quarta-feira, 15 de outubro de 2014

Silvia Araújo Motta empossada na Cad. 13 da Academia de Ciência Política-ABCP-Obrigada , Senhor Presidente Dr. Celso Dias Neves!




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Dr. Celso Dias Neves
Presidente-Fundador da Academia Brasileira 
de Ciência Política




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1845-MAQUIAVEL NÃO SUGERIU TIRANIA MAS CIÊNCIA POLÍTICA

Acróstico-histórico-político-filosófico
Por Sílvia Araújo Motta

M-Maquiavel muda o contexto da Antiguidade,
A-Aplica a Ciência Política na Modernidade,
Q-Qualifica na sua tese centrada na TIRANIA,
U-Uma inevitável reflexão sobre a democracia, com
I-Importantes fundamentos de liberdade e servidão.
A-A tirania abordada por PLATÃO deu aos medievais
V-Várias idéias que foram imagens platônicas,
E-E que o tirano não se preocupa com a razão alheia,
L-Logo, por seu desejo é capaz de praticar atos vis e desmedidos.
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N-Na concepção de Platão, condena o TIRANO ao silêncio,
Ã-Ao contrário da pretensão dos sofistas de discursos eficazes:
O-Os diálogos apontam a influência e a lógica dos mais fortes.
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S-Seguramente, o campo político fica entre a paz e a desordem.
U-Uma aparente TIRANIA que surge em forma de regimes legais,
G-Garante o surgimento das aspirações do poder temporal,
E-E à oposição própria do ideal republicano, divulga liberdade.
R-Roma foi tomada por César, pelo poder, de forma legítima;
I-Inovador, César não foi destruidor da liberdade romana.
U-Um republicano tradicional trataria César como TIRANO.
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T-TIRANO recorre ao uso da arma tradicional da violência.
I-Incompreendido, Nicolau Maquiavel não foi “maquiavélico.”
R-Republicano, visualizou uma forma de GOVERNO no qual
A-A democracia seria similar ao funcionamento cotidiano;
N-Na verdade, as idéias de Maquiavel são ATEMPORAIS.
I-Indicou aos TIRANOS os caminhos da ruína. As normas
A-Apontadas para o governo de um PRÍNCIPE servem de
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M-Modelo que deve servir para a consolidação do PODER:
A-Assumir o exercício do bom governo, ter o povo como amigo,
S-Sempre ter boas idéias e boas armas, na paz preparar para a guerra,
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C-Consequentemente ser mau, quando necessário, ser também
I-Impetuoso mais do que prudente; é perigoso ser liberal
Ê-E deve fazer o mal de uma só vez e o bem aos poucos,
N-Não se pode tornar causa da potência de outrem, deve
C-Conquistar o povo, mantendo festas e espetáculos,
I-Indicar aos outros a administração das coisas más,
A-Administrar somente coisas boas reservadas para si,
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P-Parecer ter qualidades, deve ser leão e ser raposa...
O-O que só usa a força não percebe nada do poder,
L-Ligar-se aos grandes empreendimentos, dar exemplos raros,
Í-Indispensáveis são os colaboradores sensatos, deve
T-Tratar bem o verdadeiro amigo e ser verdadeiro inimigo,
I-Importante é não ser odiado, basta fazer-se temido,
C-Conscientizar-se da natureza dos homens maus e ingratos,
A-Afirmando a autonomia do político, da força e da razão.
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Belo Horizonte, 28 de junho de 2008.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/1055430
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OPINIÃO PÚBLICA CONCEITOS EM CIÊNCIA POLÍTICA
EM 10 ACRÓSTICOS:
filosóficos-sociológicos-científicos
(Primeira Parte)

