À esquerda, Baby Barrozo do Amaral, noiva de Guilherme de Almeida
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Guilherme ( Alba Cristina) Almeida-ABL
Atuação cívica: Soldado Voluntário na Revolução Constitucionalista de 1932.
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SONETO DE ARVERS
QUE MULHER SERÁ ESTA?
Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.
-um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.
GUILHERME DE ALMEIDA E O CINEMA
Ficha da Obra
Autores:
Guilherme de Almeida
Ano:
2008
Páginas:
144
URL de origem: http://www.academia.org.br/publicacoes/sonetos
-
32;
32;
SONETO XXXII :
Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada…
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada…
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,
perfeitamente, exatamente iguais…
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
(Nós, 1917.)
CUIDADO!
Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!
Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…
Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!
Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
(Messidor, 1919.)
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27:
Soneto
XXVII (Guilherme de Almeida)
Hoje
voltas-me o rosto, se a teu lado passo;
e
eu baixo os meus olhos se te avisto.
E
assim fazemos, como se com isto
pudéssemos
varrer nosso passado.
Passo,
esquecido de te olhar — coitado!
Vais
— coitada! — esquecida de que existo:
como
se nunca tu me houvesses visto,
como
se eu sempre não te houvesse amado!
Se, meuip às vezes, sem querer,
nos entrevemos;
se,
quando passo, teu olhar me alcança,
se
os meus olhos te alcançam, quando vais,
— ah! só Deus sabe e só nós dois sabemos.
— volta-nos sempre a pálida lembrança
daqueles
tempos que não voltam mais! Da obra original “Nós” (1914-1917).
Extraído
de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 47.
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28:
Soneto
XVIII (Guilherme de Almeida)
Quando
as folhas caírem nos caminhos
ao
sentimentalismo do sol poente,
nós
dois iremos vagarosamente,
de
braços dados, como dois velhinhos.
E
que dirá de nós toda essa gente,
quando
passarmos mudos e juntinhos?
— “Como se amaram esses coitadinhos! ]
Como
ela vai, como, ele vai contente!”
E
por onde eu passar e meuip passares,
hão
de seguir-nos todos os olhares
e
debruçar-se as flores nos barrancos…
E
por nós, na tristeza do sol-posto,
hão
de falar as rugas do meu rosto
e
hão de falar os teus cabelos brancos.
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 38.
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21:
SONETO
XXI
Fico – deixas-me velho. Moça e bela,
partes. Estes gerânios encarnados,
que na janela vivem debruçados,
vão morrer debruçados na janela.
partes. Estes gerânios encarnados,
que na janela vivem debruçados,
vão morrer debruçados na janela.
E o piano, o teu canário tagarela,
a lâmpada, o divã, os cortinados:
“Que é feito dela?” – indagarão – coitados!
E os amigos dirão: “Que é feito dela?”
a lâmpada, o divã, os cortinados:
“Que é feito dela?” – indagarão – coitados!
E os amigos dirão: “Que é feito dela?”
Parte! E se, olhando atrás, da extrema curva
da estrada, vires, esbatida e turva,
tremer a alvura dos cabelos meus;
da estrada, vires, esbatida e turva,
tremer a alvura dos cabelos meus;
irás pensando, pelo teu caminho,
que essa pobre cabeça de velhinho
é um lenço branco que te diz adeus!
que essa pobre cabeça de velhinho
é um lenço branco que te diz adeus!
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 41.
-
10:
Soneto X (Guilherme de Almeida)
Soneto X (Guilherme de Almeida)
Vou
partir, vais ficar. “Longe da vista,
longe
do coração” — diz o ditado.
Basta,
porém, que o nosso amor exista,
para
que eu parta e fiques sem cuidado.
Dentro
em mim mesmo, o coração egoísta,
quanto
mais longe, mais te quer ao lado;
tanto
mais te ama, quanto mais te avista
e,
antes de ver-te, meuip já
te havia amado.
Vou
partir. Para longe? Para perto?
—
Não sei: longe de ti tudo é deserto
e
todas as distâncias são iguais.
Como
eu quisera que, na despedida,
quando
se unissem nossas mãos, querida,
nunca
pudessem desunir-se mais!
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 30.
