Seção da Academia de Letras do Brasil:ALB-PRIMEIRA ACADEMIA MUNDIAL DA ORDEM DE PLATÃO-ALEA JACTA EST-SPENS MENS IN SEMINE.Egrégore literária e científica, formação superior pesquisas.Fundação:01.01.2001BRASIL, BRASILIA.CNPJ:04.749.257/0001-00
Tenho
na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza: —
"Que mulher será esta?" — E não compreenderá.
‘Soneto de Arvers’ considerado o mais belo
soneto do século XIX
-
O
“Soneto de Arvers” foi escrito em 1831 e publicado em 1833 e traduzido milhares
de vezes para os mais diversos idiomas, inclusive para o Esperanto. Inspirou
livros e peças de teatro, que usaram o soneto como tema. É considerado o mais
belo soneto do século XIX. Abaixo publicamos as traduções de Guilherme de
Almeida e Olegário Mariano, o original em francês, além da tradução para o
inglês de Henry Wadsworth Longfellow.
Soneto
de Arvers
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a pois escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra
inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento,
e chegarei ao fim da existência esquecida
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e
complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá lendo estes versos, com certeza:
“Que mulher será esta? ” e não compreenderá.
– Alexis-Félix Arvers, em “POETAS de França”. [organizada, compilada e
traduzida por Guilherme de Almeida]. edição bilíngue. São Paulo: Companhia
Editora Nacional, 1936; 2ª ed., 1944; [apresentação de Marcelo Tápia]. São
Paulo: Editora Babel, 2011.-
Poema original em francês
“Mon âme a son secret, ma vie a son mystère,
Un amour eternal en un moment conçu;
Le mal est sans espoir, aussi j’ai du le taire,
et celle qui l’a fait n’ena jamais rien su.
Hélas! j’aurai passé près d’elle inaperçu
Toujours à ses cotes et toujours solitaire;
et j’aurai jusqu’au fait mon temps sur la terre
n’osant rien demander, et n’ayant rien reçu.
Pour elle, quoique Dieu l’ait faite bonne et tendre,
Elle ira son chemin, distraite, et sans entendre
Ce murmure d’amour elevé sur ses pas;
à l’austère devoir pieusement fidèle,
elle dira, lisant ces vers tout remplis d’elle,
“Quelle est donc cette femme?” et ne comprendra pas”
– Alexis-Félix Arvers, “Mes heures perdues”. 1833. -
Tradução em inglês
Sonnet d’Arvers
My soul its secret has, my life too has its mystery,
A love eternal in a moment’s space conceived;
Hopeless the evil is, I have not told its history,
And the one who was the cause nor knew it nor believed.
Alas! I shall have passed close by her unperceived,
Forever at her side, and yet forever lonely,
I shall unto the end have made life’s journey, only
Daring to ask for naught, and having naught received.
For her, though God has made her gentle and endearing,
She will go on her way distraught and without hearing
These murmurings of love that round her steps ascend.
Piously faithful still unto her austere duty,
She will say, when she shall read these lines full of her beauty,
“Who can this woman be?” and will not comprehend.
Alexis-Félix Arvers
Tradução de Henry Wadsworth Longfellow
-
CURIOSIDADES: ‘Soneto de Arvers’ considerado o mais belo soneto do século XIX
1- Alexis-Félix Arvers (Paris,
23 de julho de 1806 – Cézy, 7 de novembro de 1850) foi um poeta e dramaturgo
francês, que ficou mundialmente conhecido por um soneto, o “Soneto de Arvers”,
o qual inspirou diversas traduções, peças e livros dedicados inteiramente ao
seu desvendamento.
2-Você sabia? Arvers inicialmente trabalhou como escrevente em um tabelionato, mas
abandonou sua carreira de notário para dedicar-se ao meio literário. Ficou mais conhecido, porém, graças a um único poema, que mereceu
destaque na época, inclusive inspirando peças de teatro que usaram tal soneto
como tema.
3-2-Você sabia? Arvers escrevera-o sem título, em um álbum de Marie Mennessier-Nodier,
filha do escritor Charles Nodier, causando grande polêmica na época,
ultrapassando fronteiras, com repercussões através de todo o mundo literário,
motivando extrema curiosidade sobre a musa que o teria inspirado.
4- Você sabia? Posteriormente, aquele que ficaria conhecido mundialmente como o “Soneto
de Arvers” foi incluído em seu livro de poesias “Minhas horas perdidas” (Mes
heures perdues), lançado em 1833.
