exercício na Casa Imperial,
O-O Tesoureiro da Alfândega da Corte da
S-Santa Casa dos Expostos(RJ,† 29-09-1891).
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A-A Família Araújo teve o Conde de Irajá:
R-Reconhecido D. Manuel do Monte Rodrigues
A-Araújo,(1798/1863)no Paço da Conceição(RJ).
U-Um Deputado! Membro do IHGB. 9º BISPO(RJ)
J-Justa posse na Academia Ciências/Letras/Artes/Roma.
O-O Grã-Cruz da Ordem Francisco I e da Rosa,
S-Sábio Professor de Teologia e Moral, por 17 anos!
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A-A Família Araújo teve vários Barões:
R-(RS), o Barão de Camaçari (1787-1830):
A-Antônio Calmon de Araújo Goes, famoso.
U-Um 2º Barão de Campinas (1823-1894):
J-Joaquim Pinto de Araújo Cintra (SP).
O-O 1º Barão e Visconde de Fiaes(1824-1894)
S -Sr. Desembargador Manuel Rodrigues de Araújo e Silva.
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A-A Família Araújo (1824-1884) teve o
R-Rico Barão e Visconde do Livramento,
A-Altivo José Antônio de Araújo,poliglota,
U-Um Comendador da Imperial Ordem,
J-Justo Cavaleiro da Legião de Honra, da França,
O-Ordem da Rosa-Dignatário e Comendador
S-São Francisco José, da Áustria.
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A-A Família Araújo teve o Barão de Itajubá,
R-Reverenciado Visconde Mineiro,(1805-1884)
A-Agraciado como Cônsul Geral do Brasil:
U-Um cargo especial nas cidades Hanseáticas.(*)
J-Jovem, bacharelou-se em Direito e Professor,
O-Ocupou todos os Postos Diplomáticos...
S-Sério integrante das Cortes Europeias!
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A-A Família Araújo tem a Professora belovalense(*1951)
R-Residente há 47 anos em Belo Horizonte-MG, Capital,
A-Autora de dez mil poemas publicados, em 46 livros-solo,
U-Uma Embaixadora da Paz :França-Chile-Suiça-WPO/Ecosof/UN/ONU
J-Já atuante Cônsul Poetas Del Mundo de 115 países,
O-Ocupa a Presidência do Clube Brasileiro da Lingua Portuguesa;
S-Sílvia Araújo Motta, Dra.PhI.Filosofia/ALB.Casada, mãe de 3 filhos:
---Um Engenheiro, Um Defensor Público e um Adm. Comércio Exterior.)---
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A-A Tia Mariquinhas Araújo, viúva do 1º Prefeito da Cidade. (1939).
R-Relevantes serviços de meu pai Silvio, o Contador(Tesoureiro )da Prefeitura.
A-A minha mãe Dona Ana, cantora, Educadora da Escola Rural.
Ú-Um irmão Ary, Chefe da Estação de Belo Vale/ Rede Ferroviária Federal.
J-Jovem Beto(Humberto) trabalhou no DER/Estadual, em Belo Vale.
O-Os ex-alunos de Violeta Terezinha e Silvinha, ainda são muitos.
S-Só a Lenyr, no Posto de Saúde de Belo Vale; esposa de Armando:
---filhos, netos e bisnetos, também merecem parabéns!---
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A-Ainda, em Belo Vale, a Lia, (durante 62 anos de casada)
filha do Silvio Fernandes Araújo,
R-Residiu com seu esposo José Marques do Carmo, que foi
A-Admirável Oficial de Justiça ! Aplausos aos filhos, netos e bisnetos!

