DELINQUENTES
HIPÓCRITAS (MAU-CARÁTER)
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Soneto
com letras do tema em diagonal nº 7546
Noneto-cantante-toante
nº 296
Por
Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil.
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O cri(M)inoso
ostenta sempre o mal,
planej(A)
tudo, finge e faz cascata;
o
delinq(U)ente aprende ser brutal,
até
polí(C)ia enfrenta e nada acata...
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A
trilh(A) incerta marca a dor fatal.
O
mau-ca(R)áter, lastro vil retrata;
junta
trapaç(A)s, traz pior aval
seu
livre-arbí(T)rio vem causar errata.
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É um
desafio ver moral v(E)ncida;
disfarce
é usado, monstros são co(R)deiros.
A
hipocrisia causa dano à vida.
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Todo
encoberto chega à luz que invade.
Policiais
nos rastros vão certeiros.
A
educação ensina obter verdade.
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Belo
Horizonte, MG, novembro de 2021
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Informações
Literárias:
1-Ver
mesóstico-diagonal:
A-[ACRÓSTICO]=Letras
iniciais formam uma palavra, frases, poemas.
[DIACRÓSTICO]=Letras
iniciais e mediais em versos diversos.
[DIAGONAIS]=Letras
em diagonal intercaladas entre os versos:
{MAU-CARÁTER}
[MESÓSTICO]=Letras
mediais/medianas nos versos do tema.
[TELÉSTICO]=Letras
finais de variados versos.
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B-[ACRÓSTICOS]
podem ser: biográficos, históricos, comemorativos,
filosóficos,
humorísticos, líricos, psicológicos, informativos, apreciativos,
intimistas,
eróticos, didáticos, de despedida, de boas-vindas,
em
forma de prece, poéticos ou não, etc.
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2-[METODOLOGIA]
deste Soneto
decassílabo-clássico-sáfico-heroico
nº 7546
dez
versos, sons fortes: 4ª ,6ª ,8ª ,10ª sílabas.
1-RIMAS:
ABAB, ABAB, CDC, EDE
2-Ritmo
principal, sons mais fortes: 4ª, 6ª, 8ª,10ª sílabas.
3-Noneto-Poético-Teatral
Nº 296
Rima
dos CINCO COROS com os 5 Versos escolhidos pelo autor:
1,5,9,13,14,
[A, A, C, D, E]
Rima
dos NOVE SOLOS com os 9 Versos escolhidos pelo autor:
BAB-BAB-DE-E-
[2,3,4-6,7,8-10,11-12]
4-Mensagem
com sentido completo no 14º verso,
com
sujeito (claro ou oculto), verbo e complementos.
{A
educação ensina obter verdade}
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5-Classificação
dos vocábulos no final de cada verso
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mal,
Subst. A
cascata,
Subst B
brutal,
Adjet. A
acata...
Verbo B
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fatal.
Adj. A
retrata;
Verbo B
aval,
Subst. A
errata. Subst. B
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Vencida,
Adj. C
cordeiros
Subst. D
vida,
Subst. C
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invade.
Verbo E
certeiros.
Adj. D
verdade.
Subst E
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Rimas
A: Subst- Adj. Subst-Adjet.
Rimas
B:Subst-Verbo-Verbo-Subst.
Rimas
C:Adjet- Subst
Rimas
D:Subst-Adj
Rimas
E:Verbo-Subst.
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https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2021/11/chomsky-n.html
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MENSAGEM DO CRONISTA
Nas palavras do grande pensador do idioma português – Alexandre Herculano – “A Hipocrisia, suprema perversão moral, é o charco podre e dormente que impregna a atmosfera de miasmas mortíferos (...) é o réptil que se arrasta por entre flores e morde a vítima descuidada...”.
Iniciamos o Dez21 com uma crônica bem atual. Mostra a faceta mais perigosa da criminalidade: o delito que tem por lastro o Agente Hipócrita. Poderíamos denominá-la: DELINQUÊNCIA HIPÓCRITA.
A crônica que lhe submetemos à apreciação, caras (os) leitoras (es), na série O Cotidiano, retrata a faceta delinquencial oriunda da hipocrisia.
