https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2018/07/jair-barbosa-da-costa-na-amulmig.html
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Diretoria da Amulmig
Ex-Presidente: ELISABETH FERNANDES RENNÓ DE CASTRO SANTOS
Primeiro Vice-Presidente: MAURÍCIO BRAGA DE MENDONÇA
Segunda Vice-Presidente: MARIA AUXILIADORA DE CARVALHO E LAGO
Secretária-Geral: MARIA LÚCIA DE GODOY PEREIRA
Primeira Secretária: MARILENE GUZELLA MARTINS LEMOS
Segundo Secretário: JOÃO QUINTINO DA SILVA
Primeira Tesoureira: ANGELA TOGEIRO FERREIRA
Segunda Tesoureira: MARIA ARMANDA CAPELÃO FERREIRA
Primeira Bibliotecária: MARIA DE LOURDES RABELLO VILLARES
Segunda Bibliotecária: EVA MARIA QUEIRÓZ
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(VER texto da imagem acima, com assinatura do Presidente.)
CONVOCAÇÃO
A ACADEMIA MUNICIPALISTA DE LETRAS DE MINAS GERAIS – AMULMIG/BH, por seu Presidente César Pereira Vanucci, convoca os Acadêmicos Efetivos para a Assembleia Geral a se realizar no dia 24 de julho de 2018, às 15 horas, na Rua Agripa Vasconcelos, 81, Bairro Mangabeiras, Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil, CEP 30.210-030 com o objetivo da apresentação das chapas destinadas às eleições gerais da entidade para Diretoria e Comissões, período 2018 a 2020, que se dará na mesma data de 24 de julho de 2018.
Não haverá voto por procuração. O acadêmico deverá estar quite com a Tesouraria da AMULMIG/BH.
Belo Horizonte, 03 de julho de 2018.
César Pereira Vanucci
Presidente
FONTE-
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RELEMBRANDO um pouco das ações de JAIR BARBOSA DA COSTA na
Academia de letras João Guimarães Rosa da PMMG, postagem de Silvia Araújo Motta-Ocupante da Cadeira 34-Patrono SAUL ALVES MARTINS.
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Em sessão presidida pelo presidente em exercício Acadêmico Maurício Braga de Mendonça, a Amulmig comemorou a efeméride “Dia dos Pais”, homenageando o Acadêmico Jair Barbosa da Costa, representando os demais confrades.
O Acadêmico homenageado, além de Coronel da PMMG, possui vasta atuação o campo do saber, atuando como professor de ensino médio e superior, palestrante, contista, articulista, cronista, jornalista, ensaísta, poeta, crítico literário, comunicacional e político, defensor extremoso da língua portuguesa, ativista cultural etc.
O Pai Amulmig 2017 foi saudado pelo Acadêmico João Quintino Silva. Das suas palavras de orador, em primoroso elogio, em resumo a vida intelectual, cito: “Diplomas, comendas e medalhas, em fabulosa quantidade, oriundas de instituições de educação e cultura, e de órgãos do Governo, atestam o reconhecimento de seu múltiplo valor como cidadão, educador, esportista, escritor, poeta.”, o que vem legitimar a trajetória profícua do confrade.
De outro lado, no interior sagrado lar, destaca-se o Pai amoroso e devotado, e, sobretudo consagrado pelas filhas Gisele, Gislene, Gleise, Glauce, Glice, Gelise. Ainda um avô dedicado de três netos, o faz merecedor desta modesta homenagem prestada pela casa de São Francisco de Assis.
O Acadêmico Jair Barbosa da Costa usou a tribuna para agradecer a homenagem e teceu um discurso a confreira Cely com quem manteve grande amizade, dentro e fora da nossa casa.
A Acadêmica Lucília Cândida Sobrinho, nossa preciosa poetisa, apresentou o poema “Perfil de Pai”, que transcrevemos aqui, e publicado no seu livro “Retratos da Vida”.
Perfil de Pai©
Coelho Netto, com muito acerto, escreveu poeticamente
que “ser mãe é padecer no paraíso”.
E ser pai?!
Ser pai, na verdade,
é antes de tudo ter juízo, uai!
Ser pai é uma façanha
tamanha e não é jogo de perde e ganha.
Ser pai é se lançar na vida
para ser apoio, ser guarida,
ser a seta que aponta
a meta segura
para percorrer o caminho.
Se possível, com jeitinho...
com carinho.
Não é fácil conduzir
com energia e bom senso
e não ser exigente.
Mas o diálogo é um recurso
pertinente... Quase eficiente!
Às vezes, o pai é austero,
severo, mas com certeza,
companheiro e sincero.
Amoroso e preocupado,
deixa transparecer seu potencial
de pai dedicado.
Tem pai que é intransigente,
renitente...
Mas no fundo,
tem o coração na mão.
É o irmão, o amigo, o abrigo
que dá segurança
e cria esperança.
Sim, esperança
de um futuro tranquilo
para cada filho.
Pelos filhos o pai luta,
labuta, disputa
e corre atrás da sorte...
Para ser o suporte.
Pai é feito café:
- imprescindível,
gostoso e forte!
Com o passar do tempo,
num papo amigável,
lembra com alegria
uma travessura do filho
e diz cheio de vaidade:
- igualzinho a mim
quando eu tinha sua idade!
Já coroa, numa boa,
lá um dia, uma filha diz a ele:
- pai, você ainda é um “gato”!
Sorrindo, orgulhoso
pensa com seus botões:
“sou mesmo? Que barato!”
Perfil de pai
tem um montão
e haja pai e haja coração.
O pai pode ser:
careta, moderno,
tranquilo, nervoso,
alegre, carrancudo,
tímido, saliente,
modesto, vaidoso,
camarada ou durão.
Só não usa mais
é Ser machão!
