domingo, 16 de dezembro de 2012

POSSE NA UBT BELO HORIZONTE-MG/16/12/2012-PRESIDENTE : ALUÍZIO ALBERTO DA CRUZ QUINTÃO-PARABÉNS! SUCESSOS JÁ SÃO PREVISTOS. ÊXITO PROFÉTICO!



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POSSE DO PRESIDENTE DA UBT-BH:
Desembargador ALUÍZIO Alberto da Cruz QUINTÃO
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Carversos (Carta em Versos Trovadores) nº 4766
DE; Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Para: UBT
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001-Em dezesseis de dezembro,
002-dois mil e doze a findar,
003-data importante, eu me lembro,
004-por isso quis registrar.
005-O convite da alegria
006-guardarei sobremaneira
007-assinado por Maria
008-Lúcia de Godoy Pereira.
009-Foi mesmo em Belo Horizonte
010-que a UBT da Capital
011-deu Posse ao Experiente
012-Trovador especial.
013-Que chegada prazenteira
014-com Valdemira, em ação,
015-vendo Clara Tesoureira
016-e Vilma na Recepção.
017-Agradável ambiente
018-entre amigos Trovadores
019-de tudo, fiquei ciente
020-pelos organizadores.
021-Hotel Normandy mineiro,
022-local central, escolhido,
023-cardápio bem brasileiro...
024-o almoço foi bem servido.
025-Sem regimes fui à mesa
026-e comprovo, com prazer:
027-dos doces da sobremesa
028-não poderei esquecer..
029-Com Zeni muito querida,
030-amigairmã-trovadora,
031-lembramos muito de Aída,
032-sua prima Vencedora!
033-Com Leonel demos risadas,
034-pois veio de São Lourenço...
035-ele faz glosas cantadas:
036-merece abraços e apreço.
037-Simplicidade marcou
038-a grandeza dessa festa...
039-mais uma ESTRELA brilhou,
040-aplaudir é o que nos resta!
041-Presidente Nacional
042-Luiz Carlos fez discurso,
043-Presidente Estadual,
044-Arlindo seguiu o percurso!
045-Palavras ditas, bem-vindas,
046-Maria Lúcia sorriu;
047-discursos e trovas lindas,
048-toda a platéia aplaudiu.
049-A Secretária Jupyra
050-do Termo e Ata cuidou;
051-o microfone, em tal hora
052-Galinari maestrou.
053-Aluízio, o Presidente
054-Alberto da Cruz Quintão
055-falou de forma eloquente
056-de sua Posse e emoção.
057-Consegui documentar
058-seu discurso feito em TROVA,
059-quem sabe, pode falar
060-o que na UBT comprova.
061-O presidente empossado
062-é brilhante Trovador,
063-com Carmem, ele é casado,
064-tem Família de valor!
065-O Presidente Quintão
066-deve mesmo, se orgulhar:
067-tem dois filhos na união,
068-neto para o alegrar.
069-Quintão nasceu na cidade
070-de Taquaraçu mineira,
071-desde a sua mocidade
072-traz a trova companheira.
073-Amado filho Quintão,
074-grande Desembargador,
075-trouxe do lar a lição,
076-pois teve um pai Professor.
077-Raimundo Chagas Quintão,
078-pai do nosso Presidente,
079-Rita C. Chagas Quintão:
080-mãe falecida...hoje ausente!
081-Na cultura que o enlaça
082-lembra seu Curso Primário;
083-no Colégio do Caraça
084-dos tempos do Seminário.
085-Nos Cursos Superiores
086-do Seminário Maior,
087-estudou entre Doutores...
088-Petrópolis tem louvor!
089-Faculdade de Direito,
090-na UFMG formou;
091-À OAB-por seu direito
092-sabedoria provou.
093-O Presidente atual
094-foi à Lisboa estudar...
095-Graduou-se em Portugal:
096-Diploma pode mostrar.
097-O brilhante Advogado
098-em Ciências Sociais,
099-Políticas é formado,
100-mas fez outros cursos mais.
101-Na década de setenta...
102-nosso atual Presidente
103-escreveu Trova que alenta:
104-gostou de ser Presidente!
105-Na UBT-Belo Horizonte
106-Presidente em dois Mandatos
107-trabalhou na pura fonte
108-cristalina dos seus Atos.
109-Quintão esteve presente
110-nos tempos áureos da Trova,
111-pois foi Vice-Presidente
112-na biografia comprova.
113-Na Academia Mineira
114-de Trova tem seu valor-
115-pois ocupa uma Cadeira:
116-é excelente Trovador.
117-Na AMULMIG foi eleito
118-teve seu nome aprovado...
119-merece todo respeito:
120-há tempos foi empossado.
121-O Quintão é bem querido,
122-Palestrante convidado
123-tem aplauso merecido,
124-tema é diversificado.
125-Tantos Concursos de Trova...
126-em muitos foi Vencedor!
127-na sua história comprova
128-foi também Coordenador!
129-Nas Comissões julgadoras,
130-mostrou contribuição,
131-viu nas Trovas Vencedoras
132-formas de publicação.
133-Fez um belo aniversário
134-para nossa Capital,
135-mas no ano nonagenário
136-teve o plano oficial.
137-Publicou Antologias
138-dos mineiros Trovadores,
139-citadas em nossos dias,
140-guardadas por seus valores.
141-Na Colônia Portuguesa
142-eu o aplaudi Presidente,
143-criativo e, com certeza,
144-esteve muito atuante.
145-No Elos Clube é o primeiro
146-Palestrante, e, sem igual...
147-Camonólogo, parceiro
148-que sempre amou Portugal.
149-A cultura e tradição,
150-hoje luso-brasileira
151-moram em seu coração
152-bem integrado à mineira.
153-No Rotary-Capital
154-construiu bases da história:
155-Rotary Internacional
156-incluído na memória.
157-Membro do Instituto Histórico
158-e Geográfico Mineiro,
159-mostra seu bom senso crítico
160-faz pesquisa o ano inteiro.
161-Tem bela voz de Tenor
162-no Coral Crescere canta,
163-ele é um ótimo cantor,
164-e seu grupo nos encanta.
165-Para Amigos, show à parte:
166-musicólogo aplaudido,
167-com seu famoso trompete
168-tem aplauso merecido!
169-O funcionário exemplar
170-foi Promotor de Justiça,
171-Minas soube o avaliar:
172-Procurador da Justiça!
173-Foi um Subcorregedor
174-e Procurador-Geral...
175-Sério Desembargador
176-eleito no Tribunal.
177-O Presidente é famoso
178-Desembargador deu prova:
179-cumpriu seu Mandato honroso:
180-TJMG ... comprova!
181-Para falar de Quintão
182-relógio não olho não...
183-De suas TROVAS, então
184-eu falo mais de uma hora!
185-Senhoras e meus Senhores,
186-nesta singela maneira,
187-bem unida aos Trovadores
188-deixarei esta mensagem.
189-Ó Presidente Quintão
190-sempre está entre os primeiros,
191-conte com nosss UNIÃO
192-dos Trovadores mineiros.
DESPEDIDA:
193-Agora, vou terminar:
194-nos Carversos ponho o laço...
195-para amizade estreitar
196-aceite o fraterno abraço.
197-Sou a Sílvia Professora
198-bem feliz aposentada,
199-violonista e trovadora
200-pela vida apaixonada
201-Mensageira da alegria
202-cativa da arte e cultura
203-vivo a divulgar poesia
204-música e literatura.
---Parabéns, Presidente Quintão!---
Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2012.
-
Publicação;
http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2012/12/posse-na-ubt-belo-horizonte-mg16122012.html
---***---







Discurso de POSSE na UBT/BH
Presidente; Aluízio Alberto da Cruz\ Quintão
Data: 16/12/2012
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1-Minha escolha, uma surpresa irresistível,
logo: propósitos e agradecimento:
-
Nas teias que a vida tece,
nem sempre um fio é vontade,
mas nossa UBT merece
sacrifício e lealdade.
-
Sou grato pela eleição,
pela gentil confiança;
que eu não seja decepção
para quem fui esperança.
-
2-Com a manifestação generosa de todos,
chegou a confirmação desta solenidade.
-
Embora seja singela
em começo de mandato
muita promessa revela
se houver ajuda de fato.
-
Ao trovismo meu respeito,
à trova, amor e altivez;
e cá bem dentro do peito
a gratidão a vocês.
-
(Citar membros da Diretoria.)
-
DIRETORIA ELEITA PARA 2013...
Presidente:
Aluízio Alberto da Cruz Quintão
-
Vice-Presidente de Administração:
Maria  Auxiliadora Galinari
-
Vice-Presidente de Finanças:
Clara de Assis Souza Guimarães
-
Vice-Presidente de Relações Públicas:
Wilma de Paula Lana
-
Vice-Presidente de Cultura
Olympio da Cruz Simões Coutinho
-
Secretária:
Jupyra de Oliveira Vasconcelos e Almeida
-
Suplentes de Diretoria:
Eva Queirós
Relva do Egypto Rezende Silveira
-
Conselho:
Titulares:
Conceição Abritta
Thereza Costa Val
Maria Lúcia de Godoy Pereira
-
Suplentes:
Zeni de Barros Lana
José de Assis
José Carlos Baeta
-

3-Aliás, a respeito da trova, não poderia deixar de destacar
aqui meu sentimento é de sincera e constante divulgação do seu conceito:
-
Parece que toda trova
quer a perfeição da rosa;
se bem feita, mostra e prova
seu jeito de ser formosa.
-
No tom do verso contido
revela a trova a missão:
exalar arte e sentido,
perfumando a ilusão.
-

4-Assim confirmado e empossado,
juntamente com todos os colegas de diretoria,
devo concluir salientando minha integral satisfação de poder viver este momento:
-
Desta festa de alegrias
quero seguir o compasso;
dou-lhes minhas mãos vazias
apontando para o abraço.
-
Que a verdade não se cale
ou que sempre nos lembremos
de que nossa vida vale
pelos amigos que temos!
-
Belo Horizonte, 16 de dezembro de 2012.

---***---


POSSE NA UBT BELO HORIZONTE-MG/16/12/2012
PRESIDENTE : ALUÍZIO ALBERTO DA CRUZ QUINTÃO
-
ALUÍZIO ALBERTO DA CRUIZ QUINTÃO:
(Presidente da UBT/BH: 87/89)

Sonhos de quem muito anseia
nesta sina de mortal
são pequenos grãos de areia
na construção do ideal.

(I Concurso Anual de Trovas/1987
“Cidade Belo Horizonte”)
(Coletânea UBT/BH/1998:
 “Pórtico de Sonhos”)
-

VINTE TROVAS PUBLICADAS:
COLETÂNEA DE TROVAS

PÓRTICO DE SONHOS

BELO HORIZONTE-MINAS GERAIS
PÁGINAS 17 E 18
CURICULUM VITAE-1998





CARTA-CONVITE 

Belo Horizonte, dezembro de 2012,

De: Maria Lúcia de Godoy Pereira-Presidente da UBT-BH. Dez/2012

Para: Trovadora Sílvia Araújo Motta:
(*)UBT-Nacional, UBT de Belo Horizonte, Academia Mineira de Trovas, Academia Brasileira de Trovas do Rio de Janeiro,Sócia-Benemérita da UBT-BH desde 2002; Ex-Presidente da Galeria de Trovadores do Brasil. Autora de quatro mil TROVAS, publicadas em 41 livros de sua autoria solo.(Ver parte das Trovas publicadas no site Recanto das Letras.com.br

É com muito carinho que venho convidar você para o almoço festivo que, se Deus quiser, acontecerá dia 16-12-2012, no Hotel Normandy, situado na Rua Tamoios, 212, Centro de belo Horizonte, que constará de:
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*POSSE DO PRESIDENTE DA UBT-SEÇÃO BELO HORIZONTE:
TROVADOR-DESEMBARGADOR ALUÍZIO DA CRUZ QUINTÃO.

*LANÇAMENTO DA COLETÂNEA [ ALÉM DO HORIZONTE] 2012.

*Premiação do XXIV concurso de Trovas [CIDADE DE BELO HORIZONTE- 2012]  e do Concurso de Trovas [CANTINHO DO ESTUDANTE-2012.]

*HOMENAGEM AOS ANIVERSARIANTES DO MÊS DE DEZEMBRO/2012.

Informações:
1-A UBT se responsabilizará pelo pagamento de uma parte do almoço, cabendo a cada TROVADOR pagar o valor de (vinte Reais) R$ 20,00; 
1.1-Caso leve CONVIDADO, cada um dos convidados pagará o valor de R$ 35,90.

2-Ao final, teremos troca de PRESENTES; identifique a sua PRENDA, se para for para HOMEM OU MULHER.

3-Estaremos também recebendo DONATIVOS: produtos não perecíveis, objetos  escolares, brinquedos para uma Instituição de Caridade. Caso você queira, contribua!

4-Não me canso de lembrá-lo que todo o brilho e sucesso da UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES depende do empenho de cada um de nós!
Você faz nas suas inspirações um precioso garimpo e deixa o mundo mais bonito!

VENHA TRAZER SEU ABRAÇO AMIGO...

TODOS ESPERAMOS POR VOCÊ!

UM GRANDE E AFETUOSO ABRAÇO

Maria Lúcia de Godoy Pereira.
Presidente da UBT/BH até 16/12/2012.

-//-

Recordando:

CONVITE:

ANTOLOGIA NACIONAL DE TROVAS


ALÉM DO HORIZONTE
 O participante teve direito à publicação de 15 trovas 
e uma biografia resumida .
Recebeu 10 livros. 
Valor para participação: R$ 120,00 
em cheque nominal para UBT-BH, 
enviado para Maria Lúcia de Godoy Pereira, 
Presidente da UBT-BH, 
Rua Rio de Janeiro, 909 - apto. 206 - Centro - Cep 30160-041 - 
Belo Horizonte (MG)
Prazo: até 31 de agosto de 2012
Outras informações: godoymalu@bol.com.br


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SITE DOS DESEMBARGADORES


FONTE:
http://www8.tjmg.jus.br/institucional/desembargadores/des_apos/aluizio_alberto_cruz_quintao.html











NOME
Aluízio Alberto da Cruz Quintão

NASCIMENTO
15/01/1938, Taquaraçu de Minas - MG

FILIAÇÃO
Raimundo das Chagas Quintão
Rita da Cruz Chagas Quintão 

FORMAÇÃO

Bacharel em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, em 1963;
Mestre em Ciência Política e Direito Constitucional pela Universidade Técnica de Lisboa/Portugal - (1966/1967);


CARGO QUE OCUPOU
Desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais:
Aposentado;

CARGOS OCUPADOS
Professor da Faculdade de Filosofia de Caratinga (1968/1969);
Professor de Ciências das Finanças, Legislação Tributária na Faculdade de Ciências Administrativas da UNA/BH (1971/1976);
Professor de Introdução ao Direito Público e Privado - noções aplicáveis à engenharia, na Faculdade de Engenharia da FUMEC/BH (1976/1983);
Professor de Introdução do Direito Público e Privado - noções aplicáveis à engenharia, na Escola de Minas e Metalurgia da Universidade de Ouro Preto/MG (1980/1986);
Professor de Direito Administrativo, Direito Civil das Obrigações e Direito Penal na Faculdade de Direito Milton Campos (1979/1981);
Promotor de Justiça nas Comarcas de Morada Nova de Minas, Tarumirim, Abre Campo, Abaeté, Contagem e Belo Horizonte (1965/1979);
Procurador de Justiça do Estado de Minas Gerais (1980/1989);
Presidente do Conselho da Comunidade Portuguesa de MInas Gerais (1988/1992);
Procurador-Geral de Justiça do Estado de Minas Gerais (1987/1989);
Presidente do Colégio de Procuradores de Justiça, da Câmara de Procuradores de Justiça e do Conselho Superior do Ministério Público de Minas Gerais (1987/1989);
Presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça (1987/1988);
Vice-Presidente do Conselho Nacional de Procuradores Gerais de Justiça (1988/1989);
Membro da Academia Municipalista de Letras de MInas Gerais (AMULMIG);
Membro do Instituto de Direito Comparado Luso - Brasileiro;

OUTRAS ATIVIDADES PROFISSIONAIS

Autor de vários livros jurídicos e literários.

CONDECORAÇÕES 
Medalha da Inconfidência, Grau da Insígnia (1980);
Medalha da Inconfidência, Grau da Grande Honra (1987);
Medalha do Mérito do Município de Contagem (1982);
Medalha do Mérito da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais (1988);
Medalha do Mérito Santos Dumont (1988);
Medalha do Mérito da Polícia Civil do Estado de Minas Gerais (1988).

FONTE:
http://www8.tjmg.jus.br/institucional/desembargadores/des_apos/aluizio_alberto_cruz_quintao.html


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REVISTA MAGISCULTURA
Revista de Cultura e Arte dos Magistrados
Mês: SETEMBRO DE 2009

AMAGIS:
ASSOCIAÇÃO DOS MAGISTRADOS MINEIROS

TEXTO:/TEMÁTICO:
HISTÓRIA
DOM JOÃO VI E OUTROS CAMINHANTES DA ESTRADA REAL
PÁGINAS 4,5,6,7.

AUTOR: ALLUÍZIO ALBERTO DA CRUZ QUINTÃO

http://www.amagis.com.br/home/images/stories/revistaAmagis2.pdf

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CERIMONIAL DA SESSÃO MAGNA

DAS COMEMORAÇÕES DOS 
47 ANOS DE FUNDAÇÃO DA
ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS
Palestrante oficial: Senhor Desembargador
Aluízio Alberto da Cruz Quintão.

Fundada em 03 de agosto de 1961.
Considerada de 
Utilidade Pública Estadual:
Lei 2954, aprovada em16-XI-1963.
CGC: 02 980 900/ 001-78

Presidenta:
Dra.ANA ATAÍDE FERREIRA DA SILVA

Coordenação do Evento:
Acadêmica–Trovadora
Vice-Presidenta Sílvia Araújo Motta
-
Palestrante Oficial:Desembargador 
Aluízio Alberto da Cruz Quintão.

Parcerias/Contatos:
*Academia Mineira de Letras
*Clube Brasileiro da Língua Portuguesa
*Poetas del Mundo
*União Brasileira dos Trovadores
*Centro da Comunidade Luso-Brasileira
*AFAEMG
*Coral Seresteiro da AFAEMG
*Galeria dos Trovadores do Brasil
*Academia Brasileira da Trova
*Arcádia de Minas Gerais
*Sindicato dos Jornalistas de Minas Gerais
*Jornal Hoje em Dia
*Jornal “O Popular” de Viçosa
*Mundo dos Esportes 
*Elos Clube de Belo Horizonte,
filiado ao Elos Internacional 
da Comunidade Lusíada.
Setembro
2008
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COORDENAÇÃO/Programação/PROTOCOLO:
Por Sílvia Araújo Motta.

PRIMEIRA PARTE:

TROVA 01-
Sejam bem-vindos Senhores,
Autoridades presentes,
meus Irmãos, os Trovadores,
Convidados e Assistentes.

TROVA 02- 
Nesta “Abertura”, façamos
a Composição da Mesa:
-Autoridades chamamos
entre aplausos, com certeza.

TROVA 03-
Com prazer vou convidar
a querida Presidente,
para seu lugar tomar,
trazendo a voz eloqüente.

