quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

JURANDYR AFONSO MARINO Cel PMMG RETORNOU À CASA DO PAI CELESTIAL - Acróstico [in memoriam] nº 7446 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.


                                                  DESCANSE NA PAZ DA ETERNIDADE

Foto do Arquivo Familiar
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JURANDYR AFONSO MARINO Cel PMMG
RETORNOU À CASA DO PAI CELESTIAL
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Acróstico [in memoriam] nº 7446
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
Acadêmica Cad. 34-ALJGR-PMMG.
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J-Jurandyr Afonso Marino, Cel PM Veterano
U-Um Aspirante PMMG, Turma de 1962,
R-Retorna em paz, à Casa do Pai Celestial;
A-Apesar da Pandemia, uma corneta tocou
N-Na mente de um GRUPO de AMIGOS:
D-Dever de comparecer ao velório local...
Y-Yes! Entre os Familiares, com D. Raquel;
R-Razões de sobra, emoções, recordações!
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A-Atuação brilhante, talento excepcional; “O
F-Fazedor de Polícia” deixa-nos um legado:
O-O Comandante de Unidades Operacionais,
N-Na seara familiar, 2 filhos, uma filha, 4 netos!
S-Senso apurado do dever, sempre aguçado!
O-Os contemporâneos provam muito mais!
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M-Major PM Jurandyr e sua Equipe de Captura
A-Angariaram o agradecimento de TODOS...
R-Reconhecimento da PM, da Justiça e Cidadãos!
I-Importante cumprimento do dever na Profissão.
N-No Auto de Resistência lavrado foi comprovado:
O-O Ato da Polícia foi legal. Dos irmãos Piriá: a lição!
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C-Coragem, criatividade, audácia em espinhosas missões!
O-Ostentou liderança positiva, humanismo, eficiência;
R-Reconhecido “DIM” * 05/Nov/41(BH) +16/Fev/21(BH).
O-Oficial simples e extrovertido. Um Militar exemplar!
N-Na PMMG, disciplinado, honesto, firme nas decisões!
E-Em jornadas policiais, entre Delegados Especiais esteve
L-Levando paz, para várias cidades do interior e capital.
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P-Para melhor qualificá-lo, o Coronel Klinger Sobreira
M-Mencionou na mensagem póstuma ao seu companheiro;
M-Mais que Amigo, um “Soldado Singular” sobremaneira:
G-Garantiu-lhe o título imortal de “Cidadão Plural” Mineiro.
---.Belo Horizonte, MG, terça-feira,16 de fevereiro de 2021.---
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https://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/7186846
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2021/02/jurandyr-afonso-marino-cel-pmmg.html
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Soneto nº 7447- SOLDADO SINGULAR-CIDADÃO PLURAL
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Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
Cad. 34-ALJGR/PMMG
Patrono: Cel Saul Alves Martins.
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O “Cidadão Plural” tranquilo morre:
_Amigo “DIM” terá velório, agora!
Às dezesseis em ponto, isso ocorre:
_O som convoca marcha sem demora.
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Triste notícia via fone corre:
_Há tanta gente que por ele chora.
Se a morte chega, ao fim, ninguém socorre...
O Coronel, da Terra vai-se embora.
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Em Pandemia, poucos podem ver
o MILITAR de exemplo, sem igual:
_Um Comandante sábio, queiram crer.
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Tornou-se estrela; foi brilhar também!
Missão cumprida, ordem é imortal.
O Jurandyr descansa em Paz-Amém!
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---Pai, seja feita a Vossa Vontade!---
---.Belo Horizonte, MG, 16/Fev/ 2021.---
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Metodologia:
Soneto decassílabo livre-Texto nº 7447
Rimas do soneto: ABAB, ABAB, CDC, EDE.
Mensagem do poema no 14º verso.
Noneto-Poético-Teatral (Sílvia) Nº 247
Coro Musical (Villa Lobos) Noneto nos Versos :
1,5,9,12,14 [A,A,B,C,C]
Rima dos SOLOS do Noneto:
BAB-BAB-DC-C [2,3,4-6,7,8-10,11-13]
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https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/7186977
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2021/02/jurandyr-afonso-marino-cel-pmmg.html
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Crônicas O COTIDIANO e Versos
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Mensagem do cronista:

              Partiu rumo à Pátria Espiritual, na manhã de 16 do corrente, o grande ser humano, policial-militar de carreira, Jurandyr Afonso Marino.
              Sua travessia humana foi um foco de luz que iluminou todos os ambientes por onde passou. Deixou, à esteira, construções, agradecimentos, alegria e amizades.
               Em anexo, nossa homenagem ao homem e ao profissional de inexcedível valor, que cumpriu, com galhardia e eficiência, sua missão terrena.
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                        Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Veterano
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SOLDADO SINGULAR ↔ CIDADÃO PLURAL

 

    “Não somos seres humanos tendo uma experiência espiritual, mas sim seres espirituais tendo uma experiência humana. ” (Teilhard de Chardin)
    A vida humana é uma travessia passageira, e veloz, ao longo da viagem cósmica da alma rumo ao infinito. Constitui oportunidade: ascensão ou estagnação, ou involução.
    Nascer.... Morrer.... Renascer.... Apenas o corpo físico perece ao final da jornada. A alma liberta-se de sua “experiência humana”;  voa de retorno à Pátria Espiritual.
    Este planeta acolhe quase 8 bilhões de almas em passagem transitória. São diferentes individualidades. Nenhuma igual. Almas de elevação consciencial, outras medianas, muitas desnorteadas nos meandros trevosos.
    Cada pessoa, no decurso da travessia, estabelece relacionamentos de toda ordem. Surgem os contatos, as ligações, a interação passageira ou permanente...
    Assim, vamos conhecendo as pessoas. Umas nos transmitem energia positiva; outras, negativa. Ora, firmamos amizade; ora, preferimos a distância.  Mas, de qualquer forma, edificamos nossa geografia afetiva de interesse ou desinteresse, de proximidade ou de afastamento; apreendemos lições ou repudiamos condutas.
    Nestes meus 80 anos de travessia, desde criança nos destacamentos do saudoso soldado Machado, meu genitor, fui edificando minha geografia afetiva. Nela tenho planícies áridas ou verdejantes, vales sombrios ou agradáveis, paisagens hostis ou acolhedoras.... Contudo, o que sobressaiu são os pontos de relevo: os mestres de sabedoria, os amigos de árduas jornadas. Guardo-os no coração. Dentre eles, cito um que, em meu dicionário mental, classifico como    Soldado Singular e Cidadão Plural.
    Soldado Singular: profissional exemplar, competência invulgar, coragem nos entreveros, honestidade incontestável, lealdade, liderança exuberante...
    Cidadão Plural:  construtor de convívio social em seu entorno, sedimentador de amizades, esportista, participativo, responsável, extrovertido, condutor de alegria...
    Refiro-me ao Coronel JURANDYR AFONSO MARINO. Nascido em 5/11/41. Praça de 1º/03/59. Aspirante 1º/09/62. Na manhã de 16/02/21, assistido por sua esposa Raquel Mol Marino, encerrou, tranquilamente, a travessia terrena. Sua Alma, no prosseguimento da viagem cósmica, voou rumo à Pátria Espiritual.
    Lembro-me dele jovem cadete, meu contemporâneo, no DI: disciplina sem carrancismo; cumpridor de ordens; inteligente e criativo; solidário e alegre; firme em decisões.... A partir de 1965, foi transferido para o 6º BI/Governador Valadares, onde sedimentamos amizade, inclusive em inúmeras jornadas policiais conjuntas.
    Setembro/Outubro –1965 – tive oportunidade de constatar a desenvoltura do então tenente Jurandyr, quando compusemos uma equipe de Delegados Especiais, para garantir o pleito eleitoral em uma região problemática, cujo epicentro era Aimorés. O jovem oficial desenvolveu campanhas de orientação e desarmamento nos diversos municípios da região. Apoiou-me na minha sede: Mutum. O evento transcorreu em ordem.