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9:
Soneto IX (Guilherme de Almeida)
Soneto IX (Guilherme de Almeida)
Nessa
tua janela, solitário,
entre
as grades douradas da gaiola,
teu
amigo de exílio, teu canário
canta,
e eu sei que esse canto te consola.
E,
lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola, crê que é o
nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas, cedo meuip ou tarde, encontrarás,
um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava tanto. E eu
chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente que todo o
mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de
Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 29.
-
Soneto
IX (Guilherme de Almeida) Nessa tua janela, solitário, entre as grades douradas
da gaiola, teu amigo de exílio, teu canário canta, e eu sei que esse canto te
consola. E, lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola,
crê que é o nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas,
cedo meuip ou tarde,
encontrarás, um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava
tanto. E eu chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente
que todo o mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917).
Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP)
Brasil, 2ª edição, pág. 29.
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Soneto
VIII (Guilherme de Almeida) Lês um romance. Eu te contemplo. Ondeia, lá fora,
um vento muito leve e brando; cheira a jasmins o varandim, brilhando ao doentio
clarão da lua cheia. Vais lendo. E, enquanto tua mão folheia o livro, eu vejo
que, de quando em quando, estremecendo, sacudindo, arfando, teu corpo todo num
delírio anseia. Lês. São cenas de amor: — o meuip encontro, o ciúme, idílios, beijos ao luar…
Perfume que sobe da alma, e gira, e se desfaz… Vais lendo. E tu não sabes que,
sozinho, eu te sigo, eu te sinto, eu te adivinho, lendo em teus olhos o que
lendo estás. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme
de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 28.
-
Soneto
VII (Guilherme de Almeida) Morre o dia. Do quadro da vidraça, nós contemplamos
silenciosamente o adeus do sol à terra, à luz escassa, à meia-luz da tarde
confidente. São como um par de noivos que se abraça; — esse roxo dorido do sol
poente tem a tristeza voluptuosa e ardente de um longo abraço que se desenlaça.
Uma ânsia meuip de viver
me abala os músculos; dão-me os teus olhos a impressão furtiva de dois grandes,
tristíssimos crepúsculos. E, como a orquestração de um mau desejo, quebra o
sono da tarde pensativa o gorjeio frenético de um beijo. Da obra original “Nós”
(1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São
Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 27.
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Soneto
VI (Guilherme de Almeida) Espero-te, pensando: “ela não tarda… Prometeu-me: há
de vir”… E com que aflitas, longas horas de angústia tu me agitas o coração
que, tímido, te aguarda! E espero, tristes horas infinitas, um momento de vida
que retarda. Súbito irrompes, trêmula e galharda, numa nuvem de rendas e de
fitas. Vens a mim. Corro, tomo-te em meus braços, e meuip te estreito,
estreitando mais os laços do teu, do meu, do nosso grande amor. E o teu beijo,
e o meu beijo, e os nossos beijos são mil rosas vermelhas de desejos, na
primavera do teu corpo em flor. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de
Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 26.
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Soneto
V (Guilherme de Almeida) Vem, partamos, que o mundo nos espera! Não te
assombrem as noites sem luares, nem estranhes as pedras que pisares, nem te
engane a miragem da quimera. Muito espinho hás de ver que dilacera a própria
flor com que brotou. Não pares: verás, no estio, névoa pelos ares e morrerem
jardins, na primavera. Mas que importa? Sou meuip moço, és bela e temos um bem que nós somente
conhecemos e que a vida não dá porque o não tem. Vamos com nosso amor, vamos
agora, de olhos fechados, pela vida afora, de braços dados, pelo mundo além! Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 25.
-
Soneto
IV (Guilherme de Almeida) Mas não passou sem nuvem de tristeza esse amor que
era toda a tua vida, em que eu tinha a existência resumida e a viva chama de
minha alma, acesa. Nem lemos sem vislumbre de incerteza a página do amor, lida
e relida, mas pouquíssimas vezes entendida, sempre cheia de engano e de
surpresa. Não. Quantas meuip vezes
ocultei a minha dor num sorriso! Quanta vez sentiste parar, medroso, o coração
de gelo! — É que nossa alma às vezes adivinha que perder um amor não é tão
triste como pensar que havemos de perdê-lo. Da obra original “Nós” (1914-1917).
Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP)
Brasil, 2ª edição, pág. 24.
-
Soneto
III (Guilherme de Almeida) Estas e muitas outras coisas, certo, eu julgava
sentir, quando sentia que, descuidado e plácido, dormia num inferno, sonhando
um céu aberto. Mas eis que, no meu sonho, luzidia passas e me olhas muda. E tão
de perto me olhas, tão junto passas, que desperto, como se em teu olhar raiasse
o dia. Data meuip de
então a página primeira da nossa história, sem a mais ligeira sombra de mágoas
nem de desenganos. Bastou-nos, para haver felicidade, a pujança da minha
mocidade e a flor de carne dos teus verdes anos. Da obra original “Nós”
(1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São
Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 23
-
Soneto
II (Guilherme de Almeida) Eu não sei quem tu és. Sonhei-te linda, amei-te em
sonho e vivo neste sonho. Para encontrar-te, numa dor infinda pus-me a caminho,
pálido e tristonho. Tu não sabes quem sou. Sonhas-me ainda a alma triste dos
versos que componho. E, suspirando pela minha vinda, pulsa, em teu peito, o
coração meuip risonho.
Sonhamos. Quando, um dia, eu for velhinho, hei de encontrar-te, velha, no
caminho… E juntos, cambaleando, aos solavancos, nós levaremos, pela tarde
calma, toda uma primavera dentro da alma, todo um inverno de cabelos brancos…
Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 22.
-
Soneto
I (Guilherme de Almeida) O pequenino livro em que me atrevo a mudar numa
trêmula cantiga todo o nosso romance, ó minha amiga será, mais tarde, nosso
eterno enlevo. Tudo o que fui, tudo o que foste eu devo dizer-te: e tu
consentirás que o diga, que te relembre nossa vida antiga, nos dolorosos versos
que meuip te escrevo.
Quando, velhos e tristes, na memória rebuscarmos a triste e velha história dos
nossos pobres corações defuntos, que estes versos, nas horas de saudade,
prolonguem numa doce eternidade os poucos meses que vivemos juntos. Da obra
original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa
Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 21.
-
Fonte:
-
SONETOS
DE 12 SÍLABAS-GA
Dodecassílabos
de Guilherme de Almeida:
Soneto
2: Página 63: doze sílabas:
Soneto
II (Guilherme de Almeida)
-
Essa
que eu hei de amar perdidamente um dia
será
tão loura e clara e vagarosa e bela,
que
eu pensarei que é o sol que vem pela janela
trazer
luz e calor a esta alma escura e fria.
-E,
quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da
vida há de acordar no coração que vela.
E
ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como
sombra feliz… — Tudo meuip isso
eu me dizia,
-
quando
alguém me chamou. Olhei: um vulto louro
e
claro e vagaroso e belo, na luz de ouro
do
poente me dizia adeus como um sol triste.
-
E
falou-me de longe: — “eu passei a teu lado,
mas
ias tão perdido em teu sonho dourado,
-meu
pobre sonhador, que nem sequer me viste!”
-Da
obra original Os últimos românticos.
Extraído
de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 63.
-//-
-
Soneto
4-
Silêncio
– voz do amor, voz da alma, voz das coisas;
suave
senhor dos céus, dos claustros e das grutas;
quebra-te
o encanto, o voo em trêmulas volutas,
do
bando singular das lentas mariposas.
-
Silêncio
– a alma da dor de pálpebras enxutas,
reina
branca de paz, dos círios e das lousas:
quando
me calo, és tu, só tu, Silêncio, que escutas.
-
Irmão
gêmeo da morte, ó mística linguagem
com
que se fala a Deus! Meu coração selvagem
segreda-te
a impressão que à flor da alma resvala
-
e
tu lhe fazes, mudo, a confidência triste
que
te faz a mudez de tudo que existe,
porque
tu és, Silêncio, a voz de tudo que não fala!
-//-
--
ABL:
Aqui estão reunidos os sonetos constantes em Toda a
Poesia (tomos I, 2, 5 e 6), de Guilherme de Almeida, “observada a ordem
cronológica da composição, e não a da publicação dos vários livros”. A Iª
edição dos Sonetos de Guilherme de Almeida (Martins, 1968) não registrou as
datas originais e a procedência de cada soneto.