Presidente da AMT:
Dra. Ana Ataíde Ferreira da Silva.

TROVA 04-
Venha Desembargador
na Mesa de Honra assentar,
PALESTRANTE DE VALOR,
que aqui nós vamos saudar.

Palestrante:Acadêmico-Trovador,
Desembargador Aluízio Alberto
da Cruz Quintão

TROVA 05-
Convidamos com alegria
e gratidão, com certeza,
nesta Festa de Poesia
da Irmandade Portuguesa,

o Dr. Antônio Andrade Mendes,
Presidente do Centro da 
Comunidade Luso-Brasileira,
para ocupar um lugar na Mesa de Honra.

TROVA 06-
Venha nosso Presidente
da UBT Estadual
Abritta se faz presente
na poesia, sem igual.

Dr. Luiz Carlos Abritta,
Presidente Estadual da União
Brasileira de Trovadores.

Trova 07-
Convidamos Conceição,
do Palácio, a Curadora
que fará uma saudação
nesta Casa Trovadora.

Acadêmica-Trovadora
Conceição Piló.

TROVA 08-
Nosso Patrocinador
José Jaude, vou chamar
da GTB – Fundador
com prazer, vem ajudar.

Acadêmico-Trovador,
José Caram Elias Jaude,
Idealizador-Fundador
da Galeria dos Trovadores do Brasil(GTB).

TROVA 09-
Eu também, hoje, feliz
estou a representar,
meu Presidente que diz:
a ARCÁDIA pode apoiar.

TROVA 10-
Quanto apoio, minha gente
a AMT, está a receber,
queremos, daqui pra frente,
seu apoio, prá valer!

TROVA 11-
Poetas del Mundo, são
Amigos dos Trovadores,
na AMT, faço questão
de falar de nossa AÇÃO.

Sílvia de Lourdes Araújo Motta
Presidente do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa;
Cônsul dos Poetas del Mundo, em Belo Horizonte/MG/Brasil;
nesta Sessão Magna da AMT,
representante da 
ARCÁDIA de Minas Gerais.

TROVA 12-
Nosso Clube Brasileiro
que é de Língua Portuguesa
também trará o ano inteiro
muito apoio, com certeza.

TROVA 13:
A ANELCA, hoje vem trazer,
sua presença marcante
Mauro Morais, que prazer,
Boas vindas, PRESIDENTE!

Convido para compor a Mesa de Honra,
Mauro José de Morais,
Presidente da Academia Nevense de Letras e Artes.

(Identificar outros Convidados,
para composição da Mesa de Honra.)

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SAUDAÇÃO À BANDEIRA NACIONAL BRASILEIRA:

Comentário:
A Bandeira Nacional Brasileira foi adotada pelo-Decreto de Nº04 de 19 de Nov. de 1889.

TROVA 14:
Em continência à Bandeira
fiquem de pé, por favor,
pedindo à Nação inteira
Ordem, Progresso e Amor.

(Convidamos Dr. Murilo Badaró, Presidente da Academia Mineira de Letras/ para fazer a Saudação, com palmas)à Bandeira Nacional Brasileira.)
-----------------------------------------------------------
SAUDAÇÃO À BANDEIRA DO 
ESTADO DE MINAS GERAIS:

TROVA 15: 
Defendendo a LIBERDADE
entre os brios nacionais,
com Paz, Bravura e Lealdade
saudamos Minas Gerais.

TROVA 16:
Glória à terra em que os varões,
aos quatro ventos proclamem:
-Quebramos tantos grilhões!...
“Libertas quae sera tamem”.

(Convidamos Representante do Senhor Governador de Minas Gerais) para fazer a Saudação, com palmas) à Bandeira do Estado de Minas Gerais.)

------------------------------------------------------------
SAUDAÇÃO À BANDEIRA DA
ACADEMIA MINEIRA DE TROVAS.

(Convidamos o Acadêmico-Trovador JOSÉ CARAM Elias Jaude, para fazer a Saudação, com palmas)à Bandeira da Academia Mineira de Trovas.)

TROVA 17:
Salve da Trova, a Bandeira
que a poesia fez nascer.
na Academia Mineira
a inspiração faz vencer.

TROVA 18:
Verde e vermelho do amor,
da esperança e da união
na rosa do Trovador,
vem perfumar tua mão

TROVA 19:
Salve a Bandeira Mineira
da Coroa tão formosa,
que traz a cruz altaneira,
da Fé, e da vitória honrosa.

------------------------------------------------------------
SAUDAÇÃO À BANDEIRA DO 
CLUBE BRASILEIRO DA LÍNGUA PORTUGUESA:

TROVA 2 :
Salve a Bandeira querida
do Clube que é Brasileiro;
Língua Pátria defendida
é Portuguesa, em primeiro.

TROVA 21 :
Vieira foi com certeza
de uma Língua, Imperador
e da Pátria Portuguesa
um Diplomata do Amor.

TROVA 22 :
Nosso Clube, o ano inteiro,
visita muitas Nações... (Via Internet) 
é Luso-afro-brasileiro, 
de Luís Vaz de Camões.

TROVA 23 :
O Patrono, com certeza,
para o Clube Brasileiro
que é da Língua Portuguesa,
é Camões...Gênio Primeiro.

TROVA 24 :
Leia sempre, mas comente,
sobre a Língua nacional:
é cantante, encanta a gente...
presente de Portugal.

------------------------------------------------------------
HINO NACIONAL –CANTADO POR TODOS.

O HINO NACIONAL BRASILEIRO tem a
MÚSICA DE FRANCISCO MANUEL DA SILVA
E O POEMA DE JOAQUIM OSÓRIO DUQUE ESTRADA.

Composto pelo Decreto Nº 171 de
20 de janeiro de 1890 e
15.671 de 06 de setembro de 1922.

Marcha batida de autoria do mestre
de Música: ANTÃO FERNANDES.

Adaptação vocal, em Fá Maior, do maestro
ALBERTO NEPOMUCENO.

TROVA 25:
O Brasil vamos saudar
com respeito e admiração,
nosso HINO, vamos cantar
e exaltar nossa Nação.
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SEGUNDA PARTE:
------------------------------------------------------------
1- SAUDAÇÃO EM TROVAS, PELA PRESIDENTA Dra.ANA ATAÍDE FERREIRA DA SILVA
------------------------------------------------------------
2-APRESENTAÇÃO do Palestrante Oficial:
Desembargador Aluízio A. da Cruz Quintão, por Sílvia Araújo Motta.(Discurso em Versos)
------------------------------------------------------------
3-DIPLOMAÇÃO Palestrante Oficial:

Desembargador Aluízio A. da Cruz Quintão.


(Diploma entregue pela



 Dra. Ana Ataíde F da 

Silva, Presidenta da AMT.)

Data:  28-09-2008.


-//-




ALUÍZIO ALBERTO DA CRUZ QUINTÃO
Carversos (Carta em Versos) nº 3157
De: Sílvia Araújo Motta (Elos Clube de BH-MG)
-
Ref: Parabéns pelo Título de
Cidadão Honorário de
Belo Horizonte-MG
-
1-Em Belo Horizonte, Abril,
vinte e seis, posso afirmar,
que o meu coração se abriu,
para o homenagear.
2-Nossa família reunida
envia-lhe cumprimentos.
Nesta “cartinha” comprida,
nossos agradecimentos.
3-Câmara Municipal
reconhece  o “jus” valor,
dando um Título ideal,
para um Desembargador.
4-ELISTA Aluízio Quintão,
na Capital Centenária,
é um honrado cidadão
de uma vida extraordinária.
5-A Capital carinhosa,
para o filho abre seus braços!
Merece esta festa honrosa
entre os aplausos e abraços.
6-Por justiça e competência,
dedicação, fortaleza,
cultura e eficiência,
por tantos dons, com certeza.
7-José Lincoln,Vereador
valoriza o “Centenário”,
reconhecendo o valor,
do Cidadão Honorário!
8-José Lincoln, defensor
da Justiça e quem trabalha.
Tendo um Voto de Louvor,
também merece a Medalha.
9-Em Cartrova mensageira
de alegria e gratidão,
trago, agora, prazenteira,
aplausos, paz , emoção!
10-Sou a Sílvia Professora
da Rede Municipal,
violonista e escritora,
que ama, canta e faz jogral.
11-Estou de cabeça erguida
indo à aposentadoria,
espelhar a minha vida
de vocação e alegria!
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http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/2486967
Belo Horizonte, 26 de abril de 2002
-
“Fazei  de nós, Senhor,  /  
seres de coração transbordante de amor e compreensão;/
Fazei de nós  juízes,  clementes   na  crítica /
e defensores  dos que  sofrem...”
-
(in: Oração Elista”)

---***---


TROVADORA SILVIA ARAÚJO MOTTA DA UBT-BH PARTICIPA DO JANTAR DE GALA E  DO SALÃO DO LIVRO EM PARIS-FRANÇA-De 11 a 20-3-2012.
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Carversos- informativos-trovadores  nº 4358
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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01-Em Beagá, Capital,
na REUNIÃO da UBT,
mês de abril, fato real
vim contar para você.

02-No dia 13 de março,
Jantar de Gala, em Paris,
um breve relato faço
de um SONHO que tanto quis.

03-Bela Condecoração
recebi da ACADEMIA,
lá da França aprovação
registrou minha alegria.

04-Comprovei em tantas LEIS
da Arte e da Literatura...
-Dias: treze a dezesseis...
SALÃO DO LIVRO é cultura.

05-A Coletânea Mineira
foi escrita em Português
e de forma prazenteira
foi traduzida ao francês.

06-A maior festa que vi:
SALÃO DO LIVRO, na França!
Honra...alegria senti.
Hoje, só resta  a lembrança.

07-Cinco Diplomas guardei,
cinco Medalhas e Pin,
até Troféu eu ganhei!
Felicidade, sem fim!

08-Embaixadora da Paz
sou da Suíça e da França.
Veja o que a cultura faz:
das duas trouxe  aliança.

09-Agora, vou terminar
Carversos à REUNIÃO,
a todos vim desejar
FELIZ PÁSCOA e UNIÃO.

10-Sou a Sílvia Professora,
bem feliz, aposentada,
violonista e Trovadora
pela vida apaixonada.

11-Mensageira da alegria
cativa da Arte e Cultura
vivo a divulgar poesia
Música e  Literatura.
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Belo Horizonte,MG, UBT
9 de abril de 2012.

1-Diplôme, Médaille d´ARGENT. Carteira Nº 41 284 .Certificado de Membro da l´Académie Internationale Le  Mérite et Devouement Français,
(Paris, le 13-3-2012).
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2-Diplôme Lamé Nouveau Honneurs-Fondée Nov.1,1988, dans Le continent européen.(Paris, 15, Mars,2012).(Diploma, Medalha e Pin).
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3-Diplôme de l´Academia de Letras do Brasil-Inter-Suíça, Cadeira 16-Membro Correspondente.(14, Mars, 2012).(Diploma, Medalha e pin)
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4-Diploma, Medalha e Pin da Ordem Federativa de Honrarias ao Mérito-(Paris, França,14,Mars,2012).
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5-TROFÉU, MEDALHA, PIN  e DIPLOMA Comemorativo dos 123 anos da TORRE EIFFEL. 1889/2012. GUIADATAS-Registrado sob o nº 1286530.CNPJ.01.417.449/0001-12.
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http://www.recantodasletras.com.br/trovas/3602794
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Silvia Araujo Motta
Enviado por Silvia Araujo Motta em 09/04/2012



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DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO E DIDÁTICA DA TROVA
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DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO  -  Autor: Luiz Otávio (fundador e 1º Presidente Nacional da UBT - União Brasileira de Trovadores)
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Regras a serem obedecidas na composição de trovas
1) – As sílabas são contadas até a última tônica do verso.
2) – As pontuações não impedem as junções de sílabas.
3) – Não se deve fazer o aumento de uma sílaba métrica nos encontros consonantais disjuntos, (ou seja: não usar “suarabacti”).
Exemplo: “ig-no-ro” e não “i-gue-no-ro”
4) – Uma vogal fraca faz junção com a vogal fraca ou forte inicial da palavra seguinte.
§ único – Aceitam-se exceções a esta regra no sentido de evitar a formação de sons duros e desagradáveis.
Exemplo: Ventura única – venturúnica.
5) – Uma vogal forte, pode ou não, fazer junção com vogal fraca da palavra seguinte, no entanto jamais deve fazê-la com vogal forte.
§ único – Nos casos em que se prefira a junção “forte + fraca”, deve-se ter sempre o cuidado de evitar sons desagradáveis: “mais que tu/ardo” ou formar novas palavras: vi/a moça
6) – Pode haver a junção de três vogais numa sílaba métrica.
§- Não deve haver mais de uma vogal forte.
§- No caso em que a vogal forte não esteja colocada entre as vogais fracas e sim em 1* e 3* lugar, para que seja correta a junção, as duas vogais fracas devem juntar-se por crase ou por elisão, e não por sinalefa (ditongação). Assim, estará certo:
“é a ambição que nos prende”, e não se pode unir as três vogais de “e a / intima palavra”.
§- Deve ser usada com cuidado a junção de mais três vogais, embora haja casos corretos de quatro e até de cinco vogais.
7) – Os ditongos aceitam as pré-junções com vogais fracas: “E eu”.
As post-junções são aceitas somente nos ditongos crescentes (encontros instáveis): “a distância infinita”, e são repelidas nos ditongos decrescentes: “Eu sou/a que no mundo …
§ Único – Há casos de uso facultativo de pré-junção de vogais fortes aos ditongos, quando essas vogais são as mesmas dos iniciais dos ditongos e não forem as tônicas das palavras.
Aceita-se: “será auspiciosa”, e é inaceitável: “terá/auto”.
8) – Nos encontros vocálicos ascendentes (formados por vogais ou semivogais tônicas), a sinérese é de uso facultativo.
Exemplo: “ci/ú/me” ou “ciú/me”; “po/e/ta” ou “poe/ta”.
§ Único – Há neste grupo, excepcionalmente, encontros vocálicos que não aceitam a sinérese. Geralmente, são formados pela vogal “a” seguida das vogais “a”, “e” ou “o”. Exemplo: Sa/ara, a/éreo, a/orta, ou, em alguns casos, da mesma vogal “a” seguida das semi-vogais “i” ou “u” tônicas, como em: “para/íso, “ba/ú”.
9) – Nos encontros vocálicos descendentes (formados por vogais ou semivogais tônicas) seguidas de vogais ou semi-vogais átonas) não se aceita a sinérese (“tua”, “lua”, “frio”, “rio” etc., e sim, “tu/a”, “su/a”,”fri/o”, “ri/o”, etc.)
§ Único – Em algumas regiões do Brasil é usada a sinérese nestes encontros vocálicos, com base na fonética local. No entanto, não será aceita na Metrificação, em benefício da uniformidade, uma vez que na maioria dos Estados é feita a separação dessas vogais.
10) – 0 uso da aférese (“inda”, etc), síncope (“pra”, etc), apócope (“mui”, etc) e de ectilípse (com a, com o, com as, com os) é facultativo.
§ 1º – A junção de “com” mais palavras iniciadas com vogais átonas é correta mas pouco usada. Acompanhando a maioria dos poetas, sempre que possível, deve ser evitada.
Exemplo: “com amor”.
§ 2º – A junção de “com” mais palavras iniciadas com vogais tônicas não será aceita.
Exemplo: “com esta”.
§ 3º – A junção de fonemas anasalados “am”, “em”, “im”, etc., com vogais átonas ou tônicas não será aceita.
Exemplo: “formaram” / idéias”, “cantaram / hinos” etc.
§ 4º – É preciso cuidado com o uso de aféreses, síncopes e apócopes que, por estarem em desuso ou por formarem, geralmente, sons desagradáveis, irão ferir a sensibilidade dos leitores e dos ouvintes.

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DIDÁTICA DA TROVA

NILTON MANOEL DE ANDRADE TEIXEIRA

 Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Centro Universitário Claretiano para obtenção do título Pós Graduado em Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa Orientador: Prof. Ms. Renato Alessandro dos Santos - BATATAIS - 2008

Dedico para a Comunidade Claretiana, aos trovadores de todos os tempos e entidades culturais, aos ubeteanos em especial, aos professores, aos estudantes em geral e aos poetas de todos os recantos.



RESUMO
Neste trabalho procuro oferecer ao leitor um pouco da Trova e de animação no Movimento de Brasileiro de Trovadores. Temos aqui os detalhes da trova popular e da trova literária no contexto da pluralidade cultural de nossa terra. O passado e o presente deste rico gênero poético engrandecem a literatura através dos séculos. Apoiei-me em livros de autores consagrados, publicações da União Brasileira de Trovadores – UBT e livros de Jogos Florais para ressaltar as fases desta composição poética de quatro versos heptassílabos com rimas ABAB ou ABCB em conceito atual de trova literária. As trovas com rimas ABAB são as que se exigem em concursos literários do Brasil e do exterior. Busquei em dicionários escolares a definição de trova e trovador e reforcei a definição estatutária da União Brasileira de Trovadores. A UBT maior entidade literária do país e com textos de autoria de Luiz Otávio ofereço ao leitor material que revela a magnitude do movimento da trova literária criado por Luiz Otávio de forma espontânea e compartilhada. Temos 101 anos de coletas contínuas de trovas, considerando como marco inicial o volume Descantes. de Adelmar Tavares. No entanto, de épocas distintas temos, Bocage. Fernando Pessoa, Castilho, Olavo Bilac, Emílio de Menezes, Belmiro Braga, Luiz Otávio entre outros que, enriquecem a crônica social com trovas literárias, circunstanciais ou de conveniência. Os epigramas e sátiras têm fases marcantes em nossa literatura consagrando a trova através dos séculos. A estrutura poética da trova anima nos dias de hoje a vida literária do Brasil. Como fazer trovas e ser trovador laureado é a preocupação da grande maioria de poetas de nossos dias. O ensaio Meus Irmãos, Os Trovadores, de autoria de Luiz Otávio, propiciou o surgimento de uma corrente denominada Movimento Brasileiro de Trovadores. No entanto, a trova, ainda não vive como movimento poético no ensino oficial. O trovador e a trova são donos do universo. Espero que deixemos de ser terráqueos diante de cantante e rica fonte da cultura brasileira e tenhamos nas salas de aula, à luz da história, alunos e professores envolvidos na arte de escrever e declamar trovas. 
  
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SUMÁRIO

INTRODUÇÃO
1. A TROVA ATRAVÉS DE SÉCULOS
2. A ESTRUTURA POÉTICA DA TROVA
     2.1 SOBRE A DEFINIÇÃO DA TROVA
     2.2 ORIENTAÇÕES E CUIDADOS QUE AJUDAM
3. PRÁTICA DA TROVA EM SALA DE AULA
    3.1 AINDA SE FAZEM TROVAS COMO ANTIGAMENTE
    3.2 COMO FAZER TROVAS E SER TROVADOR CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANEXOS
1. Entrevista
2. Projeto de trovas
3. Como participar de  concursos
4. Declaração de princípios da UBT
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INTRODUÇÃO
A literatura brasileira solidificou-se através das escolas literárias.

