DIA MUNDIAL SEM TABACO
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Acróstico-informativo nº 5143
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG
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D-Dia Mundial sem Tabaco,
I-Informa que os cigarros contém
A-As 4720 substâncias tóxicas;
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M-Mostra que o Ministério da Saúde faz
U-Uma Campanha antitabaco,
N-Na conscientização dos fumantes:
D-Determinados seriamente viciados!
I-Introduzido na Europa, em 1580, o
A-Ato de FUMAR, por Wagner Raleigh:
L-Levado à popularização a partir de 1881...
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S-Segundo os inventores da máquina
E-Especialmente para a super produção;
M-Método de avaliação de Fagerstöm é o
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T-Tratamento usado para quem quer
A-Aceitar, deixar de usar o cigarro;
B-Bem claras são as consequências
A-A partir do câncer no corpo humano,
C-Com derrame cerebral ou infarto...
O-O FUMO mata, vale ver experiências!
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Belo Horizonte, 31 de maio de 2013.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/4319327
O que faz a maior fabricante de cigarros do Brasil
crescer - e lucrar como nunca - apesar do cerco ao seu produto
Por Rodrigo CAETANO
Quem visita a sede da Souza Cruz, na rua da
Candelária, centro do Rio de Janeiro, avista logo na entrada uma placa avisando
que ali é proibido fumar – ainda que ela esteja praticamente escondida atrás de
uma planta ornamental.
A sinalização cumpre as exigências de uma lei
estadual de agosto de 2009, que aboliu o hábito de fumar em ambientes fechados,
públicos ou privados. Nem o quartel-general da maior fabricante de cigarros do
Brasil, que detém 77% das vendas no País, escapa do rigor da lei.
A plaquinha é um exemplo acabado do paradoxo da
Souza Cruz. A companhia atua em um setor amplamente regulamentado. A carga
tributária sobre o cigarro é de 70%.
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NEGÓCIOS
Nº edição: 809 | Negócios |
12.ABR.13 - 13:00 | Atualizado em 29.05 - 20:29
O CEO Martini: "Se um
adulto toma a decisão de fumar, temos o direito de atender a essa demanda"
Seu
produto é considerado nocivo à saúde e é vendido com advertências e fotos que
desencorajam o consumo. Sujeito a campanhas antitabagistas de grupos de pressão
e do governo, o fumo tornou-se uma espécie de pária na sociedade. Apesar de
tudo isso, a Souza Cruz, controlada pela britânica British American Tobacco
(BAT), é uma das empresas mais lucrativas do País. Nos últimos dez anos, seu
faturamento mais do que dobrou, chegando a R$ 6,1 bilhões em 2012. Além da
fumaça, a Souza Cruz é uma máquina de lucros. No ano passado, a última linha do
balanço acusou um resultado líquido de R$ 1,64 bilhão, o maior de seus 110 anos
de história. Em dez anos, os acionistas embolsaram R$ 12 bilhões em
dividendos.
A
rentabilidade sobre o patrimônio da Souza Cruz, de 73,9%, é quase o dobro da
registrada pela Ambev, a empresa privada mais valiosa do Brasil. Ela é também
dona de seis das dez marcas mais vendidas no País, entre elas a líder Derby. E,
além de enfrentar as campanhas de saúde, tem de brigar contra o cigarro pirata.
Estima-se que o mercado ilegal responda por 30% do volume total vendido no
País. Qual é, então, o segredo da Souza Cruz? Publicidade, com certeza, não é.
Desde 2001, os fabricantes de cigarros foram banidos da mídia. “Nossa fórmula é
simples: satisfazer o fumante adulto e ganhar participação de mercado”, diz o
italiano Andrea Martini, que preside a companhia desde 2012.
(Uma
pausa rápida: Martini iniciou sua carreira na marca de massas Barilla, veio ao
Brasil em 1995 e entrou para o grupo BAT dez anos depois. Não fuma, mas, às
vezes, dá umas boas baforadas em charutos cubanos.) O sucesso, na visão de
Martini, resume-se a uma palavra: sustentabilidade. Não, ele não está se
referindo a ações de responsabilidade social – embora isso também esteja na
pauta da Souza Cruz. Ele se refere à sustentabilidade do próprio negócio.
“Sabemos que o consumo de cigarros vai cair”, afirma Martini. “Por isso, temos
de garantir ganhos para toda a nossa cadeia.” A tática funciona para todos os
elos de sua indústria – dos produtores rurais, que plantam o tabaco, até os
investidores.
A
empresa obriga, desde a década de 1970, os 30 mil pequenos produtores de tabaco
de sua rede de fornecedores, localizados principalmente nos Estados do Sul, a
diversificarem a cultura em suas terras, plantando também feijão, milho e hortaliças.
