sábado, 30 de setembro de 2017

Palestra de Cel. Jair Barbosa da Costa-22 anos da ALJGR-PMMG 6 de outubro de 2016-8h30

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Enviado: quarta-feira, 27 de setembro de 2017 14:21
Para: Jair Barbosa da Costa, Presidente Ad Vitam, sua Família, seus amigos, confrades e confreiras,

07 de outubro p. vindouro, sábado, de 08h30 às 10h30, estaremos comemorando os 22 anos. 06 personalidades serão agraciadas com a Medalha Cultural “Cel. Saul Alves Martins”. O Acadêmico Presidente Ad Vitam – Jair Barbosa da Costa – consagrado Mestre do Idioma Camoniano e um dos baluartes do Sodalício, brindar-nos-á com uma palestra sobre a Trajetória Evolutiva de nossa Academia.
Em anexo, o convite que estamos enviando às pessoas que vão abrilhantar nossa Sessão Solene. Envio-lhes, apenas para conhecimento, porque cabe a todos nós, membros deste Areópago Rosiano, receber os convidados a partir das 08h00 no Salão Nobre da APM, Rua Diábase, Prado, participando do Café-Mineiro.
Conto com a presença de todos. E será um prazer o acompanhamento dos familiares.
Saudações Rosianas,

Klinger Sobreira de Almeida – Cel. QOR
Presidente ALJGR/PMMG
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Cadeira 7-Acadêmico JAIR BARBOSA DA COSTA
ACADÊMICO-FUNDADOR
Ex-Presidente da ALJGR-PMMG

Acróstico-biográfico nº 0177-Por Sílvia Araújo Motta

J-Jair, Acadêmico atuante, Presidente “Ad-Vitam.”
A-Autor de “Ensaiando a Crítica”. Palestrante.
I-Ideário temático, íntegro, literário e estético:
R-Relaciona o Saber e Poder ao Pedagógico.

B-Brilhante Coronel-PM, Professor Universitário,
A- A defender a unidade, a pureza e a beleza,
R-Requintes da  culta e rica Língua Portuguesa.
B-Base para o valor da Comunicação Social.
O- O criador  de  “Vesperal de Vésperas”,
S-Semeia “contos” frutos, na arte da prosa,
A-Amadurecida herança, lusíada cultural.

D-Dedicado Presidente dos Elos Lusófonos
A- A trabalhar pelos ideais luso-afro-brasileiros.

C-Co-autor das valiosas “Palestras Camonianas”.
O- O exímio Editor e Redator em Jornais de Minas.
S-Sustenta atuação em Tese Elista Internacional,
T-Transcende ideologias e mares para valorizar
A- A“Força Bruta da Comunicação de Massa.”
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Belo Horizonte, 6 de junho de 2000.
(*) Ten-Cel  Jair Barbosa da Costa,
ocupa a Cadeira 07 na ALJGR/PMMG
Acadêmico  Fundador e Presidente “Ad Vitam”
Patrono: José Lourenço de Oliveira.

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JAIR BARBOSA DA COSTA
LANÇA LIVRO CANTO CAVALARIANO DIA 13 DE AGOSTO
DURANTE A REUNIÃO DA ALJGR/PMMG
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Acróstico-crítico-textual nº 3831
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG
Parceira-Assessora da ALJGR/PMMG.
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J-Jair Barbosa da Costa, Tenente-Coronel,
A-Acadêmico Efetivo-Comunial-Escritor,
I-Inesquecível atuante Presidente-Fundador da
R-Reconhecida Academia de Letras JGR/PMMG...
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B-Bem marcada ficou a data de 13/agosto/2011:
A-Apresentação de uma Obra de valor literário!
R-Reminiscências de TEXTOS extraordinários.
B-Bela capa traz o CANTO CAVALARIANO:
O-Onde lanças cruzadas no animal, lembram as lutas,
S-Significativas para seu êxito e do ser humano,
A-A partir da Cavalaria da Corporação Tiradentes...
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D-Da trilogia: LANÇA x CAVALO x HOMEM,
A-A sensibilidade epilírica luso (filo) fônica.
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C-Com 296 páginas de memórias e homenagens,
O-Organizado em Língua Portuguesa, na Capital,
S-Seleciona temas sobre sua Carreira Militar...
T-Trabalho árduo, críticas literárias e vitórias...
A-Aprovação do seu valor de Escritor Imortal.
                      ---PARABÉNS!---
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/3158488
Belo Horizonte, sábado, 13 de agosto de 2011.
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JAIR BARBOSA DA COSTA
Nascido em Rio Casca-23 de setembro
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Acróstico Histórico-Biográfico nº 0074
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Belo Horizonte, 6 de junho de 2000.
Ex-Ocupante da Cadeira 24
Patrono: Ayres (Aires)  da Mata Machado
Área: Ciências Humanas
Seção: Filologia
Fonte:Publicação virtual no Site Recanto das Letras:
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/73653


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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/palestra-de-cel-jair-barbosa-da-costa.html