Na verdade, não importa
o perfil do pai,
seja ele qual for.
Importa mesmo é que o pai,
investido de sabedoria,
deixe pulsar e irradiar
do seu coração a chama
luminosa do amor,
com muito amor.
PARABÉNS.
Não podemos deixar de ressaltar a magnífica apresentação que foi feita do presidente em exercício Maurício Braga de Mendonça e do orador Acadêmico João Quintino Silva pela nossa mestre de cerimônias Acadêmica Maria Inês Chaves de Andrade, sobretudo pela delicadeza de traçar uma rápida trajetória de vida e um perfil de pai de cada um.
O presidente em exercício, também usando da palavra, exprimiu seus valores sobre a efeméride.
A neoacadêmica Martha Pezzini no ensejo da efeméride também usou a tribuna.
De um lado a alegria da efeméride e de outro nosso pesar pelo passamento de nossa confreira e amiga Cely Maria Vilhena de Moura Falabella. Tivemos várias manifestações, inclusive do presidente em exercício que lhe exaltou os valores.
O presidente emérito Luiz Carlos Abritta nos deu ciência de sua presença no velório, em que estavam presentes diversos confrades e confreiras. Representando a Amulmig, enaltecendo e declamando poemas da confreira falecida. Também da oferta da Coroa de Flores em nome da Amulmig representando o nosso universo acadêmico e amigo. Tornando à efeméride Dia dos Pais, cumprimentou o confrade homenageado e o orador, declamou trova de sua lavra sobre a efeméride.
O Presidente da Amulmig, Cesar Vanucci, impossibilitado de comparecer, quis também prantear e exaltá-la, e o fez recordando quando de sua posse como Acadêmico nesta academia em que a homenageou com as seguinte palavras:
“A Acadêmica encarregada de me saudar e que andou salpicando de cintilações meu itinerário de vida, com generosidade só explicável pelo poder amorável da amizade, é ninguém nada mais, nada menos, do que Cely Vilhena. Poeta maior, galardoada pela Academia Mineira de Letras e União Brasileira de Escritores, Cely "busca no infinito lírico razões de existência”: como assinala a Acadêmica Elizabeth Rennó.
Em livros de Cely – "Os olhos de Aarão – uma história poética de Belo Horizonte”, "Conquista de meus amores" e “Na esteira do tempo" –, atesta-se a validade do conceito de Jean Cocteau, quando define o poeta como ente comprometido com o futuro das coisas.
“Ave, poesia!
Vinde, poetas, mensageiros do amor maior, vinde, Poesia!
Que juntos possamos cantar um canto novo, louvar a vida e abençoar o Encontro".
Essa flamejante conclamação à nação dos poetas, é forma empregada por Cely para exprimir que "a poesia é a resposta do ser e da estupefação de seu olhar à magnitude da vida que esplende em seus arcanos".
Esses mensageiros do amor maior, que nem a Cely e tantos outros excelentes poetas pertencentes a esta Academia, com as fagulhas de beleza que espalham, asseguram-nos que a poesia é necessária. E que os poetas, paranormais da beleza, contemporâneos do futuro, são imprescindíveis. Como diz Vitor Hugo, toca-lhes como missão preparar, para todos nós, dias melhores. Com os pés aqui e os olhos alhures."
Mensagem da nossa confreira Avelina representante do
Município de Conselheiro Lafaiete
Ao Ilustre Acadêmico Jair Barbosa da Costa, o Pai Amulmig 2017, e aos demais confrades que são pais, a minha homenagem com o poema da lavra do poeta queluziano Djalma Andrade, cadeira 004-A, patrono Jorge L. Davis, Município de Conselheiro Lafaiete, posse em 1963:
MEU FILHO
Djalma Andrade
O meu filho, que é doce, que é inocente,
Quando comigo sai, luz que fascina,
Põe seus claros pezinhos, brandamente,
Nas marcas dos meus pés, na areia fina.
Ele segue-me os passos, inconsciente,
Mas uma estranha angústia me domina,
E calcando os meus pés mais firmemente
Meu coração, aos poucos se ilumina.
Sem saber, tu me obrigas, filho amado,
A procurar a rota mais segura,
A ter firmeza em cada passo dado.
Nunca dirás – que horror n’alma me vai!
Que te perdeste numa estrada escura
Por seguires os passos de teu pai!”
Um grande abraço a todos os Pais da Amulmig.
Avelina Maria Noronha de Almeida
cadeira 278, Patrono Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira,
Município de Conselheiro Lafaiete.
cadeira 278, Patrono Conselheiro Lafayette Rodrigues Pereira,
Município de Conselheiro Lafaiete.
Fonte desta divulgação:
http://amulmig-bh.blogspot.com/2017/08/pai-amulmig-2017.html
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07 de outubro p. vindouro, sábado, de 08h30 às 10h30, estaremos comemorando os 22 anos. 06 personalidades serão agraciadas com a Medalha Cultural “Cel. Saul Alves Martins”. O Acadêmico Presidente Ad Vitam – Jair Barbosa da Costa – consagrado Mestre do Idioma Camoniano e um dos baluartes do Sodalício, brindar-nos-á com uma palestra sobre a Trajetória Evolutiva de nossa Academia.
Em anexo, o convite que estamos enviando às pessoas que vão abrilhantar nossa Sessão Solene. Envio-lhes, apenas para conhecimento, porque cabe a todos nós, membros deste Areópago Rosiano, receber os convidados a partir das 08h00 no Salão Nobre da APM, Rua Diábase, Prado, participando do Café-Mineiro.
Conto com a presença de todos. E será um prazer o acompanhamento dos familiares.
Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel. QOR
Presidente ALJGR/PMMG
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Cadeira 7-Acadêmico JAIR BARBOSA DA COSTA
ACADÊMICO-FUNDADOR
Ex-Presidente da ALJGR-PMMG
Acróstico-biográfico nº 0177-Por Sílvia Araújo Motta
J-Jair, Acadêmico atuante, Presidente “Ad-Vitam.”
A-Autor de “Ensaiando a Crítica”. Palestrante.
I-Ideário temático, íntegro, literário e estético:
R-Relaciona o Saber e Poder ao Pedagógico.
B-Brilhante Coronel-PM, Professor Universitário,
A- A defender a unidade, a pureza e a beleza,
R-Requintes da culta e rica Língua Portuguesa.
B-Base para o valor da Comunicação Social.
O- O criador de “Vesperal de Vésperas”,
S-Semeia “contos” frutos, na arte da prosa,
A-Amadurecida herança, lusíada cultural.
D-Dedicado Presidente dos Elos Lusófonos
A- A trabalhar pelos ideais luso-afro-brasileiros.
C-Co-autor das valiosas “Palestras Camonianas”.
O- O exímio Editor e Redator em Jornais de Minas.
S-Sustenta atuação em Tese Elista Internacional,
T-Transcende ideologias e mares para valorizar
A- A“Força Bruta da Comunicação de Massa.”
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Belo Horizonte, 6 de junho de 2000.
(*) Ten-Cel Jair Barbosa da Costa,
ocupa a Cadeira 07 na ALJGR/PMMG
Acadêmico Fundador e Presidente “Ad Vitam”
Patrono: José Lourenço de Oliveira.
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JAIR BARBOSA DA COSTA
LANÇA LIVRO CANTO CAVALARIANO DIA 13 DE AGOSTO
DURANTE A REUNIÃO DA ALJGR/PMMG
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Acróstico-crítico-textual nº 3831
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG
Parceira-Assessora da ALJGR/PMMG.
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J-Jair Barbosa da Costa, Tenente-Coronel,
A-Acadêmico Efetivo-Comunial-Escritor,
I-Inesquecível atuante Presidente-Fundador da
R-Reconhecida Academia de Letras JGR/PMMG...
-
B-Bem marcada ficou a data de 13/agosto/2011:
A-Apresentação de uma Obra de valor literário!
R-Reminiscências de TEXTOS extraordinários.
B-Bela capa traz o CANTO CAVALARIANO:
O-Onde lanças cruzadas no animal, lembram as lutas,
S-Significativas para seu êxito e do ser humano,
A-A partir da Cavalaria da Corporação Tiradentes...
-
D-Da trilogia: LANÇA x CAVALO x HOMEM,
A-A sensibilidade epilírica luso (filo) fônica.
-
C-Com 296 páginas de memórias e homenagens,
O-Organizado em Língua Portuguesa, na Capital,
S-Seleciona temas sobre sua Carreira Militar...
T-Trabalho árduo, críticas literárias e vitórias...
A-Aprovação do seu valor de Escritor Imortal.
---PARABÉNS!---
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/3158488
Belo Horizonte, sábado, 13 de agosto de 2011.
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Acróstico-crítico-textual nº 3831
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG
Parceira-Assessora da ALJGR/PMMG.
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J-Jair Barbosa da Costa, Tenente-Coronel,
A-Acadêmico Efetivo-Comunial-Escritor,
I-Inesquecível atuante Presidente-Fundador da
R-Reconhecida Academia de Letras JGR/PMMG...
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B-Bem marcada ficou a data de 13/agosto/2011:
A-Apresentação de uma Obra de valor literário!
R-Reminiscências de TEXTOS extraordinários.
B-Bela capa traz o CANTO CAVALARIANO:
O-Onde lanças cruzadas no animal, lembram as lutas,
S-Significativas para seu êxito e do ser humano,
A-A partir da Cavalaria da Corporação Tiradentes...
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D-Da trilogia: LANÇA x CAVALO x HOMEM,
A-A sensibilidade epilírica luso (filo) fônica.
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C-Com 296 páginas de memórias e homenagens,
O-Organizado em Língua Portuguesa, na Capital,
S-Seleciona temas sobre sua Carreira Militar...
T-Trabalho árduo, críticas literárias e vitórias...
A-Aprovação do seu valor de Escritor Imortal.
---PARABÉNS!---
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/3158488
Belo Horizonte, sábado, 13 de agosto de 2011.
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JAIR BARBOSA DA COSTA
Nascido em Rio Casca-23 de setembro
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Acróstico Histórico-Biográfico nº 0074
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Belo Horizonte, 6 de junho de 2000.
Ex-Ocupante da Cadeira 24
Patrono: Ayres (Aires) da Mata Machado
Área: Ciências Humanas
Seção: Filologia
Fonte:Publicação virtual no Site Recanto das Letras:
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/73653
Nascido em Rio Casca-23 de setembro
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Acróstico Histórico-Biográfico nº 0074
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Belo Horizonte, 6 de junho de 2000.
Ex-Ocupante da Cadeira 24
Patrono: Ayres (Aires) da Mata Machado
Área: Ciências Humanas
Seção: Filologia
Fonte:Publicação virtual no Site Recanto das Letras:
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/73653
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/palestra-de-cel-jair-barbosa-da-costa.html
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2017/09/palestra-de-cel-jair-barbosa-da-costa.html
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Vinte e dois anos de Academia de Letras João G.Rosa
Jair Barbosa da Costa
Vinte e dois anos de vida está fazendo a Academia de Letras João Guimarães Rosa, da PMMG. Eu disse, ao concordar com Nivaldo Monte: vinte e dois anos “de vida” e não de existência, porque as instituições são como os homens – vivem, ou seja, dinamizam-se, quase sempre. Quando não é assim, sucumbem. Nivaldo Monte afirma que também as pedras existem, mas não vivem porque não agem, são inertes.