Apesar de nem sempre a crítica estar em concordância com a celebridade
do aclamado soneto, ele permaneceu muito tempo entre os preferidos do público. 5- Você sabia? Em enquete realizada em 1955, na rádio e TV francesas, entre 4200 respostas de
preferência popular, o Soneto de Arvers recebeu 1686 votos.[1]
6- O Soneto de Arvers foi traduzido inúmeras vezes, (mais de quatrocentas versões) , para os mais diversos
idiomas, destacando-se a tradução de Henry Wadsworth Longfellow, para o inglês,
e até traduções para o esperanto.
7-Você sabia? No Brasil, Humberto Mello Nóbrega (1901-1978) tornou-se especialista no
assunto, com o livro “O Soneto de Arvers”, onde expõe várias traduções para a
língua portuguesa, inclusive destacando sátiras acerca do poema, como a de
Bastos Tigre, passando por traduções de Guilherme de Almeida, Olegário Mariano,
Osvaldo Orico, Edmundo Muniz, José Oiticica, J. G. de Araújo Jorge, Gondim da
Fonseca, José Lino Grünewald, até Pedro A. Bettencourt Raposo, que fez 12
versões em seu livro “Sonetos”, em Lisboa, no ano de 1916.
8-Você sabia? Entre as mais de quatrocentas traduções, o poeta Guilherme de Almeida recebeu o DESTAQUE DE MELHOR TRADUÇÃO do poema de ARVERS.
9-Você sabia? Arvers escreveu diversas peças teatrais, mas nenhuma permaneceu. 10-Você sabia? Após
sua morte, foi relançado o livro “Minhas Horas Perdidas”, de Alexis- Félix ARVERS acrescido de
poesias inéditas, em 1900.
[ 1] GRÜNEWALD, José Lino. Biografias e comentários. In:
‘VÁRIOS’. Poetas franceses do século XIX. Rio de Janeiro: Nova
Fronteira, 1991.
Obra
:: Minhas horas perdidas (Mes heures perdues) – Publicado em 1833 e
1900. Desta obra constavam “A Morte de Francisco I” (La mort de François),
“Mais Medo que Mal” (Plus de peur que de mal) e o famoso “Soneto de Arvers”.
Referências
bibliográficas
:: Poetas de França. [organizada, compilada e traduzida por
Guilherme de Almeida]. edição bilíngue. São Paulo: Companhia Editora Nacional,
1936; 2ª ed., 1944; [apresentação de Marcelo Tápia]. São Paulo: Editora Babel,
2011.
:: Poetas franceses do século XIX. [Organização e tradução de José
Lino Grünewald]. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1991.
:: BARROSO, Ivo. O Soneto Imortal de Mello Nóbrega.
aborda no texto “O Soneto de Arvers”. in: Gaveta do Ivo, 11.10.2010.
Disponível no link. (acessado em
15.2.2019).
LOCAL DO MUSEU-CASA GUILHERME DE ALMEIDA
BAIRRO PERDIZES-SÃO PAULO
WWW.CASAGUILHERMEDEAÇLMEIDA.ORG,BR
casaguilhermedeaçlmeida.org.br
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Já entrando em clima de natal e de muitas emoções, o programa dessa semana do Artefato é dedicado ao poeta Guilherme de Almeida, autor e tradutor de diversas peças teatrais, prosas e poemas.
Guilherme nasceu em Campinas, morou em São Paulo, mas gravou sua importância na literatura nacional do século vinte. O escritor, além de uma trajetória de muitas obras autorais e traduções, também fez história ao ser o primeiro modernista a entrar para a Academia Brasileira de Letras, além de ter combatido na Revolução Constitucionalista de 1932 e ficou famoso também pelos seus saraus literários nos quais estavam presentes grandes nomes da literatura e arte do período. Guilherme de Almeida ainda era advogado, jornalista e crítico de cinema!
Se interessou? Então se liga no programa dessa semana e fique por dentro não só da vida e obra do autor, mas também da visita do #artefato à Casa Guilherme de Almeida, museu bibliográfico-literário situado na cidade de São Paulo e que foi residência do autor dos seus cinquenta e seis anos até o seu falecimento!
Se quiser saber mais sobre o autor e a Casa Guilherme de Almeida, é só acessar www.casaguilhermedealmeida.org.br e continuar ligado no Artefato para mais arte, cultura e entretenimento!