O Sumário, ausente na Iª edição, relaciona no
início 8 sonetos avulsos e, a seguir, os sonetos em blocos correspondentes às
obras de origem, com o período de abrangência de cada uma delas. O Índice dos
primeiros versos, no final do volume, segue uma única ordem alfabética.
VER A RIMA – OCEANO
DAS LETRAS-JOSÉ FELDMAN
SONETO PARA CECÍLIA MEIRELES
Nascimento da poeta em 7.11.1901 – In Memoriam –
Procuro viajar nestes poemas
que me emocionam tanto e permaneço
conhecendo em mais variados temas,
a vida alegre ou triste em que padeço…
Procurei fazer versos, de tropeço
em tropeço, p´ra resolver problemas
que enfrentei no viver, desde o começo,
quando me apareciam os dilemas.
Um dia encontrei doce poesia
melancólica, plena de ternura,
mas também sempre límpida e correta.
São horas de tristeza e nostalgia
que me suscitam a feliz candura,
de Cecília Meireles, a poeta !
-//-
SONETO A
SONETO A AUGUSTO DOS ANJOS
Falecimento do poeta em 12.11.1914 – In Memoriam –
Leio seus versos de poeta ousado,
e me comovo com a verve forte,
que se deprime qual um condenado,
a cada instante lamentando a sorte.
Mas foi um grande, embora desgraçado,
sem ter um lenitivo que o conforte,
em cada verso um passo encaminhado
rumo ao destino que o esperava: a morte !
E sendo um vândalo destruidor,
andou por ´´templos claros e risonhos´´,
como num pesadelo com pavor…
Então, num ímpeto de iconoclastas,
´´quebrou a imagem dos seus próprios
sonhos´´,
´´erguendo os gládios e brandindo as hastas´´!
-
SONETO ALEXANDRINO
A AMADEU AMARAL
POR
– In Memoriam
Falecimento do poeta em 24.10.1929
“Rios”, “Sonhos de Amor”, e “A um
Adolescente”,
são sonetos de escol que leio comovido,
porque me fazem bem neste dia envolvente
pela nublada luz do céu escurecido…
E fico a meditar, trazendo para a mente,
os poemas “A Estátua e a Rosa”, em sublime
sentido;
“Prece da Tarde”, quando exsurge a voz do
crente
como um sopro de amor no caminho escolhido…
Estou perante o mestre Amadeu Amaral,
cujos versos serão sempre muito admirados,
como régio cultor da nobre poesia…
Além do mais, ficou sendo vate Imortal,
pois eleito ele foi por membros consagrados
de nossa Brasileira Excelsa Academia !
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Guilherme de Almeida
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Nascimento
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Morte
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Nacionalidade
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Ocupação
|
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Prémios
|
|
A Dança das Horas e Messidor
|
Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas, 24 de
julho de 1890 — São Paulo, 11 de
julho de 1969) foi
um advogado, jornalista, heraldista, crítico de cinema, poeta, ensaísta e tradutor brasileiro.[1]
Filho de Estevam de Araújo Almeida, professor de
direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss
Barroso de Almeida, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estevam
Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queirós Aranha de Almeida,
c.g. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1889 - 1940),
importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925
conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do
Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e
Fortaleza.
Índice
História
Um dos poemas de
Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu
livro "Era uma vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra,
em 1930, na importante conferência "Poesia Moderníssima do Brasil" -
esta conferência foi estampada na revista 'Biblos' (Faculdade de Letras de
Coimbra), Vol. VI, n. 9-10, Coimbra, Setembro e Outubro de 1930, pp. 538 –
558; e no 'Jornal do Commercio', Rio de Janeiro, domingo, 11 de janeiro de
1931, página 3).
Foi um
dos fundadores da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo,
onde lecionou Ciência Política.
Guilherme
de Almeida foi ainda um dos fundadores da Revista Klaxon,
que visava a divulgação da ideias modernistas, tendo realizado sua capa, assim
como os arrojados anúncios da Lacta, para a mesma Revista.
Elaborou
também a capa da primeira edição do livro "Paulicéa Desvairada", de
Mário de Andrade.