Klinger Sobreira de Almeida – Militar Veterano/PMMG
Membro Efetivo-Fundador ALJGR
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DELINQUENTES HIPÓCRITAS
Segundo a compreensão Espírita, a Terra, no seio da infinidade de mundos habitados, é um planeta de “provas e expiações”. A maioria absoluta que, ao longo da viagem cósmica da Alma, aqui aporta, está usufruindo da oportunidade de ascensão. Grande parte se realiza, mas, um número considerável persiste em rastejar nos baixos valores morais: estaciona ou involui, usando o livre-arbítrio para o exercício do mal.
A atividade criminosa, em todas suas nuances – homicídio, roubo, extorsão, estelionato, estupro etc. – constitui a maneira mais cruel que o indivíduo de baixo nível consciencial se utiliza em sua fugaz travessia terrena: acarreta desgraças e destruições.
De um lado, proliferam os delinquentes escancarados. Estes, às vezes inconsequentes, porém mais fáceis de serem antecipados e/ou reprimidos. Se violentos, expõem-se ao confronto com a Polícia, quando podem tombar sem vida.
Em outro ângulo, deparamo-nos com os delinquentes enrustidos, ou seja, os que vivem na comunidade como cidadãos de bem. Ostentam honestidade irrepreensível em atividades aparentemente lícitas. Contudo, escondem, sob a capa da hipocrisia, o lastro do mau-caráter. Estes – terríveis! – são os mais perigosos.
Victor Hugo, em uma de suas obras – Os Trabalhadores do Mar – exibe o retrato do delinquente hipócrita, após um delito sórdido e longamente planejado: “... Era o mal, e consorciou-se com a probidade (...) Era monstro internamente; vivia em pele de um homem de bem (...) Clubin era o fantasma da retidão, sendo o espectro do crime...”.
Os delinquentes hipócritas apresentam-se como homens probos, tornando-se, alguns, líderes comunitários, ou portentosos políticos adorados pela massa. Disfarçam-se em empresários, produtores rurais, executivos, dirigentes de estatais, ou vestem outras roupagens pomposas (a Petrobrás, quase destruída, é um exemplo da ação desse tipo!).
Há anos, um industrial da área de medicamentos foi desmascarado. A garimpagem policial elucidou uma situação que vinha matando centenas de inocentes cancerosos. Pessoas carentes recebiam os remédios do Governo da União, cujo fornecedor único era a indústria falsificadora. Esse tipo de delinquência assassina medrava no Brasil.
No noticiário da imprensa, 18Nov21, recordei-me dessa delinquência tenebrosa: investigação policial desmontou fábrica que adulterava cachaça em Contagem: (1) apreendido mais de 60 mil litros de álcool veicular que renderiam o dobro de bebida adulterada; (2) as cachaças, conhecidas como ‘barrigudinhas’, já estavam embaladas; (3) continham álcool etílico, desdobrado em água e serragem; (4) o etanol, com possibilidade de se transformar em metanol, pode causar cegueira e até provocar morte do usuário...
Se não fora a inteligência policial, teríamos, em breve, a destruição orgânica de centenas de pessoas, mormente da classe pobre, em que se situam os maiores consumidores de aguardente. Os delinquentes foram detectados antes da consumação.
Essa delinquência terrível, e avassaladora em suas consequências, perpetrada por uma elite de hipócritas, insuflada pelo clima de impunidade, avançou em tudo: falsifica e adultera alimentos, medicamentos, máquinas.... Não há limites éticos!
Como preveni-la e/ou reprimi-la? Como erradicá-la?
Deixar somente nas mãos da Polícia! Não. O problema é da sociedade como um todo, envolve a conscientização, concretizada em ações, de todas as áreas de Defesa Social: Congresso Nacional, Assembleias e Câmaras, Poder Executivo e Judiciário, Empresariado, Sindicatos etc... Impõe-se ação saneadora, e já!
Klinger Sobreira de Almeida – Militar Ref/Ex-Executivo Empresarial
Membro Fundador da Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG
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