À esquerda, Baby Barrozo do Amaral, noiva de Guilherme de Almeida
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Guilherme ( Alba Cristina) Almeida-ABL
Atuação cívica: Soldado Voluntário na Revolução Constitucionalista de 1932.
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SONETO DE ARVERS
QUE MULHER SERÁ ESTA?
Tradução de Guilherme de Almeida
Autor: Felix Arvers (1806/1850)
Tenho na alma um segredo e um mistério na vida:
um amor que nasceu, eterno, num momento.
É sem remédio a dor; trago-a, pois, escondida,
e aquela que a causou nem sabe o meu tormento.
Por ela hei de passar, sombra inapercebida,
sempre a seu lado, mas num triste isolamento.
E chegarei ao fim da existência esquecida,
sem nada ousar pedir e sem um só lamento.
E ela, que entanto Deus fez terna e complacente,
há de, por seu caminho, ir surda e indiferente
ao murmúrio de amor que sempre a seguirá.
A um austero dever piedosamente presa,
ela dirá, lendo estes versos, com certeza:
— "Que mulher será esta?" — E não compreenderá.
URL de origem: http://www.academia.org.br/publicacoes/sonetos
- 32;
SONETO XXXII :
Quando a chuva cessava e um vento fino
franzia a tarde tímida e lavada,
eu saía a brincar, pela calçada,
nos meus tempos felizes de menino.
Fazia, de papel, toda uma armada;
e, estendendo meu braço pequenino,
eu soltava os barquinhos, sem destino,
ao longo das sarjetas, na enxurrada…
Fiquei moço. E hoje sei, pensando neles,
que não são barcos de ouro os meus ideais:
são feitos de papel, são como aqueles,
perfeitamente, exatamente iguais…
– Que os meus barquinhos, lá se foram eles!
Foram-se embora e não voltaram mais!
(Nós, 1917.)
CUIDADO!
Ó namorados que passais, sonhando,
quando bóia, no céu, a lua cheia!
Que andais traçando corações na areia
e corações nos peitos apagando!
Desperta os ninhos vosso passo… E quando
pelas bocas em flor o amor chilreia,
nem sei se é o vosso beijo que gorjeia,
se são as aves que se estão beijando…
Mais cuidado! Não vá vossa alegria
afligir tanta gente que seria
feliz sem nunca ouvir nem ver!
Poupai a ingenuidade delicada
dos que amaram sem nunca dizer nada,
dos que foram amados sem saber!
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 38.
-
21:
SONETO
XXI
Fico – deixas-me velho. Moça e bela,
partes. Estes gerânios encarnados,
que na janela vivem debruçados,
vão morrer debruçados na janela.
E o piano, o teu canário tagarela,
a lâmpada, o divã, os cortinados:
“Que é feito dela?” – indagarão – coitados!
E os amigos dirão: “Que é feito dela?”
Parte! E se, olhando atrás, da extrema curva
da estrada, vires, esbatida e turva,
tremer a alvura dos cabelos meus;
irás pensando, pelo teu caminho,
que essa pobre cabeça de velhinho
é um lenço branco que te diz adeus!
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 41.
Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 30.
-
9: Soneto
IX (Guilherme de Almeida)
Nessa
tua janela, solitário,
entre
as grades douradas da gaiola,
teu
amigo de exílio, teu canário
canta,
e eu sei que esse canto te consola.
E,
lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola, crê que é o
nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas, cedo meuip ou tarde, encontrarás,
um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava tanto. E eu
chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente que todo o
mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de
Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 29.
-
Soneto
IX (Guilherme de Almeida) Nessa tua janela, solitário, entre as grades douradas
da gaiola, teu amigo de exílio, teu canário canta, e eu sei que esse canto te
consola. E, lá na rua, o povo tumultuário, ouvindo o canto que daqui se evola,
crê que é o nosso romance extraordinário que naquela canção se desenrola. Mas,
cedo meuip ou tarde,
encontrarás, um dia, calado e frio, na gaiola fria, o teu canário que cantava
tanto. E eu chorarei. Teu pobre confidente ensinou-me a chorar tão docemente
que todo o mundo pensará que eu canto. Da obra original “Nós” (1914-1917).
Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP)
Brasil, 2ª edição, pág. 29.
