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Publicado em 21 de fev de 2012
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Autor apresenta algumas ideias gerais do livro: "A construção do mito Mário Palmério", publicado pela Editora da Unesp em 2012.
Resultado de uma extensa pesquisa de doutorado em História realizada na Unesp, o livro “A construção do mito Mário Palmério”, de André Azevedo da Fonseca, explica a complexa ascensão profissional, social e política do professor, político e autor de Vila dos Confins e Chapadão do Bugre – romances seminais da literatura regionalista brasileira. Contudo, não é o escritor renomado que aparece neste livro. O historiador se interessou pelo jovem Mário Palmério, um ambicioso professor que, no decorrer dos anos 1940, se tornaria um poderoso empresário da educação, seria eleito deputado federal pelo PTB de Getúlio Vargas e alcançaria o status de mito político regional.
O autor demonstra, com farta documentação, que Mário Palmério foi representado pela imprensa regional como um herói sagrado que prometia conduzir o seu povo à terra prometida. Na imaginação da época, o jovem professor deveria ser não apenas admirado, mas venerado pelos conterrâneos.
É inegável que parte dessa reverência decorre de sua surpreendente ascensão profissional. O livro descreve em detalhes o empenho de Mário Palmério em construir escolas populares em uma sociedade carente de instituições de ensino. Contudo, o autor demonstra que a consagração como mito político não foi espontânea: tal como um personagem de si mesmo, o jovem professor atuou conscientemente durante mais de dez anos para teatralizar uma imagem pública, conquistar distinção social, acumular prestígio e consagrar o seu nome no cenário regional. Palmério interpretou os anseios de seu tempo, mobilizou os circuitos de opinião das elites e promoveu uma autopropaganda intensiva para afirmar a vinculação de sua imagem a uma série de valores profundamente enraizados na cultura local.
Naquele período, as crises que perturbavam aquela sociedade favoreciam a criação de mitologias políticas. Por isso, em sua campanha eleitoral, ao invocar o poder das “forças históricas” em nome da união de seu povo; ao apontar o caminho “certo e seguro” para a superação das crises e ao anunciar com entusiasmo a iminente conquista da civilização, da cultura e da prosperidade em sua região, lançando a bandeira da separação política do Triângulo Mineiro em relação ao Estado de Minas Gerais, o guerreiro messiânico encenado de modo espetacular pelo candidato Mário Palmério causou um impacto fabuloso na imaginação dos devotados eleitores.
Ao explicar toda a simbologia que este personagem operou naquela sociedade para encenar uma representação sagrada e heróica de sua imagem e de sua trajetória, este livro se torna leitura indispensável para interessados em mitologias políticas, processos eleitorais e história de Minas Gerais, além de pesquisadores de Literatura Brasileira, História da Educação e Empreendedorismo.
O livro está disponível em versão impressa e digital.
Informações sobre o livro em http://www.mitomariopalmerio.com e http://www.facebook.com/mitomariopalm...
O vídeo é o piloto de um projeto de André Azevedo da Fonseca, Fernando Queiroz e Lemon Produtora (Uberaba/MG). Imagens de Diego Aragão e produção de Pollyana Fonseca.
Palavras-chave: Mário Palmério, Vila dos Confins, Chapadão do Bugre, marketing politico, História do Brasil, eleições, campanha eleitoral,
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Autor apresenta algumas ideias gerais do livro: "A construção do mito Mário Palmério", publicado pela Editora da Unesp em 2012.
Resultado de uma extensa pesquisa de doutorado em História realizada na Unesp, o livro “A construção do mito Mário Palmério”, de André Azevedo da Fonseca, explica a complexa ascensão profissional, social e política do professor, político e autor de Vila dos Confins e Chapadão do Bugre – romances seminais da literatura regionalista brasileira. Contudo, não é o escritor renomado que aparece neste livro. O historiador se interessou pelo jovem Mário Palmério, um ambicioso professor que, no decorrer dos anos 1940, se tornaria um poderoso empresário da educação, seria eleito deputado federal pelo PTB de Getúlio Vargas e alcançaria o status de mito político regional.
O autor demonstra, com farta documentação, que Mário Palmério foi representado pela imprensa regional como um herói sagrado que prometia conduzir o seu povo à terra prometida. Na imaginação da época, o jovem professor deveria ser não apenas admirado, mas venerado pelos conterrâneos.
É inegável que parte dessa reverência decorre de sua surpreendente ascensão profissional. O livro descreve em detalhes o empenho de Mário Palmério em construir escolas populares em uma sociedade carente de instituições de ensino. Contudo, o autor demonstra que a consagração como mito político não foi espontânea: tal como um personagem de si mesmo, o jovem professor atuou conscientemente durante mais de dez anos para teatralizar uma imagem pública, conquistar distinção social, acumular prestígio e consagrar o seu nome no cenário regional. Palmério interpretou os anseios de seu tempo, mobilizou os circuitos de opinião das elites e promoveu uma autopropaganda intensiva para afirmar a vinculação de sua imagem a uma série de valores profundamente enraizados na cultura local.
Naquele período, as crises que perturbavam aquela sociedade favoreciam a criação de mitologias políticas. Por isso, em sua campanha eleitoral, ao invocar o poder das “forças históricas” em nome da união de seu povo; ao apontar o caminho “certo e seguro” para a superação das crises e ao anunciar com entusiasmo a iminente conquista da civilização, da cultura e da prosperidade em sua região, lançando a bandeira da separação política do Triângulo Mineiro em relação ao Estado de Minas Gerais, o guerreiro messiânico encenado de modo espetacular pelo candidato Mário Palmério causou um impacto fabuloso na imaginação dos devotados eleitores.
Ao explicar toda a simbologia que este personagem operou naquela sociedade para encenar uma representação sagrada e heróica de sua imagem e de sua trajetória, este livro se torna leitura indispensável para interessados em mitologias políticas, processos eleitorais e história de Minas Gerais, além de pesquisadores de Literatura Brasileira, História da Educação e Empreendedorismo.
O livro está disponível em versão impressa e digital.
Informações sobre o livro em http://www.mitomariopalmerio.com e http://www.facebook.com/mitomariopalm...
O vídeo é o piloto de um projeto de André Azevedo da Fonseca, Fernando Queiroz e Lemon Produtora (Uberaba/MG). Imagens de Diego Aragão e produção de Pollyana Fonseca.
Palavras-chave: Mário Palmério, Vila dos Confins, Chapadão do Bugre, marketing politico, História do Brasil, eleições, campanha eleitoral,
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