Ú-Uns primos Araújo possuem terrenos em Belo Vale.
J-Jamais esquece quem conhece um ARAÚJO ...Gente boa!
O-O tempo passa e a saudade fica. Justa homenagem aos
S-Senhores responsáveis por esta casa de cultura:
CASARÃO DOS ARAÚJOS.
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(*) Liga Hanseática (em alemão,die Hanse, sendo que An Hanse significava aproximadamente associação) foi uma aliança de cidades mercantis que estabeleceu e manteve um monopólio comercial sobre quase todo norte da Europa e Báltico, em fins da Idade Média e começo da Idade Moderna (entre os séculos XIII e XVII). De início com caráter essencialmente econômico, desdobrou-se posteriormente numa aliança política.
https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6197937
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Processo de Decisão Familiar-Histórica-Jurídica-Cultural
para doação do Casarão dos Araújos,em BELO VALE-MG,
terça-feira, 19 de junho de 2007
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Título Original:
Livro: “O MAIS BELO VALE DE MINAS”
Pesquisa, Editoração e Arte Finalização Sílvia Araújo Motta (Silvinha do Sílvio e Dona Ana)
Diagramação e Design da Capa: Felipe Gonçalves
Produção Gráfica: C. Afonso Pena 941 Lj 08-Belo Horizonte-MG
Exemplares : Email: clubedalinguapor@gmail.com
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     .
RESUMO do livro:
Belo Vale é um município situado próximo à capital mineira e conta com um grande potencial ainda pouco explorado. Os principais destaques turísticos são: Fazenda Boa Esperança, com pinturas em ouro, do famoso MESTRE ATHAYDE, provavelmente construída em meados do Século XVIII com influências arquitetônicas do Norte de Portugal. A fazenda pertenceu ao Barão do Paraopeba, Patrono de Silvia Araújo Motta, na ALB-RMBH. Atualmente, é tombada e pertence ao IEPHA, situando-se a 6 km da sede do município. Museu do Escravo, no gênero em todo Brasil, com três mil peças está localizado na sede do município. Calçada, trecho da Estrada Real, que ligava Vila Rica(Ouro Preto) à Fazenda Boa Esperança. Toda a história e geografia belovalense está apresentada em poemas clássicos e modernos. O CASARÃO dos ARAÚJOS pertenceu à Família Araújo, desde 1947 até 2017. Hoje é uma Casa de Cultura, de propriedade da Prefeitura Municipal. Anotações relevantes e fotos adicionadas, em ANEXO, justificam o título deste livro, apresentado em Palestras, sem fins lucrativos, com o objetivo específico de divulgar uma tradicional cidade do Estado de Minas Gerais e, principalmente, por que é minha terra natal, dos meus pais Ana Catarina de Andrade, Sílvio Fernandes de Araújo, dos meus Tios e Irmãos de
 Sangue:“O MAIS BELO VALE DE MINAS.”
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VALE A PENA CONFERIR . Na Biblioteca Municipal de Belo Vale,
dentro do Museu do Escravo, há um VOLUME, doado pela autora.
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MOTTA, Sílvia Araújo. O MAIS BELO VALE DE MINAS
        Afonso Pena.Belo Horizonte,2010. 214 pág..
                              I-Minas Gerais-História de Belo Vale
                              II-Literatura-Poesia clássica e moderna.
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Trovas de Silvinha:
1-Belo Vale! Que saudade! ///O seu viver é canção!///
Você mora de verdade///dentro do meu coração.///
2-Terra Natal tão querida///que tem povo hospitaleiro///
Deu-me base para a vida///e passos pra o mundo inteiro.///
Contatos: 55(31) 9.9928.2798
Email: clubedalinguaport@gmail.com
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Programação em BELO VALE-MG
Celebração da Emancipação Política de Belo Vale.
Dia 16 de dezembro de 2017.19h00-Missa no Salão Paroquial.
Ao lado do Museu do Escravo.
20h45-Abertura do “Casarão dos Araújos” e Bênção.
Apresentação da Banda de Música Santa Cecília.
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https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6197937
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/12/casarao-dos-araujos-in-livro-o-mais.html
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7061-MARIA JOSÉ ARAÚJO DO CARMO aos 86 anos, minha irmã.
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Homenagem-natalícia-acróstica nº 7061