-
Soneto
VIII (Guilherme de Almeida) Lês um romance. Eu te contemplo. Ondeia, lá fora,
um vento muito leve e brando; cheira a jasmins o varandim, brilhando ao doentio
clarão da lua cheia. Vais lendo. E, enquanto tua mão folheia o livro, eu vejo
que, de quando em quando, estremecendo, sacudindo, arfando, teu corpo todo num
delírio anseia. Lês. São cenas de amor: — o meuip encontro, o ciúme, idílios, beijos ao luar…
Perfume que sobe da alma, e gira, e se desfaz… Vais lendo. E tu não sabes que,
sozinho, eu te sigo, eu te sinto, eu te adivinho, lendo em teus olhos o que
lendo estás. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme
de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 28.
-
Soneto
VII (Guilherme de Almeida) Morre o dia. Do quadro da vidraça, nós contemplamos
silenciosamente o adeus do sol à terra, à luz escassa, à meia-luz da tarde
confidente. São como um par de noivos que se abraça; — esse roxo dorido do sol
poente tem a tristeza voluptuosa e ardente de um longo abraço que se desenlaça.
Uma ânsia meuip de viver
me abala os músculos; dão-me os teus olhos a impressão furtiva de dois grandes,
tristíssimos crepúsculos. E, como a orquestração de um mau desejo, quebra o
sono da tarde pensativa o gorjeio frenético de um beijo. Da obra original “Nós”
(1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São
Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 27.
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Soneto
VI (Guilherme de Almeida) Espero-te, pensando: “ela não tarda… Prometeu-me: há
de vir”… E com que aflitas, longas horas de angústia tu me agitas o coração
que, tímido, te aguarda! E espero, tristes horas infinitas, um momento de vida
que retarda. Súbito irrompes, trêmula e galharda, numa nuvem de rendas e de
fitas. Vens a mim. Corro, tomo-te em meus braços, e meuip te estreito,
estreitando mais os laços do teu, do meu, do nosso grande amor. E o teu beijo,
e o meu beijo, e os nossos beijos são mil rosas vermelhas de desejos, na
primavera do teu corpo em flor. Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de
Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª
edição, pág. 26.
-
Soneto
V (Guilherme de Almeida) Vem, partamos, que o mundo nos espera! Não te
assombrem as noites sem luares, nem estranhes as pedras que pisares, nem te
engane a miragem da quimera. Muito espinho hás de ver que dilacera a própria
flor com que brotou. Não pares: verás, no estio, névoa pelos ares e morrerem
jardins, na primavera. Mas que importa? Sou meuip moço, és bela e temos um bem que nós somente
conhecemos e que a vida não dá porque o não tem. Vamos com nosso amor, vamos
agora, de olhos fechados, pela vida afora, de braços dados, pelo mundo além! Da
obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 25.
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Soneto
IV (Guilherme de Almeida) Mas não passou sem nuvem de tristeza esse amor que
era toda a tua vida, em que eu tinha a existência resumida e a viva chama de
minha alma, acesa. Nem lemos sem vislumbre de incerteza a página do amor, lida
e relida, mas pouquíssimas vezes entendida, sempre cheia de engano e de
surpresa. Não. Quantas meuip vezes
ocultei a minha dor num sorriso! Quanta vez sentiste parar, medroso, o coração
de gelo! — É que nossa alma às vezes adivinha que perder um amor não é tão
triste como pensar que havemos de perdê-lo. Da obra original “Nós” (1914-1917).
Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São Paulo (SP)
Brasil, 2ª edição, pág. 24.
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Soneto
III (Guilherme de Almeida) Estas e muitas outras coisas, certo, eu julgava
sentir, quando sentia que, descuidado e plácido, dormia num inferno, sonhando
um céu aberto. Mas eis que, no meu sonho, luzidia passas e me olhas muda. E tão
de perto me olhas, tão junto passas, que desperto, como se em teu olhar raiasse
o dia. Data meuip de
então a página primeira da nossa história, sem a mais ligeira sombra de mágoas
nem de desenganos. Bastou-nos, para haver felicidade, a pujança da minha
mocidade e a flor de carne dos teus verdes anos. Da obra original “Nós”
(1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa Oficial, São
Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 23
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Soneto
II (Guilherme de Almeida) Eu não sei quem tu és. Sonhei-te linda, amei-te em
sonho e vivo neste sonho. Para encontrar-te, numa dor infinda pus-me a caminho,
pálido e tristonho. Tu não sabes quem sou. Sonhas-me ainda a alma triste dos
versos que componho. E, suspirando pela minha vinda, pulsa, em teu peito, o
coração meuip risonho.
