quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Homenagem Póstuma ao Centenário de Nascimento de SAUL ALVES MARTINS-pela ALJGR-PMMG e APM -24 de agosto de 2017.



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Soldado SAUL: Um Titã da Força Pública Mineira
No curso da história: Momento Propício! Ideal forte!  Condições políticas! Vontade incoercível do homem!  As instituições emergem. Morrem ou crescem. Crescendo, firmam-se, vencem as tormentas. Perenizam. Avançam no tempo. Insculpem-se na história. O Ser Humano, com presença criadora, ativa e proativa, é a seiva.
Todas carregam, no âmago, um painel espiritual e, nele insculpido, o nome inapagável dos construtores, dos mestres que legaram lições imorredouras, dos autores de feitos gloriosos: os TITÃS.
A instituição que olvida o nome de seus Titãs, que os perde na poeira do tempo, está fadada a um triste destino: o desaparecimento.
A Força Pública, cuja raiz emergiu no distante 1775, consolidou-se com diferentes denominações, e, apesar das tormentas furiosas e das ondulações políticas, atravessou, avançou e perenizou.  
Bissecular na preservação da Ordem Pública como expressão máxima de Polícia de Patrulha, foi além.  Guardou as Cadeias e Presídios. Defendeu princípios nas lutas internas. Guerreou no confronto externo. Foi decisiva com Delegados de Polícia, Escrivães e Investigadores a estruturar uma Polícia Judiciária.  


Onde o governo mineiro a convocou, respondeu com pioneirismo:  na música, no desporto especializado, no escotismo, na educação. Semeou e adubou. Viu a árvore frutificar: praças de esportes do interior, Escola de Educação Física, Bandas de Música, Orquestra Sinfônica, Escola Caio Martins, dezenas de Colégios Tiradentes...
Se fizermos a chamada simbólica desse passado, a história responderá presente com seus patrulheiros, comandantes, oficiais delegados de polícia, sargentos e cabos escrivães e investigadores criminais. Também ecoará a voz dos que, movidos pela alma da caserna, participaram da grandeza mineira nas diferentes vertentes das políticas de Estado.
Os Titãs – aqueles que fizeram a grandeza  da Força Pública –  nunca morrem. Continuam em trajetória cósmica. Olhando-nos e jorrando eflúvios sublimes sobre a instituição. São milhares!
Nesta data, 24 de agosto de 2017, evocando-os, num exercício cívico/espiritual, destacamos um deles. Um que permanece vivo em nossa memória miliciana.  É o Soldado Saul Alves Martins, neste ano do centenário de seu nascimento.
Januária, 1ºNov1917. Nasce a criança. Pequerrucho, desenvolve-se no árido sertão bafejado pelas águas do São Francisco. Jovem vigoroso, de corpo e alma, ingressa como Soldado na Força Pública, 09Out37.  
Soldado pronto, Cavalaria, em 38. Curso de Sargento, em 39. Promovido, serve no 10º BCM, Muzambinho. De 41 a 43, CFO. Aspirante, dá início à sua vocação de educador no 7º Batalhão, dirigindo Escolas Regimentais e de Recrutas. 1946 encontra-o no 5º Batalhão, 2º Tenente, exercendo as atividades da caserna e, concomitantemente, assessorando a Federação Mineira de Escoteiros. Estreia como Delegado Especial de Polícia em Almenara, Rio Casca e Nova Lima.
O miliciano, impecável nas atividades policiais e inteligência privilegiada, notabiliza-se no entorno social e cultural. Fev48: capitaneado por seu ex-mestre Ayres da Mata Machado, e mais 26 luminares da intelectualidade mineira, funda a Comissão Mineira de Folclore.
Até alcançar o posto de Capitão, abril de 1953, torna-se um expoente da educação: Diretor da Fazenda Santa Tereza e membro do Conselho de Ensino da Granja Escola Caio Martins. Sobressai-se como timoneiro de uma Polícia Educativa, seja comandando tropa ou como Delegado Especial de Polícia em sua terra Januária, Carmo do Paranaíba e São João Nepomuceno.
Na interação com o povo, surge o arauto do folclore em todas suas manifestações: costumes, música, literatura popular, danças, congados, artesanato... O poeta deixa o casulo: seu soneto “Flores do Campo”, em concorrido certame, 1951, é considerado pela Academia Mineira de Letras, um dos dez melhores da poesia contemporânea. Em 1952, São Paulo consagra, com prêmio monetário, sua monografia: “Artes e Ofícios Caseiros”. A revista Libertas, no comando do Cel. Vargas, enriquece-se com seus ensaios sobre as variadas vertentes do “Folclore Mineiro”.
1958 registra sua graduação em Ciências Sociais, pela Faculdade de Filosofia. A simbiose – soldado x intelectual de escol – persiste e impõe-se nos amplos espectros da sociedade mineira.  Insere-se no policiamento ostensivo, comandando Companhia do 5º BPO, e, paralelamente, faz presença ativa nos Congressos, em nível nacional, na área do folclore. É uma força-motriz que sustenta a cultura nativa.
Promovido a Major, a década de 60 leva-o ao auge da carreira policial-militar. Ascendendo a Tenente-Coronel, comanda o 5º Batalhão. É mestre das mais renomadas escolas superiores. Professor do vetusto DI: Sociologia e Economia Política.
1963: Patamar de Coronel, exerce a função de Diretor de Pessoal. Produtivo em seus ensaios literários, projeta a imagem de uma Polícia Militar profissional, coesa e educadora.
Na reserva, a partir de 1967, segue sua trajetória intelectual, líder em defesa da integridade do folclore. “Mestre e Doutor”, consagrado desde 1971 – Professor e dirigente universitário – seu nome alça ao pódio de reconhecimento no Brasil e avança no exterior: Societé d’Ethnologie et de Folklore, em Liège, Bélgica.
Eis, num ligeiro escorço, a vida de um Titã da Força Pública Mineira – Cel. SAUL ALVES MARTINS – 1ºNov1917/10Dez2009. Listar seus feitos na carreira policial-militar, sua extensa e profícua produção literária, sua caminhada de educador emérito, sua presença atuante como ícone do folclore nacional, exigiria um livro de centenas de páginas, da lavra de um escritor à altura do biografado.
Porém, nós que convivemos com Saul, que privamos de sua companhia e de sua sabedoria invulgar, podemos afirmar, em alto e bom tom, SAUL ALVES MARTINS, em toda sua glória jamais se despojou da farda da Força Pública do imortal Alferes Tiradentes. Sempre foi o Soldado SAUL, hoje reconhecido e homenageado como um dos Titãs que compõem o panteão da história da instituição militar mineira.
Camaradas da Força Pública, convidados, amigos, confrades e confreiras da Academia de Letras João Guimarães Rosa, neste instante de reverência, convoco-vos:   
           Aplausos para o centenário SOLDADO SAUL – o TITÃ - autor da letra da Canção da Polícia Militar de Minas Gerais!
Klinger Sobreira de Almeida – Cel. PM Ref.
(Discurso proferido em 24/08/17, em cerimônia cívica na APM)