Esta Casa de Letras de que a Polícia Militar hoje se orgulha nasceu na mente e no coração do Coronel Ary Braz Lopes, cuja memória há de sempre merecer a reverência desta Academia. Bibliófilo, fascinado com leituras de variadas áreas do conhecimento, sobretudo humanístico, escritor e jornalista, buscou de modo obstinado atualizar-se com seu tempo. Como Secretário de Ensino da Academia Militar, antigo Departamento de Instrução, era também Professor de Português de meu Curso de Formação de Sargentos (1957), do qual fui assistente, sendo cabo-cavalaria, em suas aperturas administrativas. Quanto me honra este testemunho!
Poispois... Saudoso Ary, saudoso sonho que ele não acalentou debalde. Concretizou-o, em 1995, na administração do Coronel Edgar Soares a presidir nosso Clube dos Oficiais, a partir de um simples diálogo:
– Que tal, Edgar, criarmos aqui no Clube uma estante de escritores milicianos – indagou Coronel Ary?
Coronel Edgar, esportista de escol da PM e do Estado, policampeão de algumas modalidades, sensível à cultura lato sensu, pensou, sim, mais de duas vezes, mas logo respondeu, com seu modo educado de ser:
– Comandante Ary, essa ideia é tão sublime, que nós devemos ampliá-la. Por que não uma academia de letras em vez de estante ou biblioteca de nossos intelectuais? Afinal de contas, são muitos escritores, e alguns deles bem conhecidos no mundo civil, na imprensa e no magistério superior – arrematou.
S.I. Hayakawa, em seu livro A linguagem no pensamento e na ação (Language in Thougt and Action), trad. bras.- Biblioteca Pioneira de Administração e Negócios, SP, 1963), ensina que
as “palavras-ronco” e as “palavras-arrulho”, como tais, desacompanhadas de comunicados verificáveis, nada oferecem para uma discussão ulterior, exceto possivelmente a pergunta “por que você acha que assim é?” (Grifei).
Meu prezado autor de cabeceira, os protagonistas desta história, Ary e Edgar, sonharam alto – não se pode negar. Entretanto, seu projeto audaz não estava assentado em “palavras-ronco” nem “palavras-arrulho”, tampouco pairou dúvida nos interlocutores sobre a possibilidade da concretização “ulterior” daquele breve debate, logo-logo transfeito em ação.
Mãos à obra. Nada de Olimpo. Fiquemos aqui na Mantiqueira, na Caparaó, com os pés em nosso torrão! Seremos os primeiros do Grupo dos fundadores.
– De saída, podemos contar com o Carlos Alberto Carvalhaes e Saul Martins – que são do Instituto Histórico e Geográfico. Ah... o Jair Barbosa, este conheço bem, costumo chamá-lo de “paladino da Língua Portuguesa”, por ser seu grande defensor – observou Ary Braz Lopes –, acrescentando: é professor e escritor, com livros publicados, membro da Academia Municipalista de Letras de Minas Gerais, tem experiência acadêmica, ocupa cargo administrativo lá (de fato, este orador era Secretário-Geral da AMULMIG e Governador do Elos Internacional aqui em 1995).
Uma vez convocados e presentes à primeira reunião de trabalho, Saul e Carvalhaes passam das conjecturas aos fatos. Assim, tomando a ponta da esteira da conversa travada entre Ary e Edgar, Saul Martins assume a palavra:
– Sugiro que o Jair Barbosa seja o Vice-presidente. A bem da verdade, Saul não quis assumir esse cargo e, por isso, passou a bola para o velho companheiro, amigo de meio século.
O Presidente Edgar Soares predispôs o Clube para as sessões literárias no gatinhar dos primeiros tempos, até que se pudesse pensar em sede própria para os “ociosos artistas da palavra”, segundo Herman Hesse, desta Casa herdeira de Academus, que acabava de vir à luz num audacioso parto mental de gêmeos gênios, prodigiosamente filha de dois pais – o natural (genético) Ary Braz Lopes, e o orgânico (funcional), Edgar Soares, prenhes da brilhante ideia e de grande ideal. Não se trata aqui de fenômeno derrideriano – (desconstrutivismo de Jacques Derrida, mas de simples figuração imaginística.)
O pai funcional decidiu, ali mesmo, nesse encontro inaugural, que o estatuto do Clube deveria ser modificado para se introduzir a recém-nascida como sua dependente legal, estatutária, pois até nome já havia recebido – Academia de Letras João Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais, em homenagem ao escritor mineiro, Autor de Grande sertão: veredas e outros títulos, embaixador do Brasil na Alemanha, membro da Academia Brasileira de Letras, fama mundial, Capitão-médico da PMMG, cuja extensa biografia justificava sua escolha como Patrono.
Foi assim que o vanguardeiro time de pensadores transformou o sonho de Ary Braz Lopes em projeto de Edgar Soares, fazendo do idealizador o Presidente e do próprio Edgar, Acadêmico Fundador-Instalador, condição esta, aliás, há pouco formalizada em sua plenitude semântica por ato administrativo, serôdio embora, do atual Presidente, Acadêmico Efetivo-Curricular Klínger Sobreira de Almeida.
O quadro dos 11 Acadêmicos fundadores e respectivos cargos do Silogeu Rosiano ficou assim:
Ary Braz Lopes – Presidente
Edgar Soares – Fundador-Instalador
Jair Barbosa da Costa – Vice-presidente
Saul Alves Martins – Presidente do Conselho Superior
João Bosco de Castro – Secretário-Geral
Carlos Alberto Carvalhaes – Mestre de Cerimônias
Oswaldo de Carvalho Monteiro – Decano
Affonso Heliodoro dos Santos
Antônio Norberto dos Santos
Geraldo Tito da Silveira
José Satys Rodrigues Valle
Klinger Sobreira de Almeida
– Saul e Carvalhaes, vamos escolher os patronos das 33 cadeiras – solicitou o Presidente Ary Braz Lopes.