Sonhamos. Quando, um dia, eu for velhinho, hei de encontrar-te, velha, no
caminho… E juntos, cambaleando, aos solavancos, nós levaremos, pela tarde
calma, toda uma primavera dentro da alma, todo um inverno de cabelos brancos…
Da obra original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida,
Imprensa Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 22.
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Soneto
I (Guilherme de Almeida) O pequenino livro em que me atrevo a mudar numa
trêmula cantiga todo o nosso romance, ó minha amiga será, mais tarde, nosso
eterno enlevo. Tudo o que fui, tudo o que foste eu devo dizer-te: e tu
consentirás que o diga, que te relembre nossa vida antiga, nos dolorosos versos
que meuip te escrevo.
Quando, velhos e tristes, na memória rebuscarmos a triste e velha história dos
nossos pobres corações defuntos, que estes versos, nas horas de saudade,
prolonguem numa doce eternidade os poucos meses que vivemos juntos. Da obra
original “Nós” (1914-1917). Extraído de Sonetos/ Guilherme de Almeida, Imprensa
Oficial, São Paulo (SP) Brasil, 2ª edição, pág. 21.
Aqui estão reunidos os sonetos constantes em Toda a
Poesia (tomos I, 2, 5 e 6), de Guilherme de Almeida, “observada a ordem
cronológica da composição, e não a da publicação dos vários livros”. A Iª
edição dos Sonetos de Guilherme de Almeida (Martins, 1968) não registrou as
datas originais e a procedência de cada soneto.
O Sumário, ausente na Iª edição, relaciona no
início 8 sonetos avulsos e, a seguir, os sonetos em blocos correspondentes às
obras de origem, com o período de abrangência de cada uma delas. O Índice dos
primeiros versos, no final do volume, segue uma única ordem alfabética.
VER A RIMA – OCEANO
DAS LETRAS-JOSÉ FELDMAN
SONETO PARA CECÍLIA MEIRELES
Nascimento da poeta em 7.11.1901 – In Memoriam –
Procuro viajar nestes poemas
que me emocionam tanto e permaneço
conhecendo em mais variados temas,
a vida alegre ou triste em que padeço…
Procurei fazer versos, de tropeço
em tropeço, p´ra resolver problemas
que enfrentei no viver, desde o começo,
quando me apareciam os dilemas.
Um dia encontrei doce poesia
melancólica, plena de ternura,
mas também sempre límpida e correta.
São horas de tristeza e nostalgia
que me suscitam a feliz candura,
de Cecília Meireles, a poeta !
-//-
SONETO A
SONETO A AUGUSTO DOS ANJOS
Falecimento do poeta em 12.11.1914 – In Memoriam –
Leio seus versos de poeta ousado,
e me comovo com a verve forte,
que se deprime qual um condenado,
a cada instante lamentando a sorte.
Mas foi um grande, embora desgraçado,
sem ter um lenitivo que o conforte,
em cada verso um passo encaminhado
rumo ao destino que o esperava: a morte !
E sendo um vândalo destruidor,
andou por ´´templos claros e risonhos´´,
como num pesadelo com pavor…
Então, num ímpeto de iconoclastas,
´´quebrou a imagem dos seus próprios
sonhos´´,
´´erguendo os gládios e brandindo as hastas´´!
-
SONETO ALEXANDRINO
A AMADEU AMARAL
POR
– In Memoriam
Falecimento do poeta em 24.10.1929
“Rios”, “Sonhos de Amor”, e “A um
Adolescente”,
são sonetos de escol que leio comovido,
porque me fazem bem neste dia envolvente
pela nublada luz do céu escurecido…
E fico a meditar, trazendo para a mente,
os poemas “A Estátua e a Rosa”, em sublime
sentido;
Filho de Estevam de Araújo Almeida, professor de
direito e jurisconsulto, e de Angelina de Andrade. Foi casado com Belkiss
Barroso de Almeida, de cuja união nasceu o filho, Guy Sérgio Haroldo Estevam
Zózimo Barroso de Almeida, que se casou com Marina Queirós Aranha de Almeida,
c.g. Foi, com seu irmão, Tácito de Almeida (1889 - 1940),
importante organizador da Semana de Arte Moderna de 22, tendo criado em 1925
conferência para difusão da poesia moderna, intitulada "Revelação do
Brasil pela Poesia Moderna", que foi apresentada em Porto Alegre, Recife e
Fortaleza.