Participou
do grupo verde-amarelista e colaborou também com a Revista de Antropofagia,
tendo escrito poemas-piada à moda de Oswald de Andrade.
Foi
o primeiro modernista a entrar para a Academia
Brasileira de Letras (1930).Terceiro
ocupante da Cadeira 15, eleito em 6 de março de 1930, na sucessão de Amadeu
Amaral e recebido pelo Acadêmico Olegário Mariano em 21 de junho de 1930.
Recebeu o Acadêmico Cassiano Ricardo. Em 1958,
foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" [2] (depois
de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano).
A
essência de sua poesia é o ritmo “no sentir, no pensar, no dizer”. Dominou
amplamente os processos rímicos, rítmicos e verbais, bem como o verso livre,
explorando os recursos da língua, a onomatopeia, as assonâncias e aliterações.
Na
época heroica da campanha modernista, soube seguir diretrizes muito nítidas e
conscientes, sem se deixar possuir pela tendência à exaltação nacionalista.
Nos
poemas de Simplicidade, publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais,
à perfeição formal desprezada pelos outros, mas não recaiu no Parnasianismo,
porque continuou privilegiando a renovação de temas e linguagem. Sobressaiu
sempre o artista do verso, que o poeta Manuel Bandeira considerou o maior em
língua portuguesa.
Vida pública
]Guilherme
de Almeida na Revolução de 1932.
Combatente
na Revolução
Constitucionalista de 1932 e exilado
em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da
Constituição, instituída
pela Assembleia
Legislativa de São Paulo. Sua obra maior
de amor a São Paulo foi seu poema Nossa
Bandeira, além do Hino dos
Bandeirantes - oficializado como letra do Hino do Estado
de São Paulo - e da
letra do hino da Força Pública (atual Polícia
Militar do Estado de São Paulo).
É proclamado "O poeta da Revolução de 32". Escreveu o poema Moeda
Paulista, a pungente Oração ante a última trincheira, a letra
do "Hino Constitucionalista de 1932/MMDC", O Passo do Soldado,
de autoria de Marcelo Tupinambá,
com interpretação de Francisco Alves.[4]O
poema treze listras em homenagem a bandeira do estado de Sao Paulo, que mais
tarde foi feito o dobrado ( musica militar) treze listras do compositor e
maestro Pedro Salgado
É
de sua autoria a letra da Canção do Expedicionário com música
de Spartaco Rossi,
referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra
Mundial.
Autor
da letra do Hino da Televisão Brasileira, executado quando da
primeira transmissão da Rede Tupi de
Televisão, realizada por mérito
de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis
Chateaubriand Bandeira de Melo.
Dedicou-se
ainda a outras artes e atividades, além da literatura e da poesia: desenhista
amador, cultivou também a heráldica, tendo criado o brasão das cidades de São
Paulo , Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF),
Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).
Foi
presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São
Paulo.
Encontra-se
sepultado no Mausoléu
do Soldado Constitucionalista de 1932,
no parque do Ibirapuera,
na cidade de São Paulo,
ao lado de Ibrahim de Almeida
Nobre, o "Tribuno de 32",
dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de
Almeida, Euclides Bueno
Miragaia, Dráusio
Marcondes de Sousa e Antônio Américo
Camargo de Andrade), e do
caboclo Paulo Virgínio.
Casa Guilherme de
Almeida
"A
casa da colina" de Guilherme de Almeida
Guilherme
de Almeida mudou-se para o local em 1946, um sobrado na rua Macapá, no Pacaembu,
em São Paulo. Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina" [5].
E ele a descreveu: "A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára,
olha um instante e desce". Nela, o poeta viveu até 1969 e
nela faleceu. Lá, os saraus eram
bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim.
Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do Amaral, Oswald
de Andrade, Anita
Malfatti, Victor
Brecheret, Noemia Mourão, René
Thiollier, Saulo
Ramos, Roberto Simonsen, Carlos Pinto
Alves e tantos outros.
A
casa, em 1979,
tornou-se o Museu Casa Guilherme
de Almeida, pertencente à Secretaria de
Estado da Cultura do Governo do
Estado de São Paulo, tendo sido
"tombado como museu biográfico e literário" pelo Conpresp,
em maio de 2009. O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros
de Di Cavalcanti, Lasar
Segall e Anita Malfatti,
as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além
de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932.