Por Silvia Araújo Motta/Belo Vale/BH/MG/Brasil
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M-Maria José, a sorridente e agradável LIA,
A-Aniversariante de dois de fevereiro/2017...
R-Recorda seu natalício somente há 86 anos!
I-Indica a verdadeira alegria no prazer de receber,
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J-Jovem trabalhadora durante catorze anos,
O-Onde exercitou lições da Administração da Loja,
S-Sua experiência conquistada na força da comunicação;
É-É inteligente! Quanta responsabilidade na Tesouraria;
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A-A fonte de sua visível energia, desde madrugada,
R-Revela sua "juventude acumulada" e disposição diária;
A-Amor, lealdade nas confidências; voz limpa e afinada;
Ú-Uma Verônica, indispensável na Semana Santa em Belo Vale,
J-Junta seus inúmeros talentos só para fazer o Bem.
O-Os cinco filhos belovalenses, do esposo Oficial da Justiça
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D-De José M. do Carmo: a Nilda, Hilton, Tânia, Celso e Silvia,
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C-Com genros e noras, tantos netos e tantos bisnetos...
A-A inesquecível filha de Ana Catarina de Andrade e do
R-Renomado Silvio Fernandes de Araújo, à querida Lia,
M-Madrinha, cunhada, prima, tia, irmã da Didi, Nita e Silvinha
O-Os nossos PARABÉNS! SAÚDE! PAZ! BÊNÇÃOS DIVINAIS.
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Belo Vale, DOMINGO, 2 de fevereiro de 2020.
        Almoço de comemoração festiva familiar
https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6855300
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7062-MARIA JOSÉ ARAÚJO DO CARMO, Tempo de Solteira em Belo Vale-MG.
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Homenagem-natalícia-acróstica nº 7062
Por Silvia Araújo Motta/Belo Vale/BH/MG/Brasil
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M-Ma. José, conhecida LIA do Sílvio e D. Ana
A-A MULHER FORTE, à frente do seu tempo;
R-Referência na Família dos Andrade-Araújo
I-Indispensável na Família Fernandes-Araújo.
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J-Jovem adolescente, neta da viúva [Vó-MOÇA]
O-Ostentou idiossincrasia e particularidades na
S-Segurança passada na Loja de Tecidos e Retalhos,
É-Especialmente pela Confiança recebida dos Tios.
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A-Animada para trabalhar sem ganhar salário nenhum,
R-Recebia carinho dos clientes, no Casarão dos Araújos.
A-A característica pessoal marcava seu caráter e a ética...
Ú-Uma moça bonita, bem vestida, elegante, honesta,
J-Justa, caridosa, colaboradora na Igreja de São Gonçalo,
O-Oferecia seu sorriso a todos. Nunca reclamou de nada!
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D-Dedicada BALCONISTA, sempre ótima, em Matemática...
O-O ponto alto da RECEPCIONISTA, que sabia conquistar;
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C-Constantemente, seu bom HUMOR, contaminava a todos.
A-Altruísta! Mantém pensamento positivo, em suas ações;
R-Realizadora e incrível criadora na ARTE CULINÁRIA...
M-Mestra para fazer sozinha, o buffet de tantos casamentos.
O-Outros dotes: _No TRICÔ, agilidade é extraordinária.
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S-Sobremaneira tricotava, noite inteira para cumprir a entrega.
O-Os casacos de lã exigiam criatividade ímpar... Enxoval com
L-Lindas peças entregues às gestantes. Meias. Pulôver. Cachecol!
T-Trabalhadora e econômica, dinheiro nunca lhe faltou, não nega.
E-Era sempre elogiada, uma fada, por seus bordados à mão.
I-Impressionante a facilidade para criar e costurar seus vestidos.
R-Requisitada na Semana Santa, para Missas, em latim. Verônica-solo
A-Acompanhada pela Banda de Música Santa Cecília, de Belo Vale.
--LIA, MINHA IRMÃ QUERIDA! OBRIGADA POR SEUS EXEMPLOS!
Belo Vale, DOMINGO, 2 de fevereiro de 2020.
                Almoço de comemoração festiva familiar.
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https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6855552
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2020/02/maria-jose-araujo-do-carmo-tempo-de.html
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ABRASSO- Cruz e Souza - O Poeta do Desterro, de Sylvio Back | SESCTV


