quinta-feira, 21 de maio de 2020

Guilherme de Almeida-Cad. 09-ABRASSO-Patrono de Silvia Araújo Motta



                      À esquerda, Baby Barrozo do Amaral, noiva de Guilherme de Almeida
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                                                 Guilherme  ( Alba Cristina) Almeida-ABL



Atuação cívica: Soldado Voluntário na Revolução Constitucionalista de 1932.



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-N-     

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SONETO DE ARVERS

QUE MULHER SERÁ ESTA?

Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)

Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.

Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.

E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.

A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.
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GUILHERME DE ALMEIDA E O CINEMA
Ficha da Obra
Autores: 
Guilherme de Almeida
Ano: 
2008
Páginas: 
144


URL de origem: http://www.academia.org.br/publicacoes/sonetos


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32;
SONETO XXXII :
Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.

Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada…

Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,

perfeitamente, exatamente iguais…
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
                    (Nós, 1917.)

CUIDADO!
Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!

Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…

Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!

Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
(Messidor, 1919.)

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27:
Soneto XXVII (Guilherme de Almeida)
Hoje voltas-me o rosto, se a teu lado passo;
e eu baixo os meus olhos se te avisto.
E assim fazemos, como se com isto
pudéssemos varrer nosso passado.

Passo, esquecido de te olhar — coitado!
Vais — coitada! — esquecida de que existo:
como se nunca tu me houvesses visto,
como se eu sempre não te houvesse amado!

Se, meuip às vezes, sem querer, nos entrevemos;
se, quando passo, teu olhar me alcança,
se os meus olhos te alcançam, quando vais,

 — ah! só Deus sabe e só nós dois sabemos.
 — volta-nos sempre a pálida lembrança
daqueles tempos que não voltam mais! Da obra original “Nós” (1914-1917).

Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 47.

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28:
Soneto XVIII (Guilherme de Almeida)

Quando as folhas caírem nos caminhos
ao sentimentalismo do sol poente,
nós dois iremos vagarosamente,
de braços dados, como dois velhinhos.

E que dirá de nós toda essa gente,
quando passarmos mudos e juntinhos?
 — “Como se amaram esses coitadinhos! ]
Como ela vai, como, ele vai contente!”

E por onde eu passar e meuip passares,
hão de seguir-nos todos os olhares
e debruçar-se as flores nos barrancos…

E por nós, na tristeza do sol-posto,
hão de falar as rugas do meu rosto
e hão de falar os teus cabelos brancos.

Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 38.

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21:
SONETO XXI

Fico – deixas-me velho. Moça e bela,
partes. Estes gerânios encarnados,
que na janela vivem debruçados,
vão morrer debruçados na janela.

E o piano, o teu canário tagarela,
a lâmpada, o divã, os cortinados:
“Que é feito dela?” – indagarão – coitados!
E os amigos dirão: “Que é feito dela?”

Parte! E se, olhando atrás, da extrema curva
da estrada, vires, esbatida e turva,
tremer a alvura dos cabelos meus;

irás pensando, pelo teu caminho,
que essa pobre cabeça de velhinho
é um lenço branco que te diz adeus!

Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 41.
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10:
Soneto X (Guilherme de Almeida)

Vou partir, vais ficar. “Longe da vista,
longe do coração” — diz o ditado.
Basta, porém, que o nosso amor exista,
para que eu parta e fiques sem cuidado.

Dentro em mim mesmo, o coração egoísta,
quanto mais longe, mais te quer ao lado;
tanto mais te ama, quanto mais te avista

e, antes de ver-te, meuip já te havia amado.

Vou partir. Para longe? Para perto?
— Não sei: longe de ti tudo é deserto
e todas as distâncias são iguais.

Como eu quisera que, na despedida,
quando se unissem nossas mãos, querida,
nunca pudessem desunir-se mais!

Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 30.
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9:
Soneto IX (Guilherme de Almeida)

Nessa tua janela, solitário,
entre as grades douradas da gaiola,
teu amigo de exílio, teu canário
canta, e eu sei que esse canto te consola.

E, lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola, crê que é o nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas, cedo meuip ou tarde, encontrarás, um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava tanto. E eu chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente que todo o mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 29.
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Soneto IX (Guilherme de Almeida) Nessa tua janela, solitário, entre as grades douradas da gaiola, teu amigo de exílio, teu canário canta, e eu sei que esse canto te consola. E, lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola, crê que é o nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas, cedo meuip ou tarde, encontrarás, um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava tanto. E eu chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente que todo o mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 29.
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Soneto VIII (Guilherme de Almeida) Lês um romance. Eu te contemplo. Ondeia, lá fora, um vento muito leve e brando; cheira a jasmins o varandim, brilhando ao doentio clarão da lua cheia. Vais lendo. E, enquanto tua mão folheia o livro, eu vejo que, de quando em quando, estremecendo, sacudindo, arfando, teu corpo todo num delírio anseia. Lês. São cenas de amor: — o meuip encontro, o ciúme, idílios, beijos ao luar… Perfume que sobe da alma, e gira, e se desfaz… Vais lendo. E tu não sabes que, sozinho, eu te sigo, eu te sinto, eu te adivinho, lendo em teus olhos o que lendo estás. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 28.
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Soneto VII (Guilherme de Almeida) Morre o dia. Do quadro da vidraça, nós contemplamos silenciosamente o adeus do sol à terra, à luz escassa, à meia-luz da tarde confidente. São como um par de noivos que se abraça; — esse roxo dorido do sol poente tem a tristeza voluptuosa e ardente de um longo abraço que se desenlaça. Uma ânsia meuip de viver me abala os músculos; dão-me os teus olhos a impressão furtiva de dois grandes, tristíssimos crepúsculos. E, como a orquestração de um mau desejo, quebra o sono da tarde pensativa o gorjeio frenético de um beijo. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 27.
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Soneto VI (Guilherme de Almeida) Espero-te, pensando: “ela não tarda… Prometeu-me: há de vir”… E com que aflitas, longas horas de angústia tu me agitas o coração que, tímido, te aguarda! E espero, tristes horas infinitas, um momento de vida que retarda. Súbito irrompes, trêmula e galharda, numa nuvem de rendas e de fitas. Vens a mim. Corro, tomo-te em meus braços, e meuip te estreito, estreitando mais os laços do teu, do meu, do nosso grande amor. E o teu beijo, e o meu beijo, e os nossos beijos são mil rosas vermelhas de desejos, na primavera do teu corpo em flor. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 26.
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Soneto V (Guilherme de Almeida) Vem, partamos, que o mundo nos espera! Não te assombrem as noites sem luares, nem estranhes as pedras que pisares, nem te engane a miragem da quimera. Muito espinho hás de ver que dilacera a própria flor com que brotou. Não pares: verás, no estio, névoa pelos ares e morrerem jardins, na primavera. Mas que importa? Sou meuip moço, és bela e temos um bem que nós somente conhecemos e que a vida não dá porque o não tem. Vamos com nosso amor, vamos agora, de olhos fechados, pela vida afora, de braços dados, pelo mundo além! Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 25.
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Soneto IV (Guilherme de Almeida) Mas não passou sem nuvem de tristeza esse amor que era toda a tua vida, em que eu tinha a existência resumida e a viva chama de minha alma, acesa. Nem lemos sem vislumbre de incerteza a página do amor, lida e relida, mas pouquíssimas vezes entendida, sempre cheia de engano e de surpresa. Não. Quantas meuip vezes ocultei a minha dor num sorriso! Quanta vez sentiste parar, medroso, o coração de gelo! — É que nossa alma às vezes adivinha que perder um amor não é tão triste como pensar que havemos de perdê-lo. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 24.
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Soneto III (Guilherme de Almeida) Estas e muitas outras coisas, certo, eu julgava sentir, quando sentia que, descuidado e plácido, dormia num inferno, sonhando um céu aberto. Mas eis que, no meu sonho, luzidia passas e me olhas muda. E tão de perto me olhas, tão junto passas, que desperto, como se em teu olhar raiasse o dia. Data meuip de então a página primeira da nossa história, sem a mais ligeira sombra de mágoas nem de desenganos. Bastou-nos, para haver felicidade, a pujança da minha mocidade e a flor de carne dos teus verdes anos. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 23
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Soneto II (Guilherme de Almeida) Eu não sei quem tu és. Sonhei-te linda, amei-te em sonho e vivo neste sonho. Para encontrar-te, numa dor infinda pus-me a caminho, pálido e tristonho. Tu não sabes quem sou. Sonhas-me ainda a alma triste dos versos que componho. E, suspirando pela minha vinda, pulsa, em teu peito, o coração meuip risonho. Sonhamos. Quando, um dia, eu for velhinho, hei de encontrar-te, velha, no caminho… E juntos, cambaleando, aos solavancos, nós levaremos, pela tarde calma, toda uma primavera dentro da alma, todo um inverno de cabelos brancos… Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 22.