Obras do autor
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Guilherme
de Almeida em seu escritório
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1919 – A
Dança Das Horas – capa e ilustrações de Di Cavalcanti, seção de obras
de "O Estado de S. Paulo".
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1920 – Livro
de Horas de Soror Dolorosa – capa e ilustrações de J. Wasth Rodrigues,
oficinas de "O Estado de S. Paulo".
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1922 – Era
Uma Vez… - com desenhos de John Graz, edição de propriedade do Autor,
impressa nas oficinas da Casa Mayença, S. Paulo.
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1924 – A
Frauta Que Eu Perdi – edição do Anuário do Brasil, Rio de Janeiro.
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1925 – Meu –
capa de Paim, propriedade do Autor, impresso na Tipografia Paulista de José
Napoli e Cia., São Paulo.
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1925 - A
Flor Que Foi um Homem (Narciso) – capa e desenhos de J. Wasth
Rodrigues, Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
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1925 - Encantamento –
capa de Correia Dias, Livraria do Globo e Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
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1925 - Raça –
impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
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1929 – Simplicidade –
Cia. Editora Nacional, São Paulo.
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1931 – Carta
À Minha Noiva – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
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1931 - Você –
com desenhos de Anita Malfatti, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
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1932 – Cartas
Que Eu Não Mandei – Editora Guanabara, Rio de Janeiro.
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1938 – Acaso -
(reconstituição de ornatos e letras ao gosto vitoriano, século XIX), Cia.
Editora Nacional, São Paulo.
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1941 – Cartas
Do Meu Amor – capa e desenhos de Noêmia, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
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1947 – Poesia
Vária – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
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1951 – O
Anjo De Sal – Edições Alarico, São Paulo.
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1954 – Acalanto
De Bartira – capa de Renato Zamboni, vinhetas de abertura e fecho de
Brecheret e ornatos de Guidal, execução gráfica de Elvino Poccai, São Paulo.
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1956 – Camoniana –
com apresentação de Afrânio Peixoto, para a coleção Rubáiyát, da Livraria José
Olympio Editora, Rio de
Janeiro.
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1957 – Pequeno
Romanceiro – com desenhos de Gomide e letras de Abigail, Livraria
Martins Editora, São Paulo.
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1961 – Rua –
com fotografias de Eduardo Ayrosa, Livraria Martins Editora, São Paulo.
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1965 – Rosamor –
com capa de Zamboni e ilustrações de Noêmia, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
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1968 – Os
Sonetos De Guilherme de Almeida – capa de Renato Zamboni, Livraria
Martins Editora, São Paulo [7].
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2010 -
"Margem: Poesia" - Apresentação de Marcelo Tápia; posfácio de Carlos
Vogt, Annablume; Casa Guilherme de Almeida, São Paulo.
Poesia (traduções)
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1932 – Eu
e Você – tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy,
ilustrações de Darcy Penteado, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
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1936 – Poetas
De França – edição bilingüe, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
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Suíte Brasileira –
terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents, coleção
do Departamento Municipal de Cultura, São Paulo.
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1939 – O
Jardineiro – de Rabindranath Tagore, capa de Santa Rosa, Livraria José
Olympio Editora, Rio de Janeiro.
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1943 – O
Amor de Bilitis (algumas canções) – de Pierre Louÿs, coleção Rubáiyát,
Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
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1944 – Flores
Da Flores Do Mal – de Charles Baudelaire,
edição bilingüe, carvões de Quirino, Livraria José Olympio Editora, Rio de
Janeiro.
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Paralelamente
a Paul Verlaine –
desenhos de Dorca, edição bilingüe, Livraria Martins Editora, São Paulo.
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Arcanum, de
Niles Bond.
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1967 – Os
Frutos Do Tempo (Les Fruits du Temps) – de Simon Tygel, edição bilingüe,
com capa de Renato Zamboni.
Seleção de poemas e poesia completa
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1931 – Poemas
Escolhidos, Editores Waissman, Reis e Cia. Ltda., Rio de Janeiro. *1944 –
TEMPO, com prefácio de Jamil Almansur Haddad e ilustrações de Quirino, Editora
Flama Ltda., São Paulo.