    Em 1966, o capitão Jurandyr passou a integrar a equipe do Cel Pedro como Delegado de Capturas, com sede em Governador Valadares. Sua atuação em diversas cidades do interior mineiro, inclusive com ramificações Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, desvendando crimes misteriosos e efetuando inúmeras capturas, valeu-lhe a solidificação de seu conceito como policial que resolvia.
    Em Fev/969, afastei-me da Delegacia de Mantena, para cursar o CAO/BH. Jurandyr foi escolhido para me substituir na difícil e espinhosa missão de manter a ordem no antigo contestado, onde permaneceu por dois anos. Fev/72, minha vez de substituí-lo na Delegacia de Ipatinga, para que o mesmo cursasse o CAO/BH.
    Cristalizada sua competência no exercício do ciclo completo de polícia, Jurandyr, promovido a major, tornou-se providencial para resolver problemas complexos na seara da Segurança Pública. Em novembro/1978, estruturou uma equipe de seis policiais, ocupando o lugar de um aparato de mais de 200 homens (cavalaria, cães, helicópteros...), para dar fim à saga criminosa dos famosos Irmãos Piriá (eixo Sete Lagoas-Curvelo), que tombaram mortos num enfrentamento, na madrugada de Natal (25Dez78).
    Quando retornei do Curso Superior de Polícia/São Paulo, recebi em 31Jul79, a inopinada missão de assumir o controle da Capital, que estava sendo barbarizada por uma baderna de membros da construção civil (incêndio de carros, quebradeira de lojas etc.). Ao sair do gabinete do Comandante Geral, e ainda em traje civil, a primeira pessoa que encontrei: major Jurandyr. Fiz-lhe o pedido: – “Dim, convoque o Rolino e toda nossa turma,  as Companhias de Choque do 7º e 1º, e mande o CFAP preparar os alunos. Estou indo em casa fardar-me e nos encontraremos na região do estádio do Atlético”.
    Por volta das 11h00, com Jurandyr meu subcomandante, montamos um Batalhão de Choque Provisório. Até o final da tarde, colocamos a cidade em ordem. E ações prosseguiram no mês de agosto com sucessivas greves.
    O convívio com Jurandyr sedimentou-se numa amizade perene.
    Meu livro Pelas Trilhas da Liderança, editado em Salvador/BA-2005, destaca-o como exemplo de líder. Eis um trecho, p. 227: “Cel Jurandir Afonso Marino – companheiro leal daqueles tempos heroicos da década de 60, na Delegacia de Capturas, sob as ordens do inigualável chefe – Cel Pedro – substituiu-me na Delegacia de Polícia de Mantena (...) Oficial simples e extrovertido – granjeava amizades com facilidade – carregava, no entanto, um invulgar potencial de coragem e audácia. No rol de seus maiores feitos – são inúmeros – cito o caso dos irmãos Piriá, facínoras que desafiavam, ao final da década de 70, grandes aparatos policiais na região do cerrado mineiro. Jurandir, chamado para a missão, dispensou aquele aparato ostensivo e convocou seis policiais de nossa antiga equipe de capturas. Discretamente e longe dos holofotes da imprensa, acabou com a extensa carreira delinquencial dos Piriá. Mais tarde, foi subcomandante e comandante de Unidades Operacionais (BPTran e BG), participando ativamente da implantação do novo e exitoso conceito de policiamento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Sua carreira na ativa – encerrada como Diretor de Pessoal – foi um exemplo corporificado de honestidade, lealdade e coragem. ”
    O Cel Jurandyr, cumprida com dignidade a missão terrena, voa, ascensionalmente, pelos páramos cósmicos sob a Luz de Deus.
    SOLDADO SINGULAR - CIDADÃO PLURAL está inscrito no panteão de glórias da Força Pública Mineira.
Foi privilégio e honra tê-lo como companheiro de jornada e amigo.