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                        Vinte e dois anos de Academia de Letras João G.Rosa
                                                                                                          Jair Barbosa da Costa
Vinte e dois anos de vida está fazendo a Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG. Eu disse, ao concordar com Nivaldo Monte: vinte e dois anos “de vida” e não de existência, porque as instituições são como os homens – vivem, ou seja, dinamizam-se, quase sempre. Quando não é assim, sucumbem. Nivaldo Monte afirma que também as pedras existem, mas não vivem porque não agem, são inertes.
Esta Casa de Letras de que a Polícia Militar hoje se orgulha nasceu na mente e no coração do Coronel Ary Braz Lopes, cuja memória há de sempre merecer a reverência desta Academia. Bibliófilo, fascinado com leituras de variadas áreas do conhecimento, sobretudo humanístico, escritor e jornalista, buscou de modo obstinado atualizar-se com seu tempo. Como Secretário de Ensino da Academia Militar, antigo Departamento de Instrução, era também Professor de Português de meu Curso de Formação de Sargentos (1957), do qual fui assistente, sendo cabo-cavalaria, em suas aperturas administrativas. Quanto me honra este testemunho!
 Poispois... Saudoso Ary, saudoso sonho que ele não acalentou debalde. Concretizou-o, em 1995, na administração do Coronel Edgar Soares a presidir nosso Clube dos Oficiais, a partir de um simples diálogo:
                        – Que tal, Edgar, criarmos aqui no Clube uma estante de escritores milicianos – indagou Coronel Ary?
                        Coronel Edgar, esportista de escol da PM e do Estado, policampeão de algumas modalidades, sensível à cultura lato sensu, pensou, sim, mais de duas vezes, mas logo respondeu, com seu modo educado de ser:
                         – Comandante Ary, essa ideia é tão sublime, que nós devemos ampliá-la. Por que não uma academia de letras em vez de estante ou biblioteca de nossos intelectuais? Afinal de contas, são muitos escritores, e alguns deles bem conhecidos no mundo civil, na imprensa e no magistério superior – arrematou.
S.I. Hayakawa, em seu livro A linguagem no pensamento e na ação (Language in Thougt and Action), trad. bras.- Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios, SP, 1963), ensina que
as “palavras-ronco” e as “palavras-arrulho”, como tais, desacompanhadas de comunicados verificáveis, nada oferecem para uma discussão ulterior, exceto possivelmente a pergunta “por que você acha que assim é?” (Grifei).
Meu prezado autor de cabeceira, os protagonistas desta história, Ary e Edgar, sonharam alto – não se pode negar. Entretanto, seu projeto audaz não estava assentado em “palavras-ronco” nem “palavras-arrulho”, tampouco pairou dúvida nos interlocutores sobre a possibilidade da concretização “ulterior” daquele breve debate, logo-logo transfeito em ação.
Mãos à obra. Nada de Olimpo. Fiquemos aqui na Mantiqueira, na Caparaó, com os pés em nosso torrão! Seremos os primeiros do Grupo dos fundadores.
            – De saída, podemos contar com o Carlos Alberto Carvalhaes e Saul Martins – que são do Instituto Histórico e Geográfico. Ah... o Jair Barbosa, este conheço bem, costumo chamá-lo de “paladino da Língua Portuguesa”, por ser seu grande defensor – observou Ary Braz Lopes –, acrescentando: é professor e escritor, com livros publicados, membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, tem experiência acadêmica, ocupa cargo administrativo lá (de fato, este orador era Secretário-Geral da AMULMIG e Governador do Elos Internacional aqui em 1995).
Uma vez convocados e presentes à primeira reunião de trabalho, Saul e Carvalhaes passam das conjecturas aos fatos. Assim, tomando a ponta da esteira da conversa travada entre Ary e Edgar, Saul Martins assume a palavra:
– Sugiro que o Jair Barbosa seja o Vice-presidente. A bem da verdade, Saul não quis assumir esse cargo e, por isso, passou a bola para o velho companheiro, amigo de meio século.
O Presidente Edgar Soares predispôs o Clube para as sessões literárias no gatinhar dos primeiros tempos, até que se pudesse pensar em sede própria para os “ociosos artistas da palavra”, segundo Herman Hesse, desta Casa herdeira de Academus, que acabava de vir à luz num audacioso parto mental de gêmeos gênios, prodigiosamente filha de dois pais – o natural (genético) Ary Braz Lopes, e o orgânico (funcional), Edgar Soares, prenhes da brilhante ideia e de grande ideal. Não se trata aqui de fenômeno derrideriano – (desconstrutivismo de Jacques Derrida, mas de simples figuração imaginística.)
O pai funcional decidiu, ali mesmo, nesse encontro inaugural, que o estatuto do Clube deveria ser modificado para se introduzir a recém-nascida como sua dependente legal, estatutária, pois até nome já havia recebido – Academia de Letras João Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais, em homenagem ao escritor mineiro, Autor de Grande sertão: veredas e outros títulos, embaixador do Brasil na Alemanha, membro da Academia Brasileira de Letras, fama mundial, Capitão-médico da PMMG, cuja extensa biografia justificava sua escolha como Patrono.
Foi assim que o vanguardeiro time de pensadores transformou o sonho de Ary Braz Lopes em projeto de Edgar Soares, fazendo do idealizador o Presidente e do próprio Edgar, Acadêmico Fundador-Instalador, condição esta, aliás, há pouco formalizada em sua plenitude semântica por ato administrativo, serôdio embora, do atual Presidente, Acadêmico Efetivo-Curricular Klínger Sobreira de Almeida.
O quadro dos 11 Acadêmicos fundadores e respectivos cargos do Silogeu Rosiano ficou assim:
                                   Ary Braz Lopes – Presidente
Edgar Soares – Fundador-Instalador
Jair Barbosa da Costa – Vice-presidente
Saul Alves Martins – Presidente do Conselho Superior
João Bosco de Castro – Secretário-Geral
Carlos Alberto Carvalhaes – Mestre de Cerimônias
Oswaldo de Carvalho Monteiro – Decano
Affonso Heliodoro dos Santos
Antônio Norberto dos Santos
Geraldo Tito da Silveira
José Satys Rodrigues Valle
Klinger Sobreira de Almeida
 – Saul e Carvalhaes, vamos escolher os patronos das 33 cadeiras – solicitou o Presidente Ary Braz Lopes.
O critério de escolha: serem reconhecidamente intelectuais de alto nível, de variadas áreas do conhecimento (– filosofia, história, política, literatura, Língua Portuguesa, poesia, ficção, jornalismo, ensaio e crítica –) entre militares-PM e civis de notoriedade nacional que se ligaram à Corporação. Para não me estender, cito apenas alguns. Primeiro deles, o próprio Patrono, João de Guimarães Rosa, seguido do colega de farda e profissão, ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o historiador Augusto de Lima Júnior, amicíssimo da Polícia Militar e dedicado pesquisador de sua história, sempre a prestigiar seus eventos cívicos, Major-PM Anatólio Alves de Assis, historiador, já pertencente ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Prof. José Lourenço de Oliveira, cuja cadeira ocupa, honrosa e imerecidamente, este orador, o também historiador, Cel Paulo Renné de Andrade, o jornalista e crítico literário de renome, Djalma de Andrade, Gustavo Capanema, Secretário de Estado e ex-comandante-geral da PM, Pedro Paulo Penido, Cel José Geraldo Leite Barbosa, Dr. Flávio Neves, o memorialista Pedro Nava...
É oportuno e digno de memória registrar os novos patronos, nossos confrades contemporâneos da primeira hora de lutas e triunfos, no construir e consolidar o ideário de afirmação desta Academia: Oswaldo de Carvalho Monteiro, José Satys Rodrigues Valle, Geraldo Tito da Silveira, Felisbino Cassemiro Ribeiro, Paulo Penido, Saul Alves Martins e Antônio Norberto dos Santos. Todos eles, cumprida a dupla missão terrena de soldado e humanista, desligaram-se do imenso vale rumo à definitiva morada, nas paragens siderais, habitação segura e serena, destinada aos espíritos iluminados, onde devem estar a ouvir, ad eternum, As quatro estações e Gloria in excelsis Deo, de Vivaldi, ininterruptamente...........