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CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ



2003/2017




CANTO DO CISNE
1-Coletânea Organizada por
Sílvia Araújo Motta & Saul Alves Martins)
(Planejamento, Seleção do Conteúdo)

CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta, Silvia Araújo.













Título Original:

CANTO DO CISNE
1-Coletânea Organizada por
Sílvia Araújo Motta & Saul Alves Martins)
(Planejamento, Seleção do Conteúdo)

CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta, Silvia Araújo.

Capa,
Produção Gráfica,
Editoração Eletrônica,
Arte-finalização :
Sílvia Araújo Motta.

Copiadora Afonso Pena
Encadernação JC Ltda  -  José Carlos
Telefone: (31) 3271-9183.

                Ficha Catalográfica:
M922c

MOTTA  Sílvia  Araújo 
CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Versos para o centenário de nascimento de Saul Alves Martins e homenagens acrósticas
para POLICIAIS MILITARES.
 2003/2017
278 pp.

1-Literatura. 2 Poesia
3-Anexos (Prosa)
               CDD 869.15
                     CDU-869(81)-1
                          Por: Edwiges Léa M.Lopes.CRB 6a  R 907.










CANTO
DO
CISNE BRANCO
DA
PAZ




2003/2017











Título Original:

CANTO DO CISNE
1-Coletânea Organizada por
Sílvia Araújo Motta & Saul Alves Martins)
(Planejamento, Seleção do Conteúdo)

2-CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta, Silvia Araújo.

Capa,
Produção Gráfica,
Editoração Eletrônica,
Arte-finalização :
Sílvia Araújo Motta.

Copiadora Afonso Pena
Encadernação JC Ltda  -  José Carlos
Telefone: (31) 3271-9183.

                Ficha Catalográfica:
M922c

MOTTA  Sílvia  Araújo 
CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Versos para o centenário de nascimento de Saul Alves Martins e homenagens acrósticas
para POLICIAIS MILITARES.
 2003/2017
 400pp.

1-Literatura. 2 Poesia
3-Anexos (Prosa) 4-Fotos
               CDD 869.15
                     CDU-869(81)-1
                          Por: Edwiges Léa M.Lopes.CRB 6a  R 907.
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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho ao imortal
SAUL ALVES MARTINS,(Saulzinho...)
e sua esposa JULINDA (Julindinha...)
Aos FILHOS, NETOS E  FAMILIARES
do CASAL EXEMPLAR.

Aos Policiais da PMMG e CBM ,
Aos Amigos,
Acadêmicos,
Poetas,
Trovadores,
Prosadores,
Historiadores
e Pesquisadores
da Vida e Obra de Saul Alves Martins
e de tantos MILITARES
que merecem notável distinção
histórica-biográfica-acróstica,
neste 2º Volume, segunda edição.

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                                                 2003-2017


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PENSAMENTOS

“Faço-me forte em vossa vista pura”
Luís Vaz de Camões

“A minha Pátria é a Língua Portuguesa"...
“A base da (...) relação permanente entre os indivíduos
é a Língua, e é a Língua com tudo o que traz em si e consigo
que define a Nação.”    Fernando Pessoa

“Floresça, fale, cante, ouça-se e viva
a LÍNGUA PORTUGUESA,
e já,onde for SENHORA vá de si,
soberba e altiva.”       António Ferreira

“Da minha língua vê-se o mar.
Da minha língua ouve-se o seu rumor,
como da de outros se ouvirá o da floresta
ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar
foi a da nossa inquietação. ”
Vergílio Ferreira.

“A mão promoveu o homem, elevou-o da
base ínfima da irracionalidade ao plano superior,
ao vértice luminoso do entendimento,
que o liberta rumo às forças cósmicas.”
Saul Alves Martins.

                                “Não cai a folha de uma árvore sem anuência cósmica”
                                                         Saul Alves Martins                                         
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APRESENTAÇÃO

Há 14 anos, sob aplausos de Saul Alves Martins ao lado de sua esposa Dona Julinda e mais 81 convidados especiais, tomei posse na Academia de Letras João Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais.
Posso afirmar que esta despretensiosa pesquisa literária, “brotou pura como água fresca da mina, para ser bebida com simplicidade na concha das mãos...”
Inicialmente, pensei na forma simples de homenagear  SAUL ALVES MARTINS, que aos 88 anos, foi aprovado para ser meu PATRONO, na ACADEMIA VIRTUAL BRASILEIRA DE LETRAS! Quanta honra! Um PATRONO em VIDA! Inédito!
Um feliz acontecimento! Uma grata fusão de cérebros e corações, cujo êxito maior foi tão somente aumentar a satisfação deste meu imortal COMPANHEIRO DA ACADEMIA DE LETRAS JOÃO GUIMARÃES ROSA, onde tive a honra receber seus incentivos em minha posse de Parceira-Assessora aos 04 de outubro de 2003, razão última desta PESQUISA na nova fase de minha vida de professora-aposentada, com muita honra, com prazer; cargo que exerci por vocação.
Eis o que de melhor pude lhe oferecer, em VIDA!
Aceitei o convite do Presidente da ALJGR, para apresentação do PANEGÍRICO  AO  MEU PATRONO SAUL ALVES MARTINS, na primeira reunião da Academia de Letras João Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais, no dia 1º de julho de 2006. Que abraço apertado recebi de Cel. Saul, naquele dia. Espaço de tempo longe demais para demonstrar minha admiração pela vida exemplar deste HOMEM DE VERDADE! Aproveitei a oportunidade para prestar um preito de reconhecimento e gratidão à PMMG.
Escolhi alguns Acadêmicos e lhes ofereci meus acrósticos.
Pedi desculpas ao Presidente da ALJGR porque antes da minha Palestra, no sodalício, naquela data do aniversário dos 88 anos de vida de meu Patrono, não pude conter a vontade de entregar-lhe, pelo menos, alguns dos acrósticos contidos nas 354 páginas de pesquisa fotobiobibliográfica, frutos adocicados de carinho, de uma coletânea que ainda não tinha revisão amadurecida...Frutos colhidos do meu coração!