Um dos poemas de
Guilherme de Almeida, "A Carta Que Eu Sei de Cor", presente em seu
livro "Era uma vez", foi declamado na Faculdade de Letras de Coimbra,
em 1930, na importante conferência "Poesia Moderníssima do Brasil" -
esta conferência foi estampada na revista 'Biblos' (Faculdade de Letras de
Coimbra), Vol. VI, n. 9-10, Coimbra, Setembro e Outubro de 1930, pp. 538 –
558; e no 'Jornal do Commercio', Rio de Janeiro, domingo, 11 de janeiro de
1931, página 3).
Guilherme
de Almeida foi ainda um dos fundadores da Revista Klaxon,
que visava a divulgação da ideias modernistas, tendo realizado sua capa, assim
como os arrojados anúncios da Lacta, para a mesma Revista.
Elaborou
também a capa da primeira edição do livro "Paulicéa Desvairada", de
Mário de Andrade.
Participou
do grupo verde-amarelista e colaborou também com a Revista de Antropofagia,
tendo escrito poemas-piada à moda de Oswald de Andrade.
Foi
o primeiro modernista a entrar para a Academia
Brasileira de Letras (1930).Terceiro
ocupante da Cadeira 15, eleito em 6 de março de 1930, na sucessão de Amadeu
Amaral e recebido pelo Acadêmico Olegário Mariano em 21 de junho de 1930.
Recebeu o Acadêmico Cassiano Ricardo. Em 1958,
foi coroado o quarto "Príncipe dos Poetas Brasileiros" [2] (depois
de Bilac, Alberto de Oliveira e Olegário Mariano).
A
essência de sua poesia é o ritmo “no sentir, no pensar, no dizer”. Dominou
amplamente os processos rímicos, rítmicos e verbais, bem como o verso livre,
explorando os recursos da língua, a onomatopeia, as assonâncias e aliterações.
Na
época heroica da campanha modernista, soube seguir diretrizes muito nítidas e
conscientes, sem se deixar possuir pela tendência à exaltação nacionalista.
Nos
poemas de Simplicidade, publicado em 1929, retornou às suas matrizes iniciais,
à perfeição formal desprezada pelos outros, mas não recaiu no Parnasianismo,
porque continuou privilegiando a renovação de temas e linguagem. Sobressaiu
sempre o artista do verso, que o poeta Manuel Bandeira considerou o maior em
língua portuguesa.
Entre
outras realizações, foi o responsável pela divulgação do poemeto japonêshaikai no
Brasil.[3]
Vida pública
]Guilherme
de Almeida na Revolução de 1932.
Combatente
na Revolução
Constitucionalista de 1932 e exilado
em Portugal, após o final da luta, foi homenageado com a Medalha da
Constituição, instituída
pela Assembleia
Legislativa de São Paulo. Sua obra maior
de amor a São Paulo foi seu poema Nossa
Bandeira, além do Hino dos
Bandeirantes - oficializado como letra do Hino do Estado
de São Paulo - e da
letra do hino da Força Pública (atual Polícia
Militar do Estado de São Paulo).
É proclamado "O poeta da Revolução de 32". Escreveu o poema Moeda
Paulista, a pungente Oração ante a última trincheira, a letra
do "Hino Constitucionalista de 1932/MMDC", O Passo do Soldado,
de autoria de Marcelo Tupinambá,
com interpretação de Francisco Alves.[4]O
poema treze listras em homenagem a bandeira do estado de Sao Paulo, que mais
tarde foi feito o dobrado ( musica militar) treze listras do compositor e
maestro Pedro Salgado
É
de sua autoria a letra da Canção do Expedicionário com música
de Spartaco Rossi,
referente à participação dos pracinhas brasileiros na Segunda Guerra
Mundial.
Dedicou-se
ainda a outras artes e atividades, além da literatura e da poesia: desenhista
amador, cultivou também a heráldica, tendo criado o brasão das cidades de São
Paulo , Petrópolis (RJ), Volta Redonda (RJ), Londrina (PR), Brasília (DF),
Guaxupé (MG), Caconde, Iacanga e Embu (SP).
Foi
presidente da Comissão Comemorativa do Quarto Centenário da cidade de São
Paulo.
