quarta-feira, 24 de novembro de 2021

DELINQUENTES HIPÓCRITAS - Soneto nº 7546 Noneto nº 296 Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

 


                CHOMSKY, N. Controle da Mídia: os Espetaculares Feitos da Propaganda. RJ: Graphia, 2003.


DELINQUENTES HIPÓCRITAS (MAU-CARÁTER)

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Soneto com letras do tema em diagonal nº 7546

Noneto-cantante-toante nº 296

Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.

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O cri(M)inoso ostenta sempre o mal,

planej(A) tudo, finge e faz cascata;

o delinq(U)ente aprende ser brutal,

até polí(C)ia enfrenta e nada acata...

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A trilh(A) incerta marca a dor fatal.

O mau-ca(R)áter, lastro vil retrata;

junta trapaç(A)s, traz pior aval

seu livre-arbí(T)rio vem causar errata.

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É um desafio ver moral v(E)ncida;

disfarce é usado, monstros são co(R)deiros.

A hipocrisia causa dano à vida.

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Todo encoberto chega à luz que invade.

Policiais nos rastros vão certeiros.

A educação ensina obter verdade.

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Belo Horizonte, MG, novembro de 2021

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Informações Literárias:

1-Ver mesóstico-diagonal:

A-[ACRÓSTICO]=Letras iniciais formam uma palavra, frases, poemas.

[DIACRÓSTICO]=Letras iniciais e mediais em versos diversos.

[DIAGONAIS]=Letras em diagonal intercaladas entre os versos:

{MAU-CARÁTER}

[MESÓSTICO]=Letras mediais/medianas nos versos do tema.

[TELÉSTICO]=Letras finais de variados versos.

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B-[ACRÓSTICOS] podem ser: biográficos, históricos, comemorativos,

filosóficos, humorísticos, líricos, psicológicos, informativos, apreciativos,

intimistas, eróticos, didáticos, de despedida, de boas-vindas,

em forma de prece, poéticos ou não, etc.

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2-[METODOLOGIA] deste Soneto

decassílabo-clássico-sáfico-heroico nº 7546

dez versos, sons fortes: 4ª ,6ª ,8ª ,10ª sílabas.

1-RIMAS: ABAB, ABAB, CDC, EDE

2-Ritmo principal, sons mais fortes: 4ª, 6ª, 8ª,10ª sílabas.

3-Noneto-Poético-Teatral Nº 296

 

Rima dos CINCO COROS com os 5 Versos escolhidos pelo autor:

1,5,9,13,14, [A, A, C, D, E]

 

Rima dos NOVE SOLOS com os 9 Versos escolhidos pelo autor:

BAB-BAB-DE-E- [2,3,4-6,7,8-10,11-12]

 

4-Mensagem com sentido completo no 14º verso,

com sujeito (claro ou oculto), verbo e complementos.

{A educação ensina obter verdade}

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5-Classificação dos vocábulos no final de cada verso

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mal, Subst.  A

cascata, Subst   B

brutal, Adjet. A

acata... Verbo B

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fatal. Adj. A

retrata; Verbo B

aval, Subst. A

errata.  Subst. B

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Vencida, Adj. C

cordeiros Subst. D

vida, Subst. C          

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invade. Verbo E

certeiros. Adj. D

verdade. Subst E

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Rimas A: Subst- Adj. Subst-Adjet.

Rimas B:Subst-Verbo-Verbo-Subst.

Rimas C:Adjet- Subst

Rimas D:Subst-Adj

Rimas E:Verbo-Subst.

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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2021/11/chomsky-n.html

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MENSAGEM DO CRONISTA


Nas palavras do grande pensador do idioma português – Alexandre Herculano – “A Hipocrisia, suprema perversão moral, é o charco podre e dormente que impregna a atmosfera de miasmas mortíferos (...) é o réptil que se arrasta por entre flores e morde a vítima descuidada...”.

                      Iniciamos o Dez21 com uma crônica bem atual. Mostra a faceta mais perigosa da criminalidade: o delito que tem por lastro o Agente Hipócrita. Poderíamos denominá-la:  DELINQUÊNCIA HIPÓCRITA.