Fiz um destaque especial ao Clube dos Oficiais da Polícia Militar-COPM, entidade mantenedora de nossa Academia de Letras.
Um feliz acontecimento, uma grata fusão de cérebros e corações, cujo êxito maior é tão somente a satisfação DO MEU CORAÇÃO FARDADO e de minhas MÃOS, sempre  à disposição . Em minhas veias correm sangues militares e literários. Em minha poesia, versos fluem na métrica de gratidão e alegria. É o que posso oferecer à Polícia Militar, na comemoração dos seus 231 anos de fundação.

Para que serve uma ACADEMIA?

Na informação a seguir, o Coronel Carlos Alberto Carvalhaes, Presidente “ad vitam” soube muito bem iniciar nossa pesquisa:

UMA “ACADEMIA DE LETRAS EXISTE PARA DESPERTAR INTERESSES LITEROCIENTÍFICOS, ESTIMULAR TALENTOS E ETERNIZAR AS MELHORES REALIZAÇÕES DA INTELIGÊNCIA ENGAJADAS NA ELEGÂNCIA FRÁSICA, NA RIQUEZA DE CONCEITOS E NA BELEZA LITERÁRIA.”
PARA ISSO, FOI FUNDADA ESTA ACADEMIA.
“COM TRINTA E TRÊS PATRONOS E ONZE MEMBROS FUNDADORES, A POLÍCIA MILITAR, POR INICIATIVA DO CLUBE DOS OFICIAIS, FUNDOU E INSTALA HOJE, (5 de outubro de 1995) SUA ACADEMIA DE LETRAS, QUE LEVA O NOME DE SEU CAPITÃO-MÉDICO E RENOMADO ESCRITOR JOÃO GUIMARÃES ROSA. A PM INCLUI, ASSIM, MAIS UM INEDITISMO EM SUA HISTÓRIA, JÁ MARCADA POR ALGUMAS EXCLUSIVIDADES. A ACADEMIA RESGATA A MEMÓRIA DE VULTOS EXPRESSIVOS QUE SE LIGARAM À CORPORAÇÃO, TAIS COMO JUSCELINO KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, CORONEL-MÉDICO DA PMMG, PREFEITO DE BELO HORIZONTE, GOVERNADOR DE MINAS, PRESIDENTE DA REPÚBLICA; O SENADOR, GUSTAVO CAPANEMA, QUE FOI SEU COMANDANTE-GERAL; BENEDITO VALADARES RIBEIRO, GOVERNADOR DO ESTADO E CAPITÃO COMISSIONADO NOS CONTURBADOS ANOS TRINTA.
ENTRE OS PATRONOS DESFILAM NOMES COMO AUGUSTO DE LIMA JÚNIOR, FRANCISCO DUARTE BADARÓ, ELY MENEGALE, EUCLIDES DA CUNHA, PAULO RENÉ DE ANDRADE, CORONEL DA PM E RENOMADO HISTORIADOR; ANATÓLIO ALVES DE ASSIS, QUE LEGOU À HISTÓRIA DE MINAS APLAUDIDOS LIVROS; OTÁVIO BAPTISTA DINIZ, EDMUNDO LERY SANTOS, MANOEL JOSÉ DE ALMEIDA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E OUTROS LUMINARES DA LITERATURA MINEIRA E BRASILEIRA.
      OS MEMBROS FUNDADORES SÃO LITERATOS QUE JÁ PRODUZIRAM LIVROS RECONHECIDOS PELA CRÍTICA ESPECIALIZADA, TAIS COMO SAUL ALVES MARTINS, QUE TEM SEU NOME CITADO EM TRÊS ENCICLOPÉDIAS UNIVERSAIS, JOSÉ SATYS RODRIGUES VALLE, QUE COMPLETOU RECENTEMENTE, COM “SUA EXCELÊNCIA O CORONEL”, A SAGA INICIADA COM “SUA EXCELÊNCIA O CABO”.
      OUTROS NOMES SÃO OS DE KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA, ANTÔNIO NORBERTO DOS SANTOS, GERALDO TITO SILVEIRA, OSWALDO DE CARVALHO MONTEIRO, JOÃO BOSCO DE CASTRO, JAIR BARBOSA DA COSTA, AFFONSO HELIODORO DOS SANTOS E CARLOS ALBERTO CARVALHAES.
      A ACADEMIA APRESENTA RAZÕES DE SOBRA PARA A SUA FUNDAÇÃO. A PMMG TEM SÓLIDA TRADIÇÃO DE CULTURA, BASTANDO CITAR SEU PATRONO NÚMERO UM, O CAPITÃO JOÃO GUIMARÃES ROSA, ALÉM DE ASSIS CHATEAUBRIAND”.(In Discurso do Cel. Carlos Alberto Carvalhaes, Presidente da ALJGR/PMMG).
     Vale a pena conhecer todo o histórico da criação, idealização, fundação e instalação  da ALJGR/PMMG.    
     Dia 24 de agosto de 2017, a ALJGR e APM prestaram uma emocionante ao SAUL ALVES MARTINS, de Soldado a Coronel. O Presidente Klinger Sobreira de Almeida proferiu um discurso de dez minutos, que conquistou aplausos de todos. No Salão Nobre da APM, feita a recepção dos Convidados, Acadêmicos, Amigos e Familiares, houve uma sessão de FOTOS ao lado dos “Banners” alusivos ao evento. O encerramento do belo Desfile Militar feito com apresentação de um banner de 5mx2m carregado por Cadetes da APM e apresentado aos componentes do Palanque .
                                                        
                                                            Sílvia Araújo Motta.
   







