sexta-feira, 16 de agosto de 2019

EGOÍSMO-VIDA PERDIDA[92] Rastreando a Verdade - Noneto nº 148 - Soneto 6886 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil Interação com Klinger Sobreira de Almeida


EGOÍSMO-VIDA PERDIDA[92] Rastreando a Verdade
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Noneto nº 148 - Soneto 6886
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida

Entendimento simples:_Eu Vulgar,
com livre-arbítrio cego,  segue atado,
por ser escravo, nada pode dar,
vida perdida tem seu ego inflado.
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Dos bens terrenos, nada vai levar
fama e riqueza ficam no passado.
Exausto o corpo, morte vê chegar!
Eu Superior liberta o ser amado.
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À esteira, alma ascende nova etapa;
libertação ocorre por Amor...
Pura ilusão finita em nada escapa.
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A corrupção, progresso não produz,
tira o poder; vaidade sem valor...
A travessia humana à paz conduz.
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Email: clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6663382
Belo Horizonte, agosto de 2019.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6662870
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2019/08/egoismo-vida-perdida92-rastreando.html
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Metodologia deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
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MENSAGEM DO CRONISTA:
Prezados confrades e confreiras,
Egoísmo! Segundo ensinança espiritualista, constitui raiz de todos os males que assolam o homem. Eis a abordagem desta quinzena: EGOÍSMO →Vida Perdida. É um tema para profunda reflexão.
Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Ref
Presidente ALJGR.
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Rastreando a Verdade (XCII)
EGOÍSMO → Vida Perdida
O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou de seu ego.” (Albert Einstein) – “O egoísmo é um edifício, cujas janelas e portas estão sempre escancaradas para que toda espécie de iniquidades entre na alma humana.” (Helena Blavatsky)
O Ego, num entendimento simples, é o “Eu Vulgar”.  Elemento psíquico, sempre ativado, que enseja ligação/interação com todas as circunstâncias que cercam o indivíduo: reais e concretas; tangíveis e intangíveis; palpáveis e abstratas. A natureza do liame Ego x Circunstâncias, resultante de anseios, sonhos, desejos, realizações e conquistas, desenha os contornos da personalidade.
Na travessia terrena – momento da trajetória cósmica da alma – o Ego é necessário. Contudo, não é o dono; senhor que impõe o rumo. Funciona como instrumento subordinado ao Livre-Arbítrio, uma das potências da Alma, ao lado do Pensamento e da Vontade. Atrela-se ao “Eu Superior”, consciência elevada, detentora da luz que direciona na viagem infinita. Este, sim, o Senhor.
As circunstâncias do mundo são tentadoras, inebriantes: poder, títulos, riquezas, glórias... Fascinam e atraem. A alma, que ainda capenga em nível consciencial (ordem moral rastejante!), torna-se presa fácil; enreda-se no torvelinho dos bens ilusórios. Ocorre, então, o fenômeno do Egoísmo(Ego inflado).
O indivíduo de Ego inflado ao máximo – Egoísta exacerbado – considera-se o centro. Vivencia a volúpia do prazer que os sentidos proporcionam. Todas as benesses lhe pertencem. Não reparte nem compartilha. Quando enfeixa o poder, encarna a tirania. Riquezas vão sendo acumuladas ilimitadamente. O próximo ignorado, salvo para exploração ou opressão.  Adora títulos e glórias. Julga-se invencível e imortal.
O Egoísta, conforme a enormidade da inchação do Ego, caracteriza-se pelo orgulho, prepotência, arrogância, deslealdade, covardia, ganância, inveja, embuste, mentira, luxúria... Nas ondas da ilusão, é capaz de todas as maldades, iniquidades, vilanias... Ainda recentemente, o povo brasileiro, graças ao percuciente e louvável trabalho da Polícia Federal, Ministério Público e Justiça Criminal, assistiu ao desafivelar das máscaras de grandes políticos e empresários corruptos, que se apresentavam travestidos de líderes-condutores, enquanto defraudavam e “roubavam” numa voragem incontida. Egoístas em grau elevado! Escravos do Ego!
A questão primordial, que todo indivíduo deveria internalizar, consiste na fugacidade da travessia humana – a Vida. Desde o nascimento, só uma certeza – menos tempo ou mais, nos limites do finito! – a exaustão do corpo. A “morte” virá inexoravelmente. A alma libertar-se-á.
Corpo inerte, sem vida! Voo rumo aos páramos incognoscíveis! Nada se conduz dos bens terrenos: nem materiais acumulados, nem ornamentos de vaidade ou poder. O Egoísmo, cultivado por cegueira moral, propiciou uma caminhada terrena de oportunidades perdidas para ascensão da alma. À esteira, permaneceram os débitos resultantes das condutas fora do padrão de “amor ao próximo”.


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