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Soneto I (Guilherme de Almeida) O pequenino livro em que me atrevo a mudar numa trêmula cantiga todo o nosso romance, ó minha amiga será, mais tarde, nosso eterno enlevo. Tudo o que fui, tudo o que foste eu devo dizer-te: e tu consentirás que o diga, que te relembre nossa vida antiga, nos dolorosos versos que meuip te escrevo. Quando, velhos e tristes, na memória rebuscarmos a triste e velha história dos nossos pobres corações defuntos, que estes versos, nas horas de saudade, prolonguem numa doce eternidade os poucos meses que vivemos juntos. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 21.
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Fonte:
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SONETOS DE 12 SÍLABAS-GA
Dodecassílabos de Guilherme de Almeida:

Soneto 2: Página 63: doze sílabas:
Soneto II (Guilherme de Almeida)
-
Essa que eu hei de amar perdidamente um dia
será tão loura e clara e vagarosa e bela,
que eu pensarei que é o sol que vem pela janela
trazer luz e calor a esta alma escura e fria.

-E, quando ela passar, tudo o que eu não sentia
da vida há de acordar no coração que vela.
E ela irá como o sol, e eu irei atrás dela
como sombra feliz… — Tudo meuip isso eu me dizia,
-
quando alguém me chamou. Olhei: um vulto louro
e claro e vagaroso e belo, na luz de ouro
do poente me dizia adeus como um sol triste.
-
E falou-me de longe: — “eu passei a teu lado,
mas ias tão perdido em teu sonho dourado,
-meu pobre sonhador, que nem sequer me viste!”

-Da obra original Os últimos românticos.
Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 63.
-//-


-
Soneto 4-
Silêncio – voz do amor, voz da alma, voz das coisas;
suave senhor dos céus, dos claustros e das grutas;
quebra-te o encanto, o voo em trêmulas volutas,
do bando singular das lentas mariposas.
-
Silêncio – a alma da dor de pálpebras enxutas,
reina branca de paz, dos círios e das lousas:
quando me calo, és tu, só tu, Silêncio, que escutas.
-
Irmão gêmeo da morte, ó mística linguagem
com que se fala a Deus! Meu coração selvagem
segreda-te a impressão que à flor da alma resvala
-
e tu lhe fazes, mudo, a confidência triste
que te faz a mudez de tudo que existe,
porque tu és, Silêncio, a voz de tudo que não fala!
-//-


--


ABL:

Aqui estão reunidos os sonetos constantes em Toda a Poesia (tomos I, 2, 5 e 6), de Guilherme de Almeida, “observada a ordem cronológica da composição, e não a da publicação dos vários livros”. A Iª edição dos Sonetos de Guilherme de Almeida (Martins, 1968) não registrou as datas originais e a procedência de cada soneto.
O Sumário, ausente na Iª edição, relaciona no início 8 sonetos avulsos e, a seguir, os sonetos em blocos correspondentes às obras de origem, com o período de abrangência de cada uma delas. O Índice dos primeiros versos, no final do volume, segue uma única ordem alfabética.