Primeira Parte:

Exaltação in memoriam
ao ano Centenário de Nascimento
do Coronel SAUL ALVES MARTINS.
1907-2017
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                 SAUL ALVES MARTINS 

Acróstico-biográfico Nº 61
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul Martins, em Verdade,
A-A sua vida é Bandeira,
U-Um farol de Lealdade:
L-Luz da Educação Mineira.

A-Acadêmico exemplar,
L-Lírico Autor, Coronel...
V-Vibrante Pai cujo Lar
E-Esmalta os dons de Julinda:
S-Sublime gema do Anel!...

M-Mestre: Professor-Doutor,
A-Arquiteto da Ciência,
R-Rico em Saber Social,
T-Tem poder recriador,
I-Indianista de excelência.
N-No Conselho Magistral
S-Sempre exalta a Academia!
Belo Horizonte, 7 de junho de 2003.
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SAUL ALVES MARTINS

Vida e Obra em Versos (T.272)

Por Sílvia Araújo Motta

1-Mineiro de Januária
Saul Martins é imortal.
Uma Vida extraordinária
em Ciências Sociais.

2-Saul nasceu meio dia
Em pleno norte mineiro,
no Chapadão, quem diria:
-Chão da estrada do pandeiro!

3-A primeiro de novembro
daquele ano dezessete,
vendo o calendário lembro,
bem dentro, século vinte(XX).

4-Saul nasceu pequenino
que nem um quilo pesava
mas, com carinho o menino,
em pouco tempo engordava.

5-Seus pais, a roça deixaram
e o rancho da liberdade,
para a cidade levaram
saudade, muita saudade.

6-Saul teve infância boa
com peripécia infantil...
Em grupo, corria à toa,
para o tempo juvenil.

7-Via o Rio São Francisco
a convidá-lo a nadar.
Criança não via o risco
e só queria brincar.

8-Com outras crianças juntava
para apanhar melancias
O dono via e ralhava,
contou-me em suas memórias.

9-As festas religiosas
ao São Gonçalo, à noitinha,
são lembranças tão gostosas
com tanta vida, à caminho.

10-Nos veredais tão imensos
punha o cavalo a correr,
a segurar-lhe no dorso...
jamais irá se esquecer.

11- O passeio de canoa,
no grande Rio da História...
é viagem linda e boa,
que não lhe sai da memória.

12-Do tempo que já passou
Saul lembra com saudade...
De tudo aquilo guardou
o valor de uma amizade.

13-Encontrou  no amigo, um irmão!
Teve no irmão, um amigo!
Sempre soube dar a mão
e a paz esteve consigo.

14-Saul valoriza a vida
a justiça e a verdade.
Crê em Deus e na Mãe querida,
Madrinha, na realidade.

15-Mestre-Titular Doutor,
Humanista e Antropólogo,
Professor, Pesquisador,
Escritor e Folclorólogo.

16-No Conselho Diretor
da Escola Caio Martins,
Presidente de valor:
foi Doutor Saul Martins.

17--Conselho Universitário,
na PUC-Minas, dois anos.
Conselheiro extraordinário
de Professores e Alunos.

18-Chefiou na Faculdade
Federal-Minas Gerais,
dois Cargos que na Verdade,
valiam por muito mais.

19--Departamento Especial
Área da Sociologia,’                 
Antropologia Social,
Área da Filosofia.(70-73).

20--Na Academia Mineira
de Letras, condecorado,
na colocação primeira
seu soneto premiado.

21- “Flores do Campo”, escolhido
entre muitos, foi julgado,
entre os “Dez Mais” aplaudido
da Fase Contemporânea.(1951)

22-Monografia famosa
“Artes e Ofícios Caseiros”
em São Paulo, tão honrosa,
recebeu Prêmio em dinheiro.

23-Nos Congressos Brasileiros
de Folclore realizados,
representou bons mineiros
por seu saber destacado.

24-Congresso Internacional
em São Paulo realizado,
Saul, Membro Nacional:
-Folclore especializado.

25-Para o “IV Centenário
do Brasil”, nosso Doutor,
teve um trabalho diário,
ordem do Governador.

26-No Congresso Brasileiro(VII)
no Distrito Federal,
Saul foi sempre o Parceiro
Folclorólogo sem igual.(1974)

27-No Conselho Estadual
de Cultura Popular,
um Projeto Nacional
Saul pode (ô)  coordenar.

28-Projetos, divulgações
de Cultura Artesanal,
diversas exposições
mostram Folclore total.

29-E na Comissão Mineira
foi grande idealizador,
na programação inteira,
excelente Fundador.

30- Professor em tantos cursos
até Pós-Graduação,
sempre ao Folclore ligados
com sua melhor lição.

31-Em Beagá/ MG,
membro do Instituto Histórico,
Geográfico e AMULMIG,
um Pesquisador Folclórico.

32-É Membro Internacional:
do Folclore e Etnologia.(Bélgica)
Correspondente Nacional
de várias Academias.

33-Aos vinte anos chegou
em Belô pra trabalhar
e ser Soldado escolheu
por que soube a Pátria amar.

34-Aluno de Aires da Mata
Machado, pode lembrar,
toda Pesquisa desata:
o nó cego a incomodar.

35-No campo, principalmente,
de Ciências Sociais,
Área de Estudo frequente
Saul colaborou mais.

36-Lá no Estudo Científico
colocou o Artesanato,
Saul deu-lhe o belo título:
“É uma Ciência de Fato.”

37-Saul-Homem da Verdade,
um Diretor Doutorado,
hoje está, da Faculdade
bem feliz aposentado.

38-Trabalhou na Newton Paiva
e na UFMG,
tantos cursos ministrava
que fez crescer o saber.

39-Saul Martins, é verbete
de importantes dicionários
Pesquisador excelente
por isso tem prêmios vários.

40-No “Antônio Dó” publicado,
o jagunço do sertão
no episódio divulgado
tem verdade de montão.

41-“Antônio Dó” traz a história
lá da Serra das Araras,
obra-prima literária
que está entre as obras raras.

42-“Antônio Dó” revoltado
com o mando dos fazendeiros,
forte, andava bem armado
na defesa dos pioneiros.