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Luís de Camões

Fonte:





PATRONO da Cadeira nº 3 – Horácio Dídimo ???????????????????????



PATRONO da Cadeira nº 4 – Cruz e Souza

BIOGRAFIA DE CRUZ E SOUZA:




Índice:

1.   Poema: Acrobata da dor – Cruz e Sousa
Acrobata da dor
Gargalha, ri, num riso de tormenta,
como um palhaço, que desengonçado,
nervoso, ri, num riso absurdo, inflado
de uma ironia e de uma dor violenta.
Da gargalhada atroz, sanguinolenta,
agita os guizos, e convulsionado
salta, gavroche, salta clown, varado
pelo estertor dessa agonia lenta …
Pedem-se bis e um bis não se despreza!
Vamos! retesa os músculos, retesa
nessas macabras piruetas d’aço. . .
E embora caias sobre o chão, fremente,
afogado em teu sangue estuoso e quente,
ri! Coração, tristíssimo palhaço.
2.   Poema: Sinfonias do ocaso – Cruz e Sousa
Sinfonias do ocaso
Musselinosas como brumas diurnas
descem do ocaso as sombras harmoniosas,
sombras veladas e musselinosas
para as profundas solidões noturnas.
Sacrários virgens, sacrossantas urnas,
os céus resplendem de sidéreas rosas,
da Lua e das Estrelas majestosas
iluminando a escuridão das furnas.
Ah! por estes sinfônicos ocasos
a terra exala aromas de áureos vasos,
incensos de turíbulos divinos.
Os plenilúnios mórbidos vaporam …
E como que no Azul plangem e choram
cítaras, harpas, bandolins, violinos …
3.   Poema: Dilacerações – Cruz e Sousa
Dilacerações
Ó carnes que eu amei sangrentamente,
ó volúpias letais e dolorosas,
essências de heliotropos e de rosas
de essência morna, tropical, dolente…
Carnes, virgens e tépidas do Oriente
do Sonho e das Estrelas fabulosas,
carnes acerbas e maravilhosas,
tentadoras do sol intensamente…
Passai, dilaceradas pelos zelos,
através dos profundos pesadelos
que me apunhalam de mortais horrores…
Passai, passai, desfeitas em tormentos,
em lágrimas, em prantos, em lamentos
em ais, em luto, em convulsões, em dores…
4.   Poema: Alma solitária – Cruz e Sousa
Alma solitária
Ó Alma doce e triste e palpitante!
que cítaras soluçam solitárias
pelas Regiões longínquas, visionárias
do teu Sonho secreto e fascinante!
Quantas zonas de luz purificante,
quantos silêncios, quantas sombras várias
de esferas imortais, imaginárias,
falam contigo, ó Alma cativante!
que chama acende os teus faróis noturnos
e veste os teus mistérios taciturnos
dos esplendores do arco de aliança?
Por que és assim, melancolicamente,
como um arcanjo infante, adolescente,
esquecido nos vales da Esperança?!
5.   Poema: Livre – Cruz e Sousa
Livre
Livre! Ser livre da matéria escrava,
arrancar os grilhões que nos flagelam
e livre penetrar nos Dons que selam
a alma e lhe emprestam toda a etérea lava.
Livre da humana, da terrestre bava
dos corações daninhos que regelam,
quando os nossos sentidos se rebelam
contra a Infâmia bifronte que deprava.
Livre! bem livre para andar mais puro,
mais junto à Natureza e mais seguro
do seu Amor, de todas as justiças.
Livre! para sentir a Natureza,
para gozar, na universal Grandeza,
Fecundas e arcangélicas preguiças.
6.   Poema: Ironia de Lágrimas – Cruz e Sousa
Ironia de Lágrimas
Junto da morte é que floresce a vida!
Andamos rindo junto a sepultura.
A boca aberta, escancarada, escura
Da cova é como flor apodrecida.
A Morte lembra a estranha Margarida
Do nosso corpo, Fausto sem ventura…
Ela anda em torno a toda criatura
Numa dança macabra indefinida.
Vem revestida em suas negras sedas
E a marteladas lúgubres e tredas
Das Ilusões o eterno esquife prega.
E adeus caminhos vãos mundos risonhos!
Lá vem a loba que devora os sonhos,
Faminta, absconsa, imponderada cega!
7.   Poema: Velho – Cruz e Sousa
Velho
Estás morto, estás velho, estás cansado!
Como um suco de lágrimas pungidas
Ei-las, as rugas, as indefinidas
Noites do ser vencido e fatigado.
Envolve-te o crepúsculo gelado
Que vai soturno amortalhando as vidas
Ante o repouso em músicas gemidas
No fundo coração dilacerado.
A cabeça pendida de fadiga,
Sentes a morte taciturna e amiga,
Que os teus nervosos círculos governa.
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Estás velho estás morto! Ó dor, delírio,
Alma despedaçada de martírio
Ó desespero da desgraça eterna.
8.   Poema: A Morte – Cruz e Sousa
A Morte
Oh! que doce tristeza e que ternura
No olhar ansioso, aflito dos que morrem…
De que âncoras profundas se socorrem
Os que penetram nessa noite escura!
Da vida aos frios véus da sepultura
Vagos momentos trêmulos decorrem…
E dos olhos as lágrimas escorrem
Como faróis da humana Desventura.
Descem então aos golfos congelados
Os que na terra vagam suspirando,
Com os velhos corações tantalizados.
