segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

Soneto LXXVII à VERDADE-LIVRE-ARBÍTRIO NA DECISÃO - Noneto nº 134-Soneto 6807 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil Interação com Klinger Sobreira de Almeida

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6807-Soneto LXXVII à VERDADE-LIVRE-ARBÍTRIO NA DECISÃO
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Noneto nº 134-Soneto 6807
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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O Livre-Arbítrio leva ao Bem, ao Mal,
requer Vontade que o ativa ou não,
dela depende seu Poder real;
inteligência cria força e ação. 
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A Decisão é livre ao Ser normal,
o Pensamento faz a sua opção;
transcendental é o nível da Moral,
quem concretiza o ato, tem Missão.
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Sócrates, Cristo, Buda e tantos Guias
da Humanidade pregam Paz, Amor:
Colheita é certa, vista em nossos dias.
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Toda a Verdade ao Ser Humano acalma,
além da Ciência, a escolha sempre é interna.
o Livre-Arbítrio é potência da Alma.
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Belo Horizonte, MG, Brasil, Janeiro de 2019
Email: clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6561238
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2019/01/soneto-lxxvii-verdade-livre-arbitrio-na.html
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Metodologia deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).

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Mensagem do Cronista Klinger Sobreira de Almeida:
Após uma pausa de pouco mais de um mês, estou de retorno com as reflexões da série “Rastreando a Verdade”.
O último tema, septuagésimo sexto, difundido em 20/12/18: AVANTE→Sempre, constituiu, segundo avaliação de alguns leitores, uma mensagem de Luz, Otimismo e Esperança.
Eis, neste retorno, o tema LXXVII: LIVRE-ARBÍTRIO→Instrumento de Decisão. Nele, discordo de um pensador famoso, que enfoca essa “liberdade humana” numa visão especulativa e restrita ao avanço da ciência.
Sei que encontrarei contraditores. Porém, desde o início da série, adotei postura receptiva a críticas, entendendo, de um lado, que a “Verdade é uma incógnita fugidia” e, de outro, que, do entrechoque de ideias, nasce a luz.
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Rastreando a Verdade (LXXVII)
LIVRE-ARBÍTRIO→Instrumento de Decisão
“A vida é uma combinação de destino e livre-arbítrio. A chuva é o destino, a possibilidade de se molhar, ou não, é do ser humano.” (Ravi Shankar)
Finito no contexto do infinito. Este, indimensionável; inconcebível pela mente. Aquele, nós e tudo, do majestoso ao mais ínfimo. 
A travessia humana – passagem terrena – é um componente da viagem cósmica da Alma. Esta, imortal, ou imortalizável, na concepção dos espiritualistas. 
A ciência, elucubração da mente, atrela-se ao observável, à experiência, ao perscrutável... Seu limite espacial/temporal não ultrapassa o além nem desce ao aquém.
A ciência “dona da verdade absoluta” é uma falácia. Ela não cria nem inventa. Apenas avança um átimo no já existente: descobre, desvenda o encoberto... Evidencia um progresso aparente, e o Homem deslumbra-se; assume, num ledo engano, a proclamação de “verdades’, quase sempre desmentidas pela marcha da própria ciência.
Estas reflexões emergem à propósito de artigo do historiador israelense – Yuval Noah Harari – que encantou o editorialista de VEJA, edição 2615, 02Jan19. Lido o editorial (Carta ao Leitor), vai-se ao longo texto O MITO DA LIBERDADE, onde o escritor especula na seara do avanço científico-tecnológico (VEJA considera-o “um daqueles fenômenos intelectuais que de tempos em tempos surpreendem o mundo”). 
Yuval, em sua erudição profunda, mas escravo da falaciosa verdade científica, infere que o progresso tecnológico – mormente no campo da cibernética – decretará o fim do “Livre-Arbítrio”. Coloca-o como mito religioso ancestral, que teria sido útil em algumas situações de enfrentamento no passado (v.g, Inquisição). Raciocínio frágil! Nessa ótica, o cérebro humano poderia ser controlado pela máquina, inclusive hackeado. O homem – mero ser sem Alma e influenciável por forças não controláveis – curvar-se-ia ao destino sem poder de decisão. 
Livre-Arbítrio, segundo Houaiss, é o poder de decisão livre, sem constrangimento ou coação exterior; escolha em função da própria vontade, isenta de qualquer condicionamento, motivo ou causa determinante. 
Ancorado nos inigualáveis guias da humanidade – Khrisna, Hermes, Sócrates, Lao Tse, Buda, Cristo... – temos dito, nos temas da série “Rastreando a Verdade”, que esse “poder de decisão livre”, qualquer que seja a circunstância ou “determinismo natural” que se apresente à travessia humana, é inquestionável. Situa-se numa esfera além da ciência de contornos materialistas, que, por absoluta incapacidade, não adentra no transcendental. Tal qual Pensamento e Vontade, constitui potência da Alma. 
O Pensamento, nos limites da inteligência e nível consciencial (ordem moral), cria, define, conceitua... Porém, depende da Vontade, força dinâmica que o concretiza. Cabe ao Livre-Arbítrio, potência de decisão, a trilha a seguir. Nenhuma força tecnológica, produto da inteligência humana, logrará derrubar essa potência da Alma. 
O Livre-Arbítrio leva ao bem ou ao mal; ativa resistência ou passividade; constrói ou destrói; enseja ascensão ou descenso. Instrumento de decisão, dá o rumo da trajetória cósmica da Alma.
A meu ver, a erudição de Yuval navega por águas turvas.Vai encalhar.
Klinger Sobreira de Almeida – Militar Reformado/PMMG
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