43-Não havia punição
para coronéis “mandões”
é histórica a informação
que deixou muitas lições.

44-A proteção policial
aos “coronéis” atendia,
judiciária, social
dava ao rico, garantia.

45-Outro livro bem famoso
de Saul é “Os Barranqueiros”
científico trabalhoso,
escolhido em “romanceiros”.

46-“Barranqueiros” sociológico
descreve uma região.
É histórico, antropológico
desde a primeira lição.

47-“Barranqueiros”. Sertanejo
revela a sabedoria
e nas penúrias eu vejo
a pura filosofia.

48-Muitos livros eu já li.
do meu querido Patrono:
-Mas falo que nunca vi
tanta cultura, em um trono.

49-Certo dia à tardinha,
ao Saul fui visitar...
Julinda, esposa madrinha,
com prazer fui abraçar.

50-Mês? Julho, Belo Horizonte,
Vinte e seis, posso lembrar:
-Da folhinha, fui à fonte
para Sant´Ana rezar...

51-Que belo livro ganhei!
Sempre em minha cabeceira!
Do “Número Três” tirei
lições para a vida inteira.

52-Este livro é dedicado
a quem o Bem sempre faz,
a quem busca ser amado,
com justiça, amor e paz.

53-Oitenta e sete! Lançado
pelas Edições Carranca.
Com magia elaborado,
muita reflexão arranca!

54-Três coisas causam desgraça:
_A quem só busca dinheiro,
mulher bonita e cachaça,
perderá o lugar primeiro.

55-Quem ama pode dar provas
fazer versos a sorrir,
tocar no violão as trovas,
ver o luar, sem dormir.

56-Nunca  se pode emprestar
livro, serrote, mulher,
na volta, fazem chorar
a quem mexer a colher.

57-Na Clássica Antiguidade,
o três na Mitologia,
denota sempre a Verdade,
que à Humanidade extasia.

58-Júpiter já controlava
raio trífido famoso,
netuno, o cetro mostrava,
valor do tridente honroso!

59-Em seu “Oráculo-Delfos”
é importante pra sibila;
assentada na tripeça
nas respostas não vacila.

60-Antiga Roma exigia,
vergonha ao mal pagador,
pois nas nádegas sentia,
bater três vezes a dor.

61-O endividado, coitado,
no Pórtico / Capitólio,
nu, numa pedra assentado,
pagava com dor, o espólio.

62-São três as aspirações
que levam sempre à Verdade:
liberdade às multidões,
fraternidade e igualdade.

63-Três virtudes teologais
Fé, Esperança, Caridade.
Quatros estações anuais
tem três meses, na verdade.

64-Realização especial:
fatores de Produção,
Natureza, Capital,
Trabalho/ dedicação.

65-Três cores fundamentais:
azul, vermelha, amarela!
Mulheres especiais:
rica, inteligente e bela.

66-Divisões da sociedade:
_Religiosa e Militar...
Civil é uma realidade,
que vale participar...

67-Tempo: presente e passado
preparam vida futura.
Com o grande amor ao meu lado
minha vida, feliz dura...

68-Necessidades vitais,
econômicas e místicas
a humanidade quer mais
discutir ações políticas.

69-O CRIADOR é legal:
_Nos reinos da natureza
são Vegetal, Animal
e Mineral, com certeza.

70-Eis a divisão do dia:
Manhã, Tarde e Noite, enfim
É certo, que eu não sabia
que a vida é também assim.

71-Numa intersecção solar,
o eclipse é Parcial...
ou mostra a forma Anular,
ou de astro Oculto, total.

72-A matéria, na existência,
Estados Físicos: Líquido,
pense numa experiência
pense no Gasoso, e Sólido!

73-Em breve continuarei
a falar do “Panorama
Folclórico”, que lerei...
Só com quem Folclore ama...

74-Será belo o lançamento!
Saul está entusiasmado.
Já deixo o agradecimento
para meu Patrono honrado!

75-Li, com grande antecedência,
Livro, antes de ser lançado, (SESC)
Saul em sã consciência,
mostrou-me emocionado.

Belo Horizonte, 2 de setembro de 2005
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SAUL ALVES MARTINS-CONSTRUTOR DO PROGRESSO
Patrono 34 da ALJGR-PMMG
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Acróstico-biográfico, in memoriam Nº 6501
Por Silvia Araújo Motta/BMG/Brasil
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C-Conhecido como “Construtor do Progresso”
O-O Cidadão Honorário de Belo Horizonte;
N-Na cidade de Bonito: Cidadão Honorário;
S-Seu título foi outorgado pela FIEMG (1972).
T-Teve 35 Troféus; 46 Medalhas, com 8 de ouro;
R-Recebeu 17 placas de prata. Fez no Pós-graduação:
U-Uma monografia: “Educação Rural” que lhe
T-Trouxe os primeiros contatos com o Folclore.
O-O Museu de Artesanato da cidade de Vespasiano
R-Rende-lhe a Homenagem que registra o seu nome.
 -
D-Do “eneassílabo” na Canção à PMMG, sua autoria
O-Ouvíamos a sugestão dele, para que fosse corrigida a
 -
P-Partitura como a “original.” Lembro-me que pedi esta
R-Realização ao Regente Capitão João Jorge que aceitou
O-O desenho virtual, das notas corretas, pelo Tenor Dr. Sena.
G-Garantido o ritmo adequado, Saul olhou-me e disse-me
R-Rindo e balançando a cabeça, mostrando-me gratidão:
E-É “Profa. Sílvia Motta!_Quero agradecer sua determinação!
S-Se não fosse você, eu não teria visto esta simples correção!
S-SAUL ALVES MARTINS, meu Patrono, “Conselheiro e Amigo”
O-O Acadêmico da ALJGR, que nunca mais vou esquecer!
---Um segundo Pai para mim, Mestre de tantos que conheci”---
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Belo Horizonte, MG, terça-feira, 27 de julho de 2017.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6066089
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Breves Biografias:

Doutor SAUL ALVES MARTINS
Pesquisador. Nasceu em Januária (1917), no Norte de Minas. Veio para BH aos 20 anos, para ser soldado da antiga Força Pública (a atual PM) - e seguiu carreira militar, chegando a coronel. Paralelamente, fez curso com Helena Antipoff, em Ibirité. "Fiz pós-graduação em educação rural, para ser diretor de escola, e este foi o primeiro contato com o folclore como ciência", recorda.
Cita as aulas com  Aires Mata Machado. Novas pesquisas e mais estudos o levaram para o campo das ciências sociais. É de 1970 a tese de doutorado de Saul Martins na área de ciências sociais, com estudo que leva o título de contribuição ao Estudo Científico do Artesanato. A atração pelas manifestações populares "é dom".  Remete também, como recorda o pesquisador, à infância em sua terra natal e, em especial, a sedução pelas festas de São Gonçalo, tema de seu primeiro livro.
(Fonte: texto do repórter Walter Sebastião, Caderno EM Cultura, jornal Estado de Minas, 24.8.03, pág. 4).
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Mestre SAUL ALVES MARTINS
Saul Alves Martins nasceu no dia l° de novembro de 1917, na cidade de Januária, MG. Doutor em Ciências Sociais, foi professor da Universidade Federal de Minas Gerais na qual exerceu dois mandatos de chefe do Departamento do Conselho Diretor das Escolas Caio Martins, professor de pós-graduação (doutorado) na UFMG, latu sensu, no Unicentro Newton Paiva (Belo Horizonte, MG).
Aposentado, atualmente pronuncia conferências, palestras e, como professor, participa de cursos intensivos de Folclore e Antropologia. Na área de Folclore, além de diversos ensaios e muitos artigos em revistas e jornais, publicou Artes e Ofícios Caseiros (1959), O artesanato no Serro (1964), A indústria caseira em Pitangui (1966), Proteção do artesanato (1966), O museu e as pesquisas artesanais (1969), Arte e artesanatos folclóricos (1976), O arte popular figurativa (1977), O artesanato na região de Barreiras (1973) e Uma oficina em cada lar (1974).
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Mineiro SAUL ALVES MARTINS
Saul Martins, nascido em Januária, em 1917. No livro "Antonio Dó: o jagunço mais famoso do sertão", cuja primeira edição é de 1967, adiciona informações históricas e análise sociológica, sendo a obra de caráter literário. O episódio transcorre nas primeiras décadas do século 20, na Serra das Araras. Antonio Dó era um homem revoltado contra o poderio e o mandonismo dos coronéis da região. Escapou-se de emboscadas e tentativas de morte a mando de fazendeiros. A revolta maior do bandido era em face da proteção policial e judiciária aos fazendeiros; a não punição aos crimes destes. Para proteger-se aliou-se a outros bandidos.
O bando foi crescendo ao ponto de exigir um grande contingente policial para eliminá-lo. Outro livro de Saul Martins, de plena relação com a região, é intitulado "Os barranqueiros". A primeira edição é de 1969. Tem um tríplice caráter científico: histórico, sociológico e antropológico. Traz no seu conteúdo, a certeza da história e a beleza de um romance.
O primeiro conto do livro, "O catrumano", revela a sabedoria, a filosofia do sertanejo analisando as penúrias do sertão; a certeza da morte em face da pobreza. Ironicamente o sertanejo diz que o governo tinha razão de desejar substituí-los por imigrantes italianos.
Fonte: Texto de Antônio de Paiva Moura.Norte de Minas: dos primórdios à Revolução de 1930. Fonte: www.asminasgerais.com.br/cidades-offline/norte
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Mestre  de  Mestres
SAUL MARTINS ALVES, de Januária, Minas Gerais, 01.11.1917, escreveu, entre outros, A DANÇA DE SÃO GONÇALO(1954), CONGADO-FAMÍLIA DE SETE IRMÃOS(1988), sem dados biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da pesquisa, via textos publicados. Após os estudos primários em sua terra natal, deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Formou-se em Ciências Sociais.     Mudou-se para Brasília em 1972. Professor Universitário, Antropólogo.
É encontrado no DICIONÁRIO DE ESCRITORES DE BRASILIA, de Napoleão Valadares. Foi Presidente da Comissão Mineira de Folclore. Membro de diversas entidades, entre as quais, Associação Nacional de Escritores. Participante de muitas coletâneas, dentre outras, SEMENTEIRA LUZENTE, 1991, de Antonio José de Azevedo.
Apesar de sua importância, não é suficientemente estudado na ENCICLOPÉDIA DE LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2002 e nem é convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta, Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
É verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site :
FONTE: www.usinadeletras.com.br.
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SAUL ALVES  MARTINS
                Entrevistado por Sílvia Araújo Motta