Instalação da Casa Rosiana.-
Vinte e um de agosto de 1995. O Clube dos Oficiais engalanado, grande mesa de autoridades de Governo e da PM, parlamentares, expressiva representação acadêmica para batizar a nova instituição da Polícia Militar de Minas Gerais – “mais um ineditismo em sua história, já marcada por algumas exclusividades.”– assinalou Ary, seu idealizador – a Academia de Letras João Guimarães Rosa, primeira do gênero no Brasil. A Orquestra Sinfônica da Corporação estava ali abrilhantando o mais significativo evento cultural de que se tem notícia entre nós. Mas... e o presidente, já constituído, CORONEL ARY BRAZ LOPES – que é dele? O seleto auditório não sabia o que haviam feito do presidente. Seu lugar, ao centro da grande mesa enfeitada, estava vazio. Havia muitos sussurros no ar entre os organizadores e alguns convivas. Algo muito sério estaria por vir.
E o Carvalhaes? Por onde andava àquela altura? Nem ele, que nos últimos dias vinha acompanhando de perto a evolução de uma enfermidade do Coronel Ary, genetriz onírica daquele grupo de pensadores por um areópago miliciano.
Ah... Lá vem vindo, sorumbático, passo apressado, o Carvalhaes de todas as horas com Ary, nos últimos tempos. Trazia na mão direita uma trêmula página ditada pelo Presidente Ary ao telefone do companheiro – era a primeira palavra a seus confrades co-fundadores.
 Primeira... e última palavra do humanista entusiasta, que fez daquela mensagem, dobrada com desvelo por Carvalhaes, o repositório da essência de seu ideal, como a dizer – “meus Confrades, recebam o  derradeiro suspiro da minh’alma”, tão aquinhoada de saberes, digo eu agora, e muito sedenta de irradiá-los entre os irmãos de farda e o mundo das ideias.
Do leito hospitalar, onde convalescia, talvez não sentindo naquele quadro o prenúncio da paz definitiva, “aquela que excede a todo entendimento”, um balbucio, mortiço e sumido que o Carvalhaes, com algum esforço, captava do fraterno amigo a resfolegar como quem chega ao cabo da última volta de uma longa corrida. Ora, não era o estertor, pois nosso herói ainda consegue exalar significativa partícula da alma irrequieta para saudar, por meio da pena do confrade Carvalhaes, a nascente Academia de Letras, gerada no ventre de sua mente arguta.
 Uma pequena paragem para breve paralelo grosseiro entre situações semelhantes: Tancredo e Sarney – presidente e vice-presidente do Brasil, eleitos em 15 de março de 1985. Tancredo morre, sem tomar posse, a 21 de abril daquele ano, e Sarney assume o Governo no mesmo dia.
Só nesse aspecto fatos e atos se assemelham a Ary Braz Lopes-Jair Barbosa da Costa e a circunstância descrita, porque José Sarney encontrou casa pronta – e que casa! – Palácio para despachar e palácio para mordomiar nababescamente.
Quanto a nós, pobres imortais milicianos, desnecessitados, sem dúvida, de bolsa-família, mas sem teto acadêmico para abrigo e culto das ideias e sua difusão entre os consanguíneos de farda e amantes das letras, como também no mundo civil.
Tal como no comando do Brasil, ocorre no comando da Academia, ou seja, a Casa de Rosa viu-se, abruptamente, órfã do Presidente-genitor: seu desenlace se dá no dia 8 de novembro de 1995, 34 dias após a concretização do grande sonho. Esse fato vem transtornar os principais mentores do processo de criação, porquano quase tudo estava por realizar-se. Dessa feita, no entanto, a batuta presidencial passa ao vice- presidente, Jair Barbosa da Costa, que veio a ser, de fato, o primeiro presidente, substituto natural de Ary Braz Lopes.
Academia em ação
Nos primeiros tempos, com apoio logístico da administração Edgar Soares à frente do Clube dos Oficiais, tudo corria bem, não obstante o Estatuto não tivesse, ainda, sido modificado com a inserção de um dispositivo em que a Academia figurasse como apêndice cultural, por cuja manutenção a entidade social se tornava responsável. Essa alteração só se efetivou, em 1996, na presidência do Coronel Edvaldo Piccinini Teixeira.
 A Sala de Reuniões do Clube transformava-se, uma vez por mês, em ambiente literário, entre oito e onze horas. As carências de toda ordem pipocavam, sobretudo devido ao fato de o novo presidente não ter a paternidade da incômoda criatura, agora órfã dos dois pais – o genético, que nem pôde assistir a seu nascimento, porquanto, um mês após sua vinda à luz, se apaga aqui para iniciar a esplêndida trajetória ascensional; o segundo – o funcional, acaba de entregar as chaves do Clube ao novo presidente.
Convidei o Coronel Piccinini a participar de uma das sessões literárias. A certa altura, passei a expor-lhe sobre a impossibilidade de nossa sobrevivência sem efetivo apoio logístico do Clube dos Oficiais, criador da Academia. Até hoje me apiedo do infeliz Presidente que, antes de deixar cambaleante aquela sala, assumiu a palavra para desabafar: “Vocês podem crer: se eu soubesse que iria apanhar desse jeito, não teria aceitado o convite para vir aqui.” Será que tínhamos a quem recorrer senão à instituição provedora, independente da condição de mãe, ou madrasta?
Relativamente ao Clube, a pouco e pouco, o necessário ajuste foi ocorrendo. O Coronel Piccinini passou a dedicar-se de corpo e alma à Casa Literária de Guimarães Rosa – assistência administrativa, coquetéis de muitos lançamentos de livros dos acadêmicos, nos salões do Clube, adornos, garçons, retaguarda logística – tudo isso custeado pela entidade anfitriã por ordem de seu Presidente que, até mesmo, de quando em quando, nos surpreendia com sua presença aos trabalhos literários. Vejam só como um simples puxão de orelha, sem ferimento, faz muita coisa melhorar! Muitíssimo obrigado, Acadêmico Benemérito, com justiça, Coronel Deputado Edvaldo Piccinini, preciosa dádiva às letras castrenses de Minas Gerais, pelo imprescindível e constante apoio a nossa causa cultural que transcende as fronteiras desta Academia e da própria Polícia Militar.
Itinerância acadêmica.
Mas não foi assim tão fácil pacificarmo-nos com o Clube. É que tínhamos pressa, tão compreensível para com os jovens. Nossa Academia estava na difícil transição de púbere para adolescente, não obstante a precocidade epistêmica da maior parte da confraria. Impulsionada pelos neurônios a pulularem em busca de uma dinâmica própria de quem pensa por milhões que apenas discutem futebol, por cujos times se engalfinham na praça, essa plêiade de pensadores, sob minha liderança, precisava espaço e reconhecimento.
 Certa vez, lembrei-me de que Platão, perto de quatro séculos a.C, após viajar por doze anos entre os chineses, egípcios, indianos e judeus, em busca da essência do saber desses povos, ao regressar a sua terra, Atenas, passou a reunir-se com seu grupo de filósofos nos jardins de um rico homem chamado Acádemo, onde debatiam sobre a verdade das coisas e a importância das ideias. Essa passagem me fez pensar – Que tal os parques Municipal e das Mangabeiras, alternadamente, para as sessões literárias?
