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Noneto-Poético-Teatral Nº 69-Soneto nº 6.347-
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)
Interação-interpretativa da reflexão de
Klinger Sobreira de Almeida: (Tema: GRATIDÃO)
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Tem fortaleza, todo homem grato;
gera a energia, afeto, luz cultiva;
vivificante oferta tem de fato;
felicidade alcança, o ser cativa.
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A gratidão eleva o mais sensato,
áurea divina espalha a graça altiva;
a natureza calma, não dá salto,
abre canais de forma bem festiva.
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A ingratidão é usada qual punhal;
gente egoísta faz brotar a dor;
quem benefícios cobra, colhe o mal.
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No coração dos ricos ou dos pobres,
agradecer é fonte, jorra amor.
GRATIDÃO é virtude de almas nobres.
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Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, 17 de abril/2017.
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5973723
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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª; e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso( Último do segundo terceto).
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/5973723
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Caros confrades e confreiras,
Prosseguindo na série “Rastreando a Verdade”, eis, à apreciação, o tema XXXVI: GRATIDÃO→Energia Vivificante. A meu ver, uma verdade incontrastável. Quão bom ela se espraiasse em todas as almas.
Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel. Ref.
Membro Fundador-Efetivo ALJGR/PMMG
Membro Correspondente Academia Valadarense de Letras
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Rastreando a Verdade (XXXVI)
GRATIDÃO→Energia Vivificante
Diz a lenda chinesa que, certo dia, Mêncio caminhava absorto em suas elucubrações, quando um jovem, do alto de uma janela, lhe escarrou. O filósofo parou, olhou e, serenamente, dirigiu-se ao ofensor: - “Por que me cospes, nunca lhe fiz nenhum bem para merecer ingratidão?”Ante o silêncio, prosseguiu calmamente sua caminhada. Grande sábio, tinha pleno entendimento do baixo nível consciencial (moral) da humanidade: gratidão fazia pousada em poucos corações.
Gratidão, em definição simples e linear, é agradecimento; reconhecimento por algo que recebemos ou nos é proporcionado. Só isso? Não! Gratidão é sentimento profundo e sublime. Só brota e se desenvolve em terreno fértil. Insculpe-se e sedimenta-se em almas que, ao longo da trajetória cósmica, alcançaram patamar evolutivo na seara do Amor. Cultivá-lo – acolhendo-o ainda plantinha tenra – constitui abertura da alma às fontes da divina energia. Esta, acumulada, impulsiona o voo cósmico.
O sentimento de gratidão implica no oposto: ingratidão. Este germina nos campos lodosos do egoísmo. Aquele medra onde o nível consciencial se eleva.
No amplo tecido das relações ao longo da travessia humana, as pessoas dão e recebem. Ofertam talento, compreensão, trabalho, energia, alegria, coisas materiais, alimento, respeito, ajuda, orientação... Em contrapartida, recebem elementos vitais à vida: oxigênio, calor, luz, água, a exuberância da natureza... Têm disponíveis, no cotidiano das relações, oportunidade de estudo e/ou de trabalho, auxílio fraterno, conhecimento alheio, mão amiga nas turbulências, socorro nas adversidades...
Nesse intercâmbio, emergem em ambos os polos diferentes perfis de caráter. No polo da dádiva, há, de um lado, os que dão por aceitação integral da lei regente: o Amor. A estes, apenas a paz de consciência lhes interessa; não pensam nem cogitam de reconhecimento (Não cobres tributos de gratidão – Chico Xavier). De outro, os que o fazem, às vezes até em exuberância, mas esperam do recebedor a gratidão. Se esta não vem, então a frustração ou a raiva. Estes são egoístas: aguardam a recompensa terrestre ou divina (Quem cobra gratidão é mero vendedor de benefícios – Richard Simonetti). O patamar evolutivo ainda rasteja.
No polo do recebimento, encontramos, num quadrante da existência, os que são gratos. Gratos pelas benesses que a natureza lhes dá, ensejando-lhes a vida. Gratos aos pais, aos mestres, aos doadores de oportunidades de crescimento e amadurecimento, aos socorristas nas adversidades. Estes cultivam o sentimento poderoso da gratidão (A gratidão é a virtude das almas nobres – Esopo). N’outro quadrante, os ingratos. Recebem mas ignoram; às vezes têm vergonha da dádiva que os alimentou ou salvou-os, ou lhes garantiu a elevação na travessia terrena. São os egoístas. Costumam agredir a natureza e, também, os benfeitores (A ingratidão é sempre uma forma de fraqueza. Jamais conheci homem de valor que fosse ingrato – Goethe).
Em suma, cultivar o sentimento de gratidão – sedimentá-lo e cristalizá-lo em nossos corações – significa abrir canais cósmicos rumo à felicidade. É energia vivificante que nos impulsiona nas asas da eternidade.
Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref./PMMG
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/04/6346-soneto-verdade-xxxvi-gratidao.html
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