quarta-feira, 22 de novembro de 2017

Rastreando a Verdade (LII) ESPERANÇA→Jamais Fenece

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SONETO À VERDADE (LII)-ESPERANÇA
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Noneto-Poético-Teatral Nº 87-Soneto nº 6.597
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação-interpretativa da reflexão de
Klinger Sobreira de Almeida, Cel.PM.Ref.
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Quando a tristeza invade um tempo-espaço
é na oração que encontro meu abrigo;
não cruzo os braços, algo sempre faço;
escrevo, leio, penso, planos sigo.
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No foco eleito, venço meu cansaço;
evito o choro, ouço um grande Amigo;
no fim do túnel existe luz que ligo...
Os desafios abrem fino traço.
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Na travessia humana é o viver
que traz vontade firme, seta à história;
mostra o infinito para o arco erguer.
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Chama que não se apaga em voz renhida,
surge da cinza, até cantar vitória:
_É a ESPERANÇA, força, base à vida.
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-Email:clubedalinguaport@gmail.com
Belo Horizonte, MG, novembro de 2017.
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(*)Soneto-Clássico-sáfico- heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª; e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).Email:clubedalinguaport@gmail.com
http://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6140833



Rastreando a Verdade (LII)
ESPERANÇA→Jamais Fenece
 A esperança inspira, encoraja e dá força” –VOCÊS/A  p. 89, Ago17.
O empreendedor Neil Patel, artigo na revista em epígrafe, relata a saga de Jonas Salk, criador da primeira vacina contra a pólio, em 1955, considerada uma bênção para a humanidade em desespero. A Esperança constituiu a força-motriz do pioneiro.
A travessia humana – do nascer ao morrer – é viver. E viver não é fácil. Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa, alerta iterativamente: viver é perigoso. Porém, bem antes, o Chefe Tamoio, em Gonçalves Dias, enunciara a verdade incontrastável em versos que atravessaram o tempo: “Não chores meu filho;/Não chores, que a vida/É luta renhida:/ Viver é lutar./ A vida é combate,/Que os fracos abate,/Que os fortes, os bravos/Só pode exaltar.
Ilude-se o terráqueo que entender a vida como desfrute perene ou um caminhar suave e verdejante sem quedas ou armadilhas. Quando menos se espera surgem-lhe problemas, às vezes atrozes. Quando pensa e regozija-se das seguidas vitórias, vem-lhe a derrota, ou a perda cruel. Quando se reputa o todo poderoso, o vencedor imbatível, um abismo se lhe abre, e ele afunda-se.
Nessas nuances da vida – na trilha de ganhos e perdas – é importante, para quem acompanha esta série, reportar ao tema XXVII: FÉ→Seta Rumo ao Infinito. Nele, em argumentos fundamentados, concluímos que “A Fé, acolhida e internalizada pelo Ser Humano, coloca-o em marcha cósmica, em plena sintonia com a Lei. Torna-o Homem-Cósmico que, retesando o arco de sua vontade, dispara a seta rumo ao infinito.
Esperança – desejo, confiança, certeza absoluta... – é substrato da Fé, ou melhor, “a vontade que retesa o arco, e dispara a seta rumo ao infinito”.
Para quem é despojado de Fé, a Esperança, quando se anuncia, é tênue, desaparece aos primeiros embates. Então, o que lhe resta: desespero, resignação passiva, consolo na derrota, desistência dos projetos, fuga para o vício, ou da própria vida.
Há cerca de dois anos, um casal rico e feliz, assistiu a morte do único filho, de quatro anos, picado por escorpião. O pai e a mãe, desesperados, ingeriram veneno. Outros, diante de um fracasso financeiro, também suicidam. Os exemplos, dentre os caminheiros que não têm de onde extrair os fluidos da Esperança, são milhares.
Ao contrário do despojado, para o homem que se sustenta na Fé, não há problemas insolúveis nem queda irremediável. Nem situação desesperadora. Nem perda irreparável. Em todas e quaisquer circunstâncias da travessia terrena, o substrato emergirá. A esperança aflorará, e a luz do fim do túnel brilhará.
Assim tem sido para os grandes descobridores. Para os cientistas que perscrutam e garimpam nos ocultos segredos do universo. Para o que tombam e se arrastam na poeira ou na lama, mas reerguem e prosseguem em rumo ascensional. Para os que sofrem perdas terríveis e compensam-se semeando novas sementes...
A Esperança, no bojo da Fé, onde tem raízes, é a chama que nunca se apaga, que jamais fenece. É inspiração, coragem e fortaleza.

Klinger Sobreira de Almeida – Cel. QOR

Membro da Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG

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