É mineiro de Januária, onde nasceu a primeiro de novembro de 1917, Doutor em Ciências Sociais, pela UFMG, Professor de Antropologia, Pesquisador, Poeta e Folclorólogo.       Veio para Belo Horizonte aos 20 anos, para ser Soldado da antiga Força Pública (a atual PM) - e seguiu carreira militar, chegando a Coronel.Já se vê que ocupou, na ativa, todos os postos, da corporação. Paralelamente, fez curso com Helena Antipoff, em Ibirité: “Fiz pós-graduação em educação rural, para ser diretor de escola, e este foi o primeiro contato com o Folclore como Ciência”, recorda.
             Cita as aulas com Mestre Aires da Mata Machado. Novas      pesquisas e mais estudos o levaram para o campo das Ciências Sociais.A atração pelas manifestações populares “é dom”. Remete também, como recorda o pesquisador, à infância e sua terra natal e, em especial, a sedução pelas festas de São Gonçalo, tema de seu primeiro livro, publicado em 1953.
Bacharel em Ciências Sociais - UFMG , 1957. Registros do Diploma: Na Faculdade, nº 81, Livro nº 2 fls.27, em 16 de fevereiro de 1958;
Registro do Diploma na  Reitoria:  nº 799, Livro nº 3 fls. 40, em 22 de dezembro de 1958;
No MEC, nº 24.644, Livro F-24 fls. 170 v, Processo  nº 30.719/59, em 7 de dezembro de 1959.
Licenciado em Ciências Sociais-UFMG, 1959. Registros do Diploma:
Na Faculdade, nº 279, Livro nº 2 fls.40, em 12 de fevereiro de 1960;
Na Reitoria,  nº 1800, Livro nº 3 fls. 90, em 2 de março de 1960;
No MEC, nº 30255, Livro F-27 fls. 131 v , Processo n º 30.719/59,em 28 de novembro de 1960.
Doutor  em Ciências Sociais - pela FAFICH da Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em ANTROPOLOGIA, curso iniciado em 8 de maio de 1968 e concluído, em 14 de dezembro de 1970,com defesa pública de tese,  estudo que leva o título de Contribuição ao Estudo Científico do Artesanato.
Registro do Diploma na Reitoria:nº 791, Livro DV-5 fls. 80, em 22 de dezembro de 1958; Processo  nº 30.183 / 71, em 9 de julho de 1971.
Foi presidente do Conselho Diretor das Escolas “Caio Martins”, nos anos de 1962 e 1963; membro do Conselho Universitário da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, por dois anos, Professor de Pós-Graduação “lato sensu”, no Unicentro Newton Paiva-BH; mestrado na FAFICH-UFMG; E Doutorado na Escola de Direito da UFMG.
Por três vezes, uma na UFMG e duas na USP, integrou Bancas de Doutorado. Também três vezes, uma na FAFICH-UFMG e duas na UFDF integrou Bancas para Seleção de professores universitários.
Chefe do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFMG, de 1970 a 1973.
Em 1951, em concorrido certame, a Federação das Academias de Letras do Brasil considerou seu soneto “Flores do Campo” um dos dez melhores da fase contemporânea, em Minas Gerais. No ano seguinte, a Discoteca Pública Municipal de São Paulo premiou em dinheiro, sua monografia “Artes e Ofícios Caseiros”.Prêmio em Dinheiro.
Participou de todos os Congressos de Folclore realizados no Brasil, tendo sido relator, no último destes, de um dos painéis. Representou o Estado de Minas Gerais no Congresso Internacional de Folclore, que reuniu especialistas de 32 países em São Paulo, durante o IV Centenário. De novo, por expressa delegação do Governador, representou Minas Gerais no Distrito Federal, por ocasião do VII Congresso Brasileiro de Folclore, realizado em 1974.
Foi membro do ex-Conselho Estadual de Cultura Popular do Estado e um dos Coordenadores do Programa Comemorativo do Sesquicentenário da Independência do Brasil, em Minas Gerais. Foi membro do Conselho Penitenciário do estado de Minas gerais, durante cinco anos, nos governos de Hélio Garcia e Itamar Franco. membro também do Conselho Administrativo da Escola de Serviços Penitenciários João Franzen de Lima. Coordenou inúmeras semanas, festivais e exposições em Belo Horizonte para estudo e divulgação de cultura popular tradicional e vem ministrando cursos ligados à Antropologia,  em muitos lugares do País, inclusive em nível de pós-graduação, como o que foi dado na Universidade do Amazonas, em 1975.
É Presidente de Honra da Comissão Mineira de Folclore,  criada em 19 de fevereiro de 1948, e único sobrevivente dos 28 fundadores. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais, da Societé Internationale d´Ethnologie et de Folklore, com sede em Liège, Bélgica, é da Academia Municipalista de Letras, da Academia de Letras Municipais do Brasil e membro correspondente das Academias Conquistense(Bahia), Itajubense e Juiz-Forana (Minas Gerais) de Letras. É Membro Fundador da Academia de Letras João Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais e Presidente do Conselho Superior . Foi Mestre do Ano, em 1963, personalidade destaque em 1976  e em 1977,  Cidadão de Resist~encia em 1978; ganhador dos Troféus “Antero de Alencar” em 1978,  “Alferes Tiradentes” em 1984 e outros muitos num total de 35.
Em maio de 1979, a convite da Universidade Nacional de Córdoba, República Argentina, participou do Seminário sobre Patrimônio Artesanal.Tem várias obras publicadas e outras a sair. Uma daquelas serviu de roteiro para filme de longa metragem, colorido, hoje rodando no circuito comercial.  Participou do I Simpósio Nacional sobre Folclore, realizado em Olímpia, Estado de São Paulo, no período de 14 a 17 de agosto de 1986, tendo atuado como Vice-Presidente por escolha unânime dos colegas folcloristas.
Já foi agraciado com 46 MEDALHAS, sendo 8 destas de ouro, 17 placas de prata.
Cidadão Honorário de Belo Horizonte (Resolução 900, de 28 de abril de 1987) e Cidadão Honorário de Bonito de Minas.
Recebeu o título de “Construtor do Progresso”. FIEMG, em 1992.
Belo Horizonte, 26 de agosto de 2005.
Fonte: Gravação em Fita-cassete, feita pelo próprio Saul Alves Martins,  em sua residência, para complemento da entrevista concedida à escritora Sílvia Araújo Motta.
(Ver páginas 6 e 7 do Livro de Saul Martins: “O Misterioso Número três”. Edições Carranca.1987.
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AUTOBIOGRAFIA
SAUL ALVES MARTINS

I
Não longe de Goiás nem da Bahia,
Em pleno chapadão norte-mineiro,
Foi lá, precisamente ao meio dia,
No chão de estrada velha do Pandeiro,

Que vim à luz, me opondo à biologia,
Pois se deu de novembro no primeiro
E pelas contas de mamãe seria
Em princípios do mês de fevereiro.

O ponteiro das eras navegava
Sobre o século vinte e se abeirava
Do número dezoito, indiferente.

Levaram-me, com toda a segurança,
Da caixa de sapatos à balança,
Eu nem pesava um quilo propriamente.

II
Atrás de sonhos e ilusões pequenas,
O meu pai nos levou para a cidade,
Disse, chorando adeus às açucenas
E ao ranchinho de paz e liberdade.

Dura falta sentimos das amenas
Terras da nossa generosa herdade,
Pois quem viveu na roça um mês apenas
Plantou no peito o espinho da saudade.

Seguindo é certo, as curvas do destino,
Foi boa a minha vida de menino,
Foi boa a minha infância, muito boa:
À noitinha, assistindo ao São-Gonçalo,
Nos veredais imensos, a cavalo,
Sobre o dorso das águas, de canoa.

III
Nem de longe me passa a fantasia
De vestir-me de príncipe, se nada
Ou quase nada fui na amarga via
Em que passei durante a caminhada.