Ficou só no cenário mental, porque nova ideia passou a ocupar minha cabeça – as sessões itinerantes, porque, afinal, de quantos e amplos espaços a PM dispunha na Capital? Só no Prado Mineiro, quatro enormes quarteirões, cada qual correspondendo a dois, pelo menos. E os batalhões? Além do espaço-PM, podíamos contar com o Instituto Histórico (com algumas salas ociosas), pelo fato de Carvalhaes e Saul fazerem parte de seu quadro. Ainda, as unidades de meus primórdios de farda – 1º Batalhão, Regimento de Cavalaria – que beleza! E o Batalhão de Trânsito cujo fundador Coronel Ay Braz Lopes, é, também, o idealizador de nossa Academia? Pronto! Juízo formado – não ficaremos ao relento!
Por essas razões é que demos início às sessões literárias itinerantes, motivadas pelo desejo inicial da fuga do padrasto, de-corpo-mole para assumir a cria do Edgar Soares. Nossas andanças – Primeiro Batalhão (BG), Instituto Histórico e Geográfico, 5º Batalhão, Batalhão de Trânsito e Regimento de Cavalaria.
Preparava-se um pouco de história do anfitrião, sempre a nos receber com o tradicional café do mineiro e festejar nossa presença.
O Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes – Mestre-de-Cerimônias – que baluarte fenomenal! Quanta garra, quanto trabalho entusiástico! Inigualável espírito de organização! Sozinho, costumava fazer o trabalho de um pelotão precursor – ia à frente, fazia os contatos com a administração do lugar programado, ajudava nas atividades logísticas (disposição do mobiliário, mesa diretora, toalhas, enfeites, posicionamento de autoridades...). No 5º Batalhão, bairro Gameleira, até mesmo um helicóptero desceu na frente do local onde realizávamos a sessão literária em que o Cmt-Geral, procedente de Diamantina, receberia o Diploma de Presidente de Honra – todos os pormenores previstos e planejados por Carvalhaes. Não fossem essas virtudes, somadas num só homem, as sessões itinerantes, todas elas, não teriam alcançado tanto êxito. As normais, de casa, também, desde que prescindissem de sua participação. Lamento sua ausência, por motivo de enfermidade, nesta hora, entre nós, querido Confrade, a quem esta Casa e este companheiro fraterno devem o impagável por tudo que plantou aqui, desde a ideia fundamental, cujos sadios frutos continuam multiplicando-se.
O sonho da casa própria
As instituições culturais também sonham – e como! – com a casa própria que possa oferecer um bom espaço para os livros, muitos livros a formarem uma biblioteca de seus membros e do mundo das ideias; ainda, instalações exigíveis para qualquer morada. Queríamos uma sede assim. Quem sabe na área do Prado!
Uma visita fora da agenda, não habitual entre nós, ao Cel Ari de abreu, nosso Arizinho, no comando da Academia Militar, contígua ao Clube dos Oficiais, ocorreu em seu gabinete. Já contávamos com a simpática acolhida desse comandante para algumas sessões literárias em sua escola. Lá foi o presidente das letras milicianas, meio capenga de argumentos convincentes, mas com muita fé na amizade do Comandante Ari.
– Meu caro Arizinho, você bem que podia nos ajudar a ter uma sede provisória, arranjando outro espaço para o Corpo da Guarda e nos auxiliando nas providências para adaptação daquele cômodo às necessidades acadêmicas.
– Podemos pensar nisso, Presidente. Terei muito gosto em ajudar nossa Academia de Letras.
 Aliás, diga-se: Como já vinha contribuindo com nossas sessões! Além do espaço físico, oferecia o café acompanhado de quitandas. Precisava demonstrar gratidão a esse confrade. À época, estando como presidente também do Elos Internacional em Minas Gerais, andei levando-o, com sua esposa, a alguns jantares-convívio no Rotary e no Minas Tênis.
Resumo da ópera, que anda pelo 4º ato: superando as dificuldades de toda sorte, após o empenho do Serviço de Engenharia da PM, o desprendimento do Coronel Ari de Abreu, a boa vontade do Coronel Paulo Afonso de Miranda, na Presidência do Clube dos Oficiais, o velho Corpo da Guarda transformou-se na modesta, mas bonita e aconchegante sede de nossa Academia de Letras. Sua inauguração, no dia 27 de dezembro de 2002, coube ao Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes, já na presidência da Casa fazia um ano, após ter sido o spalla dessa orquestra literária que consegui reger por seis anos consecutivos, cujos anais historiográficos estiveram sob a competente manuscrita, caligraficamente bosquiana, do Secretário-Geral, Acadêmico João Bosco de Castro.
Abertura do quadro dos Acadêmicos Efetivos-Curriculares.
 Na profícua administração presidencial de Carlos Alberto Carvalhaes, no dia 10 de agosto de 2000, tomaram posse os quatro primeiros Acadêmicos Efetivos-Curriculares:
Alcino Lagares Cortes Costa, Coronel-PM, autor destes livros: Sociedade sem violência; Míope, o político descamisado... da Tessália;  Discurso sobre a proteção social. Este último foi lançado na cerimônia de posse. Registre-se, também, sua efetiva contribuição na Revista O Alferes, com inúmeros artigos e a primeira cartilha sobre Policiamento Comunitário. Para completar – foi Lagares o orador oficial da cerimônia.
Edgar Eleutério Cardoso, Coronel-PM, policiólogo por excelência, autor dos compêndios técnico-profissionais: Conheça sua PMMG; Abordagem, Busca Pessoal e Identificação – casos de prisão; Condução de presos e Escoltas diversas; Atuação policial e locais de crime.
Felisbino Cassimiro Ribeiro (pseudônimo: Eurico Barbacena), Ten-Coronel PM. Autor do ensaio Na trilha dos Inconfidentes do livro Pantanais de lírios, com três tomos: Conflitos d’alma, A saga do soldado mineiro e Entre as colunas do templo; uma coletânea de trovas intitulada Além do Horizonte.
Georgino Jorge de Souza, Coronel-PM. Autor do livro de memórias Reminiscências de um soldado de polícia, além de peças jurídicas e textos didáticos, publicados em revistas de renome nacional.
Atividades acadêmicas
É bom saber, preliminarmente, que o Estatuto de toda academia de letras lusofônica, seja de Portugal, seja do Brasil e demais países de Língua Portuguesa, tem como escopo ou divisa teleológica (finalística) a defesa do idioma pátrio e do culto às manifestações de base linguística.
Nossa casa literária tem-se pautado por essa filosofia de pensamento e ação. Destaco aqui algumas atividades culturais que têm constituído a programação ordinária e especial;
. Efemérides dos vultos da Literatura Luso-Brasileira.
. Leitura e declamação de textos, em prosa e verso, de
qualidade estética e melorrítmica agradável.
. Palestras alusivas ao Patrono e sua produção literária, assim como a