·1917 – Nós –
capa e ilustrações de Correia Dias, oficinas de "O Estado de S.
Paulo" [6].
·1919 – A
Dança Das Horas – capa e ilustrações de Di Cavalcanti, seção de obras
de "O Estado de S. Paulo".
·1919 - Messidor –
capa de J. Wasth Rodrigues,
oficinas da Casa Editora O Livro.
·1920 – Livro
de Horas de Soror Dolorosa – capa e ilustrações de J. Wasth Rodrigues,
oficinas de "O Estado de S. Paulo".
·1922 – Era
Uma Vez… - com desenhos de John Graz, edição de propriedade do Autor,
impressa nas oficinas da Casa Mayença, S. Paulo.
·1924 – A
Frauta Que Eu Perdi – edição do Anuário do Brasil, Rio de Janeiro.
·1925 – Meu –
capa de Paim, propriedade do Autor, impresso na Tipografia Paulista de José
Napoli e Cia., São Paulo.
·1925 - A
Flor Que Foi um Homem (Narciso) – capa e desenhos de J. Wasth
Rodrigues, Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
·1925 - Encantamento –
capa de Correia Dias, Livraria do Globo e Irmãos Marrano Editores, São Paulo.
·1925 - Raça –
impresso na Tipografia Paulista de José Napoli e Cia., São Paulo.
·1929 – Simplicidade –
Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·1931 – Carta
À Minha Noiva – Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·1931 - Você –
com desenhos de Anita Malfatti, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·1932 – Cartas
Que Eu Não Mandei – Editora Guanabara, Rio de Janeiro.
·1938 – Acaso -
(reconstituição de ornatos e letras ao gosto vitoriano, século XIX), Cia.
Editora Nacional, São Paulo.
·1941 – Cartas
Do Meu Amor – capa e desenhos de Noêmia, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
·1947 – Poesia
Vária – capa de Renato Zamboni, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·1951 – O
Anjo De Sal – Edições Alarico, São Paulo.
·1954 – Acalanto
De Bartira – capa de Renato Zamboni, vinhetas de abertura e fecho de
Brecheret e ornatos de Guidal, execução gráfica de Elvino Poccai, São Paulo.
·1956 – Camoniana –
com apresentação de Afrânio Peixoto, para a coleção Rubáiyát, da Livraria José
Olympio Editora, Rio de
Janeiro.
·1957 – Pequeno
Romanceiro – com desenhos de Gomide e letras de Abigail, Livraria
Martins Editora, São Paulo.
·1961 – Rua –
com fotografias de Eduardo Ayrosa, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·1965 – Rosamor –
com capa de Zamboni e ilustrações de Noêmia, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
·1968 – Os
Sonetos De Guilherme de Almeida – capa de Renato Zamboni, Livraria
Martins Editora, São Paulo [7].
·2010 -
"Margem: Poesia" - Apresentação de Marcelo Tápia; posfácio de Carlos
Vogt, Annablume; Casa Guilherme de Almeida, São Paulo.
Poesia (traduções)
·1932 – Eu
e Você – tradução do Toi et Moi, de Paul Géraldy,
ilustrações de Darcy Penteado, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·1923 – O
Gitanjali – de Rabindranath Tagore,
Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·1936 – Poetas
De França – edição bilingüe, Cia. Editora Nacional, São Paulo.
·Suíte Brasileira –
terceira parte do livro de Luc Durtain Quatre Continents, coleção
do Departamento Municipal de Cultura, São Paulo.
·1939 – O
Jardineiro – de Rabindranath Tagore, capa de Santa Rosa, Livraria José
Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·1943 – O
Amor de Bilitis (algumas canções) – de Pierre Louÿs, coleção Rubáiyát,
Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·1944 – Flores
Da Flores Do Mal – de Charles Baudelaire,
edição bilingüe, carvões de Quirino, Livraria José Olympio Editora, Rio de
Janeiro.
·Paralelamente
a Paul Verlaine –
desenhos de Dorca, edição bilingüe, Livraria Martins Editora, São Paulo.
·1965 – Festival,
de Simon Tygel,
edição bilingüe, com nus de Gomide.
·Arcanum, de
Niles Bond.
·1967 – Os
Frutos Do Tempo (Les Fruits du Temps) – de Simon Tygel, edição bilingüe,
com capa de Renato Zamboni.