Nos almanaques e nos livros literários, a trova está presente em todos os estilos: lírica, humorística, política e, sem precisar de erudição, filosófica do jeito que o povo gosta. Na vida escolar, a Trova popular aparece de forma ilustrativa em projetos pedagógicos como em Escola nas Férias (SEESP, 2001, p.49) e Ler e Escrever – Livro de Textos do Aluno (da Educação paulistana, 2005, adotado em 2008 pelo Governo Paulista), revelando a importância da poesia de forma fixa e rimada na aprendizagem dos estudantes

Didática da Trova procura movimentar a importância histórica e literária da trova neste momento em que a poesia ganha força na Educação brasileira. Os quatro versos da trova continuam a buscar maior aceitação escolar. No interesse pelo gênero, novos poetas aparecerão. O Brasil clama por jovens poetas.

O Movimento Literário de Trovadores revela que a trova mantém-se acesa, mas que a produção moderna do gênero, distante dos livros. Os autores de livros didáticos, ainda, desconhecem a definição editada em Meus Irmãos, os Trovadores há mais de cinqüenta anos.

Lembramos que, sem interrupção, há mais de 100 anos, a Trova vem sendo coletada por estudiosos. A trova bem elaborada enobrece a vida de todos nós. Nos anexos, encontramos a fartura cultural dos trovadores, os meios de aprendizagem e envolvimento literário. Como afirma BELTRÃO (1975, p.18): A trova é, em verdade, sinônimo de amor. 


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CAPÍTULO I
A TROVA ATRAVÉS DOS SÉCULOS

 Desde a infância convivemos com a poesia. Inicialmente, com os versinhos do cancioneiro escolar, quando as meninas à frente da classe exercitavam a oralidade com movimentos teatrais.
Eu pedi um copo d´água,
e trouxeram na caneca
Isto mesmo que eu queria,
cinturinha de boneca.
                               (anônima)

Esta é uma quadra muito conhecida entre nós os brasileiros!. Os estudiosos popularizaram a definição: “composição poética de quatro versos de sete sílabas, rimando pelo  menos o segundo com o quarto e tendo sentido completo”. A redondilha maior é conhecida em algumas localidades como versinhos, quadrinha ou verso.
Em recorte de jornal, sem data, tendo apenas iniciais S.S. por assinatura, em  Vida Social,  Penas de Papagaio (Quadras antigas) revela:
Estas quadrinhas foram compostas por mim, há quinze annos, numa noite em que eu e vários amigos e admiradores de Belmiro Braga lhe oferecemos um jantar modesto, no Hotel Garcez, no Rio de Janeiro.

Ó  Belmiro das quadrinhas,
cantor de Minas Geraes;
deixa as máguas, que são minhas,
por favor,  não cantes mais...
  
Meu coração tambem sente
tudo isto que te magôa...
Meu coração é doente,
meu coração chora atôa...

Tu que zombas da Saudade
que me faz tanto soffrer,
pagarás tua maldade:
de saudade hás de morrer...

Patativa regateira,
que hoje choras na gaiola,
a saudade brasileira,
também chora na viola...

 Podemos sentir na ortografia a antiguidade destas quadrinhas em homenagem ao trovador Belmiro Braga, natural de Juiz de Fora (MG) 7/1/1872 e falecido a 31/03/1937. Belmiro Braga, entre outros livros, é autor deMontezinas (1902) e Redondilhas (1934).
Encontramos em Goldstein (1991,p.51)
O verso de sete sílabas, heptassílabo ou redondilha maior, é o mais simples, do ponto de vista das leis da métrica. Basta que a última sílaba seja acentuada, os demais acentos podem cair em qualquer outra sílaba. Talvez por isso ele seja predominante nas quadrinhas e canções populares. O verso tradicional em língua portuguesa, já era freqüente nas cantigas medievais.

Os livros didáticos dos anos trinta a sessenta viviam cheios de quadrinhas que eram lidas e declamadas com freqüência. Naqueles tempos todos sabiam de cor a trova de Jerônimo Guimarães:

Até nas flores se encontra,
a diferença de sorte!
umas enfeitam a vida,
outras enfeitam a morte!.

                No Almanaque Saúde (Serviço Nacional de Educação Sanitária) - (DF) encontramos esta trova de Gustavo Khulmann:

Quero aprender na virtude,
a honrar a  pátria querida,
conservar minha saúde,”
para ser útil na vida!. (1949, p.30)

 Na vida escolar, ampliamos as leituras poéticas e as noções de versificação. Envolvemo-nos com trovas populares e literárias. Procuramos descobrir novas formas de declamar um mesmo texto. Colecionamos almanaques e revistas. Garimpamos, ainda, nos sebos, quadrinhas da seção humorística  Garotas da  revista O Cruzeiro. À luz da ortografia, FERREIRA, informa com esta quadrinha de Castilho, que, alguns poetas usam, à espanhola, minúscula no princípio de cada verso, quando a pontuação permite:

Aqui, sim, no meu cantinho,
vendo rir-me o candeeiro,
gozo o bem de estar sozinho
e esquecer o mundo inteiro. (1964, p.XXXI)

Verificamos aqui, a preocupação literária quanto à forma (corpo) do poema. Na mensagem (fundo)o poeta fala do bem de estar só, no seu canto,  com a chama do candeeiro (antigo aparelho de iluminação, alimentado por óleo) quando esquece do mundo.
Cândido de Oliveira, em seus livros,divulga trovas com exemplos gramaticais.  No Admissão ao Ginásio (IBEP anos 60, p 21), comenta:
Imaginem que Aleixo, o trovador português analfabeto que tanto admiro, certo dia  foi ridicularizado por um homem que se dizia doutor e que dava a entender que quem não o fosse não poderia ombrear com ele. Aleixo não conversou e improvisou esta:


Uma mosca sem valor
Pousa com a mesma alegria
Na cabeça de um doutor
Como em qualquer porcaria.
(Pedro Bloch)

                 O filólogo José Marques da Cruz, também trovador tem trovas de sua autoria, como esta:

São guarda-chuvas de porte,
os amigos que eu conheço:
-quando o vento é muito forte,
viram logo do avesso. (1966, p.377)

Vários prosadores têm quadrinhas em suas obras. José de Alencar tem diversas, como esta em O Sertanejo:

Corra, corra camarada,
Puxe bem pela memória;
Quando eu vim de minha terra.
Não foi p’ra contar história. (p.173)

A poesia hoje tem maior espaço no ensino fundamental e plenitude no ensino médio. No curso de Formação de Professores de Educação Básica, nos jornais e revistas, nos livros didáticos, nas videoconferências, encontramos  textos em literatura de cordel, haicai e soneto. Entretanto, mesmo antiga e dinamizada por dezenas de concursos anuais, a trova literária, mantém-se distante do quotidiano pedagógico. Cremos que a maioria  dos  professores desconhece como se produz poemas de forma fixa. É preciso investir mais no professor, propiciando-lhe meios para aplicar em suas aulas, a poesia presente em todas as áreas do conhecimento. Sabemos que a arte poética requer estudos, é útil e agradável. A trova é um poema de quatro versos em redondilha maior, rimas ABAB e de sentido completo. Neste imenso clamor contra a violência, escolas gastam mais com ferragens do que com bibliotecas.               
Esperamos que se invista em arte-poética e que recordemos em salas-de-aula, trovas populares e literárias. Os jornais não trazem espaços para os poetas da terra editarem suas produções. Têm de tudo; menos a poesia que, busca oralidade e vida cidadã. Isto tem deixado nos últimos anos, imensa lacuna histórica. O malefício tem sido amenizado com o pluralismo da internet.

Luiz Otávio, príncipe dos trovadores brasileiros, diz:

Haveria paz na terra
não seria a vida inquieta
se a criança em vez de guerra
brincasse de ser poeta.

 As crianças não brincam mais de guerra, mas também não brincam de ser poetas. Na mensagem popularizada de Agmar  Murgel Dutra  sentimos as mudanças da vida;

Criança – brinquei de guerra
com bonecos e confeitos...
mas, hoje, por toda a terra
brincam de guerra homens feitos...


A definição de Trova, bem como a de Trovador, vêm da Idade Média. O Trovadorismo é a primeira escola literária de Portugal. A trova como forma fixa  mantém-se através dos tempos, como esta do português Antônio Correia de Oliveira:

Sino, coração da aldeia,
coração, sino da gente.
Um a sentir quando bate.
outro a bater quando sente. (CRUZ,1944, p.77)

 Nesta conceituação, a Trova é responsável pela  animação social, cultural e turística promovida  há mais cinqüenta anos pelos trovadores brasileiros e consagra Nova Friburgo, (RJ.) o título de berço dos Jogos Florais Brasileiros. O escritor Jorge Amado define: Não pode haver criação literária mais popular, que fale mais diretamente ao coração do povo do que a trova. É através dela que o povo toma contato com a poesia e sente a sua força. Por isso mesmo, a trova e o trovador são imortais. (JFRP,2008,p.3),Judith Coelho Maciel reforça: A trova é uma epopéia em quatro versos (BELTRÃO,1975,17). Nilton da Costa Teixeira conclui “Quem faz trovas não vive só, tem a alma repleta de ilusões”.
Trova é poesia!
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 POESIA: Arte de criar imagens, de sugerir emoções por meio de uma linguagem em que se combinam sons, ritmos e significados. Composição poética de pouca extensão. Caráter do que emociona, toca na sensibilidade. POEMA: Obra em verso ou não, em que há poesia. Composição poética de certa extensão, com enredo.  (  FERREIRA,2001,p. 541, )


Sabemos que literatura é o conjunto de produções intelectuais de um povo com finalidade de educar, como “arte literária é o conjunto de preceitos que regulamentam a expressão artística do pensamento” (TORRES,1951, p.15).  Procuramos aqui revelar a importância da trova literária e como motivar textos poéticos em salas de aula.

Na antiguidade havia um significado entre trovador e  segrel. Na atualidade temos: “todo trovador é poeta, mas nem todo poeta é trovador. Quanto ao gênero as trovas podem ser: líricas, filosóficas, promocionais, formativas, humorísticas, sarcásticas ...

·        Filosófica, de A A Assis, Maringá (PR), colhida na revista Trevo na Trova, nº 107, 2008, p.18, Ano XIII, UBT de Taubaté,SP:

Trate o velho com respeito;
dê-lhe o amor que possa dar,
mas não lhe roube o direito
de a si mesmo governar. 

·        Formativa, de Cláudio de Cápua, Santos (SP) colhida na revista Trevo na  Trova, nº 107, 2008, p 04, Ano XIII, UBT, seção de Taubaté,SP:

Jovem... tenha fé na terra,
seja valente e viril,
Suba monte, desça serra,
Não desista do Brasil!

·        Promocionais: do trovador José Maria Morgade de Miranda, em agradecimento a um dos patrocinadores do livro Jogos Florais em Quatro Tempos,1978, p.51, Ribeirão Preto (SP).

Um  terno bom não tem preço
e valoriza você;
anote aqui o endereço:
Magazine J.B.


·        Humorística: O trovador Ivan Augusto, nos XIII Jogos Florais de  Ribeirão Preto (SP) 1996 pegou a 4º menção especial, glosando o tema “

A vida é mesmo um sabão,
tendo o perigo da morte;
médico, às vezes lambão...
ao paciente pede sorte.


·        Lírica: Juliana Bossu Martins, classificada em terceiro lugar nos          Jogos Florais Estudantis de Ribeirão Preto (SP),1996, com a trova:


Queria te dar a flor,
mas a flor tem muito espinho;
então te dou muito amor
e também muito carinho.


·        Fundo metafísico: Na coluna Pif-Paf de Péricles e Vão Gogo da revista O Cruzeiro de 3/10/1953, colhemos esta trova:

As quatro letras da Vida,
são de seu mistério a escolta,
três delas soletram ida,
mas o V será de volta.


·        Homenagem:  O trovador Helvécio Barros, Bauru (SP), durante os II Jogos Florais de Ribeirão Preto (SP) à despedida, emocionado declamou trova a seguir que, passou a ser editada em diplomas de vencedores.

 Ribeirão Preto é sucesso
é vida que se renova;
se canta ao sol do progresso,
vibra na festa da trova.


Em Poesia do Tempo – memórias, Herman de Lima, Livraria  José Olympio Editora,RJ. 1967, encontramos este epigrama do poeta Antônio Sales:

A fealdade é um direito,
por isso ninguém a acusa,
mas, ser feia deste jeito...
perdão, a senhora abusa  (p.108) 

Quanto às trovas promocionais, Raimundo de Menezes, em Emílio de Menezes, o último boêmio, 1945, 3ª ed. da Livraria Martins Editora - SP,  publica:

Bilac chegou a receber cem mil réis dos industriais dos “Fósforos Brilhante”, por esta quadrinha, diz Luiz Edmundo:

Aviso a quem é fumante:
Tanto o Príncipe de Gales,
Como o dr. Campos Sales
Usam “Fósforos Brilhante”!  (p. 114)


 Relendo Emílio de Menezes - o último boêmio, no prefácio da primeira edição, assinado por  Davi Carneiro, 18 de junho de 1945, Curitiba (PR), encontramos na p.10:


Quando escreveu e publicou “A vida boêmia de Paula Nei” ainda morava em Ribeirão Preto. Aí, longe do bulício excessivo, tomou gosto pelas pesquisas, fez-se historiador e recebeu aplausos calorosos que lhe mandavam os grandes centros  pela obra perfeita que lhe havia saído a historia dessa vida.  Foi ainda em Ribeirão Preto, que começou a pensar neste outro livro, nesta outra biografia que é o Emílio de Menezes – o último boêmio.

O que levou-nos a essa obra foram as diversas trovas circunstanciais de Emílio, como esta:

A laranja é fruta fraca,
não sustenta como a canja,
mas em dia de ressaca,
até Deus chupa laranja. ( p. 180)

 No opúsculo  Trovas de Graça, FERREIRA, revela-se  humorista:

Tanta ambição por dinheiro!
Somos, na Terra, turistas
e aqui tudo é passageiro...
-bem... exceto os motoristas! (p.41)


15


 Nos concursos literários, em geral,  têm predominado a trova filosófica e, isto, às vezes, provoca  comentários: “ fulano  tem dificuldade em lirismo e  humorismo, escuda-se na filosofia  e  consegue destaque às suas trovas”. Creio que o segredo  está em produzir a trova dentro das “exigências”  literárias e da regulamentação do certame. O estudo da história da trova, da movimentação literária pelo  Brasil e  países de língua portuguesa é importante; mais, ainda, ler, reler e refletir  sobre os resultados finais dos concursos através dos textos premiados. A trova deve ter  o tema proposto  e a mensagem clara do concorrente ; ou seja, uma trova para competir precisa  estar bem elaborada tanto na forma como no fundo. O trovador é o técnico da síntese. O fazer trovadoresco depende também do envolvimento que se tem no gênero. Carlos Guimarães, em 1988, no VIII Concurso Nacional Inter-Sedes, editou folheto, contendo Entrevista Simulada com Adelmar Tavares, onde temos a p.7, a resposta a pergunta: “E falando do gênero poético. Qual é o que mais lhe agrada:

A trova foi sempre, das formas de poesia, a que mais me tocou a sensibilidade, porque foi a poesia dos lavradores de meu velho engenho pernambucano, a poesia daquelas violas inesquecíveis que fizeram o engenho  da minha meninice”.

 “A trova quando é erudita demais não é propriamente trova... A trova não precisa ter erudição profunda porque perde assim o seu espírito, aquele espírito de que Luiz Otávio falava...

-                        

Os escritores do passado faziam questão de ser poetas e em meio da prosa deixavam versos para  envolver o leitor. As Edições de Ouro,1.979, publicaram Aprenda a Fazer Versos – contendo um Dicionário de Rimas de autoria de Manoel Macedo. O índice tem na  1ª parte – como fazer versos: poesia e verso, gêneros poéticos e generalidades poéticas; na 2ª parte o Dicionário de Rimas. Neste livro uma frase de Machado de Assis.:”Uma coisa é citar versos, outra é crer neles”.

 Não temos a data, mas colhida na seção humorística Garotas, da revista O Cruzeiro de autoria de A. Ladino, em 1974, o Departamento de Educação e Cultura da Prefeitura do Município de Ribeirão Preto (SP), colocou em volta da Fonte Luminosa diversas trovas escritas em placas de lata, entre elas:

Garota, tua bondade,
tonteia qualquer parceiro
pedaço de tempestade,
no céu de rapaz solteiro.
-

Nessa ocasião, a têmpera humorística de Alcy Ribeiro Souto Maior, Rio de Janeiro ( RJ ) provocou polêmica, com um sócio do Clube da Velha Guarda, por causa desta trova premiada em 1º lugar nos XV  Jogos Florais de Nova Friburgo- (RJ), 1974:

  Ao velho diz o Brotinho:
“Quero fugir com você”
Indaga o pobre velhinho:
-“Fugir? Mas... Fugir pra quê?

A trova acabou retirada do local. A comissão nomeada pelo Departamento de Cultura da Prefeitura Municipal, concluiu mais ou menos assim: - “ o que fica bem num livro, pode não ficar bem, num local público, como a Fonte Luminosa da praça XV de Novembro, marco zero da paulista São Sebastião do Ribeirão Preto.

Na mesma solenidade de premiação de Nova Friburgo,(RJ) Jacy  Pacheco, Niterói ( RJ ) autor de trovas antológicas, obteve o quarto lugar com esta trova em pleno lançamento da palavra paquera em nossos dicionários:

Pobre do velho que abusa
em paquera com mulher:
sofre quando ela o recusa
e sofre mais se ela quer.

No encanto do humorismo, outras trovas, em exposição, na praça XV, tiveram a visita de alunos de várias escolas, sob a  orientação de professores de Língua Portuguesa. Nessas ocasiões, contavam com a presença de trovadores da municipalidade. A trova a seguir corria solta entre os estudantes .
                       
Meu filho, por acaso,
és filho do Zé-Cereja?
Acaso, não, vim no prazo ,
e meu pai casou na igreja.
José Lucas Filho

-
 Relendo a revista O Cruzeiro de 1952, encontramos:

Com seus dotes estonteantes
e atitudes majestosas,
as garotas fascinantes,
são sempre as mais perigosas.

Na edição (6 de agosto de 1955,ano XXVII, nº 43, p.62-63, desenho de Alceu Pena e texto de A. Ladino) destacamos duas quadrinhas da seção humorística Garotas .  Ei-las:

Garota, que os olhos turvas,
teu lindo destino alinhas,
nas linhas de tuas curvas
nas curvas das tuas linhas.
                     
Desde as eras mais remotas
Que este conceito é profundo;
Está nas mãos das garotas
todo o destino do mundo.

 Alcy esteve em Ribeirão Preto quando, glosando o tema Pátria, recebeu o troféu e a certificação da municipalidade pelo primeiro lugar, em âmbito nacional/internacional, dos II Jogos Florais de Ribeirão Preto,1976.

Pátria, perdão, só agora,
só depois que te deixei,
caminhando mundo a fora,
dentro de mim te encontrei...
-

 Neste evento, o poeta Nilton da Costa Teixeira, mereceu o primeiro lugar em âmbito municipal com a seguinte trova:

Neste abraço em  que te aperto
com a beatitude de um monge,
sinto meu amor tão perto,
minha esperança tão longe!
               