O critério de escolha: serem reconhecidamente intelectuais de alto nível, de variadas áreas do conhecimento (– filosofia, história, política, literatura, Língua Portuguesa, poesia, ficção, jornalismo, ensaio e crítica –) entre militares-PM e civis de notoriedade nacional que se ligaram à Corporação. Para não me estender, cito apenas alguns. Primeiro deles, o próprio Patrono, João de Guimarães Rosa, seguido do colega de farda e profissão, ex-presidente da República, Juscelino Kubitschek de Oliveira, o historiador Augusto de Lima Júnior, amicíssimo da Polícia Militar e dedicado pesquisador de sua história, sempre a prestigiar seus eventos cívicos, Major-PM Anatólio Alves de Assis, historiador, já pertencente ao Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, Prof. José Lourenço de Oliveira, cuja cadeira ocupa, honrosa e imerecidamente, este orador, o também historiador, Cel Paulo Renné de Andrade, o jornalista e crítico literário de renome, Djalma de Andrade, Gustavo Capanema, Secretário de Estado e ex-comandante-geral da PM, Pedro Paulo Penido, Cel José Geraldo Leite Barbosa, Dr. Flávio Neves, o memorialista Pedro Nava...
É oportuno e digno de memória registrar os novos patronos, nossos confrades contemporâneos da primeira hora de lutas e triunfos, no construir e consolidar o ideário de afirmação desta Academia: Oswaldo de Carvalho Monteiro, José Satys Rodrigues Valle, Geraldo Tito da Silveira, Felisbino Cassemiro Ribeiro, Paulo Penido, Saul Alves Martins e Antônio Norberto dos Santos. Todos eles, cumprida a dupla missão terrena de soldado e humanista, desligaram-se do imenso vale rumo à definitiva morada, nas paragens siderais, habitação segura e serena, destinada aos espíritos iluminados, onde devem estar a ouvir, ad eternum, As quatro estações e Gloria in excelsis Deo, de Vivaldi, ininterruptamente...........
Instalação da Casa Rosiana.-
Vinte e um de agosto de 1995. O Clube dos Oficiais engalanado, grande mesa de autoridades de Governo e da PM, parlamentares, expressiva representação acadêmica para batizar a nova instituição da Polícia Militar de Minas Gerais – “mais um ineditismo em sua história, já marcada por algumas exclusividades.”– assinalou Ary, seu idealizador – a Academia de Letras João Guimarães Rosa, primeira do gênero no Brasil. A Orquestra Sinfônica da Corporação estava ali abrilhantando o mais significativo evento cultural de que se tem notícia entre nós. Mas... e o presidente, já constituído, CORONEL ARY BRAZ LOPES – que é dele? O seleto auditório não sabia o que haviam feito do presidente. Seu lugar, ao centro da grande mesa enfeitada, estava vazio. Havia muitos sussurros no ar entre os organizadores e alguns convivas. Algo muito sério estaria por vir.
E o Carvalhaes? Por onde andava àquela altura? Nem ele, que nos últimos dias vinha acompanhando de perto a evolução de uma enfermidade do Coronel Ary, genetriz onírica daquele grupo de pensadores por um areópago miliciano.
Ah... Lá vem vindo, sorumbático, passo apressado, o Carvalhaes de todas as horas com Ary, nos últimos tempos. Trazia na mão direita uma trêmula página ditada pelo Presidente Ary ao telefone do companheiro – era a primeira palavra a seus confrades co-fundadores.
Primeira... e última palavra do humanista entusiasta, que fez daquela mensagem, dobrada com desvelo por Carvalhaes, o repositório da essência de seu ideal, como a dizer – “meus Confrades, recebam o derradeiro suspiro da minh’alma”, tão aquinhoada de saberes, digo eu agora, e muito sedenta de irradiá-los entre os irmãos de farda e o mundo das ideias.
Do leito hospitalar, onde convalescia, talvez não sentindo naquele quadro o prenúncio da paz definitiva, “aquela que excede a todo entendimento”, um balbucio, mortiço e sumido que o Carvalhaes, com algum esforço, captava do fraterno amigo a resfolegar como quem chega ao cabo da última volta de uma longa corrida. Ora, não era o estertor, pois nosso herói ainda consegue exalar significativa partícula da alma irrequieta para saudar, por meio da pena do confrade Carvalhaes, a nascente Academia de Letras, gerada no ventre de sua mente arguta.
Uma pequena paragem para breve paralelo grosseiro entre situações semelhantes: Tancredo e Sarney – presidente e vice-presidente do Brasil, eleitos em 15 de março de 1985. Tancredo morre, sem tomar posse, a 21 de abril daquele ano, e Sarney assume o Governo no mesmo dia.
Só nesse aspecto fatos e atos se assemelham a Ary Braz Lopes-Jair Barbosa da Costa e a circunstância descrita, porque José Sarney encontrou casa pronta – e que casa! – Palácio para despachar e palácio para mordomiar nababescamente.
Quanto a nós, pobres imortais milicianos, desnecessitados, sem dúvida, de bolsa-família, mas sem teto acadêmico para abrigo e culto das ideias e sua difusão entre os consanguíneos de farda e amantes das letras, como também no mundo civil.
Tal como no comando do Brasil, ocorre no comando da Academia, ou seja, a Casa de Rosa viu-se, abruptamente, órfã do Presidente-genitor: seu desenlace se dá no dia 8 de novembro de 1995, 34 dias após a concretização do grande sonho. Esse fato vem transtornar os principais mentores do processo de criação, porquano quase tudo estava por realizar-se. Dessa feita, no entanto, a batuta presidencial passa ao vice- presidente, Jair Barbosa da Costa, que veio a ser, de fato, o primeiro presidente, substituto natural de Ary Braz Lopes.