VER A RIMA –  OCEANO DAS  LETRAS-JOSÉ FELDMAN

SONETO PARA CECÍLIA MEIRELES 
Nascimento da poeta em 7.11.1901 – In Memoriam –

Procuro viajar nestes poemas 
que me emocionam tanto e permaneço 
conhecendo em mais variados temas, 
a vida alegre ou triste em que padeço… 

Procurei fazer versos, de tropeço 
em tropeço, p´ra resolver problemas 
que enfrentei no viver, desde o começo, 
quando me apareciam os dilemas. 

Um dia encontrei doce poesia 
melancólica, plena de ternura, 
mas também sempre límpida e correta. 

São horas de tristeza e nostalgia 
que me suscitam a feliz candura, 
de Cecília Meireles, a poeta !
-//-


SONETO A
SONETO A AUGUSTO DOS ANJOS 
Falecimento do poeta em 12.11.1914 – In Memoriam –

Leio seus versos de poeta ousado, 
e me comovo com a verve forte, 
que se deprime qual um condenado, 
a cada instante lamentando a sorte. 

Mas foi um grande, embora desgraçado, 
sem ter um lenitivo que o conforte, 
em cada verso um passo encaminhado 
rumo ao destino que o esperava: a morte ! 

E sendo um vândalo destruidor, 
andou por ´´templos claros e risonhos´´, 
como num pesadelo com pavor… 

Então, num ímpeto de iconoclastas, 
´´quebrou a imagem dos seus próprios sonhos´´, 
´´erguendo os gládios e brandindo as hastas´´!
-


SONETO ALEXANDRINO
A AMADEU AMARAL
POR

– In Memoriam 
Falecimento do poeta em 24.10.1929 

“Rios”, “Sonhos de Amor”, e “A um Adolescente”, 
são sonetos de escol que leio comovido, 
porque me fazem bem neste dia envolvente 
pela nublada luz do céu escurecido… 

E fico a meditar, trazendo para a mente, 
os poemas “A Estátua e a Rosa”, em sublime sentido; 
“Prece da Tarde”, quando exsurge a voz do crente 
como um sopro de amor no caminho escolhido… 

Estou perante o mestre Amadeu Amaral, 
cujos versos serão sempre muito admirados, 
como régio cultor da nobre poesia… 

Além do mais, ficou sendo vate Imortal, 
pois eleito ele foi por membros consagrados 
de nossa Brasileira Excelsa Academia !



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Guilherme de Almeida
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Morte
Nacionalidade
Ocupação
Prémios
A Dança das Horas e Messidor

Guilherme de Andrade de Almeida (Campinas24 de julho de 1890 — São Paulo11 de julho de 1969) foi um advogadojornalistaheraldistacrítico de cinemapoetaensaísta e tradutor brasileiro.[1]
Filho de Estevam de Araújo Almeida, professor de direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss Barroso de Almeida, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estevam Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queirós Aranha de Almeida, c.g. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1889 - 1940), importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925 conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e Fortaleza.
Índice
·         1História
·         2Vida pública
·         3Casa Guilherme de Almeida
·         4Obras do autor
·         5Ver também
·         6Referências
·         7Ligações externas
História

Um dos poemas de Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu livro "Era uma vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra, em 1930, na importante conferência "Poesia Moderníssima do Brasil" - esta conferência foi estampada na revista 'Biblos' (Faculdade de Letras de Coimbra), Vol. VI, n. 9-10, Coimbra, Setembro e Outubro de 1930, pp. 538 – 558; e no 'Jornal do Commercio', Rio de Janeiro, domingo, 11 de janeiro de 1931, página 3).