Por Sílvia Araújo Motta

1:
O-Opinião Pública é expressão da Antiguidade
P-“Pública.” Etimologicamente, vem de “povo”
I-Indiscutivelmente histórica, na realidade.
N-Nasceu no Direito Romano, segundo JUAN PEREZ,
I-Indicava “STATUS REI PUBLICARE.”
Ã-Autores políticos demonstram sua ambigüidade:
O-Opinião de uma classe, nação, instruídos ou de analfabetos.”
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P- PRÉLOT distinguiu três modalidades de Opinião:
Ú-Uma Opinião Pública, Opinião Estatal, Opinião Privada.
B-Bem definida, por DEFINE SCHAEFFLE:
L-Ligada ao Séc. XIX: “reação, juridicamente,que é
I-Informe das massas ou de camadas individuais do
C-Corpo Social contra a autoridade.” Justifica-se que
A-A definição OFICIAL exclui a espontaneidade.
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2:
O-Opinião Pública pede investigação metódica!
P-“Pública”, 2º o sociólogo TOENNIES:
I-Indica OPINIÃO que postula a emissão de
N-Normas de validez geral.” Usa a concisão,
I-Inversamente à versão do jurista alemão JELLINEK
Ã-Aponta-a como “ponto de vista da sociedade, sobre
O-Os assuntos de natureza política e social.”
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P-Para ROUSSEAU “a opinião na sociedade política é
Ú-Uma lei que faz uma verdadeira constituição do Estado,
B-Bem colocada, poderosa, ao lado dos costumes.
L-LA REVIÈRE, no séc. XVIII, afirmou que o ABSOLUTISMO
I-Inspirou sua regência “pelo povo e não pelo trono.”
C-Com certeza, absoluta na importância da Opinião Pública,
A-Abrindo espaço para o absolutismo iluminista.
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3:
O-O poder novo da Opinião Pública fazia tremer
P-Príncipes e fidalgos no poder, frente ao popular,
I-Impalpável, por que trazia o valor misterioso.
N-NECKER, o estadista, após a Revolução Francesa
I-Ilustrou a POLITIZAÇÃO da OPINIÃO PÚBLICA,
Ã-Ao reconhecê-la como “revolução social do século.”
O-Os tempos mudaram e a conceituação, com certeza!
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P-Para os alemães, a opinião Pública é apaixonante:
Ú-“Uma teoria que deve ser vista à luz da ciência.”
B-BLUNTSCHLI fez definições para um dicionário,
L-Liderou em seu posto: “primeiro Cientista da Opinião Pública.”
I-Importantes estudos do extraordinário WIELAND,
C-Com a ESSÊNCIA da Opinião Pública alemã.
A-As contribuições às definições vão se renovando...
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4:
O-Os precursores modernos da investigação sociológica
P-Permanecem eleitos: KARL von GERSDORFF e HOLTZENDORFF.
I-Importante contribuição foi deixada por HEGEL
N-Nas valiosíssimas reflexões da FILOSOFIA DO DIREITO.
I-Infundada e pessimista foi a definição de F.LENZ
Ã-Ao desvalorizar a “costumeira fragilidade da
O-Opinião Pública alemã, em presença do poder estatal.”
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P-Pode-se afirmar que na INGLATERRA e EUA,
Ú-Uma obra de DICEY, WALTER LIPMAN, LORD
B-BRYCE E LOWELL, deu à Opinião Pública
L-Lugar de destaque ao mais alto NÍVEL CIENTÍFICO.
I-Importante MONOGRAFIA sobre
Opinião Pública:
C-Considerado o melhor trabalho nos prelos da França, de
A-Autoria de STOETZEL, com “grau de excelência.”
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5:
O-Os pensadores POLÍTICOS E ESTADISTAS têm na Opinião
P-Pública: “a mais eficaz forma de presença
I-Indireta do corpo da sociedade,
N-Na formação da VONTADE POLÍTICA.”
I-Indiscutível FORÇA desde o séc. XVIII
Ã-Até os nossos dias, proclamada por todos,
O-Ostentada por GOVERNANTES E CIENTISTAS.
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P-“Poder Social maior” é a Opinião Pública,
Ú-“Única que se deve respeitar” afirmou
B-BAKUNIN, o anarquista: “na sociedade
L-Leva vantagem superior ao Estado, à
I-Igreja, ao Código Penal, ao Verdugos e aos
C-Carcereiros...” Esta é mais uma definição sobre
A-A NATUREZA da OPINIÃO PÚBLICA.
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Continuação:
OPINIÃO PÚBLICA CONCEITOS EM CIÊNCIA POLÍTICA
EM 10 ACRÓSTICOS:

(filosóficos-sociológicos-científicos
(Segunda Parte)