Seleção de poemas e poesia completa
·1931 – Poemas
Escolhidos, Editores Waissman, Reis e Cia. Ltda., Rio de Janeiro. *1944 –
TEMPO, com prefácio de Jamil Almansur Haddad e ilustrações de Quirino, Editora
Flama Ltda., São Paulo.
·1952 – Toda
a Poesia (1ª edição), seis volumes, Livraria Martins Editora, São
Paulo.
·1967 – Meus
versos mais queridos, Edições de Ouro, Rio de Janeiro.
Teatro
·1916 – Mon
coeur balance e Leur ame, escritas em colaboração com Oswald de Andrade,
Tipografia Asbahr, São Paulo.
·1921 – Scheherazada,
um ato em versos, publicado em Toda a Poesia, Livraria Martins Editora, São
Paulo, 1952 (1ª edição).
·1939 – O
Estudante Poeta, escrita em colaboração com Jaime Barcelos,
inédito.
·1950 – Entre
Quatro Paredes (Huis Clos), de Jean-Paul Sartre, edição do autor, impressa na
Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
·1952 – A
Antígone, transcrição da tragédia de Sófocles,
edição bilingüe, Edições Alarico, São Paulo.
·1954 – Na Festa
de São Lourenço, tradução em versos, nas partes tupi e castelhana, do Auto
de José de Anchieta,
segundo o texto de Maria de Lourdes de Paula Martins, editado pela Comissão do
IV Centenário de São Paulo.
·1965 – História
de uma Escada (Historia de una Escalera), de Antonio Buero Vallejo,
Editora Vozes Ltda., Petrópolis.
Teatro (traduções inéditas)
·A importância de
ser prudente (The Importance of Being Ernest),
de Oscar Wilde.
*Orfeu (Orphée), de Jean Cocteau.
·1924 – Natalika,
edição da Candeia Azul, Rio de Janeiro.
·1926 – Do
sentimento nacional na poesia brasileira, tese de concurso, Tipografia da Casa
Garraux, São Paulo.
·1926 - Ritmo,
elemento de expressão, tese de concurso. Tipografia da Casa Garraux, São Paulo.
·1929 – Gente de
cinema, I Série, Sociedade Impressora Paulista, São Paulo.
·1933 – O meu
Portugal, Cia. Editora Nacional, São Paulo (reeditado pela Annablumme Editora,
São Paulo, 2016, com comentário pormonizado das crônicas que constituem o livro
e um extenso estudo introdutório sobre as relações que o autor estabeleceu com
Portugal e com a Galiza por Maria Isabel Morán Cabanas e Ulisses Infante)
·1935 – A Casa,
palestra pronunciada no salão do Clube Piratininga e dedicada aos alunos do
Ginásio Bandeirantes, Tipografia do Instituto D. Ana Rosa, São Paulo.
·1944 - Gonçalves
Dias e o Romantismo, conferência realizada na Academia Brasileira de Letras,
impressa na Revista dos Tribunais Ltda., São Paulo.
·1948 –
Histórias, talvez..., Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1948 - As
palavras de Buda, Livraria José Olympio Editora, Rio de Janeiro.
·1953 – Baile de formatura,
ilustrações de Renato
Zamboni, editado pelo Departamento de
Saúde do Estado de São Paulo.
·1961 – Jornal de
um amante, do Journal d’un Amant, de Simon Tygel.
·1962 –
Cosmópolis, São Paulo/29, oito reportagens de Guilherme de Almeida, carvões
de Gomide,
Cia. Editora Nacional, São Paulo.
Literatura infantil
·1941 – O sonho
de Marina, texto de Guilherme de Almeida, com ilustrações de Dorca,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1941 – João
Pestana, de Hans Christian
Andersen, com ilustrações de Dorca,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1942 – João
Felpudo, de Heinrich Hoffmann,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1943 –
Pinocchio, de Carlo Collodi,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1943 - O
camundongo e outras histórias, de Wilhelm Busch,
Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1943 - Corococó
e Caracacá, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1943 - O
fantasma lambão, de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·1946 – A mosca,
de Wilhelm Busch, Edições Melhoramentos, São Paulo.
·Colar Guilherme
de Almeira -A honraria é concedida às pessoas que tenham prestado valiosa
colaboração à literatura, cinema, teatro, música, artes plásticas e a outras
formas artístico-culturais de manifestação, bem como a preservação e a
divulgação da história da cidade de São Paulo.( Esta honraria foi criada
pelo Projeto de Resolução nº41/2016)