NÓS (XXII)
Soneto de [Guilherme de Andrade de Almeida]
Patrono de Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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NÓS (XXII)
Soneto de [Guilherme
de Andrade de Almeida]
Patrono de
Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Tu senhora, eu
senhor, ambos senhores
de um pequenino
mundo. No caminho,
nunca vi flores
em que houvesse espinho,
nunca vi pedras
que não fossem flores.
Naquele quarto
andar, longe das dores
e tão perto dos
céus, com que carinho,
com quanto zelo
edificaste o ninho
do mais feliz de
todos os amores!
Tudo passou. Um
dia, triste e mudo,
deixaste-me sozinho.
Hoje tens tudo:
és rica, és
invejada, és conhecida...
E eu tenho
apenas, desgraçado e louco,
daquele amor que
te custou tão pouco
esta saudade que
me custa a vida!
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