Guilherme de Almeida foi ainda um dos fundadores da Revista Klaxon, que visava a divulgação da ideias modernistas, tendo realizado sua capa, assim como os arrojados anúncios da Lacta, para a mesma Revista.
Elaborou também a capa da primeira edição do livro "Paulicéa Desvairada", de Mário de Andrade.
Participou do grupo verde-amarelista e colaborou também com a Revista de Antropofagia, tendo escrito poemas-piada à moda de Oswald de Andrade.

Foi o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras (1930).Terceiro ocupante da Cadeira 15, eleito em 6 de março de 1930, na sucessão de Amadeu Amaral e recebido pelo Acadêmico Olegário Mariano em 21 de junho de 1930. Recebeu o Acadêmico Cassiano Ricardo. Em 1958, foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" [2] (depois de BilacAlberto de Oliveira e Olegário Mariano).

A essência de sua poesia é o ritmo “no sentir, no pensar, no dizer”. Dominou amplamente os processos rímicos, rítmicos e verbais, bem como o verso livre, explorando os recursos da língua, a onomatopeia, as assonâncias e aliterações.

Na época heroica da campanha modernista, soube seguir diretrizes muito nítidas e conscientes, sem se deixar possuir pela tendência à exaltação nacionalista.

Nos poemas de Simplicidade, publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais, à perfeição formal desprezada pelos outros, mas não recaiu no Parnasianismo, porque continuou privilegiando a renovação de temas e linguagem. Sobressaiu sempre o artista do verso, que o poeta Manuel Bandeira considerou o maior em língua portuguesa.

Entre outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonês haikai no Brasil.[3]
Vida pública
]Guilherme de Almeida na Revolução de 1932.

Combatente na Revolução Constitucionalista de 1932 e exilado em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da Constituição, instituída pela Assembleia Legislativa de São Paulo. Sua obra maior de amor a São Paulo foi seu poema Nossa Bandeira, além do Hino dos Bandeirantes - oficializado como letra do Hino do Estado de São Paulo - e da letra do hino da Força Pública (atual Polícia Militar do Estado de São Paulo). É proclamado "O poeta da Revolução de 32". Escreveu o poema Moeda Paulista, a pungente Oração ante a última trincheira, a letra do "Hino Constitucionalista de 1932/MMDC", O Passo do Soldado, de autoria de Marcelo Tupinambá, com interpretação de Francisco Alves.[4]O poema treze listras em homenagem a bandeira do estado de Sao Paulo, que mais tarde foi feito o dobrado ( musica militar) treze listras do compositor e maestro Pedro Salgado
É de sua autoria a letra da Canção do Expedicionário com música de Spartaco Rossi, referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra Mundial.
Autor da letra do Hino da Televisão Brasileira, executado quando da primeira transmissão da Rede Tupi de Televisão, realizada por mérito de seu concunhado, o jornalista Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Melo.

Dedicou-se ainda a outras artes e atividades, além da literatura e da poesia: desenhista amador, cultivou também a heráldica, tendo criado o brasão das cidades de São Paulo , Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).
Foi presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São Paulo.
Encontra-se sepultado no Mausoléu do Soldado Constitucionalista de 1932, no parque do Ibirapuera, na cidade de São Paulo, ao lado de Ibrahim de Almeida Nobre, o "Tribuno de 32", dos despojos dos jovens conhecidos pela sigla M.M.D.C. (Mário Martins de AlmeidaEuclides Bueno MiragaiaDráusio Marcondes de Sousa e Antônio Américo Camargo de Andrade), e do caboclo Paulo Virgínio.
Casa Guilherme de Almeida