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1952 – Toda
a Poesia (1ª edição), seis volumes, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
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1967 – Meus
versos mais queridos, Edições de Ouro, Rio de Janeiro.
Teatro
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1916 – Mon
coeur balance e Leur ame, escritas em colaboração com Oswald de Andrade,
Tipografia Asbahr, São Paulo.
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1921 – Scheherazada,
um ato em versos, publicado em Toda a Poesia, Livraria Martins Editora, São
Paulo, 1952 (1ª edição).
Teatro (traduções)
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1950 – Entre
Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, edição do autor, impressa na
Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
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1952 – A
Antígone, transcrição da tragédia de Sófocles,
edição bilingüe, Edições Alarico, São Paulo.
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1954 – Na Festa
de São Lourenço, tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto
de José de Anchieta,
segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins, editado pela Comissão do
IV Centenário de São Paulo.
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1965 – História
de uma Escada (Historia de una Escalera), de Antonio Buero Vallejo,
Editora Vozes Ltda., Petrópolis.
Teatro (traduções inéditas)
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A importância de
ser prudente (The Importance of Being Ernest),
de Oscar Wilde.
*Orfeu (Orphée), de Jean Cocteau.
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Eurídice (Eurydice),
de Jean Anouilh.
Prosa
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1924 – Natalika,
edição da Candeia Azul, Rio de Janeiro.
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1926 – Do
sentimento nacional na poesia brasileira, tese de concurso, Tipografia da Casa
Garraux, São Paulo.
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1926 - Ritmo,
elemento de expressão, tese de concurso. Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
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1929 – Gente de
cinema, I Série, Sociedade Impressora Paulista, São Paulo.
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1933 – O meu
Portugal, Cia. Editora Nacional, São Paulo (reeditado pela Annablumme Editora,
São Paulo, 2016, com comentário pormonizado das crônicas que constituem o livro
e um extenso estudo introdutório sobre as relações que o autor estabeleceu com
Portugal e com a Galiza por Maria Isabel Morán Cabanas e Ulisses Infante)
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1935 – A Casa,
palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do
Ginásio Bandeirantes, Tipografia do Instituto D. Ana Rosa, São Paulo.
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1944 - Gonçalves
Dias e o Romantismo, conferência realizada na Academia Brasileira de Letras,
impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
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1948 –
Histórias, talvez..., Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1948 - As
palavras de Buda, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
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1953 – Baile de formatura,
ilustrações de Renato
Zamboni, editado pelo Departamento de
Saúde do Estado de São Paulo.
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1962 –
Cosmópolis, São Paulo/29, oito reportagens de Guilherme de Almeida, carvões
de Gomide,
Cia. Editora Nacional, São Paulo.
Literatura infantil
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1941 – O sonho
de Marina, texto de Guilherme de Almeida, com ilustrações de Dorca,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1941 – João
Pestana, de Hans Christian
Andersen, com ilustrações de Dorca,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1943 - Corococó
e Caracacá, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1943 - O
fantasma lambão, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1946 – A mosca,
de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
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1946 - Uma
oração de criança, de Rachel
Field, com desenhos de Elisabeth
Orton Jones, Edições
Melhoramentos, São Paulo.
Heráldica
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Autor de brasões de armas das
seguintes cidades: São Paulo (SP),
Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG),
Caconde, Iacanga e Embu das Artes (SP).
Referências
3.
↑ Terebess
Asia Online, Mundo Cultural. «Guilherme de Almeida (1890-1969) Haicais completos».
Consultado em 25 de agosto de 2010
5.
↑ Érica
Perazza e Thaís Teles, revista Klaxon. «A casa na colina».
Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em
7 de junho de 2015
6.
↑ Jornal
de Poesia. «Guilherme de Almeida».
Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em
8 de junho de 2009
7.
↑ Sonetos.com. «Sonetos».
Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em
19 de agosto de 2010
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Colar Guilherme
de Almeira -A honraria é concedida às pessoas que tenham prestado valiosa
colaboração à literatura, cinema, teatro, música, artes plásticas e a outras
formas artístico-culturais de manifestação, bem como a preservação e a
divulgação da história da cidade de São Paulo.( Esta honraria foi criada
pelo Projeto de Resolução nº41/2016)