O trovador conseguiu na síntese de  quatro versos  glosar o tema  abraço e realçar o significado da palavra beatitude: gozo de alma dos que se absorvem em  contemplações místicas.
(FERREIRA,2001,p.93)

No ano seguinte, 1977, era lançado o I  Concurso de  Jogos Florais para o Estudante de Ribeirão Preto”. Entre os 30 classificados, o primeiro lugar coube a Sérgio Bianchi Campos, do Colégio Marista, com esta trova  sob o tema “Fraternidade:

Fraternidade é sofrer
 por todos os semelhantes.
 É amar, e assim quase ser
 Jesus, por breves instantes!”

 Na sessão solene de premiação, realizada no salão nobre da Sociedade Legião Brasileira de Civismo e Cultura,  o poeta Ciro Armando Catta Preta, proferiu belíssima oração,  saudando os estudantes laureados: (...) “ O poeta que se prezadeve estudar a fundo a língua, pois sem o idioma, seu meio de comunicação, não poderá jamais gravar, por meio de palavras, a beleza, a poesia, que somente os poetas têm o dom de captar”.
Os Jogos Florais Estudantis acontecem, anualmente, apoiados na lei  360/78 que, introduz a Trova como atividade curricular dos estabelecimentos de ensino do município. No mesmo ano, ocorre a oficialização dos Jogos Florais de Ribeirão Preto, pela lei 3404/78. Outras leis garantem o movimento da poesia na cidade: Dia Municipal do Trovador (18 de Julho), Dia Municipal da Poesia ( 3 de maio)  e Dia Municipal da  Literatura de Cordel. (12 de março). As datas homenageiam o natalício dos poetas Luiz Otávio, Nilton da Costa Teixeira e Rodolfo Coelho Cavalcante.
As trovas deixaram de circundar a fonte da praça XV, depois da reforma de regressão para tombamento Histórico, mas existe o Recanto do Trovador (lei 3217/76), na área cultural  do município.
Neste capitulo conhecemos a força e o encanto  da trova através séculos. Verificamos a conceituação antiga e moderna sentindo a força de sua mensagem, recordando textos de antigos livros, revistas e almanaques e os gêneros comumente explorados. Os concursos escolares, as trovas na praça, as datas significativas e a confraternização dos Jogos Florais. Neste próximo capítulo, falaremos sobre a estrutura poética da trova.

-

CAPITULO II
A ESTRUTURA POÉTICA DA TROVA

“Pelo tamanho não deves
medir valor de ninguém;
-Sendo quatro versos breves
como a trova nos faz bem”.
                              (Luiz Otávio)

Nos dicionários, ainda, a antiga definição de trova:

                1.Composição lírica ligeira e mais ou menos popular. 2. Quadra de tom popular.TROVADOR:-Designação dos poetas líricos dos séculos XII e XIII, do sul da França, especialmente da Provença.2. Designação dos poetas líricos portugueses que, nos últimos séculos da  Idade Média, seguiam o estilo dos poetas provençais.3. Aquele que trova;poeta (1). 4. Poeta medieval; menestrel. (FERREIRA, 2001,p.690).
 Como nas trovas apresentadas no capítulo I, todas têm a mesma forma, ou seja, a definição literária“composição poética de quatro versos com sete sílabas, rimando pelo menos o segundo com o quarto e tendo sentido completo”. A definição está em  Meus Irmãos, os Trovadores, de Luiz Otávio, pág. 12, Vecchi,1956, considerado como o início do Movimento Literário de Trovadores.  A trova é síntese; é um micro-poema que encanta tanto que, o trovador, com arte  transforma célebres sonetos (dois  quartetos e dois tercetos) em uma “quadrinha” apenas. Em Língua e Literatura-Luso Brasileira, Delson Gonçalves Ferreira, afirma;

“Djalma de Andrade escreve:

“Carlos Góis, grande professor de português que aqui viveu cerca de trinta anos,era, com muita razão,admirado e querido. (...) Quando colecionava cantigas populares para seu livro de mil trovas, acreditava que o “Mal Secreto” de Raimundo Correia fora inspirado na seguinte quadra sertaneja:

“De muita gente que existe
E que julgamos tão ditosa,
Toda ventura consiste
Em parecer venturosa”. (*)

Engano do mestre. A trova não é popular. Medeiros e Albuquerque a compôs, entre outras, quando quis sintetizar em poucos versos os sonetos de célebres poetas brasileiros.” ( Estado de  Minas 5 - 6- 1959 ). (*) No rodapé da página, encontramos; 10 - C.Góis – Mil quadras populares brasileiras- RJ.1916.
                                                    
Sonetos inesquecíveis são reduzidos a 28 sílabas de uma Trova.
Há quem  me julgue perdido,
porque ando a ouvir estrelas...
Só quem ama tem ouvido
para ouvi-las e entendê-las.
             
Apresentamos  aqui, o soneto XIII, de Olavo Bilac: Ouvir Estrelas, para que  possamos verificar em cada verso, três sílabas a mais do que os setissilábicos da Trova. Este tipo de poema é composto de duas quadras e dois tercetos. Temos  os sonetos heróicos com dez sílabas poéticas e os alexandrinos com doze sílabas poéticas. O soneto e a trova têm história secular. Na feitura, o poeta, precisa  cuidar do entrelaçamento dos versos para  fortalecer a oralidade da mensagem.

OUVIR ESTRELAS

Ora (direis)ouvir estrelas! Certo
Perdeste o senso! ” E eu vos direi, no entanto,
Que, para ouvi-las. Muita vez desperto
Abro as janelas, pálido de espanto...

 E conversamos toda a noite, enquanto
A via láctea, como um pálio aberto,
Cintila. E, ao vir do Sol, saudoso e em pranto
inda as procuro pelo céu deserto.  

Direis agora:” Tresloucado amigo
Que conversas com elas? Que sentido
Tem o que dizem, quando estão contigo? 

E eu vos direi: Amai para entendê-las!
Pois só quem ama pode ter ouvido
Capaz de ouvir e de entender estrelas.”

                               

Nos concursos literários em geral, exigem-se  rimas ABAB,
ao estilo deste feliz  achado de  Adelmar Tavares

Que linda trova perfeita,
que nos dá tanto prazer;
-Tão fácil depois de feita.
-Tão difícil de fazer!

Sentimos na mensagem  que a produção literária requer cuidados especiais de “ corpo (forma) e alma (fundo)”. Isto lembra Olavo Bilac em  “Profissão de Fé”:

Quero que a estrofe cristalina,[...]
dobrada ao jeito [...]
do ourives, saia da oficina[...]
sem um defeito.[...]
      
Alguns  trovadores, por vezes,  descontentes com o produto final de seus textos, como justificativa, usam da mensagem de  Somerset  Maughan: “ eu não escrevo como quero; escrevo como posso”. (LOUREIRO, p.17,1976).
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   2.1 SOBRE A DEFINIÇÃO DE TROVA
 “É uma composição monostrófica, formada de 4 versos que condensam todo o pensamento ou emoção. É a forma preferida pela lírica popular, mas também cultivada largamente por poetas de renome.”
Mas o que é uma trova?
É apenas um pequeno poema, de 4 versos, medindo cada verso 7 sílabas. Eis uma forma que se fixou pela consagração popular.

Há quadras com qualquer número de sílabas, de 1 a 12.

Não são trovas,entretanto.

A trova é uma redondilha maior, ou seja, em versos de 7 sílabas. ( TAVARES,1974, p 309).

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A definição está nos parâmetros da UBT, e não podemos  considerar trova, mas quadra, esta produção de Laurindo Rabelo:

Cabeça! Que desconsolo![...]
Cabeça! Força é dizê-lo:[...]
- Por fora, não tem cabelo;[...]
por dentro, não tem miolo.[...]
(CRUZ,1966, p.369):

Exige-se que na moderna trova, as rimas estejam dispostas em ABAB. Essa “quadra” tem as rimas ABBA e, apesar da mensagem completa e de perfeição métrica, não é trova literária.Os exemplos que apresentamos se concorrentes a certames literários, seria na pré-seleção, excluída.

Mal de amor raro se perde;[...]
é como nódoa de amora:
Só com outra amora verde[...]
A nódoa se vai embora.
{Frederico Brito, português)
-
Chamaste-me a tua vida;[...]
E eu tua alma quero ser;
A vida acaba côa morte;[...]
A alma não ode morrer.
Tomás Antônio Gonzaga  (CRUZ,1966,p.362)

Na primeira há,  as rimas “perde” - “verde”  e na segunda seu esquema é ABCB. Diversos outros fatores técnicos pesam na feitura de uma trova, como GOLDSTEIN  nos revela:

1- A Unidade do Poema:- “Como  toda obra de arte, o poema tem uma unidade, fruto de características que lhe são próprias.
O Ritmo do Poema – “Toda atividade humana se desenvolve  dentro de certo ritmo.(...) O rítmo aparece também na produção artística do homem. De um modo especial, na poesia’. (...) ‘A poesia tem um caráter de oralidade muito importante: ela é feita para ser falada, recitada”.   
 3- O rítmo como criação do poeta:- “ As noções de “metro, verso e ritmo” estão estreitamente  ligadas em nossa tradição literária”. (GOLDSTEIN,1991, p.5-7-11)

O poeta J.G. de Araújo Jorge, na introdução de Trovas,  editado  pela Vecchi, dá conotação didática a  esta trova de
Lilinha Fernandes:

É  a trova em seu natural
mordaz, alegre ou dolente,
lindo trecho musical
de quatro notas somente.

Os poetas J.G. de Araújo Jorge e Luiz Otávio implantaram os  Jogos Florais Brasileiros. O que são Jogos Florais?

 Os Jogos Florais não tiveram suas origens na Idade Média; em verdade, nasceram  na  Antiga Roma como grandes festas populares em homenagem a Flora, deusa das flores. Flora era mãe da Primavera e as festas acabaram se transformando em concursos poéticos onde os vencedores recebiam coroas de flores.

 Em 1323, na França, mais especificamente em Toulouse, sete  poetas organizaram a Academia dos Jogos Florais de Toulouse. O primeiro concurso poético deu como prêmio ao vencedor uma violeta de ouro, isto em 1º de maio de 1324. Estes Jogos Florais se tornaram anuais e os vencedores recebiam como prêmio jóias em forma de flores. Daí as duas versões sobre Jogos Florais:

-concursos poéticos em homenagem a Flora;
-concursos poéticos cujos prêmios tinham a forma de flores.

 Em 1363, D. João I  de Aragão criou, em Barcelona, um Consistório que realizou os I Jogos Florais de Barcelona,onde, pela primeira vez, foi escolhida a Rainha da Festa.

Em 1964, os Jogos Florais, na França, tinham o patrocínio da Academia de Belas Artes.

 No Brasil houve os Jogos Florais de Santos (SP) em 1914,1915 e 3 1.916,promovidos pelo Liceu Feminino de Santista, com gêneros poéticos que não a Trova.

Em 1958, J.G. de Araújo Jorge e Luiz  Otávio foram vencedores de um concurso da Casa da Bahia,no Rio de Janeiro,tendo como prêmio uma viagem a Salvador. Na volta surgiu a idéia de realizar  Jogos Florais no Brasil,exclusivamente de Trovas, e que os primeiros seriam em Nova Friburgo. E foi assim em 1960, sob o tema Amor; e o primeiro lugar coube ao trovador Rodrigues Crespo.

Logo em seguida,em 1961, foi a vez de Pouso Alegre (MG) realizar seus primeiros Jogos Florais,com o tema Esperança e, o 1º lugar coube a José Maria Machado de Araújo , trovador de inúmeras premiações, falecido recentemente, no Rio de Janeiro (RJ) onde residia. (Texto do Boletim Informativo da UBT- Nacional,nº 440,2005,p.3)


Os Jogos Florais tem como sustentáculo a Trova e, as festividades são desenvolvidas com atividades variadas, durante três dias; palestras e premiação solene, a Missa em Trovas de A. A . Assis, são pontos referenciais. O papa João Paulo II prestou significativa homenagem ao autor que é de Maringá (PR)

 Os XXII Jogos Florais de Ribeirão Preto e Nova Friburgo têm já divulgados os temas para 2009.

A Câmara Municipal de Nova Lisboa, Serviços Culturais, editou o Boletim Cultural de Huambo, nº 29, agosto de 1974, onde à página 5, ressalta os XXV Jogos Florais de Nova Lisboa, na ocasião comemorando 62 anos de criação da cidade de Huambo, a partir de 1928 designada Nova Lisboa. Nas festividades comemorativas ao aniversário, os Jogos Florais que, anualmente, desde 1.948, realiza a aproximação dos povos irmãos de Angola, Portugal e Brasil.
Neste evento, bastante concorrido tivemos  dez trovas premiadas dentro dos parâmetros internacionais da promoção. Vamos aqui nos prender a três delas que, de algum modo nos lembra outros trovadores aqui citados;                                                       

Ei-las,

Devido à gente apressada
quantas vidas se  consomem!
o homem constrói a estrada
e a estrada destrói o homem.
Dimas Lopes de Almeida

Em seu labor, a Vaidade
e o guarda-sol são iguais.
toda a sua actividade
é por na sombra os demais.
Luiz Santos Costa


 A  União Brasileira de Trovadores (U.B.T) foi fundada a 21 de agosto de 1966, na cidade do Rio de Janeiro, e teve três presidentes nacionais: Luiz Otávio,      (1967 -1969), Carlos Guimarães (1970-1995), João Freire Filho (1996-2003) e atualmente, em Pouso Alegre-MG., desde 2004, Eduardo Toledo.

São finalidades da UBT: o estudo, cultivo, divulgação da trova e congraçamento entre os trovadores. (artº 3º) no § 1º  Sem desconsiderar como trova “ a composição poética de quatro versos setissílabos rimando pelo menos, o 2º com o 4º e com sentido completo”, a UBT determina como trova, para Concursos,

 “a composição poética de quatro versos setissílabos rimando o 1º com o 3º, o 2º com o 4º e com sentido completo”; § 2º Para efeito no disposto neste artigo, considera-se trovador o autor da trova.
( Estatuto Nacional da UBT, 2005, p. 8)

Os trovadores são afilhados de São Francisco e seu poema é a “oração do trovador”. O Hino dos Jogos Florais, letra e música de Luiz Otávio, em sua I parte é envolvente:

Salve os Jogos Florais Brasileiros!
a cidade se enfeita de flores!
corações batem forte, fagueiros,
a saudar meus irmãos trovadores!

Os trovadores, têm, também, Hino do Trovador e o Hino da UBT, todos apresentados em reuniões administrativas ou festividades literárias. Os trovadores são irmãos na trova, inspirados em
Meus Irmãos,os Trovadores.

Na sua estrutura, a trova tem quatro versos de sete silabas poéticas que perfazem 28 silabas. O poeta-trovador deve conhecer versificação. Na internet, em sítios de busca, encontramos o Tratado de Versificação de Olavo Bilac e Guimarães Passos, RJ, 1905, considerado de primordial grandeza didático-histórica. As noções  primárias de versificação são encontradas em livros de língua portuguesa e as figuras de linguagem, na Minigramática de Cegalla, ofertada aos alunos pelo MEC-FNDE em 2005.

A UBT realizou pesquisas sobre metrificação. O ensaio  de Luiz Otávio, consagra-se específico como forma de orientação técnica. A medida dos versos, preocupa os poetas através dos séculos. Na trova de Castilho, constatamos isto na escansão de cada  linha poética;

A/qui/, sim/, no/ meu/can/ti/nho,
                                           1   2       3     4     5     6    7
ven/do/ rir/-me o /can/de/ei/ro,


                                              1    2    3      4      5    6  7   
go/zo o / bem /de es/tar/ so/zi/nho
                                           1    2       3        4      5    6  7
e es/que/cer/ o / mun/do in/tei/ro.
                                                  1      2    3    4     5       6       7
            (FERREIRA, 1964, p.XXXI)


  O estudo de Luiz Otávio, confirma que as sílabas são contadas até a última tônica de cada  verso. As pontuações não impedem as junções silábicas. 
              
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 2.2 ORIENTAÇÕES E  CUIDADOS QUE AJUDAM 
                                                                                                  
Acreditamos que, o texto a seguir seja oportuno para quem lê, recita ou declama um poema:

“Aprender a pontuar não é aprender um conjunto de regras transmitidas através de um discurso sobre o que são e para o que servem os sinais de pontuação.

Aprender a pontuar é aprender um conteúdo procedimental de natureza complexa. E como todo conhecimento procedimental, pontuar se aprende pelo uso.

O sistema de pontuação não é composto apenas pelos sinais que conhecemos – ponto final,dois pontos, travessão, virgulas etc.... Dele fazem parte os brancos que centralizam o título, o branco que indica parágrafo, a letra maiúscula, os sublinhados, negritos, itálicos etc.

A função da pontuação no texto escrito não é indicar pausas para respirar. Sua função é separar, traçar as “fronteiras que” vão indicar ao leitor como o texto deve ser lido.

A pontuação é um atributo do texto e recurso da textualidade e não um elemento da frase.

Textualidade é aqui entendida como conjunto de relações que se estabelecem à partir da coesão e coerência.
( CENP, Letra e Vida, 2005, Mod.III, M3U6T8, p.1-2)
-
É necessário e importante conhecer rimas; porém, não podemos empregar uma rima que não combine a mensagem que está sendo desenvolvida no poema.

Rima é a repetição de sons semelhantes no final de um verso. Pode ser consoante (mesmo som a partir da vogal  tônica) ou toante (rima com a vogal tônica do verso). Na trova, as rimas são. Esquema ABAB.


O poeta deve ser paciente; ler, reler, declamar e trabalhar o poema até que fique pronto. Não devemos nos preocupar com o tempo gasto na feitura de um poema, mas com o seu produto final.

O trovador Adelmar Tavares deu-nos a avaliação de fácil e difícil e Olavo Bilac no poema Profissão de Fé. A construção do saber é constante. Começamos lendo com os olhos e depois com todos os órgãos dos sentidos.

As conclusões ocorrem à medida que desenvolvemos a aprendizagem poético-literária. Nos dicionários modernos todas palavras estão separadas em sílabas.

O verso é feito com sílabas  (poéticas) e, isto leva a aprofundar os conhecimentos. O alfabeto é composto de 5 vogais e as demais são consoantes. Lembremos que o H tem o som da vogal e junta-se na métrica com a sílaba anterior. Cada vez que abrimos a boca, falamos um pedacinho de uma palavra e isto recebe o nome de sílaba. Na forma fixa o poeta  tem que ser exímio metrificador.

As silabas gramaticais são apresentadas nos dicionários modernos, facilitando professor e aluno na docência e na aprendizagem. Os encontros de vogais são chamados vocálicos e os encontros de consoantes, consonantais. A palavra dia tem um encontro vocálico, porém  num verso metrificado é separada por ser um hiato. 

Com relação aos encontros consonantais, devemos atentar-nos na ocorrência do “suarabact”.  Quanto a pronúncia da sílaba forte, oxítona,na última (boné), paroxítona, penúltima (telefone), proparoxítona, antepenúltima ( bombástico). O acento agudo, serve para indicar que a sílaba é tônica e que a vogal têm som aberto. O acento circunflexo, serve para indicar  que a sílaba é tônica e tem o som fechado. A sílaba tônica é  vida  na forma poética. Diversos poetas têm produções com rimas em sons abertos e fechados. Já assinalamos em trovas anteriores esta ocorrência.  Quanto a classificação das palavras quanto a sílabas tônicas, citamos boné,telefone e bombástico. Quanto aos ditongos (encontro de duas vogais pronunciadas em uma mesma sílaba) tem  força na escrita  de um verso.