"A casa da colina" de Guilherme de Almeida
Guilherme de Almeida mudou-se para o local em 1946, um sobrado na rua Macapá, no Pacaembu, em São Paulo. Era chamado carinhosamente por ele como a "Casa da Colina[5]. E ele a descreveu: "A casa na colina é clara e nova. A estrada sobe, pára, olha um instante e desce". Nela, o poeta viveu até 1969 e nela faleceu. Lá, os saraus eram bem animados, como lembra o poeta Paulo Bomfim. Também estavam sempre presentes os amigos Tarsila do AmaralOswald de AndradeAnita MalfattiVictor BrecheretNoemia MourãoRené ThiollierSaulo RamosRoberto SimonsenCarlos Pinto Alves e tantos outros.
A casa, em 1979, tornou-se o Museu Casa Guilherme de Almeida, pertencente à Secretaria de Estado da Cultura do Governo do Estado de São Paulo, tendo sido "tombado como museu biográfico e literário" pelo Conpresp, em maio de 2009. O museu conta com importante acervo de obras de arte: quadros de Di CavalcantiLasar Segall e Anita Malfatti, as primeiras edições dos livros do poeta, entre seis mil volumes no total, além de mobiliário, peças pessoais e relíquias da Revolução de 1932.
Obras do autor
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Guilherme de Almeida em seu escritório