outros renomados autores  e aos próprios acadêmicos.
Como a Academia G.Rosa tem características especiais, por ser apêndice cultural da Academia Militar e do Clube dos Oficiais, tem coordenado e orientado, não raras vezes, comissões de concursos literários, cuja temática pode ser relativa à vida da caserna ou livre, tanto da Academia Militar, como do Centro de Promoção Social, órgão de Estado Maior.
Por motivo espácio-temporal, não poderei relacionar aqui os feitos das três gestões após minha passagem pela presidência, mas o farei com poucos destaques como, por exemplo, o desempenho do Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes na difícil missão de ajudar a estruturar a Casa, seguida de sua magistral desenvoltura e entusiasmo como Mestre de Cerimônias nas sessões festivas ou solenes, internas ou externas, como por ter inaugurado, durante sua gestão de presidente, a sede provisória da Academia.
No que respeita à administração Acadêmico Adílson Cerqueira Soares:. Conseguiu do presidente do Clube dos Oficiais, Cel Antônio de Salles Fiúza, uma secretária, ao mesmo tempo auxiliar de Biblioteca, Ana Maria Matos, antiga funcionária administrativa do Clube, que veio emprestar sua experiência e capacidade de trabalho à Academia de Letras. A Casa Rosiana, premiadíssima por essa conquista, não só pelo bom serviço, sobretudo, porém, pela lhaneza no trato com os acadêmicos e com o público externo. Aninha, como a tratamos carinhosamente, hoje Acadêmica Parceira, já está na terceira presidência, a contar do Cel Adílson, e todos os presidentes só têm louvores para ela, há pouco tempo, bacharelada em Letras, influenciada – penso e sinto – pelo ambiente acadêmico. Foi no mandato de presidente do Acadêmico Adílson o instituto da Medalha Ary Braz Lopes, fundador-mor da ALGR.A biblioteca foi reorganizada e o relacionamento intercultural com as outras academias e casas de cultura tornou-se uma realidade.
 O Cerimonial desta sessão não me disponibilizou um quinto ato, mas peço licença, quase ao descerrar a cortina de minha presença em cena, para destacar alguns poucos tópicos da atual administração Klinger Sobreira de Almeida:
            1. Revisão profunda no estatuto, objetivando, entre outras novidades, amalgamar a Academia com outras corporações militares mineiras.
            2. Elasticidade nos critérios de admissão e no número de cadeiras areopagíticas – que passaram de 33 para 60. Dessas, 10% estão reservados aos filhos ou cônjuges.
            3. Acadêmicos-parceiros é como se denominam agora os antigos Parceiros Assessores.
            4. Estreitamento de relações com o Alto Comando da PMMG. A Semana Rosiana em Cordisburgo revelou os benefícios dessa iniciativa com o grande apoio logístico, além da apresentação da Orquestra Sinfônica e cobertura jornalística.
            5. O Centenário do Acadêmico-fundador Saul Alves Martins fez gerar um intercâmbio altamente positivo para a Academia pelo envolvimento do Clube dos Oficiais e a Associação dos Oficiais PM e Bombeiros Militares.
            6. Formulam-se, em nível de diretorias, programas e projetos para uma gestão modernamente participativa.
            7. Finalmente, está em gestação uma Antologia dos acadêmicos rosianos para 2018.
Última cena – palavra-fecho.
Quando estava exercitando a presidência, certa vez, transformei a sessão em aula de teoria literária para mostrar aos confrades as características de cada gênero e espécies do gênero épico. Fui ao quadro para demonstrar a técnica de elaboração de cada um deles. Depois, expliquei porque o acadêmico de letras precisa ter algum conhecimento daquele assunto na sociedade, onde é solicitado para integrar bancas de concurso, proferir palestra...
Noutra ocasião, saudei os neoacadêmicos com alguns conselhos. Lembrei-os de que o membro de uma academia de letras leva sobre si, onde quer que esteja, o compromisso com a boa linguagem – límpida, escorreita, simples, sem ser simplista; correta, sem ser erudita. Tem uma filosofia de vida que faz a diferença: na igreja, no clube, no bar, na festa, porque o perfil do homem de ideias não é o mesmo de uma boa parcela da multidão, do homem comum que nunca sabe o que dizer, pois costuma ter a mente vazia.
 Aconselhei-os à leitura de um bom jornal, uma boa revista semanal, noticiosos sérios da tevê. Ouvir várias opiniões sobre o mesmo assunto para formular a própria, resultado da soma das essências, filtradas de muito entulho da comunicação massificada, homogeneizada, bovinizante, que norteia a sociedade de consumo.
A mentira, o engodo, a desfaçatez e toda carga sinonímica possível e inimaginável para esses substantivos será pouco para dimensionar-se o mundo destes dias. O mundo de cabeça para baixo, não só com a inversão dos valores ou a quebra de sua hierarquia, como também com sua anulação, até mesmo da ordem científica, da lógica fenomênica.
 A ideologia de gênero, por exemplo, a invadir as escolas infantis da maior parte do planeta, é algo estarrecedor. Mas não ouvi nem li que o suporte filosófico dessa insensatez pode muito bem ter seu cerne no princípio corrosão, que passou a chamar-se, a partir dos anos sessenta, desconstrução, ou desconstrutivismo, maluquice de um filósofo franco-argelino, chamado Jacques Derrida, para quem de Platão e Sócrates até nossos dias, passando pelos antigos e por todos os modernos filósofos, tudo o que pensaram, refletiram, elaboram, todas as leis da Física, da Química da Biologia, da Matemática – a binaridade, as dicotomias: homem-mulher, macho-fêmea, preto-branco, frio-quente, singular-plural... todos os conceitos e definições, para esse tresloucado, não tem valor algum, porque sua teoria da desconstrução é que vale. Mas tinha de começar pela linguagem, pois não é por meio dela que tudo se faz? Por isso, seu primeiro passo foi criar a Gramatologia pela qual aniquila a dicotomia de Saussure langue-parole (sistema linguístico e discurso livre).
Será mesmo que o acadêmico de letras, o filósofo, o pensador, o professor – qualquer desses homens de espirito tem o direito de ficar de braços cruzados a ver a banda passar, ou a beber no bar da esquina, no intervalo de jogo de seu time, enquanto o filho ou filha, neto ou sobrinho está sendo ludibriado na escola onde aprende o falso como ciência, está sendo seviciado por colegas maiores, porque ambos têm o direito à libertinagem!? Vêm sendo persuadidos, desde os primeiros anos da infância, a crer que não têm o sexo com que nasceram, porque ela ou ela poderá decidir por um dos dois. Que desgraça cultural, ou contracultural? Nós que refletimos e conhecemos nosso papel social precisamos agir, escrever, publicar, protestando contra esse quadro maléfico.