Decálogo de Metrificação  exemplifica-nos a importância.
O hiato tem deixado muita trova sem premiação. As palavras dissílabas – lua, rua, tua; as trissílabas – poeta, miolo, saúde; as polissílabas  são menos  freqüentes nos versos heptassílabos.

Convém não esquecer  que verso é cada linha de um poema. Em algumas regiões do Leste e do Nordeste, por verso, é conhecida a quadra  popular sob a  influência das cantigas de roda.

Luiz Vieira, trovador e cantor de sucesso, visitando o marco zero de Ribeirão Preto, lendo as trovas que contornavam a Fonte Luminosa da Praça XV, assim escreveu, em 17/5/85:

Quando eu pude aqui chegar,
vi tanto amor, tanta graça
que resolvi vir plantar
um verso meu nesta praça.

Luiz Vieira, hoje cidadão ribeirão-pretano, homenageia a capital do Interior paulista, com a Cantiga pra Ribeirão, de onde extraímos estes versos:

nas praças pardais trovadores...
minha Ribeirão da Poesia,
minha capital do saber

Na metrificação de um verso, as sílabas são contadas até a última sílaba tônica. O que vimos neste capítulo reforça a estrutura da Trova, revê os conceitos dicionarizados e prepara-nos para a prática pedagógica da trova.

-

CAPITULO III

 PRÁTICA DA TROVA EM SALA DE AULA

Trovador, grande que seja,
tem esta mágoa a esconder:
- a Trova que mais deseja
jamais consegue escrever.
                       LUIZ OTAVIO

 A trova vem fazendo história através dos séculos. O intercâmbio  com os trovadores portugueses é frequente, principalmente, através dos concursos anuais de trova. Fernando Pessoa, poeta, é autor do poema Psicografia, composto de três quadras de onde, a primeira estrofe, tornou-se popularizada pela imprensa  trovadoresca,  por estar na conceituação de trova literária. Vejamos o poema:

O poeta é um fingidor
finge tão completamente
que chega a fingir que é dor
a dor que deveras sente.

E os que lêem o que escreve,
na dor lida sentem bem,
não as duas que ele teve,
mas só a que eles não têm.


E assim nas calhas de roda
gira, a entreter a razão,
esse comboio de corda
que se chama coração. 
(27/11/1930)


Podemos notar pelo “E” da segunda quadra ( quinto verso ) a dependência com a primeira. O mesmo ocorre com a terceira quadra (nono verso) que se “amarra” a segunda quadra com “e assim”.  A primeira quadra não tem nenhuma dependência com os versos posteriores, deixando-a livre no conceito de trova literária, aceito por gramáticos e filólogos, mas, ainda, não incorporado no vocabulário da literatura brasileira. A trova é um poema autônomo, monostrófico, em redondilha maior (heptassílabo), com rimas alternadas e não tem titulação. Nesta conceituação,  Luiz Otavio, em Trovas e Trovadores, ano III, nº 25, fevereiro de 1968, reporta-se ao poema Mãe de autoria de Barreto Coutinho. Vamos ler o texto jornalístico do antigo órgão oficial da UBT- Nacional?

EU VI MINHA MÃE REZANDO.

Em crônicas e introduções de livros tenho repetido que classifico a Trova quanto a sua origem em: popular (anônima), literária (também chamada erudita) e popularizada. (...) Desejo apenas relembrar que denomino de trova popularizada  a que é lida,repetida, algumas vezes até modificada pelo próprio povo, e que, aos poucos, vai perdendo o nome do autor. Sofre um processo de “folclorização”.

A trova de Barreto Coutinho, por muito tempo, anônima, correu mundo, mas conforme o texto de Luiz Otávio:

Nos III Jogos Florais de Juiz de Fora, aos quais não pude comparecer, foi premiado em 3º lugar o veterano poeta pernambucano, residente em Curitiba, Barreto Coutinho e que este lhe mostrara um recorte de jornal pernambucano, no qual se lia um poemeto intitulado “Mãe” em oito quadras setissilábicas, entre as quais a quinta, era justamente a famosa trova, com o primeiro verso diferente:“Uma vez vi-a rezando”, perfeitamente compreensível, pois havia o título (“Mãe”) e as quadras anteriores falavam em mãe.

Adiante, Luiz Otávio escreve.

Mas o povo, que às vezes é um colaborador perspicaz e inteligente, destacou essa quinta quadra que é de tal valia, de tanta riqueza de sentimento e de força de expressão, que teria mesmo de se libertar do Poema e criar vida autônoma, emancipada. E surgiu então, o primeiro verso modificado para:

“Eu vi minha mãe rezando”.
E a quadra ou quadrinha que era ligada as suas irmãs, adquiriu asas e voou... Voou... correu mundo... é admirada,querida, recitada, repetida...”

O  poema editado no jornal A Província, Recife-PE, 28 de janeiro de 1912, trazia a quadra assim:

Uma vez vi-a rezando,
aos pés da Virgem Maria...
era uma santa escutando
o que a outra santa dizia
-
 Com relação a primeira quadra de Autopsicografia não houve necessidade  de ajuda; é autônoma por si só. A trova de Barreto Coutinho, foi “contemplada”  com pequena inovação à oralidade, (Uma vez vi-a rezando’ para “eu vi minha mãe rezando”). Tornou-se autônoma e antológica. Vamos analisar a metrificação das duas:

Eu/vi/mi/nhá/ mãe/ re/zan/do ( até a última tônica, sete sílabas)
aos/ pés/ da /Vir/gem/ Ma/ri/a (sete sílabas poéticas na tônica )
...E/ra u/ma /san/ta es/cu/tan/do  (sete )
o/que a ou/tra /san/ta/ di/zi/a.  (sete)


O mesmo ocorre com a quadra intacta de Fernando Pessoa:

O/ po/e/ta é um/ fin/gi/dor/
fin/ge/ tão /com/ple/ta/men/te
que/ che/ga a/ fin/gir /que é /dor/
a/ dor/ que/ de/vê/rãs/ sem/te.

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3.1 AINDA SE FAZEM TROVAS COMO ANTIGAMENTE
            
Na inauguração das trovas em torno da Fonte Luminosa, estavam presentes o prof.Antônio Palocci, do Departamento de Educação e Cultura de Ribeirão Preto, Nilton da Costa Teixeira da União Brasileira de Trovadores, UBT, Silvio Ricciardi, da Academia Ribeirão-pretana de Letras,o historiador José Pedro Miranda, Nilton Manoel, dezenas de populares e a presença de jornais e rádios. A repórter de O Diário, publicou no dia seguinte, 17/11/1974, interessante matéria sob o titulo: Ainda se fazem trovas como antigamente? A pergunta reflete a mesma indagação nos dias de hoje.

A trova literária tem os mesmos três pilares históricos e básicos da trova folclórica:- lirismo, filosofia e humorismo que estas palavras por si revelam-nos seus significados. Sentimos que, os trovadores veteranos, gostam mais  da trova filosófica na temática dos concursos e estas, por motivos óbvios, tem sido menos popularizadas.

Nos concursos estudantis, a trova lírica e a trova humorística despertam maior interesse na juventude e revelam bonitas mensagens. Nascem  dos concursos novos poetas que, são divulgados em  livros, revistas e republicadas em outras como na Folhinha do Sagrado Coração e no Almanaque Santo Antônio.    - ASA - organizados pelo Frei Edrian Josué Pasini, OFM, Editora Vozes, anualmente.

Em livro antigo, sem data e editora, encontrei Francisco da Silveira Bueno dizendo que o objeto da poesia é “ a expressão da beleza”. Quanto a essência  “ podemos ter  poesia sem métrica, sem rima; não a teremos, porém, se lhe faltar ritmo”.

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 3.2 COMO FAZER TROVAS E SER TROVADOR

 Cada verso da trova é feito de palavras escolhidas para métrica e formação de sons poéticos. Nos dicionários atuais, as palavras são apresentadas em silabas.  Cabe ao poeta, os conhecimentos básicos de versificação. “Trova é um poema completo de quatro versos de sete sons, rimando o primeiro com o terceiro e o segundo com o quarto”  Daí por diante. Depende apenas  de o autor ser poeta ou não”. (ASA,2008, p. 123).
Nos concursos literários, o concorrente, deve consultar o dicionário em busca da significação do tema proposto pelos organizadores. O sonho do trovador está na  confecção de uma trova perfeita. Quem quer ser premiado, escreve, reescreve, até que encontra a mensagem competidora.  O trovador sempre quer na ponta da esferográfica um achado ou seja idéia vantajosa, providencial e feliz. Nos  IV Jogos Florais de Ribeirão Preto (SP), 1978, com o tema  verde, em âmbito municipal, Geraldo de Maia Campos foi um dos premiados com a trova a seguir:

Não pode dar resultado
sendo tu verde e eu maduro.
Eu tenho apenas passado,
e tu, meu bem, tens futuro!

(Jogos Florais em quatro tempos, UBT,PMRP;1978, p. 38)
      
Os concursos literários buscam o aprimoramento do gosto estético através do exercício da arte-poética, aqui ensejada pela trova, como estímulo à criatividade. Além, despertar o interesse pela literatura em geral e pela poesia em especial. Finalmente, incentivar os sentimentos humanitários para a vida social.

Na Declaração de Princípios da União Brasileira de Trovadores - UBT,acróstico São Francisco, escrito por Luiz Otávio, tem para a primeira letra: Simplicidade: Sendo a trova a expressão mais simples da poesia e, pois, um reflexo da alma do trovador, devemos agir sempre com simplicidade na arte,  nas palavras e nas ações”.

A trova é feita de palavras que devem ser as melhores ao tema proposto.A maioria dos poetas premiados em concursos  escreve, reescreve diversas vezes o texto para depois enviá-lo ao crivo dos julgadores literários. Cremos ser de grande valia, analisar as trovas premiadas no ano anterior. No âmbito nacional temos a têmpera do  produto final da banca e nas premiadas em âmbito local  a predileção  literária  dos trovadores da municipalidade.  Observe que são nas palavras do texto literário, uma de mãos dadas com as outras, que encontramos infinitas possibilidades de expressão e de interpretação.(SANTOS,2006, p.12 )

Tendo por base o Decálogo de Metrificação de autoria de Luiz Otávio – fundador da União Brasileira de Trovadores, entidade de âmbito nacional - editado com a participação de poetas de todas as regiões do Brasil, ao ler: Ao estudarmos a Arte de Trovar ou a composição da Trova, devemos analisá-la em duas partes: o corpo e a alma ou a forma e o fundo. (OTÁVIO, 1975,pág.2)

 No DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO, a UBT, revela o cuidado  com a forma ligada ao ritmo, ou seja com a metrificação.

A publicação oferece recursos para que o poeta componha  com segurança uma trova literária; e alerta: “ o idioma e o verso são os instrumentos do poeta”. O Ensaio lembra que é bom recordar noções sobre verso e pontos gramaticais.  Indicamos aqui a Minigramática de CEGALLA. Nesse Decálogo de Metrificação, temos  orientações e  trovas ilustrativas  de Luiz Otávio. Goldstein (1991, p.13)  sobre ritmo assegura: Cada época tem seu rítmo

·        As sílabas são contadas até a última tônica do verso. Na aplicação das regras temos  por exemplo:

Poderá a força elétrica
de um sábio computador
ensinar contagem métrica
mas não faz um trovador.

·        As pontuações não impedem as junções de sílabas.

Pensa em calma! Evita errar
injusto és se nos reprovas...
Pois não queremos mudar
o modo de fazer trovas...

·        Não se deve fazer o aumento de uma sílaba métrica os encontros consonantais disjuntos.(ou seja: não   usar o suarabact).  Ex. ignoro e não iguenoro.

Você pode acreditar                     
ter a pura convião
que a ninguém vou obrigar
a ter a minha opinião...

Comissão Central de Metrificação, UBT- Nacional, a 29/08/1974, atendeu a consulta da secção de Ribeirão Preto (SP) para sanar a dúvida com relação a palavra substituta usada em uma trova local. Luiz Otávio reforçou a necessidade de sistematizar os julgamentos de concursos de trovas. Hoje todos os trovadores brasileiros e portugueses concorrem em igualdade de condições

·        Uma vogal fraca faz  junção com a vogal fraca ou forte inicial da palavra seguinte. §único: Aceitam-se exceções a esta regra no sentido de evitar a formação de sons duros e desagradáveis.
Exemplo: “cuja ventura/única consiste”.   
       
Podes crer que és muito injusto
e estás longe da verdade:
pois na Trova, a todo o custo
defendo a espontaneidade...     
                                                                 

·        Uma vogal forte,pode ou não, fazer junção com vogal fraca da palavra seguinte, no entanto jamais deve faze-la com vogal forte. § único – Nos casos  em que se prefira fazer a junção “forte + fraca”, deve-se ter sempre o cuidado de evitar sons desagradáveis ( “mais que tu/ardo”) ou formar  novas palavras (“via” ao invés de “ vi a..).


É uma história bem correta:
Em tudo o ensino é preciso,
No entanto, só/ o poeta
Quer ser gênio de improviso...

·        Pode haver a junção de três vogais numa sílaba métrica.
  §1º - Não deve haver mais de uma vogal forte.
  §2º - No caso em que a vogal forte não esteja  colocada
entre  as vogais fracas e, sim, em 1º e 2º  lugar, para que
seja  correta a junção, as duas vogais fracas devem juntar-  se por crase ou elisão, e não por sinalefa (ditongação). Assim estará certo: “ é a ambição que nos prende e nos maltrata” e  não se pode unir as três de ¨e a /íntima palavra derradeira’
§ 3º- Deve-se ser usada com cuidado a  junção de mais de três vogais, embora haja casos corretos de quatro ou cinco vogais.

Esta é uma trova indiscreta
convenções, mal amparadas,
induzem muito poeta
a convicções enraizadas.

·        Os ditongos aceitam as prejunções com vogais fracas,       (“e eu”).  As postjunções são aceitas somente nos ditongos crescentes ( encontro instáveis) (“a distância infinita”) e são repelidas nos ditongos decrescentes. (“ Eu sou/a que no mundo anda perdida”).
§ único – Há casos de uso facultativo de prejunção de      vogais fortes aos ditongos  e não e não ferem as tônicas das  palavras. ( aceita-se: “Será auspiciosa” e será inaceitável: “Terá/auto nos pontos”).
Para medir nossos versos
se o ouvido fosse o juiz,
em nossos metros diversos
ninguém poria o nariz...

·        Nos encontros vocálicos ascendentes ( formados por vogais ou semi-vogais átonas seguidas de vogais ou semi-vogais tônicas), a sinérese  é de uso facultativo. (“ci-ù-me”  ou “ciume”, etc.).
§ único- Há neste grupo, excepcionalmente, encontros vocálicos que não aceitam sinérese. Geralmente, são formados pela vogal “a”  seguidas das vogais “a” ou “e” ou “o” (como em: Sa/ara, a/éreo,a/orta,etc.) ou, em alguns casos, da mesma vogal “a” seguida das semi-vogais “i” ou “u” tônicas, como em: “para/iso”, “na/u”, etc.

Na trova, soneto ou poema
em toda parte do mundo,
se a Forma é o seu di/adema,
a sua alma é sempre o fundo!

·        Nos encontros vocálicos descendentes ( formados por vogais ou semi-vogais tônicas seguidas de vogais ou semi-vogais átonas) não se aceita a sinérese ( “tua”,”lua”, “frio”,”rio”, etc., e sim “tu/a”, “su/a”, “fri/o”, “ri/o”,etc.
§ único – Em algumas regiões do Brasil é usada a sinerese nestes encontros vocálicos, com base na  fonética local. No entanto, não será aceita na metrificação, em benefício da uniformidade, uma vez que na maioria dos Estados e feita a separação dessas vogais.
As dúvidas são pequenas,
 não sejas tão pessimista,
dá-me a tu/a ajuda, apenas,
e será bela a conquista.
                            
·        O uso da aférese (“inda”, etc), síncope (pra”, etc), apócope  ( “mui”,etc ), e ectilípses (com a”, “o”, “as”;           “os”) é facultativo. 
 § 1º a junção de “com” mais palavras iniciadas com vogais átonas é correta mas pouco usada. Acompanhando a maioria dos poetas, sempre que possível, deve ser evitada. (com amor”, etc);
§ 2º A junção de “com” mais palavras iniciadas com gogais tônicas não será aceita. ( ‘ com esta”, etc ).                                
§ 3º A junção de fonemas anasalados “am”,”em”, “im”,       etc.,com vogais átonas não será mais aceita. (“ formaram/idéias”, “cantaram/hinos”,etc).
§ 4º É preciso de cuidado com o uso de aféreses, síncopes e apócopes que, por estarem em desuso ou por formare,, geralmente, sons desagradáveis, irão ferir a sensibilidade e os ouvidos dos leitores e dos ouvintes.

É mui// feio criticar       (apócope)
/inda que seja um direito      (aférese)
-p/ra ser justo, aulas vem dar    (síncope)
com o teu plano sem defeito...     ( ectilipse)

 Luiz Otávio deixou-nos um estudo moderno de como fazer uma boa trova literária. Na página 3 do Decálogo informa: “buscando um denominador comum ou niformização  de normas “que propiciaram mais liberdade e segurança para quem concorre ou promova concursos literários no país”. Olavo Bilac no Tratado de Versificação, na II parte trata da Métrica. Castilho, também, preocupado com a arte deixou-nos  orientações sobre  literatura poética.

Quando falamos na forma poética, buscamos provocar, no leitor, o envolvimento necessário para que no momento de inspiração consiga compor  a sua trova que além da métrica (forma) tem ainda a mensagem (fundo) ou seja toda trova tem corpo e alma e as rimas desempenham um rico papel no contexto.No decorrer do tempo, diversas outras leituras chegam-nos à mão e buscando melhorar nossa qualidade de desempenho. Silveira Bueno  editou em 1.958, em 5ª edição, um Manual de Califasia, Califonia, Carritmia e Arte de Dizer, indicando-o “para uso das escolas normais, ginásios oficiais –canto orfeônico e declamação”. A p.190,nos orienta sobre sílabas; Na leitura de versos  é indispensável observar rigorosamente as sílabas dispostas pelo poeta. O guia único e absoluto é o ouvido; na prosa as sílabas são contadas pela maneira de pronunciar; na poesia, pelo modo de ouvir.


O autor de trovas, participando dos concursos , integra-se, rapidamente, ao movimento literário da trova por todo o Brasil e co-irmãos de Portugal. Temos trovadores por todo o mundo e, via internet. Os concursos em língua espanhola tem sido o destaque do momento. Os concursos literários são responsáveis pela integração nacional em torno da Trova . Os trovadores, numa imensa confraria, têm um trabalho cultural, social e turístico através da poesia. Conhecedor do imenso legado que deixaria, Luiz Otávio, reforçava sempre esta mensagem:“ Amor, idealismo, trabalho, disciplina e união eu peço a todos”.

