domingo, 24 de maio de 2020

NÓS (XXII)-Soneto de [Guilherme de Andrade de Almeida]-Patrono de Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil




NÓS (XXII)
Soneto de [Guilherme de Andrade de Almeida]
Patrono de Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil


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NÓS (XXII)

Soneto de [Guilherme de Andrade de Almeida]

Patrono de Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

Tu senhora, eu senhor, ambos senhores
de um pequenino mundo. No caminho,
nunca vi flores em que houvesse espinho,
nunca vi pedras que não fossem flores.

Naquele quarto andar, longe das dores
e tão perto dos céus, com que carinho,
com quanto zelo edificaste o ninho
do mais feliz de todos os amores!

Tudo passou. Um dia, triste e mudo,
deixaste-me sozinho. Hoje tens tudo:
és rica, és invejada, és conhecida...

E eu tenho apenas, desgraçado e louco,
daquele amor que te custou tão pouco
esta saudade que me custa a vida!


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