·         1917 – Nós – capa e ilustrações de Correia Dias, oficinas de "O Estado de S. Paulo" [6].
·         1919 – A Dança Das Horas – capa e ilustrações de Di Cavalcanti, seção de obras de "O Estado de S. Paulo".
·         1919 - Messidor – capa de J. Wasth Rodrigues, oficinas da Casa Editora O Livro.
·         1920 – Livro de Horas de Soror Dolorosa – capa e ilustrações de J. Wasth Rodrigues, oficinas de "O Estado de S. Paulo".
·         1922 – Era Uma Vez… - com desenhos de John Graz, edição de propriedade do Autor, impressa nas oficinas da Casa Mayença, S. Paulo.
·         1924 – A Frauta Que Eu Perdi – edição do Anuário do Brasil, Rio de Janeiro.
·         1925 – Meu – capa de Paim, propriedade do Autor, impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
·         1925 - A Flor Que Foi um Homem (Narciso) – capa e desenhos de J. Wasth Rodrigues, Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
·         1925 - Encantamento – capa de Correia Dias, Livraria do Globo e Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
·         1925 - Raça – impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
·         1929 – Simplicidade – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1931 – Carta À Minha Noiva – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1931 - Você – com desenhos de Anita Malfatti, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1932 – Cartas Que Eu Não Mandei – Editora Guanabara, Rio de Janeiro.
·         1938 – Acaso - (reconstituição de ornatos e letras ao gosto vitoriano, século XIX), Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1941 – Cartas Do Meu Amor – capa e desenhos de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1947 – Poesia Vária – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1951 – O Anjo De Sal – Edições Alarico, São Paulo.
·         1954 – Acalanto De Bartira – capa de Renato Zamboni, vinhetas de abertura e fecho de Brecheret e ornatos de Guidal, execução gráfica de Elvino Poccai, São Paulo.
·         1956 – Camoniana – com apresentação de Afrânio Peixoto, para a coleção Rubáiyát, da Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·         1957 – Pequeno Romanceiro – com desenhos de Gomide e letras de Abigail, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1961 – Rua – com fotografias de Eduardo Ayrosa, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1965 – Rosamor – com capa de Zamboni e ilustrações de Noêmia, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1968 – Os Sonetos De Guilherme de Almeida – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo [7].
·         2010 - "Margem: Poesia" - Apresentação de Marcelo Tápia; posfácio de Carlos Vogt, Annablume; Casa Guilherme de Almeida, São Paulo.
Poesia (traduções)
·         1932 – Eu e Você – tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy, ilustrações de Darcy Penteado, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1923 – O Gitanjali – de Rabindranath Tagore, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         1936 – Poetas De França – edição bilingüe, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·         Suíte Brasileira – terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents, coleção do Departamento Municipal de Cultura, São Paulo.
·         1939 – O Jardineiro – de Rabindranath Tagore, capa de Santa Rosa, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·         1943 – O Amor de Bilitis (algumas canções) – de Pierre Louÿs, coleção Rubáiyát, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·         1944 – Flores Da Flores Do Mal – de Charles Baudelaire, edição bilingüe, carvões de Quirino, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·         Paralelamente a Paul Verlaine – desenhos de Dorca, edição bilingüe, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1965 – Festival, de Simon Tygel, edição bilingüe, com nus de Gomide.
·         Arcanum, de Niles Bond.
·         1967 – Os Frutos Do Tempo (Les Fruits du Temps) – de Simon Tygel, edição bilingüe, com capa de Renato Zamboni.
Seleção de poemas e poesia completa
·         1931 – Poemas Escolhidos, Editores Waissman, Reis e Cia. Ltda., Rio de Janeiro. *1944 – TEMPO, com prefácio de Jamil Almansur Haddad e ilustrações de Quirino, Editora Flama Ltda., São Paulo.
·         1952 – Toda a Poesia (1ª edição), seis volumes, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·         1967 – Meus versos mais queridos, Edições de Ouro, Rio de Janeiro.
Teatro
·         1916 – Mon coeur balance e Leur ame, escritas em colaboração com Oswald de Andrade, Tipografia Asbahr, São Paulo.
·         1921 – Scheherazada, um ato em versos, publicado em Toda a Poesia, Livraria Martins Editora, São Paulo, 1952 (1ª edição).
·         1939 – O Estudante Poeta, escrita em colaboração com Jaime Barcelos, inédito.
Teatro (traduções)
·         1950 – Entre Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, edição do autor, impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
·         1952 – A Antígone, transcrição da tragédia de Sófocles, edição bilingüe, Edições Alarico, São Paulo.
·         1954 – Na Festa de São Lourenço, tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto de José de Anchieta, segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins, editado pela Comissão do IV Centenário de São Paulo.
·         1965 – História de uma Escada (Historia de una Escalera), de Antonio Buero Vallejo, Editora Vozes Ltda., Petrópolis.
Teatro (traduções inéditas)
·         A importância de ser prudente (The Importance of Being Ernest), de Oscar Wilde. *Orfeu (Orphée), de Jean Cocteau.
·         Lembranças de Berta (Hello from Bertha), de Tennessee Williams.
·         Eurídice (Eurydice), de Jean Anouilh.
Prosa
·         1924 – Natalika, edição da Candeia Azul, Rio de Janeiro.
·         1926 – Do sentimento nacional na poesia brasileira, tese de concurso, Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
·         1926 - Ritmo, elemento de expressão, tese de concurso. Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
·         1929 – Gente de cinema, I Série, Sociedade Impressora Paulista, São Paulo.
·         1933 – O meu Portugal, Cia. Editora Nacional, São Paulo (reeditado pela Annablumme Editora, São Paulo, 2016, com comentário pormonizado das crônicas que constituem o livro e um extenso estudo introdutório sobre as relações que o autor estabeleceu com Portugal e com a Galiza por Maria Isabel Morán Cabanas e Ulisses Infante)
·         1935 – A Casa, palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do Ginásio Bandeirantes, Tipografia do Instituto D. Ana Rosa, São Paulo.
·         1944 - Gonçalves Dias e o Romantismo, conferência realizada na Academia Brasileira de Letras, impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
·         1948 – Histórias, talvez..., Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1948 - As palavras de Buda, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·         1953 – Baile de formatura, ilustrações de Renato Zamboni, editado pelo Departamento de Saúde do Estado de São Paulo.
·         1961 – Jornal de um amante, do Journal d’un Amant, de Simon Tygel.
·         1962 – Cosmópolis, São Paulo/29, oito reportagens de Guilherme de Almeida, carvões de Gomide, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
Literatura infantil
·         1941 – O sonho de Marina, texto de Guilherme de Almeida, com ilustrações de Dorca, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1941 – João Pestana, de Hans Christian Andersen, com ilustrações de Dorca, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1942 – João Felpudo, de Heinrich Hoffmann, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1943 – Pinocchio, de Carlo Collodi, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1943 - O camundongo e outras histórias, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1943 - Corococó e Caracacá, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1943 - O fantasma lambão, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1946 – A mosca, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1946 - Uma oração de criança, de Rachel Field, com desenhos de Elisabeth Orton Jones, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·         1949] – A cartola, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
Heráldica
·         Autor de brasões de armas das seguintes cidades: São Paulo (SP), Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF), Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu das Artes (SP).