 Nas cantigas de roda, A Barata diz que tem (folclore) ou em músicas populares como a BANDA de Chico Buarque sentimos a vida dos sete sons poéticos usados na Trova moderna.

Estava à toa na vida,
o meu amor me chamou,
pra ver a banda passar,
falando coisas de amor (Goldstein, 1991,p.8),

Conversando, conversando... é que percebemos pelos  versos falados em sete sons, o poeta que há em cada um de nós.

O que precisamos saber para fazer uma trova? Saber o que é uma trova! Estudar a vida da trova! Sentir que no telúrico nacional. A poesia está presente em tudo. Os bons letristas cantam em versos setissilábicos coisas que tocam fundo a alma e animam nossos sentidos.


Ouça  DISPARADA  na voz de Jair Rodrigues. A letra de Geraldo Vandré, e música de Theo de Barros, explodiu nas paradas de sucesso há quarenta e dois anos depois do festival de MPB. Ouvindo a letra faça a escansão verso por verso e sinta nos heptassílabos, a força poética da forma (rítmo, melodia e expressão -gramatical e poética) e no Fundo (a mensagem, a originalidade e o achado, a comunicabilidade, a simplicidade, a harmonia interna) e podemos vibrar com a importância de cada verso da letra (forma) e a interpretação ( fundo) da produção musical que revela em sua letra importante exemplo da produção poética que tanto bem faz a cultura brasileira. Numa sala de aula, podemos usar o retro-projetor, ou animar em PowerPoint através de um projetor de imagens:
“Pre/pa/re o/ seu/ co/ra/cão/
pras/ coi/sas/ que eu / vou /con/tar/
eu /ve/nho /lá /do /ser/tão/
eu/ ve/nho/ lá/ do/ ser/tão/,
eu /ve/nho/ lá /do /ser/tão/,
e /pos/so/ não/ lhe a/gradar/.

No www.google.com.br, podemos buscar além do texto a apresentação histórica do festival que ocorreu durante o período militar.

Diversas outras canções enriquecem o estudo literário, métrico e sonoro das palavras; A Banda de Chico Buarque, Pois é pra quê de Sidney Miller; as cantigas de roda e declamações de Cordel. No site www.professorjuscelino.com.br, o prof. Dr. Juscelino Pernambuco apresenta interessantes análises musicais

Discorremos bastante sobre o que é trova e, justamente no nº 1, ano I, 1997, que Trovas & Cantigas nos informa sobre Trova Bonita:

·        Evitar duas palavras iguais numa mesma trova, desde que essa repetição, beleza não contribua para reforçar a beleza e originalidade da trova.
·        Manter nos três últimos versos o mesmo ritmo do primeiro,evitando assim a quebra do ritmo.
·        Evitar sons cacófatos ou  não recomendáveis:

Esperanças sempre dão ( predão, pridão),
Só no amor foi-me ensinado. ( sono),
Toda ilusão que ela tinha. ( latinha)

Observar se os quatro versos da trova guardam, entre si, o sentido completo do tema. Embora a trova esteja bem feita quanto à forma, muitas vezes observa-se  o sentido dos dois últimos versos “ desligados” dos dois primeiros. As trovas comparativas exigem riqueza de imagem e uma boa idéia para serem bem-sucedidas.

Ex.:
Minhas netas, sempre rindo,
são meu alegre evangelho.
Musgo verde revestindo,
de esperança, um muro velho.                    
Lilinha Fernandes

As trovas conceituais devem evitar o lugar-comum para não caírem na mera repetição de outros autores. A palavra saudade é a que mais tem sido “vítima” disso.

Também se observa um verso inteiro de outra trova (e de outro autor) sendo costumeiramente repetido por alguém. Não se trata de plágio, mas coincidência ou “traição” do subconsciente. Deve-se  conferir essa situação ao compor uma trova.

É melhor evitar rimas já muito exploradas como amor/dor, vida/querida, lusão/coração, há-de/saudade, alacridade/ saudade, abrolho/olhos, entre outras.

Luiz Otávio deixou, além do DECÁLOGO DE METRIFICAÇÃO, um estudo inédito sobre: A MÚSICA, O OUVIDO E A METRIFICAÇÃO, datado de 2/9/1975, onde destacamos alguns trechos oportunos da trova:Há música em tudo: Música, no sentido dilatado da palavra, é som.

(...) Há música na poesia. Ora, se a Poesia é composta de palavras e se estas possuem sons, naturalmente a Poesia tem música. Bela ou feia,rica ou pobre,agradável ou não, todo verso tem um som. (...) No entanto, se a música de um verso é importante na Poesia, um fator inestimável para seu enriquecimento e valorização; não deve ser tomada como um fim,mas, simplesmente, como um meio. (...)

Assim pois, a Música é útil e importante na Poesia, como assessório, como um pormenor da moldura, do quadro e não como a pintura ou a  mensagem poética propriamente dita. É não é só a  música que é um elemento  da moldura poética, que é Forma da Poesia. Na forma teríamos o ritmo conseguido pelas tônicas e pela metrificação, assim como a melodia é conseguida pelas rimas, pelo emprego harmonioso de vogais e consoantes e rejeição de sons duros de cacofonias, de homofonias, etc, e teríamos ainda na forma, na moldura, a música – no sentido de melodia-, da metrificação que é um elemento bem mais peculiar do Ritmo.

Embora, em última análise, o ritmo seja um componente da Música. Mas separemos, para melhor entendimento, melodia ( ou linha melódica) e ritmo (dado pelo compasso) ou , no verso, pelas tônicas e pela métrica.Assim, quando me referir à música do verso, estarei falando em melodia, do som, da sonoridade, abstraindo-me, passageiramente, do ritmo (tônicas e métrica)..
               
 Luiz Otávio refere-se ao ouvido e a música; reforça que cada um tem seu gosto musical,
...na Poesia, o ouvido é importantíssimo para a composição de um verso melodioso, para distinguir ou julgar se um poema ou uma trova possuem ou não sonoridade, observando ou ouvindo suas rimas, o emprego harmonioso das vogais e consoantes, a ausência de junções duras, de cacofonias, de homofonias,etc.
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CONCLUSÃO

Nestes três capítulos desenvolvemos a vida da trova através dos séculos, definindo a diferença que há sobre a trova popular e literária. Trouxemos diversas produções de autores que escreveram a história literária de nosso povo, sabendo que muitos outros poetas aqui não citados têm mensagens que reaparecem como por encanto reforçando a frase: A trova e o trovador são imortais. Sentimos plenamente que está no sistema de educação adotado a reinação literária de nossos autores. Lamentamos aqui que jornais e revistas distanciaram-se da difusão poética e deixamos claro que poesia é arte e que cada artista tem seu estilo, sua percepção de vida. O espírito criativo de nossos trovadores revela-se em todos os gêneros e sentimos que a trova humorística tem um encanto especial. Nela não está presente a maldade, mas a lapidação conveniente ao tema de circunstância.
Nos concursos literários, sob o tema não podemos dizer que são trovas de encomenda, mas endereçadas aos concorrentes, com a finalidade de selecionar as melhores que o momento social oferece. O trovador, como todo artista tem o seu estado de graça, e numa competição literária as melhores trovas saem de acordo com a banca de julgadores. Quanto maior o número de julgadores, melhor a seleção. Não lidamos, mais com a simplicidade das cantigas de roda, mas com a beleza da mensagem que ocupa a forma de 28 sons poéticos tendo na alma a originalidade, comunicabilidade, simplicidade e harmonia. Nas músicas apresentadas, sentimos o cuidado de cada letrista.
Procuremos mais envolvimento com a trova. Busquemos em cada leitura novas fontes mensageiras. Sejamos poetas, sempre! Luiz Otávio, Príncipe dos trovadores Brasileiros deu-nos um movimento literário e turístico. Confraria que promove a interação social dos trovadores com prefeituras, secretarias de educação, cultura, promoção social  e entidades literárias.
Temos que relembrar BELTRÃO (1975,p.21): Nunca existiu no Brasil maior movimentação literária do que a que faz a União Brasileira de Trovadores através dos seus Jogos Florais, iniciados em Nova Friburgo (RG) e seguindo-se-lhe a cidade de Pouso Alegre (MG)
Hoje, dezenas de cidades trabalham em prol da trova, promovendo seus poetas e escrevendo a nova história da literatura brasileira. A grande maioria de escritores com obras registradas na Biblioteca Nacional, ainda, são desconhecidos pelas publicações do MEC
No entanto, anualmente, temos a escolha de livros didáticos e  módulos para-didáticos, sem inovações significativas. BELTRÃO (1975,p.22) reforça:
Daí levarmos  ao conhecimento de todos os professores de português e literatura a existência do Ciclo da Trova, solicitando a inclusão em programas didáticos de um capítulo sobre a Trova, como medida justa e necessária, preenchendo uma lacuna existente nos programas oficiais de português e literatura.
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 ANEXO

1. Entrevista
Via Correios, entrevistamos Luiz Otávio, a 10 de junho de 1975,com perguntas obtiveram as seguintes respostas. Ei-las:
(P= pergunta, R= resposta)

            P.: Luiz Otávio, qual a importância  principal do Movimento Trovadoresco na  literatura Brasileira?

R.: O principal valor, eu diria melhor, uma das características fundamentais do Movimento Trovadoresco é a sua espontaneidade.Nasceu, brotou espontaneamente como uma planta. A te mesmo os que o plantaram não se aperceberam bem, no momento, o que estavam fazendo, E,aí, este Movimento difere, essencialmente, de tantos outros movimentos, sub-movimentos e hipo-sub-movimentos que tem surgido e,  as vezes, morrem antes do nascedouro. Alguns pretensos “gênios” se reúnem ( não muitos), fazem manifestos, deitam plataformas, conseguem suplementos-literários, querem destruir tudo que encontram (é outro “cacoete” destes pseudos-gênios), e ... no fim, a  “coisa” dura muito pouco... Eles  mesmos não se entendem... Citar exemplos? São inúmeros. Mas não  há tempo, nem espaço. Já o nosso Movimento Trovadoresco  nasceu, aos poucos, sem saber que viria a ser um Movimento. Espontâneo, genuinamente brasileiro, popular, moderno (porque comunicativo, rápido e direto) e que, em poucos anos, cresceu muito e continua a crescer. Tudo isto, reunido e dito em poucas palavras demonstram a importância do Movimento Trovadoresco. Diria mais que ele, tal como aquele anúncio de óleo, excede  os limites da literatura brasileira. Tem sido também um movimento social e turístico. Para explicar tudo isto só mesmo um Ensaio ou uma crônica...

                 P.: O trabalho que a UBT vem realizando todos estes anos, sabemos que está marcando a história da literatura nacional do futuro; Perguntamos: por que os tratados literários atuais teimam em deixar de fora toda a grandiosidade deste trabalho?

                 R.: A pergunta é simples e boa, mas a resposta não é fácil e seria complexa. Respondo com perguntas: Quem sabe  se certos professores e críticos andam pouco afastados da realidade e não se aperceberam que há, em suas portas, um Movimento poético vivo,  palpitante,  popular:?  Quem sabe se eles têm certo receio ou  constrangimento para reconhecer e divulgar  esta verdade? Quem sabe se tem faltado a nós, os dirigentes ou mais antigos do Movimento, tempo, oportunidade, para ir às escolas, faculdades e suplementos e dizer,  bem alto: “Minha gente, há um movimento de Trovadores que poetas, povo, associações, comércio, indústria, já tomaram bastante conhecimento... Chegou a vez de vocês saberem que nós existimos. Mas, meu caro Nilton, já há uma reação. Já há professores que nos convidam a falar sobre trovas em seus colégios ou faculdades, outros que, em seus livros, já dedicam páginas aos trovadores e outros ainda, como um professor sacerdote, que nos últimos Jogos Florais de Friburgo, num belíssimo sermão, reclamava justamente isto que é o tema de sua pergunta: de algumas esferas literárias ou professores ainda ignorarem o valor da Trova e do Movimento Trovadoresco.

                P.: Qual a preocupação do Movimento Trovadoresco, atualmente, em relação à classe estudantil universitária? O que os trovadores brasileiros tencionam fazer para demonstrar a originalidade do “Movimento” que é nacional e não importado como o Romantismo, Parnasianismo,Simbolismo, etc?

               R.: A pergunta é comprida e profunda. Verei se resumo a resposta. Já temos procurado levar a Trova não só à esfera Universitária mas, também aos outros graus anteriores. Já fizemos palestras e concursos  nos meios ginasiais, colegiais e universitários, em muitas cidades que evitarei de citar os nomes para não omitir algumas. Quanto à preocupação de demonstrar isto ou aquilo, de atacar ( mesmo o que nos atacam), de mostrar as nossas qualidades ou virtudes, não tem havido. Nós temos vencido  porque realmente é bela  a nossa rosa e porque temos trabalhado muito, com amor e autenticidade, a fim de que ela sobreviva e se multiplique. Se outros cultivam ou camélias ou cravos de defunto ou couve-flor, não temos nada com isto... Podem até cultivar flores de papel, importadas... Que nos deixem em paz cultivando a nossa rosa...

                P.: Na antiguidade os Jogos Florais foram lançados para propiciar o não desaparecimento da produção poética, no Brasil, segundo  o Sr. mesmo já escreveu, nossos concursos de Trovas e Jogos Florais apareceram com a finalidade preponderante de selecionar democraticamente as produções literárias brasileiras. Sendo experimentado, promovendo, participando, concorrendo, publicando tratados e livros com suas produções trovadorescas, por que ainda no Brasil têm-se um imenso déficit de publicações por editoras de nomeadas?

                R.: Há anos notei e escrevi a seguinte curiosidade ou paradoxo: Na Idade Média, quando caiu a Poesia Trovadoresca, tiveram a idéia dos Jogos Florais, em Toulouse, em 1.322, para  revitalizá-la. No Brasil, só  após a Poesia dos Trovadores ter alcançado certo nível ou progresso é que senti condições propícias para lançar em 1960 os Primeiros Jogos Florais de Nova Friburgo. Sim, na verdade tenho afirmado que estes concursos foram um meio útil e democrático para lançar grandes trovadores no Brasil. Quanto aos livros, acho que tem havido muitas publicações. Se o interesse das editoras é pequeno, tem acontecido o mesmo com outros gêneros mais vendáveis como o romance e o conto.

                P.: Quantos anos temos de Movimento Trovadoresco?
Ou  o que melhor propiciou a corrente literária trovadoresca?
                R.:Quanto à primeira parte, se aceitarmos como um marco  de nosso Movimento, como li na apresentação desta entrevista, a publicação do livro “Meus Irmãos, os Trovadores”,temos, então, que, no ano próximo completaremos 20 anos de Movimento. É claro que, antes disto, já eram feitas trovas e alguns livros eram publicados. Mas, trata-se  aqui de marcar um ponto de partida para algo que significasse aglutinação, propaganda maior, estudo mais profundo,etc. Embora sendo o autor do livro e não o autor da proposta de transforma-lo como um marco, acho  -  modéstia à parte  -  perfeitamente válida a idéia.
                Quanto ao que melhor propiciou  esta corrente, além do que já ficou dito, de autenticidade, popularidade, atualidade, etc., e das finalidades culturais, sociais e turísticas, queria ainda apontar algo que considero de muita importância e que resumo: depois do Movimento Modernista, passado o fogo inicial, parecia  que a poesia tinha morrido. Tornara-se tão difícil, tão hermética, que apenas alguns iniciados ou alguns pretensos entendidos, apreciavam e entendiam esta Poesia. Depois vieram grupos e subgrupos. Cada  vez mais discussões,cada vez mais originalidade e menos entendimento. O público ia cada vez ficando desconfiado e retraído... Se, em todas as antigas Escolas – dos Clássicos, Românticos, Parnasianos, Simbolistas, houve sempre grandes intérpretes do sentimento popular, - do Povo das várias camadas sociais – com o Movimento Modernista tudo mudou. Somente as elites intelectualizadas, ou as pseudo-elites, compreendiam aquelas mensagens poéticas herméticas e muitas vezes sem melodia, sem ritmo e sem sentido... Vieram os trovadores e, modesta mas autenticamente, deram aquele grito da fábula: “O Rei está nu!” Apenas, ao invés  de dar este grito diretamente e de entrar em debate, começaram a fazer trovas, aperfeiçoar esta singela forma da poesia popular, a realizar concursos e festas, a fundar associações, a pronunciar palestras, a escrever artigos e livros, enfim, a Trova veio mostrar, com êxito, que a Poesia não morrera, veio restabelecer aquele elo destruído entre o Povo e o Poeta.

                 P.: O título de “Magnífico Trovador” com o qual o Sr. foi agraciado após tantos anos de idealismo, de dedicação, contribuindo para a integração nacional através da poesia, sabemos que é internacional através de convênio com entidades culturais de Portugal; fale-nos sobre isto.

                 R.: Acredito que haja uma pequena confusão do caro repórter. O título com o qual fui agraciado devido ao meu trabalho em Prol da Trova e dos Trovadores foi o de  “ Príncipe dos Trovadores Brasileiros”  - por um Congresso Nacional de Trovadores, em 1.960, em São Paulo. O outro – o de” Magnífico”  dos Jogos Florais de Nova Friburgo (RJ) é um título muito honroso e difícil. Outros dez trovadores o obtiveram nestes 15 anos. Não tem nada com o trabalho pela Trova ou pela classe. Está relacionado a uma vitória, três anos consecutivos, entre os dez primeiros lugares, nos Jogos Florais. Mas repito: é um título muito honroso e difícil. Os dez que o obtiveram – e por ética permita tirar o meu nome – demonstraram talento,inspiração, fibra e, também, um pouco de sorte. Constituem uma verdadeira  seleção de trovadores, vitoriosos em várias cidades do Brasil. Para atingir este título não adiantam posição social, financeira, tentativa de protecionismo ou de corrupção. Nem simpatias ou troca de gentilezas como acontece na eleição de muitas academias... Com os “Magníficos” entraram em julgamento apenas as trovas, escondidas num pseudônimo. E chegaram quatro mil ou cinco mil ou mais trovas! E é preciso repetir  a vitória três anos consecutivos!

              A presente entrevista, datada de 10/6/1975,Santos (SP) tem a assinatura de Luiz Otávio.

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 2. PROJETO DE TROVAS
                  Duração e período         :
                 A duração deve ser quinzenal ou mensal dependendo do objetivo que se pretenda. Buscamos  estimular o aparecimento de poetas.

              Apresentação:    
O projeto tem por finalidade  despertar o gosto leitura,declamação e produção poética, através da Trova.

     Justificativa:
            Tendo em vista a presença da poesia nos livros didáticos, nas cantigas de roda e  diversos concursos de Trovas e Jogos Florais de Ribeirão Preto, a Oficina de Trova desenvolverá o gosto pela leitura e elaboração de trovas.
Objetivo
            Desenvolver a sensibilidade; valorizar o universo poético, como forma de comunicação com o mundo; trabalhar com as palavras e imagens obtendo novas possibilidades de expressar sentimentos, emoção, lirismo e humor.
Estratégia:
Apresentar a origem e a história da Trova. A Trova, como movimento literário no Brasil.  A Versificação: a forma e o fundo ou seja o corpo e a alma da trova. O Decálogo de Metrificação. Hoje os dicionários trazem as sílabas divididas, mas em poesia conta-se sons. A diferença de trova literária  e popular. A classificação: humorismo, lirismo, filosófico, etc. Os elementos essenciais: coesão e coerência. A União Brasileira de Trovadores e os concursos. Livros de Trovas de resultados de  Concursos. Pesquisas virtuais sobre a Trova no Brasil e no mundo.
               Avaliação:
O interesse de cada participante pela literatura, a produção literária, o preparo de textos para concursos e o domínio da versificação trovadoresca.