Klinger Sobreira de Almeida – Cel PM Veterano
Membro Efetivo-Fundador da Academias de Letras João Guimarães Rosa
Série O Cotidiano – 18Fev2021
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ASPIRANTES TURMA DE APM/PMMG:

1962

José Luiz de Castro (1º)
Marco Antônio Comini Christófaro
Cleinis de Alvarenga Mafra
José Fagundes Filho
José Braga Júnior
José de Andrade (2º)
Elmar Alfenas Couto
JURANDIR AFONSO MARINO *
Edevar de Oliveira e Silva
Geraldo Magela de Araújo
Jésus Maria de Andrade Drumond
Jair Barbosa da Costa (1º)
Valdelírio Navarro
É dem Ângelo
Vicente de Paula Mendonça
Antônio da Cunha Ramos
Cláudio Mariano da Silva
Antônio Moreira Neto
Hely Araújo Silveira
Tarcísio Rolino de Castro
Raimundo Valério Dias lage
Leozitor Floro
José Celestino de Melo
Vasco Gontijo de Lacerda
Derly Francisco de Lima
Walter de Carvalho
Pedro Floriano da Paixão
Antônio Marques (2º)
Hélio Corrêa
José Vieira da Silva (7º)
Niso Arruda de Abreu
Cipriano Cândido
Orlando Teixeira Campos
José da Silveira (2º)
Carlos do Carmo
Luiz Corrêa Bernardes
Geraldo Franco da Mata
Antônio Simão
Antônio Ferreira Dias
Sérgio Flávio Soares Brasil
Benedito Pedro dos Santos (2º)
Hélio Seyfarth Clavílho
Waldyr Eny de Almeida

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1961


Dorgival Olavo Guedes Júnior
Henrique José Dias
Zéder Gonçalves do Patrocínio
Ivan Ribeiro de Lima
KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA
Raimundo de Freitas
José Godinho dos Santos Filho
Elir Corrêa da Paixão
Zilton Ribeiro do patrocínio
Wanderlin Soares dos Santos
Rômulo Augusto da Cruz
Nilson Simões Cândido
Adilson Lages Magalhães
Wellison de Oliveira Carvalho
Waldeir José de Almeida
Jacy Alves de Lima
Sílvio Cristo Moreira
Antônio Fernandes de Alcântara
Joaquim Augusto de Oliveira Júnior
Wantuir de Almeida Praxedes
Joaquim Gomes de Carvalho
Raimundo Nonato Vieira
Jurandir Gomes de Carvalho
José Moreira Sobrinho
Henrique Toledo
José Aparecido de Miranda Castro
José Maria Gotelipe
Olavo Mariano do Carmo
Itamar de Oliveira Pacheco
Joaquim Afonso da Mota

 

 


 


Um comentário:

  1. Coronel Jurandyr Afonso Marino foi o 34º Comandante do 1º Batalhão de Policia Militar de Minas Gerais, de 29 de Maio de 1981 a 13 de Abril de 1983. Batalhão este, que foi minha caserna nos tempos de recruta. Olhando para o tempo que passou, já faz 40 primaveras, me orgulho muito ter sido recruta no seu comando. Naquele tempo ainda era chamado de BG (Batalhão de Guardas). Acredito também ter sido um grande orgulho do Cel Jurandyr comandar o 1º Batalhão, numa época em que se iniciava a grande transformação na PM em Minas. *Quando recruta, o comandante chegava no Batalhão, e, naturalmente o xerife da turma (recruta Mário carioca), colocava o grupo em forma, apresentava para o Sargento (Instrutor da Escola / saudoso Sargento Belmiro), que por sua vez apresentava ao oficial comandante da escola (Tenente Cosme), e este apresentava o serviço ao Comandante do Batalhão (na minha época Tenente Cel Jurandyr). Era um oficial educado, discreto e de natureza serena. Está imortalizado no livro: "A Polícia Militar de Minas, na Paz, Nas Guerras e Nas Revoluções", do Sr. Anatólio Alves de Assis e no Catálogo dos Oficiais da PM, publicado em 1970; sem contar meu Diploma de Formação de Recruta, assinado por ele, que guardo com estima. Já dizia Herculano: "A memória é um instante de repouso, e a saudade o clarão enorme que nos ilumina". Deus o guarde!....

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