Tudo negro e sinistro vai rolando
Báratro a baixo, aos ecos soluçados
Do vendaval da Morte ondeando, uivando…
9.   Poema: Escárnio Perfumado – Cruz e Sousa
Escárnio Perfumado
Quando no enleio
De receber umas notícias tuas,
Vou-me ao correio,
Que é lá no fim da mais cruel das ruas,
Vendo tão fartas,
D’uma fartura que ninguém colige,
As mãos dos outros, de jornais e cartas
E as minhas, nuas – isso dói, me aflige…
E em tom de mofa,
Julgo que tudo me escarnece, apoda,
Ri, me apostrofa,
Pois fico só e cabisbaixo, inerme,
A noite andar-me na cabeça, em roda,
Mais humilhado que um mendigo, um verme…
10.                   Poema: Inefável – Cruz e Sousa
Inefável
Nada há que me domine e que me vença
Quando a minha alma mudamente acorda…
Ela rebenta em flor, ela transborda
Nos alvoroços da emoção imensa.
Sou como um Réu de celestial sentença,
Condenado do Amor, que se recorda
Do Amor e sempre no Silêncio borda
De estrelas todo o céu em que erra e pensa.
Claros, meus olhos tornam-se mais claros
E tudo vejo dos encantos raros
E de outras mais serenas madrugadas!
Todas as vozes que procuro e chamo
Ouço-as dentro de mim porque eu as amo
Na minha alma volteando arrebatadas
11.                   Poema: Antífona – Cruz e Sousa
Antífona
Ó Formas alvas, brancas, Formas claras
De luares, de neves, de neblinas!
Ó Formas vagas, fluidas, cristalinas…
Incensos dos turíbulos das aras
Formas do Amor, constelarmante puras,
De Virgens e de Santas vaporosas…
Brilhos errantes, mádidas frescuras
E dolências de lírios e de rosas …
Indefiníveis músicas supremas,
Harmonias da Cor e do Perfume…
Horas do Ocaso, trêmulas, extremas,
Réquiem do Sol que a Dor da Luz resume…
Visões, salmos e cânticos serenos,
Surdinas de órgãos flébeis, soluçantes…
Dormências de volúpicos venenos
Sutis e suaves, mórbidos, radiantes …
Infinitos espíritos dispersos,
Inefáveis, edênicos, aéreos,
Fecundai o Mistério destes versos
Com a chama ideal de todos os mistérios.
Do Sonho as mais azuis diafaneidades
Que fuljam, que na Estrofe se levantem
E as emoções, todas as castidades
Da alma do Verso, pelos versos cantem.
Que o pólen de ouro dos mais finos astros
Fecunde e inflame a rima clara e ardente…
Que brilhe a correção dos alabastros
Sonoramente, luminosamente.
Forças originais, essência, graça
De carnes de mulher, delicadezas…
Todo esse eflúvio que por ondas passa
Do Éter nas róseas e áureas correntezas…
Cristais diluídos de clarões alacres,
Desejos, vibrações, ânsias, alentos
Fulvas vitórias, triunfamentos acres,
Os mais estranhos estremecimentos…
Flores negras do tédio e flores vagas
De amores vãos, tantálicos, doentios…
Fundas vermelhidões de velhas chagas
Em sangue, abertas, escorrendo em rios…
Tudo! vivo e nervoso e quente e forte,
Nos turbilhões quiméricos do Sonho,
Passe, cantando, ante o perfil medonho
E o tropel cabalístico da Morte…
12.                   Poema: Siderações – Cruz e Sousa
Siderações
Para as Estrelas de cristais gelados
As ânsias e os desejos vão subindo,
Galgando azuis e siderais noivados
De nuvens brancas a amplidão vestindo…
Num cortejo de cânticos alados
Os arcanjos, as cítaras ferindo,
Passam, das vestes nos troféus prateados,
As asas de ouro finamente abrindo…
Dos etéreos turíbulos de neve
Claro incenso aromal, límpido e leve,
Ondas nevoentas de Visões levanta…
E as ânsias e os desejos infinitos
Vão com os arcanjos formulando ritos
Da Eternidade que nos Astros canta…
13.                   Poema: Encarnação – Cruz e Sousa
Encarnação
Carnais, sejam carnais tantos desejos,
carnais, sejam carnais tantos anseios,
palpitações e frêmitos e enleios,
das harpas da emoção tantos arpejos…
Sonhos, que vão, por trêmulos adejos,
à noite, ao luar, intumescer os seios
láteos, de finos e azulados veios
de virgindade, de pudor, de pejos…
Sejam carnais todos os sonhos brumos
de estranhos, vagos, estrelados rumos
onde as Visões do amor dormem geladas…
Sonhos, palpitações, desejos e ânsias
formem, com claridades e fragrâncias,
a encarnação das lívidas Amadas!
14.                   Poema: Velhas tristezas – Cruz e Sousa
Velhas tristezas
Diluências de luz, velhas tristezas
das almas que morreram para a luta!
Sois as sombras amadas de belezas
hoje mais frias do que a pedra bruta.
Murmúrios incógnitos de gruta
onde o Mar canta os salmos e as rudezas
de obscuras religiões — voz impoluta
de todas as titânicas grandezas.
Passai, lembrando as sensações antigas,
paixões que foram já dóceis amigas,
na luz de eternos sóis glorificadas.
Alegrias de há tempos! E hoje e agora,
velhas tristezas que se vão embora
no poente da Saudade amortalhadas! …
Fonte:


ABRASSO-Academia Brasileira de Sonetistas-SONETO Nº 001 a 14 mãos-EXALTAÇÃO AO SONETO-Cad.14-Silvia Araújo Motta-BH-MG-Brasil


LOGOMARCA DA ABRASSO


ABRASSO-Academia Brasileira de Sonetistas-SONETO Nº 001  a 14 mãos-EXALTAÇÃO AO SONETO-Cad.14-Silvia Araújo Motta-BH-MG-Brasil
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7123-SILVIA [DE LOURDES] ARAÚJO MOTTA
{Nascida em Belo Vale/MG/Brasil, [dia 06-Jan-1951];
Registro na Certidão de Nascimento:[dia 07-Jan-1951]}.
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Soneto autobiográfico nº 7123-Noneto nº 178
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Cadeira 14-ABRASSO-Academia Brasileira de Sonetistas.
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O GOOGLE vê MULHER que em verso faz
toda a alegria, sorte e amor na vida.
ACROSTICISTA, sua imagem traz
dez mil POEMAS; trilha bem vencida.
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Quarenta e sete LIVROS! Foi capaz:
compôs até em data, vista e lida.
Três IRMÃS! NORAS! Três os FILHOS! PAZ!
CASADA tem a Clave em Sol, querida.
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A PROFESSORA ensina, mas aprende.
A TROVADORA canta um livro aberto.
DOUTORA pensa e quase tudo entende.
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Em BELO VALE teve berço e luz.
A SONETISTA quer seu nome certo:
_SÍLVIA ARAÚJO MOTTA, DEUS conduz.
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Em Belo Horizonte, reside desde 1973!
Minas Gerais, Brasil, 28 de março de 2020.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6899373

quinta-feira, 26 de março de 2020

Palestra-Webinar: Coronavirus - aspectos de imagem


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Marcio Valente Yamada Sawamura Graduado em Medicina pela Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP). Residência em Radiologia pelo Hospital das Clínicas da FMUSP (HCFMUSP). Pós-graduado em Radiologia Cardiotorácica pelo HCFMUSP. Médico Assistente do Serviço de Radiologia Torácica do HCFMUSP e do Serviço de Radiologia Torácica do Hospital Sírio-Libanês.