Academia em ação
Nos primeiros tempos, com apoio logístico da administração Edgar Soares à frente do Clube dos Oficiais, tudo corria bem, não obstante o Estatuto não tivesse, ainda, sido modificado com a inserção de um dispositivo em que a Academia figurasse como apêndice cultural, por cuja manutenção a entidade social se tornava responsável. Essa alteração só se efetivou, em 1996, na presidência do Coronel Edvaldo Piccinini Teixeira.
A Sala de Reuniões do Clube transformava-se, uma vez por mês, em ambiente literário, entre oito e onze horas. As carências de toda ordem pipocavam, sobretudo devido ao fato de o novo presidente não ter a paternidade da incômoda criatura, agora órfã dos dois pais – o genético, que nem pôde assistir a seu nascimento, porquanto, um mês após sua vinda à luz, se apaga aqui para iniciar a esplêndida trajetória ascensional; o segundo – o funcional, acaba de entregar as chaves do Clube ao novo presidente.
Convidei o Coronel Piccinini a participar de uma das sessões literárias. A certa altura, passei a expor-lhe sobre a impossibilidade de nossa sobrevivência sem efetivo apoio logístico do Clube dos Oficiais, criador da Academia. Até hoje me apiedo do infeliz Presidente que, antes de deixar cambaleante aquela sala, assumiu a palavra para desabafar: “Vocês podem crer: se eu soubesse que iria apanhar desse jeito, não teria aceitado o convite para vir aqui.” Será que tínhamos a quem recorrer senão à instituição provedora, independente da condição de mãe, ou madrasta?
Relativamente ao Clube, a pouco e pouco, o necessário ajuste foi ocorrendo. O Coronel Piccinini passou a dedicar-se de corpo e alma à Casa Literária de Guimarães Rosa – assistência administrativa, coquetéis de muitos lançamentos de livros dos acadêmicos, nos salões do Clube, adornos, garçons, retaguarda logística – tudo isso custeado pela entidade anfitriã por ordem de seu Presidente que, até mesmo, de quando em quando, nos surpreendia com sua presença aos trabalhos literários. Vejam só como um simples puxão de orelha, sem ferimento, faz muita coisa melhorar! Muitíssimo obrigado, Acadêmico Benemérito, com justiça, Coronel Deputado Edvaldo Piccinini, preciosa dádiva às letras castrenses de Minas Gerais, pelo imprescindível e constante apoio a nossa causa cultural que transcende as fronteiras desta Academia e da própria Polícia Militar.
Itinerância acadêmica.
Mas não foi assim tão fácil pacificarmo-nos com o Clube. É que tínhamos pressa, tão compreensível para com os jovens. Nossa Academia estava na difícil transição de púbere para adolescente, não obstante a precocidade epistêmica da maior parte da confraria. Impulsionada pelos neurônios a pulularem em busca de uma dinâmica própria de quem pensa por milhões que apenas discutem futebol, por cujos times se engalfinham na praça, essa plêiade de pensadores, sob minha liderança, precisava espaço e reconhecimento.
Certa vez, lembrei-me de que Platão, perto de quatro séculos a.C, após viajar por doze anos entre os chineses, egípcios, indianos e judeus, em busca da essência do saber desses povos, ao regressar a sua terra, Atenas, passou a reunir-se com seu grupo de filósofos nos jardins de um rico homem chamado Acádemo, onde debatiam sobre a verdade das coisas e a importância das ideias. Essa passagem me fez pensar – Que tal os parques Municipal e das Mangabeiras, alternadamente, para as sessões literárias?
Ficou só no cenário mental, porque nova ideia passou a ocupar minha cabeça – as sessões itinerantes, porque, afinal, de quantos e amplos espaços a PM dispunha na Capital? Só no Prado Mineiro, quatro enormes quarteirões, cada qual correspondendo a dois, pelo menos. E os batalhões? Além do espaço-PM, podíamos contar com o Instituto Histórico (com algumas salas ociosas), pelo fato de Carvalhaes e Saul fazerem parte de seu quadro. Ainda, as unidades de meus primórdios de farda – 1º Batalhão, Regimento de Cavalaria – que beleza! E o Batalhão de Trânsito cujo fundador Coronel Ay Braz Lopes, é, também, o idealizador de nossa Academia? Pronto! Juízo formado – não ficaremos ao relento!
Por essas razões é que demos início às sessões literárias itinerantes, motivadas pelo desejo inicial da fuga do padrasto, de-corpo-mole para assumir a cria do Edgar Soares. Nossas andanças – Primeiro Batalhão (BG), Instituto Histórico e Geográfico, 5º Batalhão, Batalhão de Trânsito e Regimento de Cavalaria.
Preparava-se um pouco de história do anfitrião, sempre a nos receber com o tradicional café do mineiro e festejar nossa presença.
O Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes – Mestre-de-Cerimônias – que baluarte fenomenal! Quanta garra, quanto trabalho entusiástico! Inigualável espírito de organização! Sozinho, costumava fazer o trabalho de um pelotão precursor – ia à frente, fazia os contatos com a administração do lugar programado, ajudava nas atividades logísticas (disposição do mobiliário, mesa diretora, toalhas, enfeites, posicionamento de autoridades...). No 5º Batalhão, bairro Gameleira, até mesmo um helicóptero desceu na frente do local onde realizávamos a sessão literária em que o Cmt-Geral, procedente de Diamantina, receberia o Diploma de Presidente de Honra – todos os pormenores previstos e planejados por Carvalhaes. Não fossem essas virtudes, somadas num só homem, as sessões itinerantes, todas elas, não teriam alcançado tanto êxito. As normais, de casa, também, desde que prescindissem de sua participação. Lamento sua ausência, por motivo de enfermidade, nesta hora, entre nós, querido Confrade, a quem esta Casa e este companheiro fraterno devem o impagável por tudo que plantou aqui, desde a ideia fundamental, cujos sadios frutos continuam multiplicando-se.
