7175-LIDERANÇA-NECESSIDADE
FUNDAMENTAL
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Soneto clássico-sáfico-heroico nº 7175-Noneto nº 184
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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Toda intempérie surge e causa alerta;
a humanidade implora e pede aliança!
Quem tem poder conduz melhor oferta.
A decisão exata traz confiança.
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A solução supõe ter mente aberta.
Líder propõe a nova rota e avança;
fundamental firmeza, em dose certa.
Vários exemplos mostram tal mudança.
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Sem garimpar culpados, sábios são
criteriosos, ganham luz ao fim.
Ação precisa, vê em qualquer Nação.
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Sempre delega, lê e suporta crítica;
se equilibrada enfrenta a crise, enfim:
_A liderança deve ser autêntica.
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Belo Horizonte, MG, 25 de abril de 2020.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6928578
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2020/04/7175-lideranca-necessidade-fundamental.html
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Metodologia dos SONS fortes deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª
sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos:
jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com
apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes
acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por
Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem
conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
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MENSAGEM DO CRONISTA: O COTIDIANO -26-04-2020
Em março, a pandemia do Coronavirus era uma realidade: inimigo invisível
que atacava sem tréguas. Fiz, em 29 daquele mês, um artigo de alerta:
CORONAVIRUS → Sinal Vermelho, difundindo-o aos meus leitores pelo país.
Hoje – 27Abr – o mundo continua como “teatro de operações” no combate ao
tenaz inimigo. Alguns países vêm, a custo, contendo o avanço de forma eficaz.
Por quê? Este artigo, lastreado nas informações dos resultados alcançados em
algumas nações, busca a resposta e contém, também, um alerta.
Liderança é a necessidade fundamental deste momento de extensa e
gravíssima tragédia que assola a humanidade.
Saudações Acadêmicas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Ref.
Membro Efetivo-Fundador ALJGR
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LIDERANÇA → Necessidade
Fundamental
Klinger Sobreira de Almeida*
“Um
dos traços comuns aos líderes é a humildade para reconhecer erros e crescer
graças a eles. Outro traço é a empatia, a capacidade de ver e sentir o que os
outros estão vendo e sentindo, apesar das diferenças sociais. Líderes são
capazes de comunicar, relaxar, controlar impulsos negativos e motivar as
pessoas a trabalharem juntas em nome do bem comum.” – Doris K. Goodwin,
autora de LIDERANÇAS EM TEMPOS DE CRISE; entrevistada revista Época 27/04/20.
Todo e qualquer empreendimento ou
organização, produto da engenhosidade humana, está sujeito às intempéries
naturais ou provocadas. Ora pode alcançar o topo. Ora estagnar. Ora descer. Ora
desaparecer...
Nações que foram majestosas em poder –
subjugaram povos, tomaram-lhes riquezas, escravizaram os vencidos – sucumbiram
mergulhadas em circunstâncias adversas ao longo da história: lassidão, costumes
depravados, cobiça desvairada, ambição desmedida, derrota devastadora, ou
lideranças insensatas .... Da mesma forma, foram tragadas instituições e
organizações de toda a natureza.
Ao reverso, aquelas que tiveram lideranças
autênticas a conduzi-las nos momentos críticos – o desespero se agudiza
coletivamente, as perdas assumem proporções devastadoras... – atravessaram a
turbulência, trilharam com desenvoltura os ínvios caminhos, e sobreviveram.
A história nos oferece exemplos de
ascensões e quedas, e o papel decisivo de líderes. Eis alguns:
A Alemanha, derrotada na 1ª Guerra Mundial,
vivia período nefasto. Um “psicopata” arvorou-se líder: Hitler. Empolgou as
massas. Enganou as elites. Desconheceu os tratados. Recuperou a pujança
industrial do país. De 1939 a 1945, desenvolveu uma guerra de destruição de
povos e etnias. Fragorosamente derrotado!