 















Os Lusíadas / The Lusiads Camões / Sir r. f. burton Ed. Compasso dos Ventos 730 págs || €33,90

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O génio inglês que traduziu os Lusíadas em 1880
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 Tradução, que conseguiu manter a métrica, as rimas e os versos em decassílabos da epopeia de Camões, já chegou às livrarias portuguesas
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No nosso tempo veloz, empreitadas como a que Sir Richard Francis Burton cumpriu, ao traduzir Os Lusíadas para inglês, mantendo a métrica, as rimas e os versos em decassílabos, parecem impossíveis de tão demoradas. 

Contudo, foi mesmo isso que o escritor, antropólogo, geógrafo, diplomata, orientalista e agente secreto britânico do século XIX fez, tornando-se autor da mais empolgante versão inglesa da epopeia sobre o povo português: mais do que uma tradução, The Lusiads é, na verdade, um longo poema, inteiramente novo, que narra as façanhas lusitanas, segundo a pena de Camões, mas com o lirismo pessoal de Burton. 

Nem podia ser de outra forma: quem traduz poesia sabe que não basta mudar a língua aos versos: é preciso reinventar-lhes os sentidos, para que a mensagem sobreviva e ainda assim respeite a estrutura original - no caso, 1.102 estrofes de oito decassílabos, seis em verso cruzado, mais dois emparelhados.
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Os Lusíadas / The Lusiads
Camões / Sir r. f. burton
Ed. Compasso dos Ventos
730 págs || €33,90
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Tarefa demasiado difícil? Não para Burton, que a abrir o seu prefácio, reproduzido no livro recém-lançado em Portugal pela editora Compasso dos Ventos, diz que este foi "o mais prazeroso trabalho literário" da sua vida de génio hiperactivo, que em adolescente fez parte de um gang e depois foi expulso da universidade apesar de ser aluno brilhante, por não se adaptar às regras, e que conheceu a fundo África e Ásia, arriscando-se até a ser preso quando entrou na Meca muçulmana disfarçado de afegão. 