O sonho da casa própria
As instituições culturais também sonham – e como! – com a casa própria que possa oferecer um bom espaço para os livros, muitos livros a formarem uma biblioteca de seus membros e do mundo das ideias; ainda, instalações exigíveis para qualquer morada. Queríamos uma sede assim. Quem sabe na área do Prado!
Uma visita fora da agenda, não habitual entre nós, ao Cel Ari de abreu, nosso Arizinho, no comando da Academia Militar, contígua ao Clube dos Oficiais, ocorreu em seu gabinete. Já contávamos com a simpática acolhida desse comandante para algumas sessões literárias em sua escola. Lá foi o presidente das letras milicianas, meio capenga de argumentos convincentes, mas com muita fé na amizade do Comandante Ari.
– Meu caro Arizinho, você bem que podia nos ajudar a ter uma sede provisória, arranjando outro espaço para o Corpo da Guarda e nos auxiliando nas providências para adaptação daquele cômodo às necessidades acadêmicas.
– Podemos pensar nisso, Presidente. Terei muito gosto em ajudar nossa Academia de Letras.
Aliás, diga-se: Como já vinha contribuindo com nossas sessões! Além do espaço físico, oferecia o café acompanhado de quitandas. Precisava demonstrar gratidão a esse confrade. À época, estando como presidente também do Elos Internacional em Minas Gerais, andei levando-o, com sua esposa, a alguns jantares-convívio no Rotary e no Minas Tênis.
Resumo da ópera, que anda pelo 4º ato: superando as dificuldades de toda sorte, após o empenho do Serviço de Engenharia da PM, o desprendimento do Coronel Ari de Abreu, a boa vontade do Coronel Paulo Afonso de Miranda, na Presidência do Clube dos Oficiais, o velho Corpo da Guarda transformou-se na modesta, mas bonita e aconchegante sede de nossa Academia de Letras. Sua inauguração, no dia 27 de dezembro de 2002, coube ao Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes, já na presidência da Casa fazia um ano, após ter sido ospalla dessa orquestra literária que consegui reger por seis anos consecutivos, cujos anais historiográficos estiveram sob a competente manuscrita, caligraficamente bosquiana, do Secretário-Geral, Acadêmico João Bosco de Castro.
Abertura do quadro dos Acadêmicos Efetivos-Curriculares.
Na profícua administração presidencial de Carlos Alberto Carvalhaes, no dia 10 de agosto de 2000, tomaram posse os quatro primeiros Acadêmicos Efetivos-Curriculares:
Alcino Lagares Cortes Costa, Coronel-PM, autor destes livros: Sociedade sem violência; Míope, o político descamisado... da Tessália; Discurso sobre a proteção social. Este último foi lançado na cerimônia de posse. Registre-se, também, sua efetiva contribuição na Revista O Alferes, com inúmeros artigos e a primeira cartilha sobre Policiamento Comunitário. Para completar – foi Lagares o orador oficial da cerimônia.
Edgar Eleutério Cardoso, Coronel-PM, policiólogo por excelência, autor dos compêndios técnico-profissionais: Conheça sua PMMG; Abordagem, Busca Pessoal e Identificação – casos de prisão; Condução de presos e Escoltas diversas; Atuação policial e locais de crime.
Felisbino Cassimiro Ribeiro (pseudônimo: Eurico Barbacena), Ten-Coronel PM. Autor do ensaio Na trilha dos Inconfidentes do livroPantanais de lírios, com três tomos: Conflitos d’alma, A saga do soldado mineiro e Entre as colunas do templo; uma coletânea de trovas intitulada Além do Horizonte.
Georgino Jorge de Souza, Coronel-PM. Autor do livro de memóriasReminiscências de um soldado de polícia, além de peças jurídicas e textos didáticos, publicados em revistas de renome nacional.
Atividades acadêmicas
É bom saber, preliminarmente, que o Estatuto de toda academia de letras lusofônica, seja de Portugal, seja do Brasil e demais países de Língua Portuguesa, tem como escopo ou divisa teleológica (finalística) a defesa do idioma pátrio e do culto às manifestações de base linguística.
Nossa casa literária tem-se pautado por essa filosofia de pensamento e ação. Destaco aqui algumas atividades culturais que têm constituído a programação ordinária e especial;
. Efemérides dos vultos da Literatura Luso-Brasileira.
. Leitura e declamação de textos, em prosa e verso, de
qualidade estética e melorrítmica agradável.
. Palestras alusivas ao Patrono e sua produção literária, assim como a
outros renomados autores e aos próprios acadêmicos.
Como a Academia G.Rosa tem características especiais, por ser apêndice cultural da Academia Militar e do Clube dos Oficiais, tem coordenado e orientado, não raras vezes, comissões de concursos literários, cuja temática pode ser relativa à vida da caserna ou livre, tanto da Academia Militar, como do Centro de Promoção Social, órgão de Estado Maior.
Por motivo espácio-temporal, não poderei relacionar aqui os feitos das três gestões após minha passagem pela presidência, mas o farei com poucos destaques como, por exemplo, o desempenho do Acadêmico Carlos Alberto Carvalhaes na difícil missão de ajudar a estruturar a Casa, seguida de sua magistral desenvoltura e entusiasmo como Mestre de Cerimônias nas sessões festivas ou solenes, internas ou externas, como por ter inaugurado, durante sua gestão de presidente, a sede provisória da Academia.