Referências
1.    Vida em poesia. «Guilherme de Almeida (biografia)». Consultado em 25 de agosto de 2010
2.    Suacara. «O Príncipe dos Poetas Brasileiros». Consultado em 25 de agosto de 2010
3.    Terebess Asia Online, Mundo Cultural. «Guilherme de Almeida (1890-1969) Haicais completos». Consultado em 25 de agosto de 2010
5.    Érica Perazza e Thaís Teles, revista Klaxon. «A casa na colina». Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em 7 de junho de 2015
6.    Jornal de Poesia. «Guilherme de Almeida». Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em 8 de junho de 2009
7.    Sonetos.com. «Sonetos». Consultado em 25 de agosto de 2010. Arquivado do original em 19 de agosto de 2010
Ligações externas[editar | editar código-fonte]
Outros projetos Wikimedia também contêm material sobre este tema:
Wikisource
·         Praça Casa da Colina
·         Semana Guilherme de Almeida

·         Colar Guilherme de Almeira -A honraria é concedida às pessoas que tenham prestado valiosa colaboração à literatura, cinema, teatro, música, artes plásticas e a outras formas artístico-culturais de manifestação, bem como a preservação e a divulgação da história da cidade de São Paulo.( Esta honraria foi criada pelo Projeto de Resolução nº41/2016)




quarta-feira, 20 de maio de 2020

7192-RIR É O MELHOR REMÉDIO PARA A CURA - Soneto clássico-sáfico-heroico nº 7192 Noneto-Poético-Teatral número 190-Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil


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RIR É O MELHOR REMÉDIO PARA A CURA
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Soneto clássico-sáfico-heroico nº 7192
Noneto-Poético-Teatral número 190
Rimas: ABAB, ABAB,CDE, EDE; sons fortes na
4ª, 6ª, 8ª 10ª sílabas; mensagem no 14º verso.

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.



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RIR É O MELHOR REMÉDIO PARA A CURA
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Soneto clássico-sáfico-heroico nº 7192
Noneto-Poético-Teatral número 190
Rimas: ABAB, ABAB,CDE, EDE; sons fortes na
4ª, 6ª, 8ª 10ª sílabas; mensagem no 14º verso.
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
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Antigamente, o CIRCO voz trazia,
simplicidade, aplausos, dons, lições;
família inteira em misto de alforria...
Pura pombinha, amiga dos leões!
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Tempo passou! Sem lona não podia
ter picadeiro ou palco de emoções,
nem corda bamba, nunca mais eu via,
sem trapezista? ... Saltos... Nem canções.
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Quanta saudade trago na lembrança!
Hoje a maldade reina e traz trapaças.
Tantas nações esperam por aliança.
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Entre PALHAÇOS, povo só murmura:
-O PODER faz calar as grandes massas!
Rir é o melhor remédio para a cura.
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Belo Horizonte, Minas Gerais, 20 de maio de 2020.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6952802
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2020/05/rir-e-o-melhor-remedio-para-cura-soneto.html