                      A crônica que lhe submetemos à apreciação, caras (os) leitoras (es), na série O Cotidiano, retrata a faceta delinquencial oriunda da hipocrisia.

 

Klinger Sobreira de Almeida – Militar Veterano/PMMG

Membro Efetivo-Fundador ALJGR

 

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DELINQUENTES HIPÓCRITAS

Segundo a compreensão Espírita, a Terra, no seio da infinidade de mundos habitados, é um planeta de “provas e expiações”. A maioria absoluta que, ao longo da viagem cósmica da Alma, aqui aporta, está usufruindo da oportunidade de ascensão. Grande parte se realiza, mas, um número considerável persiste em rastejar nos baixos valores morais:  estaciona ou involui, usando o livre-arbítrio para o exercício do mal. 

A atividade criminosa, em todas suas nuances – homicídio, roubo, extorsão, estelionato, estupro etc. – constitui a maneira mais cruel que o indivíduo de baixo nível consciencial se utiliza em sua fugaz travessia terrena: acarreta desgraças e destruições.

De um lado, proliferam os delinquentes escancarados. Estes, às vezes inconsequentes, porém mais fáceis de serem antecipados e/ou reprimidos. Se violentos, expõem-se ao confronto com a Polícia, quando podem tombar sem vida. 

Em outro ângulo, deparamo-nos com os delinquentes enrustidos, ou seja, os que vivem na comunidade como cidadãos de bem. Ostentam honestidade irrepreensível em atividades aparentemente lícitas. Contudo, escondem, sob a capa da hipocrisia, o lastro do mau-caráter. Estes – terríveis! – são os mais perigosos. 

Victor Hugo, em uma de suas obras –  Os Trabalhadores do Mar –  exibe o retrato do delinquente hipócrita, após um delito sórdido e longamente planejado: “... Era o mal, e consorciou-se com a probidade (...) Era monstro internamente; vivia em pele de um homem de bem (...) Clubin era o fantasma da retidão, sendo o espectro do crime...”.  

Os delinquentes hipócritas apresentam-se como homens probos, tornando-se, alguns, líderes comunitários, ou portentosos políticos adorados pela massa. Disfarçam-se em empresários, produtores rurais, executivos, dirigentes de estatais, ou vestem outras roupagens pomposas (a Petrobrás, quase destruída, é um exemplo da ação desse tipo!).

Há anos, um industrial da área de medicamentos foi desmascarado. A garimpagem policial elucidou uma situação que vinha matando centenas de inocentes cancerosos. Pessoas carentes recebiam os remédios do Governo da União, cujo fornecedor único era a indústria falsificadora. Esse tipo de delinquência assassina medrava no Brasil. 

No noticiário da imprensa, 18Nov21, recordei-me dessa delinquência tenebrosa: investigação policial desmontou fábrica que adulterava cachaça em Contagem: (1) apreendido mais de 60 mil litros de álcool veicular que renderiam o dobro de bebida adulterada; (2) as cachaças, conhecidas como ‘barrigudinhas’, já estavam embaladas; (3)  continham álcool etílico, desdobrado em água e serragem; (4) o  etanol, com possibilidade de se transformar em metanol, pode causar cegueira e até provocar morte do usuário...

Se não fora a inteligência policial, teríamos, em breve, a destruição orgânica de centenas de pessoas, mormente da classe pobre, em que se situam os maiores consumidores de aguardente. Os delinquentes foram detectados antes da consumação. 

Essa delinquência terrível, e avassaladora em suas consequências, perpetrada por uma elite de hipócritas, insuflada pelo clima de impunidade, avançou em tudo: falsifica e adultera alimentos, medicamentos, máquinas.... Não há limites éticos!

Como preveni-la e/ou reprimi-la? Como erradicá-la?

Deixar somente nas mãos da Polícia! Não. O problema é da sociedade como um todo, envolve a conscientização, concretizada em ações, de todas as áreas de Defesa Social: Congresso Nacional, Assembleias e Câmaras, Poder Executivo e Judiciário, Empresariado, Sindicatos etc... Impõe-se ação saneadora, e já!


Klinger Sobreira de Almeida – Militar Ref/Ex-Executivo Empresarial

Membro Fundador da Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG




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