No início da 2ª Guerra, a Inglaterra, um
dos alvos da poderosa Alemanha, parecia perdida, mas um líder emergiu – Winston
Churchill – que lhe injetou a resistência, levou-a ao combate. Nos EEUU,
Roosevelt e seu Chefe de Estado-Maior George Marshall despertaram a nação para
o esforço de guerra; além de tropas, sua indústria mobilizou-se, suprindo as
próprias forças e a dos aliados: Inglaterra, União Soviética, Brasil... Essas
lideranças transformaram a aparente derrota em vitória esmagadora.
Truman, que substituiu Roosevelt, e
Marshall, numa visão política de longo alcance estratégico, reergueram os
aliados desgastados e as nações derrotadas.
A administração do desastre da Apollo 13,
que tinha por objetivo pouso na Lua, foi um exemplo marcante de liderança.
13Abr70, a nave condutora estourou um tanque de oxigênio. Inviabilizada a
missão espacial, acreditava-se perdida a tripulação; o resgate era tido como
impossível. Então, o Diretor de Voo, Eugene Kranz, montou, com dezenas de
engenheiros da NASA, sua equipe. Competente, corajoso, humilde, tranquilo e poder
de persuasão, não admitiu a opção do fracasso. 17Abr70, tripulação resgatada! O
fato tornou-se filme, e o feito, tema nas escolas.
Na seara empresarial, a pujança da General
Motors-GM, que capengava na década de 1920, deve-se ao gênio de Alfred Sloan.
Reergueu-a e liderou por quase quarenta anos.
Centenas de exemplos positivos ou
negativos poderiam ser elencados, o que não é escopo deste breve artigo.
Queremos, tão somente, evidenciar o momento crítico atual. O mundo vive uma
gravíssima crise: Pandemia do CORONAVIRUS. Esse inimigo invisível vem assolando
a todos – grandes e pequenos. Além da incerteza de aspecto sanitário global, a
vida social e econômica das nações tem sido afetada em suas bases.
A travessia exige liderança. China – foco original
do vírus – mantém a situação sob controle; recupera sua capacidade econômica e
apoia outros países. Japão, Coreia do Sul e Alemanha caminham no mesmo sentido.
Porém, algumas nações estão afligidas: Itália, Espanha, Inglaterra, EEUU,
Irã... Outras, sem rumo, buscam soluções espúrias ou incompatíveis com os
direitos humanos.
A tragédia adentrou todos os quadrantes.
Não adianta especular causas nem garimpar culpados. É hora de elevação
consciencial: união, ética e solidariedade universal. Tudo passa, e essa
catástrofe vai passar. Ao final, teremos
nações atingidas, mas em recuperação, e outras, no fundo do poço.
1º) Quais as nações terão condições de
conter a devastação, minimizar os estragos e encetar a recuperação?
Aquelas que, bem governadas, assistem, no
torvelinho da onda de ataque, a ação de líderes firmes, equilibrados, sábios e
comprometidos com o povo. Estadistas que, inspirando confiança, sabem delegar,
ouvir, analisar, tranquilizar, coordenar e imprimir o rumo, com decisões
corretas e aceitas. Decisões tempestivas, porém, adotadas após estudos
criteriosos, ágeis e compartilhados.
2º) Quais as nações com possibilidades de
chegar ao fundo do poço?
Aquelas que são dirigidas por
politiqueiros toscos ou ditadores. De um lado, governantes que, ao invés de
assumir a liderança, olvidam o problema e engendram querelas: desafiam,
confrontam, alvitram soluções tolas.... Transmitem, sem indicar a vereda de
luz, inquietude e angústias. De outro, os autoritários e truculentos, minimizam
a gravidade, e até recomendam ou ordenam absurdos: doses de bebida alcoólica;
prisão indiscriminada, injeção de detergente, autorização para polícia
atirar...
Estas reflexões reafirmam que atravessamos
uma crise sem precedentes – ampla e totalizante. À nação carente de LIDERANÇA,
restará o fundo do poço.
*O autor: militar reformado da PMMG,
ex-executivo empresarial, escritor e membro da ALJGR/PMMG
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