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O poema-discurso de Rui
Barbosa, como Senador em 1914, apresentado a seguir, é uma grande lição, para
refletir, para cada brasileiro que representa o povo em função pública qualquer
que seja ela.
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SINTO VERGONHA DE MIM
Autoria: RUI BARBOSA
Discurso feito no Senado Federal
em 14 de dezembro de 1914.
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Sinto vergonha de mim
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
por ter sido educador de parte desse povo,
por ter batalhado sempre pela justiça,
por compactuar com a honestidade,
por primar pela verdade
e por ver este povo já chamado varonil
enveredar pelo caminho da desonra.
Sinto
vergonha de mim
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
por ter feito parte de uma era
que lutou pela democracia,
pela liberdade de ser
e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente,
a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez
no julgamento da verdade,
a negligência com a família,
célula-mater da sociedade,
a demasiada preocupação
com o "eu" feliz a qualquer custo,
buscando a tal "felicidade"
em caminhos eivados de desrespeito
para com o seu próximo.
Tenho
vergonha de mim
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
pela passividade em ouvir,
sem despejar meu verbo,
a tantas desculpas ditadas
pelo orgulho e vaidade,
a tanta falta de humildade
para reconhecer um erro cometido,
a tantos "floreios" para justificar
atos criminosos,
a tanta relutância
em esquecer a antiga posição
de sempre "contestar",
voltar atrás
e mudar o futuro.
Tenho
vergonha de mim
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos
que não quero percorrer...
Tenho vergonha da minha impotência,
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
da minha falta de garra,
das minhas desilusões
e do meu cansaço.
Não
tenho para onde ir
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
pois amo este meu chão,
vibro ao ouvir meu Hino
e jamais usei a minha Bandeira
para enxugar o meu suor
ou enrolar meu corpo
na pecaminosa manifestação de nacionalidade.
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De tanto ver triunfar as nulidades
de tanto ver prosperar a
desonra,
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
de tanto ver crescer a injustiça,
de tanto ver agigantarem-se os poderes
nas mãos dos maus,
o homem chega a desanimar da virtude,
a rir-se da honra,
a ter vergonha de ser honesto".
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Rui Barbosa
Fonte:
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Nota:
1-Vamos avaliar?
Cleide Canto apresenta-se como a autora dos
versos acima, exceto o último que vem estre aspas...
Este poema está publicado
também, no site:
-//-
Assista,
no Youtube, a declamação de Rolando Boldrin
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Pensamentos de Rui Barbosa:
http://pensador.uol.com.br/autor/rui_barbosa/
1-De tanto ver triunfar as
nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça.
De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a
desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui Barbosa
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2-A regra da igualdade não
consiste senão em quinhoar desigualmente aos desiguais, na medida em que se
desigualam. Nesta desigualdade social, proporcionada à desigualdade natural, é
que se acha a verdadeira lei da igualdade... Tratar com desigualdade a iguais,
ou a desiguais com igualdade, seria desigualdade flagrante, e não igualdade
real.
Rui Barbosa
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3-As leis são um freio para os
crimes públicos -
a religião para os crimes secretos.
a religião para os crimes secretos.
Rui Barbosa
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Assistir youtube:
O CORAÇÃO-(Oração as moços)
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Oração aos
moços:
RUI BARBOSA
https://www.youtube.com/watch?v=sr6NoQeyHjA&nohtml5=False
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Documentário
VIDA DE RUI BARBOSA:
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Assista o Vídeo:
Fundação Casa de Rui Barbosa-Centenário parte 1
-
Centenário parte 2:
-
Centenário parte 3:
-
Centenário parte 4:
-
Biografia de RUI Barbosa:
-
Tempo e História:
-//-
CASA de Rui Barbosa:
-//-
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