3. COMO PARTICIPAR DE CONCURSOS
  SISTEMAS DE REMESSA
·        ENVELOPE,
·        CARTÃO POSTAL,
·        A4,
·        E-MAIL.
O interessado em participar de um concurso literário, deve em primeiro lugar ler com muita atenção o regulamento do certame. Tudo o que for solicitado deve ser cumprido. A quantidade de remessa de trovas não deve ser ultrapassada. Hoje temos variação de concurso para concurso. Há concurso que só se pode enviar uma trova, outros duas, três, cinco, dez... sem limite! Num passado, não distante muitos remetiam cinqüenta, cem, duzentas trovas se o tema fosse do seu agrado. Hoje notamos, em alguns casos, a recauchutagem (adequação composição não premiada) de trovas para novo concurso. Não somos favoráveis ao reaproveitamento. A escrita atinge melhor os objetivos da temática solicitada..
·        Sistema envelope
 O Sistema envelope (mais usual) deve ter a trova escrita na face de envelopes, no interior deste nome,endereço com cep,.e-mail e colado. Remeter em envelope comercial ao endereço do concurso e no remetente o nome que pedir no regulamento. O prazo, geralmente, é da chegada na cidade promotora. As cartas simples demoram de três a dez dias no Brasil e até quinze para Portugal. A melhor orientação quanto a remessa e chegada quem presta é a  ECT.
·        cartão postal
O sistema cartão postal teve realizações por várias entidades  de Ribeirão Preto. Na ocasião  foram oportunos e estão dentro das propostas da UBT. O nome do trovador vem no cartão com seu endereço completo. Todos são transcritos ou xerocados e da mesma forma do concurso de envelopes, forma-se caderno para  cada julgador. Não há conhecimento de quem está concorrendo. A maioria reclamava pela compra do cartão e tarifa postal. Procedimento caro.
·        Sulfite A4
O sulfite A4, em três vias, é usado nos concursos promovidos por entidades Portuguesas. Ora solicitam endereçamento no próprio trabalho, ora identificação em envelope à parte sob pseudônimo usado no trabalho enviado.
d) E-mail
Os concursos por e-mail têm ocorrido por algumas entidades. Apesar da  resistência por parte de alguns veteranos da trova, bons livros virtuais tem sido editados. Com os concursos via internet, tem havido concursos em língua espanhola.
 No ano de 2.007, longas polêmicas em torno dos concursos semanais de trovas. A internet tem garantido a História da literatura atual. Os jornais diários não cobrem a vida literária das cidades onde circulam e são mantidos por publicidade. Como dissemos, é elástica a lacuna histórica que temos por parte da imprensa diária. Os jornais ampliaram o número de páginas, reduziram as fontes e vivem sem espaços  nesta temporada em que a pluralidade cultural vive em alta. 
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4-DECLARAÇÃO DE PRINCÍPIOS DA UBT

AUTORIA: LUIZ OTÁVIO –
Acróstico: SÃO FRANCISCO 

[S]:
Simplicidade - Sendo a trova a expressão mais simples da poesia e, pois, um reflexo da alma do trovador, devemos agir sempre com simplicidade na arte, nas palavras e nas ações. 

[A]:
Amor – Nosso padroeiro São Francisco de Assis - pregou o amor total. Assim, não nos devemos afastar deste ensinamento. Amor ao próximo, à nossa arte, mas também à UBT. Em outras palavras, fidelidade à nossa agremiação. 

[O]:
Ordem - Sem ordem, disciplina, responsabilidade – de dirigentes e sócios- não poderá haver progresso, segurança e paz. Faremos tudo para manter esta ordem, a fim de que possamos atingir nossos objetivos, elevando culturalmente o meio social em que vivemos.

[F]:
Fraternidade - Todas as religiões pregam a fraternidade. O “pobrezinho do Assis”, ao fundar a sua Ordem, denominou seus companheiros de “Irmãos”. Nós que recebemos de Deus o dom da Poesia, mais do que ninguém, devemos ser, verdadeiramente, Irmãos Trovadores. Mas sem esquecer que a Bondade deve ser justa, o Perdão sem humilhações e a Tolerância sem fraqueza.

[R]:
Renúncia – A Renúncia pode ser resumida em não querer tirar proveito da Associação para si, mas ao contrário, em dar algo de si para a mesma. 

[A]:
Autenticidade - Se desejamos fazer parte de uma comunidade devemos ser autênticos. E autenticidade exige lealdade, cooperação e trabalho. 

[N]:
Neutralidade - A U.B.T. tem finalidades definidas. Dentro de nossa Associação, os sócios devem abster-se de debates políticos e religiosos. A neutralidade deve ser compreendida, também, no sentido de isenção e imparcialidade, em nossos trabalhos de direção e julgamento. 

[C]:
Comunicabilidade - Se a Trova é o gênero mais comunicativo, nós, Trovadores devemos cultivar a comunicabilidade não só entre nós da U.B.T., mas também, com a sociedade que nos cerca.


[ I ]:
Idealismo – Temos um Ideal em comum. Ideal simples de espiritualidade e de beleza. Na conquista deste Ideal devemos trabalhar com fé e, também, com dinamismo e perseverança.

[S]:
Sinceridade – Se a todos os empreendimentos elevados é indispensável a sinceridade, nós, como artistas e trovadores, em nossas atividades repudiamos a mentira, a deslealdade, a intriga e a má fé. 


[C]:
Controle – Os dirigentes devem saber controlar, com habilidade e segurança, o setor que lhes foi dado para dirigir, zelando pela disciplina, pois dessa atuação, é que decorrem a uniformidade, a unidade e força de nossa Agremiação. 


[O]:
Obediência - Obedecer não é humilhante. Há na vida de nosso Padroeiro a lição:- ”Quem sabe obedecer, aprendeu a vencer-se e a triunfar”. A liberdade não afasta os princípios de ordem, disciplina e obediência. Aquele que sabe obedecer, que possui espírito de equipe, que acredita realmente na Lei, é o que poderá, com maior êxito, ser bom dirigente. A obediência aos nossos Estatutos, Regimentos e Declaração de Princípios é o que traz a ordem, a paz, a união, e faz a grandeza de nossa UBT- União Brasileira de Trovadores.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

ALENCAR,José, O Sertanejo, s/d, Edigraf S/A,SP.

BELTRÃO,Jorge,Ciclo da Trova,1975, Tipografia Escola Profissional,Pouso Alegre MG

Cadernos do Futuro, Língua Portuguesa, IBEP, 3º serie, sem data.

CEGALLA, Domingos Paschoal, Nova Minigramática da Língua Portuguesa,. Cia.Ed. Nacional, FNDE, 2004.

CENP, Letra e Vida, 2005,mod.III,M3U6T8, SSESP

CRUZ, José Marques da Português Prático, 1966,ed. 29º, Ed.     MELHORAMENTOS:

CRUZ,José Marques,Seleta - Português Prático, 1944, MELHORAMENTOS:

FERREIRA, Delson Gonçalves, Língua e Literatura-Luso Brasileira, 1970,Editora Bernardo Álvares S/ª BH-(MG)

FERREIRA, Pequeno Dicionário da Língua Portuguesa (1964,p.XXXI ) ed.11ª  

GOLDSTEIN, Norma, Versos, Sons, Ritmos, Atica,1991.

LÉLLIS, Raul Moreira, Português no Colégio, 3º,Cia. Ed. Nacional,1951

LOUREIRO, Milton Nunes, Dos Sonhos Brotaram Versos,p.17,1976,Super gráfica ltda.

OTÁVIO, Luiz , Decálogo de Metrificação, UBT-1975, UBT-Nacional

OTÁVIO, Luiz , Meus irmãos os trovadores, 1956, Ed. Veck

TORRES/MELO, Artur de Almeida e J.Nelino, Manual de Língua Portuguesa, Cia. Ed. Nacional,1951.,

SANTOS, Renato Alessandro, Teoria da Literatura I, 2004, CEUCLAR      

TAVARES, Hênio, Teoria Literária, 5º ed..1974, Editora Itatiaia,BH-MG,

Jornais e Revistas
O Cruzeiro
 Livretos de Jogos Florais, edições da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto.
Trovas e Trovadores,

Fonte:
http://vivatrova.blogspot.com.br/p/decalogo-de-metrificacao-luiz-otavio-e.html

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LEIA MAIS SOBRE AS HISTÓRIAS DA UBT:
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UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES - UBT / NACIONAL
REGRAS PARA AQUELES QUE QUISEREM SE TORNAR ASSOCIADO EFETIVO DA UBT
REGRAS PARA AQUELES QUE QUISEREM SE TORNAR ASSOCIADO EFETIVO DA UBT
01) Pedido de inscrição no Quadro de Associado da União Brasileira de Trovadores;  
02) Envio de 2 retratos ¾;
03) Envio do currículo literário de trovador ou de simpatizante da Trova;
04) Pagamento da Taxa de Associado da UBT no valor de R$ 80,00 (para 2010/2011), que poderá ser quitada através de pagamento à vista ou em dois pagamentos de R$ 40,00, sendo um para 1º de Agosto de 2010 e  outro para 1º de Janeiro de 2011;

OS DIREITOS E AS VANTAGENS DOS ASSOCIADOS EFETIVOS DA UBT
01) Recebimento Mensal do Boletim Nacional
02) Recebimento da Carteira Social da UBT e  o registro em nosso arquivo de todos os dados enviados pelo Associado Efetivo;
03) Recebimento do distintivo da UBT;
04) Recebimento do Estatuto da UBT e de seu Regimento Interno, logo que estiverem registrado no Cartório competente;
05) Acesso à "Página Interna" na Internet, criada desde abril de 2010, exclusiva para os associados que possuirem endereço de e-mail e nos informarem para geração da senha de acesso.
A História do Novo Estatuto da União Brasileira de Trovadores
(por Eduardo A. O. Toledo)


Tudo começou durante as festividades de premiação do XXI Jogos Florais de Pouso Alegre reavivadas em 31/10 e 01/11 de 1998, quando um grupo depenas de trovadores, em Reunião Especial, discutiu os rumos da UBT, suas finalidades e novos caminhos. Entre outros assuntos importantes decididos, houve por bem lançar "A CARTA DE POUSO ALEGRE", que, ao seu final, solicitava à Presidência Nacional uma Assembléia Geral Extraordinária, para fazer a revisão do Estatuto da Entidade.

No ano seguinte, durante o XXII Jogos Florais de Pouso Alegre, em 09 e 10 de Outubro, por convocação do Presidente Nacional da UBT, João Freire Filho, foi realizado o II Encontro de Presidentes de Seção e Delegados da UBT, quando, dentre outras determinações, foi aprovada a criação de uma Comissão Especial para a revisão e atualização do Estatuto da União Brasileira de Trovadores.

Nesta Reunião Especial estavam presentes os Presidentes de Seção e Delegados da UBT: Antônio Claret Marques (Guaxupé ), Arlindo Tadeu Hagen (Juiz de Fora), Carolina Ramos (Santos), Domitilla Borges Beltrame (São Paulo, Eduardo A. O. Toledo (Pouso Alegre, Haroldo de Castro (Magé), Juliana Corvino (Valença), Lucy Sother de Alencar Rocha (Belo Horizohte), Renato Mattosinhos (Goianá), Rodolpho Abbud (Nova Friburgo) e mais a presença honrosa do Presidente Nacional João Freire Filho (Rio de Janeiro).

A primeira reunião da Comissão Especial de Revisão aconteceu durante as festividades do XLI Jogos Florais de Nova Friburgo, em 28 de maia de 2000, quando se decidiu solicitar sugestões a todos trovadores brasileiros para maior democratização e enriquecimento do Estatuto.

Durante quase 3 anos foram recebidas muitas sugestões, que, analisadas pela Comissão Especial de Revisão, várias delas foram inseridas no Estatuto, o qual, após discutido e pormenorizado exaustivamente, em Assembléia Geral Extraordinária convocada para tal fim, foi, por unanimidade dos presentes, aprovado com louvor e aplausos.

A discussão e aprovação do novo Estatuto da União Brasileira de Trovadores aconteceram nas festividades do XXVI Jogos Florais de Pouso Alegre, na tarde/noite de 06 de dezembro de 2003. Nela, estiveram presentes: Arlindo Tadeu Hagen, Carolina Ramos, Domitilla Borges Beltrame, Eduardo A . O . Toledo, João Freire Filho e José Valdez de Castro Moura, todos com direito a voto, e, ainda, também, como convidados participantes e opinantes: Alonso Rocha, Antônio Bispo dos Santos, Antônio Claret Marques, Célia Maria Barbosa Rodrigues, Izo Goldman, Luiz Carlos Abritta, Roberto Resende Vilela, Rodolphb Abbud, Sérgio Ferraz dos Santos e Ulysses Carvalho Júnior.

Sem dúvida, foi uma data histórica do movimento trovadoresco nacional.

OBSERVAÇÃOEm vista de exigência legal do novo Código Civil Brasileiro, o Estatuto acima historiado teve que sofrer algumas modificações para ser adaptado ao Código Civil. Tendo como Relator o Trovador e Jurista Luiz Carlos Abritta, a adaptação do Estatuto foi entregue ao Conselho Nacional da UBT para seu exame e aprovação. Com pequenas modificações, ainda a cargo da Relatoria, após sugestões do Conselho Nacional, o Estatuto da UBT passará, proximamente, a ter a sua redação final, devidamente registrada em Cartório competente.


Estatuto UBT

ANTEPROJETO DE ADAPTAÇÃO DO 

ESTATUTO DA UBT AO NOVO CÓDIGO 

CIVIL (LEI 10.406, DE 10-01-2002)


ESTATUTO DA UNIÃO BRASILEIRA DE TROVADORES


CAPÍTULO I



Da Denominação, Constituição e Emblema.


Art. 1° - A União Brasileira de Trovadores – UBT – fundada no Rio de Janeiro, em 21 de agosto de 1966 e instalada oficialmente em 1° de janeiro de 1967, é uma associação civil, cultural e recreativa, de âmbito nacional, de fins não econômicos, e reger-se-á na conformidade deste Estatuto e do seu Regimento Interno.


Parágrafo Único – A UBT tem como emblema um brasão, que é o mesmo para todas as Seções filiadas, alterada apenas a legenda, que denomina cada Seção.


Da Sede e Foro


Art. 2°- A UBT Nacional terá sede e foro na cidade de domicílio de seu Presidente.


Parágrafo Único – As Seções Estaduais e Municipais terão como sede e foro a cidade de domicílio de seus respectivos Presidentes, salvo exceção “ad referendum” da Presidência Nacional.


Da Finalidade e Conceito


Art. 3°- São finalidades da UBT: o estudo, cultivo, divulgação da trova e congraçamento entre trovadores.

§ 1° - Sem desconsiderar como trova “a composição poética de quatro versos setissílabos rimando, pelo menos, o 2° com o 4° e com sentido completo”, a UBT determina como trova, para Concursos, “a sua composição poética de quatro versos setissílabos rimando o 1° com o 3°, o 2° com o 4° e com sentido completo”;

§ 2° - Para efeito do disposto neste artigo, considera-se trovador o autor da trova.


Art. 4°- É expressamente proibido qualquer proselitismo político ou religioso em reuniões, festas, boletins, jornais e livros da UBT, da mesma forma que é vedada a qualquer associado manifestar-se, em iguais situações, em nome da Entidade.

CAPÍTULO II



Da Organização


Art. 5°- A UBT é constituída de três planos: o Municipal, o Estadual e o Nacional.


§ 1° - O plano Municipal é constituído pelas Delegacias e pelas Seções municipais;


§ 2° - O plano Estadual é constituído pela Presidência Estadual e pelo Conselho Estadual;


§ 3° - O plano Nacional é constituído pela Presidência Nacional e pelo Conselho Nacional.

CAPÍTULO III



Do Plano Municipal


Art. 6°
- O representante inicial da UBT no Município será o Delegado Municipal, nomeado por dois anos, por indicação do Presidente Estadual.


§ 1° - O mandato do Delegado Municipal é de 2 anos, encerrando-se no dia 31 de dezembro do ano par mais próximo;


§ 2° - Quando o Delegado Municipal vir possibilidade de ser fundada uma Seção da UBT em seu Município enviará um ofício ao Presidente Estadual, que dará toda a orientação necessária para sua fundação.



Da Formação e Constituição


Art. 7°- A seção da UBT é formada por associados, que elegem a Diretoria e o Conselho Municipal.


§ 1° - A exclusão de associado só é admissível havendo justa causa, obedecido o disposto no Estatuto; sendo este omisso, poderá também ocorrer se for reconhecida a existência de motivos graves, em deliberação fundamentada, pela maioria absoluta dos presentes à assembléia geral especialmente convocada para esse fim;


§ 2° - Da decisão do órgão que, de conformidade com o Estatuto, decretar a exclusão, caberá sempre recurso à Assembléia Geral;


§ 3° - São direitos dos associados fundadores e efetivos: a) participar das reuniões ordinárias e solenes, como também dos eventos e atividades promovidas com exclusividade, em parceria e/ou colaboração com entidades públicas e privadas legalmente constituídas; b) colaborar nas atividades da União Brasileira de Trovadores, inclusive aquelas descritas na alínea anterior: c) votar, ou ser votado e manifestar suas opiniões e/ou à qual pertença dúvidas, respeitada a dinâmica das reuniões adotadas pela Seção e sempre que instado, e nas oportunidades de consulta geral da União Brasileira de Trovadores;


§ 4° - São deveres dos associados fundadores e efetivos: a) o respeito aos objetivos da entidade e dos associados; b) cumprir e fazer cumprir, bem como respeitar os regulamentos estabelecidos nos concursos realizados em todo o território; c) pagar a anuidade fixada; d) cumprir, ainda, os regulamentos relativos aos locais onde as atividades ocorrerem, respeitando, ainda, eventuais acordos de patrocínio realizados, sempre no respeito à legislação aplicável.


Art. 8°- As categorias de associado são as seguintes: fundadores, contribuintes, honorários e beneméritos.


§ 1° - São considerados fundadores os associados que se inscreveram na Seção até a data de sua instalação;

§ 2° - Os associados contribuintes serão trovadores e simpatizantes da trova, que terão anuidade fixada, anualmente, pelo Presidente Nacional da UBT, "ad referendum" do Conselho Nacional;


§ 3° - Os associados honorários serão os que forem julgados merecedores desta distinção, por se destacarem como cultores da trova;


§ 4° - Os associados beneméritos serão aqueles que prestarem relevantes benefícios à Seção ou à classe em geral;


§ 5° - Os Títulos de Associados Honorários e Beneméritos poderão ser recomendados pelos Conselhos Municipal ou Estadual, “ad referendum” do Conselho Nacional;


§ 6° - O rateio das anuidades entre UBT Nacional, as Seções e Delegacias será estabelecido por Resolução do Conselho Nacional da UBT.