No que respeita à administração Acadêmico Adílson Cerqueira Soares:.Conseguiu do presidente do Clube dos Oficiais, Cel Antônio de Salles Fiúza, uma secretária, ao mesmo tempo auxiliar de Biblioteca, Ana Maria Matos,antiga funcionária administrativa do Clube, que veio emprestar sua experiência e capacidade de trabalho à Academia de Letras. A Casa Rosiana, premiadíssima por essa conquista, não só pelo bom serviço, sobretudo, porém, pela lhaneza no trato com os acadêmicos e com o público externo. Aninha, como a tratamos carinhosamente, hoje Acadêmica Parceira, já está na terceira presidência, a contar do Cel Adílson, e todos os presidentes só têm louvores para ela, há pouco tempo, bacharelada em Letras, influenciada – penso e sinto – pelo ambiente acadêmico. Foi no mandato de presidente do Acadêmico Adílson o instituto da Medalha Ary Braz Lopes, fundador-mor da ALGR.A biblioteca foi reorganizada e o relacionamento intercultural com as outras academias e casas de cultura tornou-se uma realidade.
O Cerimonial desta sessão não me disponibilizou um quinto ato, mas peço licença, quase ao descerrar a cortina de minha presença em cena, para destacar alguns poucos tópicos da atual administração Klinger Sobreira de Almeida:
1. Revisão profunda no estatuto, objetivando, entre outras novidades, amalgamar a Academia com outras corporações militares mineiras.
2. Elasticidade nos critérios de admissão e no número de cadeiras areopagíticas – que passaram de 33 para 60. Dessas, 10% estão reservados aos filhos ou cônjuges.
3. Acadêmicos-parceiros é como se denominam agora os antigos Parceiros Assessores.
4. Estreitamento de relações com o Alto Comando da PMMG. A Semana Rosiana em Cordisburgo revelou os benefícios dessa iniciativa com o grande apoio logístico, além da apresentação da Orquestra Sinfônica e cobertura jornalística.
5. O Centenário do Acadêmico-fundador Saul Alves Martins fez gerar um intercâmbio altamente positivo para a Academia pelo envolvimento do Clube dos Oficiais e a Associação dos Oficiais PM e Bombeiros Militares.
6. Formulam-se, em nível de diretorias, programas e projetos para uma gestão modernamente participativa.
7. Finalmente, está em gestação uma Antologia dos acadêmicos rosianos para 2018.
Última cena – palavra-fecho.
Quando estava exercitando a presidência, certa vez, transformei a sessão em aula de teoria literária para mostrar aos confrades as características de cada gênero e espécies do gênero épico. Fui ao quadro para demonstrar a técnica de elaboração de cada um deles. Depois, expliquei porque o acadêmico de letras precisa ter algum conhecimento daquele assunto na sociedade, onde é solicitado para integrar bancas de concurso, proferir palestra...
Noutra ocasião, saudei os neoacadêmicos com alguns conselhos. Lembrei-os de que o membro de uma academia de letras leva sobre si, onde quer que esteja, o compromisso com a boa linguagem – límpida, escorreita, simples, sem ser simplista; correta, sem ser erudita. Tem uma filosofia de vida que faz a diferença: na igreja, no clube, no bar, na festa, porque o perfil do homem de ideias não é o mesmo de uma boa parcela da multidão, do homem comum que nunca sabe o que dizer, pois costuma ter a mente vazia.
Aconselhei-os à leitura de um bom jornal, uma boa revista semanal, noticiosos sérios da tevê. Ouvir várias opiniões sobre o mesmo assunto para formular a própria, resultado da soma das essências, filtradas de muito entulho da comunicação massificada, homogeneizada, bovinizante, que norteia a sociedade de consumo.
A mentira, o engodo, a desfaçatez e toda carga sinonímica possível e inimaginável para esses substantivos será pouco para dimensionar-se o mundo destes dias. O mundo de cabeça para baixo, não só com a inversão dos valores ou a quebra de sua hierarquia, como também com sua anulação, até mesmo da ordem científica, da lógica fenomênica.
A ideologia de gênero, por exemplo, a invadir as escolas infantis da maior parte do planeta, é algo estarrecedor. Mas não ouvi nem li que o suporte filosófico dessa insensatez pode muito bem ter seu cerne no princípio corrosão, que passou a chamar-se, a partir dos anos sessenta, desconstrução, ou desconstrutivismo, maluquice de um filósofo franco-argelino, chamado Jacques Derrida, para quem de Platão e Sócrates até nossos dias, passando pelos antigos e por todos os modernos filósofos, tudo o que pensaram, refletiram, elaboram, todas as leis da Física, da Química da Biologia, da Matemática – a binaridade, as dicotomias: homem-mulher, macho-fêmea, preto-branco, frio-quente, singular-plural... todos os conceitos e definições, para esse tresloucado, não tem valor algum, porque sua teoria da desconstrução é que vale. Mas tinha de começar pela linguagem, pois não é por meio dela que tudo se faz? Por isso, seu primeiro passo foi criar a Gramatologia pela qual aniquila a dicotomia de Saussure langue-parole (sistema linguístico e discurso livre).
Será mesmo que o acadêmico de letras, o filósofo, o pensador, o professor – qualquer desses homens de espirito tem o direito de ficar de braços cruzados a ver a banda passar, ou a beber no bar da esquina, no intervalo de jogo de seu time, enquanto o filho ou filha, neto ou sobrinho está sendo ludibriado na escola onde aprende o falso como ciência, está sendo seviciado por colegas maiores, porque ambos têm o direito à libertinagem!? Vêm sendo persuadidos, desde os primeiros anos da infância, a crer que não têm o sexo com que nasceram, porque ela ou ela poderá decidir por um dos dois. Que desgraça cultural, ou contracultural? Nós que refletimos e conhecemos nosso papel social precisamos agir, escrever, publicar, protestando contra esse quadro maléfico.
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Fonte desta publicação, por Silvia Araújo Motta.
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