quinta-feira, 20 de junho de 2019

MALEDICÊNCIA -[88] Rastreando a Verdade - Noneto nº 146 - Soneto 6882 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil Interação com Klinger Sobreira de Almeid

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MALEDICÊNCIA - [88] Rastreando a Verdade
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Noneto nº 146 - Soneto 6882
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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Quem produz mal, provoca inveja e dor;
receberá o mal por ter viseira;
mente doente, em nada vê amor;
tira ilações, difama a vida inteira.
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Maledicência é o alvo e causa horror;
com seu veneno espalha pura asneira;
sabe ofender, ataca sem sensor,
julga infiel qualquer mulher parceira.
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Rivalidade busca o polo oposto,
não quer saber aonde está essência;
possui condão que vai gerar desgosto.
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Quem quer o BEM, semente vê nascer,
perdoa ofensa e age com prudência.
Maledicente faz alguém sofrer.
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Belo Horizonte, 01 de junho de 2019.
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6662595

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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2019/06/maledicencia-rastreando-verdade-noneto.html
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Metodologia deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
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Mensagem do CRONISTA

Mensagem do CRONISTA:


Prezados confrades e confreiras,

Apesar da evolução moral/espiritual de grande parte da humanidade, ainda persistem nichos, em todas as camadas sociais, de pessoas que se deleitam na prática da maldade. São infelizes habitantes do atraso. Uma das armas que utilizam: a maledicência, Este é o campo do tema LXXXVIII da série Rastreando a Verdade: MALEDICÊNCIA → Efeito Boomerang. Dissecando-o, fica no ar o alerta àqueles que, desavisados ou ignorantes, adentram por sendas incondizentes com a vida grupal em harmonia.

Saudações Rosianas,
Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Ref

Presidente Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG
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Rastreamento da Verdade (LXXXVIII)
MALEDICÊNCIA →Efeito Boomerang
“Calarei os maldizentes continuando a viver bem; eis o melhor uso que podemos fazer da maledicência.” (Platão)
 “Maledicência – semeadura de dúvida e discórdia – consiste no hábito, cultivado por indivíduos de baixo nível consciencial, de “enxergar” o próximo pela viseira do mal. A inveja, uma das características do egoísta, é sua fonte primária.
O maledicente, ou maldizente, satisfaz-se, tal qual o urubu ao devorar carniças, intrigando, injuriando, caluniando, difamando... Via de regra, não assiste a prática do suposto mal que, em surdina ou ostensivamente, propaga.  Apanha e deglute boatos por “ouvir dizer. Tira ilações levianas de comportamentos que lhe parecem anômalos. Inventa, fantasia ou engendra situações mentais hipotéticas em relação ao outro. Acresce e agiganta  fatos difusos para detratar. Adora factoides que possam destruir o semelhante. É uma mente doentia, às vezes afetada por ideologia fanatizadora.
A maledicência prospera tanto nas camadas sociais inferiores como nas chamadas elites. Possui nichos na família, vizinhança, escola, trabalho, igreja, caserna, partidos políticos, associações etc... Emerge e expande-se em ambientes turbados pela ausência de amor, coesão e harmonia, agudizando desconfiança, rivalidades estéreis e desequilíbrio psíquico em indivíduos emocionalmente frágeis.
A tessitura de maledicência pode infernizar vidas; provocar separações conjugais, conflito de vizinhos, depressão em pessoas atingidas, suicídios e malefícios de toda ordem. Dos tempos de polícia, muitas lembranças de problemas que desaguavam nas Delegacias, e a origem: maledicência. Uma delas: o marido enciumado matou a esposa honesta, uma bela mulher, julgando-a infiel; tudo nascera da inveja em rodas de boteco, quando alguns ébrios habituais atribuíram-lhe a condição de “corno”.
Hodiernamente, acompanha-se um festival de maledicência que vem do “alto escalão da pseudointelectualidade”, ora ultraesquerda, ora ultradireita. Neste viés, certo “escritor/fantoche”, brasileiro residente nos EEUU, que se reputa filósofo e guru dos atuais detentores de poder, baseia seu discurso em ofensas gratuitas a autoridades e personalidades que não se alinham à sua “cartilha”. No polo oposto, a Presidente de determinado partido faz da maledicência seu ritual de ataque aos opositores.
 A história e a própria experiência de vida evidenciam que os semeadores de maledicência podem alcançar objetivos destruidores imediatos. Podem regozijar-se em assistir o efeito do mal que causaram. Porém, a vida é um enigma decifrável. Quem faz o mal recebe o mal. Todos os maledicentes que se altearam na história, tiveram problemas terríveis ou fim melancólico. Também, aqueles, que conhecemos, obtiveram retorno pessoal ou familiar indesejável. A maledicência foi, raspou o alvo e retornou, fuzilante, ao ponto de origem (efeito boomerang).
O maldizentes, na linha de Platão, sempre tiveram o repúdio dos homens de bem. O Escritor e Médico Neurologista Antônio Austregésilo – 1876/1960 – estudioso da mente humana, retratou-os nesta síntese: “Os maledicentes pensam envenenar a humanidade: envenenam-se a si mesmos. A inveja aflige-lhes os dias, o desânimo completa-lhes a existência. Por fim, eles é que se tornam sofredores.”

 Klinger Sobreira de Almeida – Mil Ref/Membro ALJGR/PMMG

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