Para quê? Para contar o que via - em livros, mas também em relatórios de agente ao serviço da Rainha Vitória -, o que viria a dar-lhe o título de Sir, apesar da relutância dos mais puritanos, chocados com os seus escritos sobre sexualidade (incluindo a feminina e a homossexual) e as suas traduções do Kama Sutra e das Mil e Uma Noites.

Fascinante, mas com fama de ter mau feitio, Burton não foi o primeiro a traduzir a epopeia de Camões: o poeta escocês William Mickle já o tinha feito um século antes. Porém, nenhuma versão é tão assombrosa como esta que a Compasso dos Ventos edita e que põe lado a lado, ao longo dos dez cantos, a epopeia original, de 1572, e a versão inglesa, de 1880.

Quem é o tradutor?
Sir Richard Francis Burton falava 29 idiomas e vários dialectos, tinha um humor sarcástico e era incapaz de dominar os seus impulsos, o que lhe valeu inimigos nos quatro cantos do mundo - que conheceu bem: viajante incansável, fez expedições com o patrocínio da Real Sociedade de Geografia do Reino Unido, para investigar povos longínquos, seus usos, costumes e lugares.
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http://www.sabado.pt/gps/palco-plateia/livros/detalhe/traducao-inglesa-dos-lusiadas-de-1880-chega-a-portugal

Poema SER MINEIRO- Verdadeira autoria - General Batista Queiroz: reparação de uma injustiça poética

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General Batista Queiroz: reparação de uma injustiça poética

Por Pisquila

Quem nunca leu ou ouviu falar na poesia "Ser Mineiro"? Aliás, essa poesia gera até hoje um debate acalourado entre os que dizem que a mesma é de autoria de Drummond, enquanto muitos sustentam que é da lavra do Fernando Sabino. Sinto dizer, mas as duas correntes estão erradas. A poesia em questão é de autoria do General de Brigada Reformado Batista Queiroz. Nascido José Batista Queiroz, esse mineiro de Patrocínio registrou a poesia "Ser Mineiro" (transcrita abaixo) em 1985, na Biblioteca Nacional.  Ele tem o nº de registro e tudo o mais que comprova tal autoria (vide link abaixo para o seu blog). Por isso, eu que batia mãos espalmadas nas mesas botequianas afirmando que essa obra poética era do Fernando Sabino, dou a mão à palmatória e peço desculpas ao poeta Batista Queiroz, pelas inúmeras vezes que dei o feito a outrem. Bem, com essa confissão, creio ter feito uma justa homenagem ao verdadeiro autor, uma vez que o seu texto possui uma qualidade comparável ao grande Fernando Sabino, o que por si só, já é motivo de orgulho.
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Ser Mineiro
Ser mineiro é não dizer o que faz,
nem o que vai fazer.
É fingir que não sabe aquilo que sabe.
É falar pouco e escutar muito.
É passar por bobo e ser inteligente.
É vender queijos e possuir bancos.
Um bom mineiro não laça boi com
embira, não dá rasteira no vento, não
pisa no escuro, não anda no molhado,
não estiva conversa com estranhos, só
acredita na fumaça quando vê o fogo, só
arrisca quando tem certeza, não troca
um pássaro na mão por dois voando.

Ser mineiro é dizer UAI e ser diferente; é
ter marca registrada, é ter história.
Ser mineiro é ter simplicidade e pureza,
humildade e modéstia, coragem e
bravura, fidalguia e elegância.

Ser mineiro é ver o nascer do sol e o
brilhar da lua; é ouvir o cantar dos
pássaros e o mugir do gado; é sentir o
despertar do tempo e o amanhecer da
vida.

Ser mineiro é ser religioso, conservador,
cultivar as letras e as artes ; é ser poeta
e literato, é gostar de política e amar a
liberdade, é viver nas montanhas e ter
vida interior.

José B. Queiroz
Obs.: 

http://jornalggn.com.br/noticia/a-verdadeira-autoria-da-poesia-ser-mineiro
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sexta-feira, 29 de setembro de 2017

ACADEMIA EVANGÉLICA DE LETRAS DO BRASIL, COM SEDE EM MINAS GERAIS, ESTANDO PRESENTE NO RIO DE JANEIRO E AGORA EM SÃO PAULO


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ACADEMIA EVANGÉLICA DE LETRAS DO BRASIL, COM SEDE EM MINAS GERAIS, ESTANDO PRESENTE NO RIO DE JANEIRO E AGORA EM SÃO PAULO

A Academia Evangélica de Letras do Brasil, com sede em Minas Gerais, estando presente no Rio de Janeiro e agora em São Paulo, já confirmou presença dentro do 5º Salão Internacional Gospel - Expo Cultura Cristã. Esse ano, além de expor, a entidade presidida pelo Dr. Wyller Braulio Resende pretende, dentro da feira, dar posse dos imortais indicados para compor o corpo da academia em São Paulo. Destaque para os jornalistas Luciana Mazza e Marcelo Rebello que foram convidados a se unir a Academia e que durante a feira, numa cerimônia, serão indicados a fazer parte do corpo de imortais. Da Academia podem participar escritores, jornalistas, artistas, cantores, poetas, autoridades politicas e eclesiásticas, entre outros, mas só depois de uma análise do perfil e através da indicação de um membro. Outro destaque será o lançamento dos livros "Gorda eu?" de Fernando Meirelles e "Cadeia de Chocolate" de Laercio Narciso. Quem desejar conhecer mais sobre a Academia de Letras não pode deixar de visitar o 5º Salão Internacional Gospel, a feira que representa o setor evangélico e que acontece de 7 a 10 de Setembro, no Expo Center Norte, em São Paulo.
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Fonte:

terça-feira, 26 de setembro de 2017

SONETO À VERDADE XLVIII-SINCERIDADE - Noneto Nº 81-Soneto nº 6.589 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil- Interação com Klinger Sobreira de Almeida