Da Diretoria e Conselho Municipal


Art. 9°- A diretoria da Seção Municipal será composta de 9 membros: 1 Presidente, 4 vice-Presidentes (de Administração, de Cultura, de Relações Públicas e de Finanças), de 1 Secretário e de 2 suplentes de vice-Presidentes e de 1 suplente de Secretário.


Art. 10 – O Presidente dirige os trabalhos da Seção e a representa, ativa, passiva, judicial e extra-judicialmente.


§ 1° - O Presidente, em seu impedimento, será substituído por um dos vice-Presidentes, de acordo com a ordem estabelecida no Art. 9°;


§ 2° 
- Simultaneamente, com a eleição da Diretoria, será eleito o Conselho Municipal, composto por 3 membros e 3 suplentes, com mandato de 2 anos, observadas as especificações do Art. 10, com a atribuição de fiscalizar e julgar os atos e ações da Diretoria Municipal;


§ 3° - É permitida a reeleição na Diretoria e no Conselho Municipal.


Da Assembléia Geral Municipal


Art. 11 – A Diretoria será eleita, em escrutínio secreto ou por aclamação, para um mandato de 2 anos, pela Assembléia Geral dos sócios da Seção, que tenham, no mínimo um ano de filiação, gozando dos deveres estatutários, excetuando-se o caso recente de criação da Seção.


§ 1° - As eleições devem ser realizadas no mês de outubro dos anos pares e a posse da Diretoria será em 1° de janeiro do ano subsequente;


§ 2°
 - Simultaneamente, com a eleição da Diretoria, será eleito o Conselho Municipal, composto por 3 membros e 3 suplentes, com mandato de 2 anos, observadas as especificações do Art. 10, com a atribuição de fiscalizar e julgar os atos e ações da Diretoria Municipal;


§ 3° - É permitida a reeleição na Diretoria e no Conselho Municipal.


Da Assembléia Geral Municipal


Art. 12 – A Assembléia Geral, com duas formas de constituição, Ordinária e Extraordinária, é órgão soberano da Seção e será composta por todos os sócios que estejam quites e em pleno gozo de seus direitos, com mais de um ano de filiação.


Art. 13
 – A Assembléia Geral reunir-se-á:

  1. Ordinariamente, de 2 em 2 anos, no mês de outubro, ano par, para eleger a Diretoria e o Conselho Municipal;
  2. Extraordinariamente, a qualquer tempo, por convocação do Presidente da Seção ou por requerimento de um quinto dos sócios quites com as obrigações sociais, para tratar de assuntos relevantes de interesse da Seção, ficando vedadas as discussões alheias a objetivos específicos de sua convocação.


Parágrafo Único 
- A Assembléia Geral só poderá deliberar quando presente a maioria absoluta dos associados, na primeira convocação, e, com qualquer número, na segunda convocação, 30 minutos depois, e de acordo com o edital expedido.


Art.14 – É de exclusiva competência da Assembléia Geral deliberar sobre a dissolução da Seção, observadas as normas estatutárias.


Art. 15 – A Assembléia Geral Ordinária será convocada pelo Presidente da Seção e, na falta deste, pelo vice-Presidente, com antecedência mínima de 15 dias, por edital afixado na sede social ou em jornal de grande circulação na cidade.


Parágrafo Único
 – Nesse edital deverá constar o assunto que gerou sua convocação, o local, bem como o horário de sua instalação.


Art. 16
 – A Assembléia Geral Extraordinária poderá ser convocada a qualquer tempo pelo Presidente da Diretoria ou por um quinto dos associados quites com suas obrigações, observadas as mesmas normas do parágrafo único do Art. 15.


Art. 17 – As Assembleias Ordinárias ou as Extraordinárias serão presididas e secretariadas por um Presidente e Secretário escolhidos democraticamente pelos seus membros componentes.


Art. 18 
– Os candidatos à Diretoria e ao Conselho Fiscal deverão ser registrados em grupo, em um só documento que receberá o nome de chapa, com antecedência de 10 dias da data da eleição.


§ 1° - A fixação da chapa com o nome dos candidatos será feita com o mínimo de 7 dias de antecedência na sede da Seção, importando afirmar que a mesma foi aceita e registrada;


§ 2° - O arquivo dos registros dos sócios da Seção deverá ser acessível aos candidatos, na escolha de nomes para elaboração das chapas;


Art. 19
 – No caso de haver mais de uma chapa, será eleita a que obtiver a maioria dos votos.


CAPÍTULO IV



Plano Estadual


Do Conselho Estadual


Art. 20
 – Quando, num Estado, já houver três ou mais Seções instaladas, os Presidentes destas elegerão o Conselho Estadual.


Parágrafo Único – O mandato do Conselho Estadual é de 2 anos, com início em 1° de janeiro dos anos pares.


Art. 21
 – O Conselho Estadual é formado por um Presidente, um vice-Presidente e um Secretário, observados os prazos dos parágrafos 1° e 2° do Art. 11.


Parágrafo Único – Os membros do Conselho Estadual, obrigatoriamente, serão os Presidentes e ex-Presidentes de Seções Municipais.


Art. 22 – O Conselho Estadual, na sua função fiscalizadora, funcionará como órgão de equilíbrio democrático entre os Presidentes Municipais e os setores de escalão subalterno, tendo função consultiva e, em casos raros, de executar intervenção por solicitação oficial do Presidente Estadual, no caso de ferimento do Estatuto.


Da Presidência Estadual


Art. 23 – O Presidente Estadual e seu vice-Presidente serão eleitos pelos Presidentes das Seções Municipais, por correspondência expedida ao Conselho Estadual, que proclamará o eleito para o mandato e 2 anos, observados os mesmos prazos dos parágrafos 1° e 2° do Art. 11.


§ 1°
 - O Presidente Estadual e seu vice-Presidente deverão ser um dos Presidentes ou ex-Presidente de Seção Municipal de seu Estado;


§ 2°
 - O Presidente Estadual poderá ser reeleito;


§ 3° - O Presidente Estadual nomeará o Secretário Estadual da UBT, “ad referendum” do Conselho Nacional.


Art. 24 – Cabe aos Presidentes Estaduais nomear os Delegados Municipais, por documento oficial, informando-se, imediatamente, ao Conselho Estadual e à Direção Nacional.


Art. 25 – Os Presidentes Estaduais deverão, anualmente, organizar um relatório que abranja os aspectos administrativo, cultural, social e financeiro das atividades da UBT Estadual.


Parágrafo Único
 - Esses relatórios serão enviados até o dia 28 de fevereiro, ao Presidente do Conselho Estadual e ao Presidente Nacional da UBT.


Art. 26 – Nos casos de dúvida, de omissão no Estatuto e Regimento Interno, os Presidentes Estaduais deverão consultar os respectivos Conselhos Estaduais.


Parágrafo Único – Se o assunto for de âmbito estadual, o Conselho Estadual poderá resolver, por votação, mediante correspondência, entre os seus Conselheiros. Se for assunto de âmbito nacional, será levado ao Presidente Nacional, que ouvirá o Conselho Nacional.

CAPÍTULO V



Plano Nacional


Do Conselho Nacional


Art. 27 – O Conselho Nacional, órgão máximo da UBT, é formado pelo Presidente Nacional, vice-Presidente Nacional, Presidentes Estaduais, Presidentes dos Conselhos Estaduais e associados Beneméritos.


§ 1° - O mandato do Conselho Nacional é de 2 anos, com início em 1° de janeiro dos anos pares;


§ 2° - Excetuam-se os mandatos dos Beneméritos, escolhidos de acordo com o parágrafo 4° do Art. 8° deste Estatuto, que serão Conselheiros vitalícios.

Art. 28 – Os membros do Conselho Nacional elegerão seu Presidente, vice-Presidente e Secretário.


Art. 29 – As finalidades, deveres e direitos do Conselho Nacional serão pormenorizados no Regimento Interno Geral.


Art. 30 – O Conselho Nacional elegerá o Presidente e o vice-Presidente Nacional da UBT, recaindo, sempre, a escolha entre os membros do Conselho Nacional.


§ 1° - Essa eleição, que poderá ser feita por correspondência, efetuar-se-á entre 1° e 30 de outubro dos anos ímpares;


§ 2° - Poderá haver reeleição.


Da Presidência Nacional


Art. 31 - O Presidente Nacional, escolhido de acordo com o que preceitua o Art. 30 e seus parágrafos, é autoridade máxima da UBT.


§ 1° - O mandato do Presidente Nacional d UBT será de 2 anos, com início em 1° de janeiro dos anos pares;


§ 2°
 - O Presidente Nacional nomeará o Secretário Nacional, “ad referendum” do Conselho Nacional.


Art. 32 - O Presidente Nacional da UBT, após receber o relatório anual dos Presidentes Estaduais, fará um Relatório Geral sobre as atividades da UBT até o dia 10 de março de cada ano, os Relatórios das diversas Regiões, com seus assessores e um Relatório Geral sobre as atividades da UBT em todo o País, que abranja os aspectos administrativo, cultural, social e financeiro da Entidade.


Art. 33 – A Presidência Nacional terá um quadro de Associados Efetivos devidamente aberto a todos os trovadores brasileiros que assim desejarem se inscrever, bem como de outros países devidamente credenciados pelos seus membros correspondentes nomeados pela UBT.


Art. 34 - O Presidente Nacional da UBT será o dirigente máximo da Associação, e a representará em Juízo e nas suas relações com terceiros.


Parágrafo Único – O Presidente Nacional da UBT não poderá exercer outro cargo em nível municipal ou estadual, devendo licenciar-se, se for o caso.

CAPÍTULO VI



Da Duração e Dissolução


Art. 35 – A UBT tem prazo indeterminado de duração.


§ 1° - Dissolvida a Associação, o remanescente de seu patrimônio líquido será destinado à entidade de fins não econômicos designada no Estatuto, ou, omisso este, por deliberação dos associados, a instituição municipal, estadual ou federal, de fins idênticos ou semelhantes;


§ 2° - Não existindo no Município, no Estado, no Distrito Federal ou no Território em que a Associação tiver sede, instituição nas condições indicadas neste artigo, o que remanescer do seu patrimônio se devolverá à Fazenda do Estado, do Distrito Federal, ou da União.


Dos Fundadores


Art. 36 - São consideradas Seções fundadoras, aquelas que se filiaram à UBT Nacional até o dia 31 de dezembro de 1966, cuja relação figura no Regimento Interno Geral da UBT Nacional.


Art. 37 
– São considerados Delegados Municipais fundadores, aqueles que se encontravam nesta condição até o dia 31 de dezembro de 1966, e a sua relação figura no Regimento Interno Geral.


Das Finanças


Art. 38 – Os associados contribuirão com uma importância anual para UBT, na forma disposta neste Estatuto.

Art. 39 – O Presidente Nacional fará um balancete anual de receitas e despesas até 28 de fevereiro, que deverá ser enviado aos Presidentes Estaduais.


§ 1° - Os Presidentes Estaduais farão também um balancete anual de receitas e despesas até 30 de março, que deverá ser enviado aos Presidentes e Delegados Municipais;


§ 2° - Os Presidentes Municipais farão um balancete anual de suas receitas e despesas até 30 de abril, que deverá ser exposto na sede da Seção.


Art. 40 
– A falta de pagamento da contribuição anual à UBT será considerada grave irregularidade.


Dos Concursos de Trovas e Jogos Florais


Art. 41 – A Seção Municipal marcará datas e organizará reuniões, trabalhos, palestras, concursos, jogos florais, etc. fazendo desses eventos e quaisquer outros de caráter cultural, cívico e educativo, envolvendo a trova, seu objetivo principal. Para estas atividades, envidará todos os seus esforços, visando a integrar, nesse mister, os demais associados, trovadores e amantes da trova.


Parágrafo Único
 – Em benefício da unidade da UBT e de todos os trovadores, quando se tratar de promoções de âmbito estadual, regional, nacional ou internacional, as Seções ou Delegacias entrosar-se-ão com os Presidentes Estaduais respectivos para a elaboração de um calendário prévio, que, concluído, deverá ser enviado à Presidência Nacional, para a instituição do calendário anual.

CAPÍTULO VII



Do Regimento Interno Geral, Regulamentos e Portarias


Art. 42 
– O Regimento Interno Geral, os Regulamentos, as Portarias e os Avisos completam as disposições deste Estatuto, e deverão ser elaborados por uma Comissão Especial, convocada para tal fim.

Art. 43
 – O Regimento Interno Geral, os Regulamentos, as Portarias e os Avisos têm força imperativa, e devem nessa condição ser acatados pelos associados, pessoas de suas famílias e convidados.

CAPÍTULO VIII



Das Disposições Gerais e Transitórias


Art. 44 – As iniciativas de propostas para alteração do Estatuto cabem:

  1. ao Presidente Nacional da UBT;
  2. ao Conselho Nacional, por resolução de, pelo menos, 30% de seus membros;
  3. às Seções Municipais, com aprovação de, pelo menos, 40% de seus Presidentes;
  4. aos Associados Efetivos devidamente registrados no Plano Nacional, pelo menos com 30% de seus membros.


Art. 45 – Nas Assembléias Municipais, nas eleições estaduais e nacional e nas reuniões dos Conselhos, será permitida a procuração, com poderes especiais, para comparecimento, para discussão e para deliberação.


Art. 46 
– As Medidas Transitórias que se impuserem, a critério dos poderes da UBT, de conformidade com as respectivas atribuições deverão ser divulgadas no Boletim Nacional e, se possível, em Boletins Estaduais ou Municipais, tornando-se, de pronto, obrigatórias para todos os efeitos.


Art. 47 – Compete ao Conselho Nacional deliberar sobre consultas relativas aos casos não previstos neste Estatuto.


Art. 48 – A sede atual da UBT é o município de Pouso Alegre, em Minas Gerais.


Art. 49
 – Todos os associados, delegados, diretores, presidentes, conselheiros e Seções da UBT, nos planos Municipal, Estadual e Nacional, estão sujeitos às penalidades do Estatuto e Regimento Municipais, Estaduais, Nacional e “Declaração de Princípios” da UBT, cuja aplicação será disciplinada no Regimento Interno Geral.


Art. 50 – Este Estatuto entra em vigor a partir do dia de sua aprovação, independentemente de sua publicação e registro, ficando revogadas as disposições em contrário.



Eduardo A.O. Toledo
Presidente Nacional da UBT

Carolina Ramos
Presidenta do Conselho Nacional da UBT

Luiz Carlos Abritta
Relator do Anteprojeto de Atualização do Estatuto



Pouso Alegre, ___ de _________ de 2010.[...]
Fonte:
http://www.ubtnacional.com.br/

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Que pena ver passarinhos, 
em seu lar, engaiolados… 
Cantam SAUDADES dos ninhos 
dos áureos tempos passados. 

Nunca mais vou te esquecer! 
Perfumaste meu CAMINHO, 
pois, fizeste renascer 
a flor do lençol de linho. 

Naquele LENÇOL de linho 
ficou o perfume do amor, 
das carícias, do carinho, 
da saudade, flor da dor. 

Se você não posso ter 
guardarei o seu PERFUME 
na flor que posso colher 
pra não perder o costume. 

A SAUDADE perfumada 
na estrada que não conheço 
vem da flor apaixonada 
dos lençóis que não esqueço. 

Na estrada que já conheço 
tem perfume de SAUDADE, 
pois teu amor não mereço: 
-Só uma sincera amizade. 

A SAUDADE de um amor 
sempre vem e nos tira a paz 
e o bichinho desta dor 
faz coçar, ferida traz.

Sei que a SAUDADE não mata, 
mas sei do que ela é capaz,
traz dor quando o amor desata 
e ao roer, ferida faz. 

Sei que a SAUDADE incomoda 
e até parece infinita 
mas quando o amor volta, 
a roda gira feliz, é bendita. 

SAUDADE traz à presença 
alguém que já foi embora, 
tristeza leva à descrença, 
por isso, nossa alma chora. 

Quando a tristeza me invade 
ponho o sonho no barquinho 
canto o fado da SAUDADE 
e espero o mar de carinho. 

Saudade não tem idade… 
na criança ou mocidade, 
só guarda felicidade 
e vem na MATURIDADE. 

Temos muito que fazer 
para conquistar o amor… 
mas difícil é concorrer 
com quem só tem DESAMOR. 

Só quem teve bons momentos, 
diz o adágio popular, 
tem SAUDADE e, em pensamentos, 
sofre sem poder falar. 

No teu JARDIM do prazer 
plantei sementes de amor, 
mas hoje quero esquecer 
a saudade até da flor. 

Palavras joguei ao VENTO… 
Estão a chorar no espaço! 
-Vou buscá-las! Não agüento 
ficar sem laço e abraço! 

O AMOR põe sonhos reais 
nas asas inquebrantáveis 
não se preocupa com os ais, 
nem com rimas mensuráveis. 

O café com RAPADURA
tem dos médicos receita, 
porque tristeza ele cura 
se é dado à pessoa eleita. 

Eu quis tanto ser feliz… 
que uso máscara de Rei… 
mas o CARNAVAL me diz, 
que em mim, valor eu não dei. 

O mundo dá tantas voltas, 
é pontual numa esfera; 
No verão não tem escoltas, 
traz SAUDADES da galera. 

Outono do Amor? SAUDADE: 
dos prazeres, da delícias… 
Inverno? Infelicidade: 
só por falta das carícias, 

Vivemos juntos a aliança 
de um perfeito CASAMENTO, 
mas nasceu outra criança 
só da amante…Não aguento! 

Autocrítica me alcança, 
bom senso, no pensamento: 
-SAUDADE sem esperança, 
já não permite lamento 

Vou viver sem meu amor, 
porque agora só me resta, 
esperar passar a dor 
que sofri “naquela festa.” 

Trago a lembrança caiada
que deu-me a paz esperada,
mas no SEPULCRO, adornada
a alma vive atormentada.

A esperança chega e canta 
o que o amor quer ouvir, 
na paixão que faz-de-conta 
faz o CORAÇÃO sorrir. 

Toda FLOR marca a presença 
de uma ternura sem par 
e carrega a antiga crença 
do amor que se quer doar. 

A solidão passo-a-passo 
vai deixando-me tristonho… 
já não sei mais o que faço 
para ativar o meu SONHO. 

Ninguém sabe quem tu és, 
nem que te faço RAINHA, 
quando vou aos Cabarés 
por curto tempo…só minha. 

As FLORES da nossa casa 
murcharam, sem primazia; 
a saudade vem e me arrasa 
ao ver a jarra vazia. 

As perdidas ESPERANÇAS 
renascem a cada dia 
porque recolho as lembranças 
e delas faço poesia. 

Eu sinto com tua voz, 
a falar aos meus OUVIDOS, 
que o amor que existe em nós 
já tem frutos conhecidos. 

Está vendo, meu amor, 
aquela ESTRELA a piscar? 
Ela espanta minha dor 
porque brilha em teu olhar.

Fonte:
MOTTA, Sílvia Araújo. A Trova e o Trovador. 2ª ed. Belo Horizonte, MG: 2010.

Publicação:
http://vendavaldasletras.wordpress.com/category/minas-gerais-em-trovas/

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