6:
O-Opinião Pública teve o PODER reconhecido
P-Por HEGEL: “Em todos os tempos” e
I-Importância “nomeada em nossa época.”
N-Novamente HEGEL viu o poder da Opinião Pública e
I-Instruiu os “PRINCÍPIOS substanciais eternos da JUSTIÇA”
Ã-Avalia o “verdadeiro CONTEÚDO e RESULTADO
O-De toda a CONSTITUIÇÃO e da VIDA COLETIVA.”
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P-PASCAL, em tempos de Luis XIV elegeu
Ú-Uma Opinião Pública como a “RAINHA do MUNDO.”
B-Bem conhecido, o autor DESCARTES, deixou
L-Legado histórico, ao escrever a famosa frase
I-Inesquecível: “ A Opinião Pública governa o mundo.”
C-Conhecido financista NECKER, no séc. XVIII
A-Afirma: “Ela é FORTE e mais ilustrada do que a LEI.”
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7:
O-Opinião Pública, 2º COMTE, (Séc. XIX)
P-Por certo: “A garantia única da normalidade.”
I-Instituída a CENSURA de IMPRENSA, foi vista
N-No PODER DA FORÇA do papel político,
I-Imenso “PODER que cria ou mata os soberanos”
Ã-Afirmou NAPOLEÃO, com senso crítico,
O-Observando o DESEMPENHO da Opinião Pública.
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P-PODER da Opinião Pública visto pelo VATICANO:
Ú-“Um ECO NA CONSCIÊNCIA da Sociedade.”
B-Bem impalpável, no dizer de ALFRED SAUVY
L-Levanta e aponta: “força que nenhuma Constituição prevê”
I-Impossível negar, que se mantém “em estado inorgânico.”
C-“Constitui o FORO ÍNTIMO de uma NAÇÃO,
A-Afirma ALFRED SAUVY: “ela é um árbitro, um tribunal.”
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8:
O-Opinião Pùblica foi negativa para ROBERT
P-PEEL que a encarava mal, em 1820, porque
I-Instigava “leviandade, erros, preconceitos.”
N-No “Estado Liberal, a Opinião Pública
I-Incentivava o Estado Geral de OTIMISMO,
Ã-A ESPERANÇA nas faculdades da RAZÃO libertadora,
O-“O DOGMA apoiado na CONFIANÇA da BURGUESIA.”
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P-Pode-se dizer que “ no Estado AUTORITÁRIO “ era
Ú-Um irmão gêmeo da SOBERANIA POPULAR;”
B-Bem definido o “PAPEL do ESTADO
L-LIBERAL ao proclamar a sua RACIONALIDADE.”
I-Indicada nas DITADURAS TOTALITÁRIAS (Séc.XX)
C-Chegou à ESPANTOSA TRANSFORMAÇÃO:
A-“ A linha auxiliar da RAZÃO de ESTADO.”
9:
O-Opinião Pública na sociedade democrática,
P-Poder Econômico e Financeiro é reconhecida e
I-Indicada como “um ESTADO TOTALITÁRIO,
N-Nas mãos de uma minoria: os lordes” que
I-Impõem o controle dos meios de publicidade.
Ã-A DITADURA, pela aliciação ideológica, cria
O-O PARTIDO ÙNICO e institucionaliza a Opinião Pública.”
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P-Para alguns, a Opinião Pública é “DIALÉTICA.”
Ú-Uma “sociedade de MASSAS do século XX” que torna
B-Bem distinta a configuração da Opinião Pública,
L-Logo, a Opinião Pública passa a ser “DO POVO”
I-Importante na França : “Opinion du peuple”
C-Conservação do poder a que reportava STAHL,
A-A mesma que retrata a “sociedade de massas.”
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10:
A-A Opinião Pública é vista pela CIÊNCIA POLÍTICA como
P-“Poder que possui os segredos da MANIPULAÇÃO.”
I-Inaceitável é o poder dos meios de PROPAGANDA,
N-Na imprensa, no rádio, na televisão, na internete,
I-Inegável o poder da Opinião Pública divulgado
Ã- A partir dos MEIOS de COMUNICAÇÃO, nacional
O-Ou internacional, de NATUREZA IRRACIONAL.”
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P-Passiva é a forma que as MASSAS recebem a OPINIÃO.
Ú-Uma “ARTE que é criada pela OPINIÃO DE PROPAGANDA.”
B-Bem planejada é a “opinião com base na educação:”
L-Lideranças “impõem o que a maioria deve querer,
I-“Independente do que ela quer”. É influenciada!
C-Como vimos, a Opinião Pública não pode ser ignorada:
A-A DEMOSCOPIA estuda as variações da Opinião Pública.
Belo Horizonte, 3 de junho de 2008

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