Trata-se de uma medida que até hoje é considerada de vanguarda. “A Souza Cruz
sabe que, se o negócio não for lucrativo, os filhos não darão continuidade ao
trabalho dos pais”, diz José Luiz Tejon, consultor especializado em
agronegócios. “Essa cadeia deveria servir de exemplo para todas as outras.”
Quem investe na Souza Cruz recebe também um prêmio. A companhia é uma das
melhores pagadoras de dividendos do País. Desde 1996, ela distribui, em média,
90% do seu lucro para os portadores de suas ações.
No
ano passado, R$ 1,55 bilhão foi parar nos bolsos dos acionistas. Não por acaso,
seus papéis estão entre os mais valorizados do pregão da Bovespa. Um
investidor que tivesse apostado R$ 1 milhão na companhia em 2003 teria
atualmente mais de R$ 16 milhões, segundo a Economática. “Sempre
recomendamos a compra dos papéis da Souza Cruz”, afirma Rodolfo Amstalden,
analista da corretora Empiricus Research/Investmania. “É muito difícil alguma
notícia afetar seu desempenho.” Nada disso, no entanto, garante o crescimento
das vendas. Essa função, segundo Martini, cabe ao sistema de distribuição da
Souza Cruz, que chega a 300 mil pontos de venda.
A
operação própria cobre todo o território nacional e mobiliza um contingente de
dois mil funcionários e três mil veículos. De tão eficiente, o sistema é
utilizado por outras companhias, que pegam carona em sua frota. Um exemplo é a
Bic, fabricante de canetas e isqueiros. Em quatro anos, a Souza Cruz ganhou
mais sete pontos percentuais de mercado. Trate-se de um desempenho espantoso
numa atividade que chega a ser mais execrada do que os setores de armamentos e
de bebidas. Não sem razão. Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer
(Inca), o Sistema Único de Saúde gastou R$ 22 bilhões no tratamento de doenças
relacionadas ao cigarro em 2011 (último dado disponível).
No
ano passado, a arrecadação de tributos do setor foi de R$ 6,78 bilhões, segundo
a Receita Federal. “A carga tributária ainda é baixa perante o prejuízo que o
fumo causa à sociedade”, afirma a médica Tânia Cavalcante, secretária executiva
da CONICQ, entidade ligada ao governo, responsável por implementar políticas de
controle do tabaco. Para ela, o combate ao tabagismo deveria ser intensificado.
Outro dado desfavorável ao cigarro é sua taxa de dependência. De acordo
com o Inca, 77% dos fumantes são viciados. No caso da bebida alcoólica, apenas
6% dos consumidores podem ser considerados dependentes. Isso pode
ajudar a entender como a Souza Cruz mantém as vendas em alta.
Elas
cresceram 10% no ano passado, apesar do aumento de 20% no preço do maço do
cigarro. “A previsibilidade de receita é um dos grandes trunfos da companhia”,
afirma Amstalden, da Empiricus. “O fumante vai sempre comprar o cigarro.” A
despeito de todas as evidências contra o fumo, a Souza Cruz tem se saído
vitoriosa em processos movidos por fumantes na Justiça brasileira. Ela sofreu
648 ações desde 1995. Esses processos geraram, até agora, 849 decisões. Apenas
quatro foram contrárias aos seus interesses. “Oferecemos todas as informações necessárias”,
diz Martini. “Se mesmo assim um adulto toma a decisão de fumar, temos o direito
de atender a essa demanda.”
Ele
sabe, no entanto, que sua vida não será fácil nos próximos anos. A partir de
2014, os fabricantes não poderão utilizar uma série de substâncias que fazem
parte do seu processo produtivo. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária
proibiu a produção e a venda de cigarros mentolados. O objetivo é coibir o fumo
entre os jovens. Na lista de componentes químicos banidos estão alguns utilizados
nos cigarros comuns. “O fumo do tipo ‘American Blend’, que é vendido aqui, não
poderá mais ser produzido”, afirma Martini. Para uma empresa centenária e que
sobreviveu ao fim do glamour de seu produto, esse pode ser um desafio gigante,
mas não intransponível.
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O Dia Mundial sem Tabaco, comemorado nessa terça-feira, dia 31 de maio,
terá programação especial na Faculdade de Medicina.
Com a participação
do pneumologista Paulo Corrêa, o público terá a oportunidade de se
informar sobre temas polêmicos, durante palestra prevista para acontecer
às 10h, na sala 2037 da Faculdade.
Um médico convidado para debater
com o público e especialistas questões como o fumo passivo e as
estratégias da indústria do fumo para evitar regulamentações de controle
ao tabaco.
O endereço da Faculdade de Medicina é avenida Alfredo
Balena, 190, centro.Belo Horizonte.MG.
https://www.ufmg.br/online/arquivos/001676.shtml
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