ESCOLA SEM
PARTIDO - É PROJETO DE LEI INCONSTITUCIONAL e contra PLURALISMO
-
Do UOL,
em São Paulo
22/07/201616h56
Escola sem Partido é
inconstitucional e contra o pluralismo, afirma MPF-(Ministério Público Federal)
·
Para procuradora,
Escola sem Partido "confunde a educação escolar com aquela que é fornecida
pelos pais, e, com isso, os espaços público e privado. Impede o pluralismo de
ideias e de concepções pedagógicas, nega a liberdade de cátedra e a
possibilidade ampla de aprendizagem e contraria o princípio da laicidade do
Estado"
A Procuradoria Federal dos Direitos do
Cidadão, do MPF (Ministério Público Federal), encaminhou nesta sexta (22) ao
Congresso Nacional uma nota técnica em que aponta a inconstitucionalidade do
projeto de lei 867/2015, que inclui o programa Escola sem Partido entre as
diretrizes e bases da educação nacional.O projeto de lei tramita na Câmara, com autoria do deputado Izalci Lucas (PSDB-DF). Outra proposta de teor semelhante tramita no Senado, assinada pelo senador Magno Malta (PR-ES), integrante da bancada evangélica. Uma consulta pública aberta na última segunda (17), sobre a matéria, já somava quase 700 mil participações até a tarde desta sexta. Segundo o MFP, porém, o documento que servirá como subsídio para a análise do projeto da Câmara valerá também "para todas as proposições legislativas correlatas".
- "Escola sem Partido não é sério: é cortina de fumaça", diz ex-ministro
- "Pais devem processar doutrinadores", diz idealizador do Escola sem Partido
Na
avaliação da Procuradoria, o Escola sem Partido, sob o pretexto de defender
princípios como a "neutralidade política, ideológica e religiosa do
Estado", bem como o "pluralismo de ideias no ambiente
acadêmico", coloca o professor "sob constante vigilância,
principalmente para evitar que afronte as convicções morais dos pais".
"O
PL subverte a atual ordem constitucional, por inúmeras razões: confunde a
educação escolar com aquela que é fornecida pelos pais, e, com isso, os espaços
público e privado. Impede o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas,
nega a liberdade de cátedra e a possibilidade ampla de aprendizagem e contraria
o princípio da laicidade do Estado – todos esses direitos previstos na
Constituição de 88", destacou a procuradora.
A nota
técnica ainda reforça a importância de "desmascarar o compromisso aparente
que tanto o PL como o Escola sem Partido têm" com as garantias
constitucionais, "a começar pelo uso equivocado de uma expressão que, em
si, é absurda: "neutralidade ideológica' ".
"O
que se revela, portanto, no PL e no seu documento inspirador é o inconformismo
com a vitória das diversas lutas emancipatórias no processo constituinte; com a
formatação de uma sociedade que tem que estar aberta a múltiplas e diferentes
visões de mundo; com o fato de a escola ser um lugar estratégico para a
emancipação política e para o fim das ideologias sexistas – que condenam a
mulher a uma posição naturalmente inferior, racistas – que representam os não
brancos como os selvagens perpétuos, religiosas – que apresentam o mundo como a
criação dos deuses, e de tantas outras que pretendem fulminar as versões
contrastantes das verdades que pregam."
Encaminhamentos
Além do
Congresso, a nota técnica será encaminhada também ao ministro da educação,
Mendonça Filho, e a entidades como o CNDH (Conselho Nacional de Educação, o
Conselho Nacional de Direitos Humanos), o Conanda (Conselho Nacional dos
Direitos da Criança e do Adolescente) e à Secretaria Nacional de Promoção dos
Direitos da Criança e do Adolescente.
Idealizador do ESP se diz
"surpreso" com reação contrária
Em entrevista ao UOL, esta semana, o
procurador Miguel Nagib, idealizador do movimento Escola sem Partido, afirmou
ficar surpreso com os posicionamentos contrários à iniciativa.
"Me
pergunto: como alguém pode votar contra esse projeto? Quem é contra, reivindica
os direitos que o programa nega ao professor – o de se aproveitar da presença
obrigatória dos alunos em sala para promover seus próprios direitos, opiniões,
preferencias ideológicas ou políticas. Em suma, o direito de fazer propaganda
política dentro da sala de aula", disse, para completar: "Quem faz
oposição são professores que não querem e não aceitam os limites colocados pelo
programa -- defendem, portanto, o direito de praticar essas condutas. Não há outra
posição lógica a essa visão. Mesmo discordando do programa, vejo que alguns
professores não querem que seus alunos fiquem sabendo que essas obrigações
existem – porque não querem que a sua autoridade seja confrontada."
Giro UOL
-
Qual sua posição sobre o
programa "Escola sem Partido"?
- A FAVOR - porque aulas não podem servir para obter a adesão de estudantes a determinadas correntes políticas e ideológicas.
- CONTRA - porque a iniciativa censura ou impede o debate em sala de aula e afronta a liberdade de expressão.
-//-
Querem nos transformar em
"carneiros", diz Dilma sobre Escola sem Partido
Carlos
Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió
Colaboração para o UOL, em Maceió
25/07/201618h09
Escola sem Partido: entenda
o que é o movimento que divide opiniões
Ana Elisa
Santana
Da Agência Brasil
Da Agência Brasil
20/07/201615h08
-//-
"Pais devem processar
doutrinadores", diz idealizador do Escola sem Partido
Janaina
Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
21/07/201615h13
"Escola sem Partido
não é sério: é cortina de fumaça", diz ex-ministro
Janaina
Garcia
Do UOL, em São Paulo
Do UOL, em São Paulo
21/07/201615h12
-//-
AGU recomenda suspender lei
que proíbe professor de opinar na sala em
ALAGOAS
Carlos
Madeiro
Colaboração para o UOL, em Maceió
Colaboração para o UOL, em Maceió
22/07/201612h39
> Atualizada 22/07/201619h4
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ESCOLA SEM PARTIDO - É PROJETO DE LEI INCONSTITUCIONAL e contra PLURALISMO
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http://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2016/07/escola-sem-partido-e-projeto-de-lei.html
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