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SONETO À VERDADE XLVIII-SINCERIDADE-LUZ DO CARÁTER
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Noneto-Poético-Teatral Nº 81-Soneto nº 6.589
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil (*)
Interação-interpretativa da reflexão de
Klinger Sobreira de Almeida, Cel.PM.Ref.
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Sinceridade é o princípio e fim,
cumpre o papel ativo, sem ter dor,
clama a atenção, entoa seu clarim,
a confiança é clara, colhe amor.
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Hipocrisia é terrível, sim:
_Rasteja em trevas, traz do fel, sabor,
o fingidor pratica o mal afim,
pois mostra face, sem mudá-la a cor.
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Lados opostos sobem graus diversos;
a "fauna" é imensa e vem de priscas eras;
toda a VERDADE é luz que inspira versos.
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Um lado brilha... reina e o SER cobre,
no outro, sombra não tem mais esperas.
SINCERIDADE é Luz: Caráter nobre.
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-Email:clubedalinguaport@gmail.com
Belo Horizonte, MG, 26 de Setembro de 2017.

https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/soneto-verdade-xlviii-sinceridade.html

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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª; e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).Email:clubedalinguaport@gmail.com

http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6125061
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Rastreando a Verdade(XLVIII)

SINCERIDADE-Luz do Caráter

“A Sinceridade é o princípio e o fim de todas as coisas; sem Sinceridade nada seria possível...” (Confúcio) 
Sinceridade e Hipocrisia são duas posturas relacionais opostas. Esta retrata o indivíduo dissimulador. Enganador. Fingidor. Falacioso. Trapaceiro. Caviloso. Mentiroso.  Aquela, a pessoa reta. Franca. Leal. Autêntica. Íntegra. Genuína. Coerente.  
Como somos uma humanidade imperfeita, em que a maioria ainda não alcançou  elevação consciencial: sinceros, em menor número, e hipócritas, em diferentes graus,   misturam-se. Emergem, então, no cotidiano, os entrechoques, as querelas, as demandas, os entreveros, as desforras, as frustrações, os choros, as vinganças...  
Por conseguinte, no torvelinho do convívio humano, deparamo-nos com figuras variadas: o político que promete e não cumpre, ou se corrompe; o agente público que se vende, presa fácil do corruptor ativo; o industrial que falsifica produtos; empresários que alcançam sucesso nas vielas das tramoias; o comerciante venal; o homem do povo que se pauta pelo exemplo negativo etc. A “fauna” é imensa, e vem de priscas eras.
A Hipocrisia é terrível! Quando se lê, independente de crença ou religião, as passagens do Mestre dos Mestres  uma dimensão condenativa chama a atenção. 
Cristo foi todo amor. Fez milagres. Profetizou. Porém!... Poucas vezes indignou-se. E uma delas erigiu-se em discurso veemente. Encontramo-lo em Mateus, capítulo XXIII, 39 versículos: Sermão dos Ais. Nele, desafivela a máscara dos fariseus. Desnuda-os. Mostra a face enganadora dos “donos da verdade”: aparências, ardis e mentiras. Apoda-os, iterativamente, de hipócritas. 
Na linha de Jesus, muitos avatares consagraram a Sinceridade e anatematizaram a Hipocrisia, como o fez Gibran Khalil Gibran na metáfora das sete vezes em que desprezou sua alma, quando a viu: 1ª) disfarçar-se em humildade para alcançar a grandeza; 2ª) coxear na presença dos coxos; 3ª) praticar um mal, e consolar-se com o fato de que outros o praticam; 4ª) entre o fácil e o difícil, escolher o fácil; 5ª) desprezar a fealdade de uma face que não era senão uma de suas próprias máscaras; 6ª) humilhar-se por covardia, e atribuir sua paciência à fortaleza; 7ª) considerar uma virtude o elogiar e glorificar os poderosos. 
Assim caminha a humanidade! De um lado, no vetor do conhecimento, vem dando saltos fabulosos. A tecnologia transfigurou o mundo nas últimas dezenas de anos. É tal o avanço e a impetuosidade das modificações, que o homem hodierno se diz contemporâneo do futuro. Mas, de outra parte, focada a civilização pelo “vetor consciencial”, o progresso se faz lento, penosamente lento, criando-se um gap (hiato) entre as duas linhas evolutivas rumo ao infinito. Aquela bem no alto, e esta rastejando.
Nesse contexto da marcha cósmica é gratificante constatar, no entanto, que, na abertura espiritual da humanidade, os valores morais vão ocupando maior espaço na mente do ser, e a Hipocrisia, embora ainda reinante, esmaece gradualmente seu colorido trevoso. Concomitantemente, pruridos de Sinceridade assolam a conformação do caráter. Quem sabe, daqui a alguns anos, a Luz substituirá as Sombras.

Klinger Sobreira de Almeida – Militar Reformado

Presidente Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG


sábado, 23 de setembro de 2017

BODAS DE OURO DE MARIA DO CARMO RODRIGUES LONGATTI E VALDEVINO GERMANO LONGATTI EM SÃO JOÃO DEL REI-MG-23-SET-2017


BODAS DE OURO DE CASAMENTO

MARIA DO CARMO RODRIGUES LONGATTI
VALDEVINO GERMANO LONGATTI(1967-2017)

Homenagem-Acróstica Nº 6586
                     Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

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B-Bodas de Ouro brindam com carinho
O-O valor de extenso caminho a
D-Dois, que corações registram segredos:
A-As cargas leves ou pesadas que sem medos
S-Superaram pela Fé, Esperança e Caridade.
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D-Das idas e vindas, comprovam tantas graças,
E-Em preces na Igreja do Sr. Bom Jesus de Matozinhos.
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O-O CASAL Maria do Carmo e Valdevino Longatti
U-Une filhos, genros, noras e netos em São João Del Rei,
R-Residentes, familiares e amigos no Atelier das Mercês...
O-O tempo primaveril perfuma os corações e os ambientes!
 ---PARABÉNS A VOCÊS! SAÚDE, PAZ, AMOR, ALEGRIA!---
        ---SEJAM TODOS BEM-VINDOS!---
São João Del Rei, 23 de setembro , 2017, Minas Gerais, Brasil.
             Email:clubedalinguaport@gmail.com
             Email:solange.longatti@hotmail.com

Publicação:
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6122454
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/bodas-de-ouro-de-maria-do-carmo-e.html