Apenas rampas e portões eu via
No percurso de toda a minha estrada;
Nunca alcancei os louros da poesia
E nem tive o consolo de uma fada.

Por onde andei fiz boas amizades,
De muita gente acumulei saudades,
Sempre que pude dei a mão a alguém.

Sou rude aos maus, prezo a justiça e a vida,
Creio em Deus e na Virgem-mãe querida,
De vício nem de nada sou refém.

(in: Canção da Terra: 1998:15,16,17.)

SAUL EM FAMÍLIA PEQUENA

Dueto-Acróstico-biográfico
Por Sílvia Araújo Motta

S-São tantos fatos à mão...
A-A poesia é uma pintura,
U-Um pincel no coração...
L-Lindo quadro, se emoldura!
-
E-Está chovendo lá fora,
M-Mas aqui, feliz Senhora!
 -
F-Fita graciosa folia,
A-Atende um “ai” sem demora!
M-Muito perto da alegria,
Í -Insiste, a saudade , agora...
L-Ligeiro “um” empurra o irmão,
I -Instante, seu grito implora!
A-À Mãe, mais uma apreensão.
 -
P-Perto o Sérgio que sorria
E-Então começa a chorar...
Q-Que susto! E a Mãe daria
U-Um passo para ajudar...
E-E Julinda o socorria!
N-No entanto, Tuca corria
A-Ao Papai pra se amparar.

Belo Horizonte, 30 de julho de 2005.
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FAMÍLIA

Por Saul Alves Martins

Lá  fora a chuva caía,
Cá dentro, de pito à mão,
Enquanto o fumo subia
Eu dava certa atenção.

À graciosa folia
Do Tuca com seu irmão;
O Sérgio somente ria,
Dava-lhe o Tuca empurrão.

Nisto o menor se machuca,
A Julinda chega, e o Tuca
Junto a mim vem se amparar.


Entretanto, leva um esbarro,
Caindo sobre o cigarro,
E abrem os dois a chorar.

Fonte:
(In: Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 35)
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SAUL  E  SEU PAI

Dueto-Acróstico biográfico Nº 3
por Sílvia Araújo Motta

S- Seu pai Justino-um herói,
A- A plantar muita BONDADE...
U-Um fio saudoso tece e dói!
L- Legitima prece à verdade.

A- Ao educar foi um guia
L- Luz, caminho e harmonia.
V- Vivia a aconselhar...
E- Excelente exemplo a dar,
S- Sérias lições a cobrar.

M- Muito apoio pela vida
A-  À família soube dar.
R-  Ralhava, se necessário,
T-  Tempo certo, pra educar,
I-   Inesquecível !Extraordinário!
N- Neste tempo de criança
S-  Seu Pai, presença-lembrança.

Belo Horizonte, 26 de julho de 2005

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SAUL FILHO

PAPAI

Por Saul Alves Martins

Quando eu era uma criança,
Oh! como a saudade dói!
Tudo em volta era esperança,
Era o papai meu herói.

No tempo da juventude,
Tinha olhos, mas não via;
Nessa fase, um tanto rude,
O papai foi o meu guia.

A idade, então, foi chegando,
Surgem estorvos - o joio;
Ele sempre aconselhando,
era o papai meu  apoio.

No cume da vida, agora,
O novo tornou-se antigo;
Eu vejo que em toda hora
O papai foi meu amigo.

(In: Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 56








SAUL  RECÉM-NASCIDO 

Dueto-Acróstico histórico Nº 276
por Sílvia Araújo Motta

S- Saul Martins é mineiro!
A- A criança de Januária,
U- Um irmão, um bom companheiro,
L- Lembranças extraordinárias.

A- Ao meio dia nasceu...
L- Lá estrada do “Pandeiro”
V- Veio aos “Santos festejar”
E- Em Novembro, dia primeiro
S- Sem nem um quilo pesar.

M- Mamãe Maria Martins
A-  Ao lado do Pai Justino
R-  Risonhos, todos afins.
T-  Total: vinte e seis meninos,
I-   Irmãos dos dois casamentos (do Pai)
N- Na união e nos carinhos
S-  São lembrados bons momentos.

Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
Dia dos Avós.
Dia de Sant ´Ana (Mãe de Maria, a Virgem Maria e avó do Menino Jesus.
Fonte:
www.asminasgerais.com.br/cidades-offline/norte
www.jangadabrasil.com.br/revista/julho68/im

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MAMÃE

Por Saul Alves Martins

Ela deu a mim o ensejo
De abrir caminho seguro
Para alcançar o desejo
De conquistar o futuro.


Não conheci mordomia,
O seu regime era duro,
Mas o bem ela queria,
Só pensava em meu futuro.


Se indeciso   repreendia:
-Não fique em cima do muro,
Isso expressa covardia
E compromete o futuro.

Tinha razão, Deus louvado,
Oh! sábia mamãe! Eu juro,
A senhora, no passado,
deu-me um presente -o futuro.

(In: Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 57

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SAUL  E SUA MÃE

Dueto-Acróstico histórico Nº 5
 por Sílvia Araújo Motta

S- Sábia Mãe! Autêntica religiosa!
A- A Dona Maria Moreira Martins,
U- Uma esposa dedicada, mãe extremosa,
L- Lúmen emitido aos parentes afins.

A- A sua palma da mão sustentou-lhe,
L- Levou-lhe ao oratório e ofereceu-lhe:
V- Virgem:-“Tome conta dele pra mim”
E- E “cria-o....” Saul transcende o real.
S- Saul Martins tem madrinha celestial.

M- Mãe sentinela! Enfrentou procelas!
A-  A sua coragem velou a vela acesa.
R-  Razões de sobra buscou nas estrelas,
T-  Tempo, luz, sabedoria, paz, beleza,
I-   Incomparável fortaleza, pode vê-la
N- Na tempestade , erguer o mastro-vital,
S-  Somar paciência, Amor e Bondade!
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL  E AS CARRANCAS

Dueto-Acróstico histórico Nº 6
 por Sílvia Araújo Motta

S- São tantas recordações
A- Acordadas lá da infância.
U- Umas fortes emoções...
L- Límpidas reminiscências.

A- As proezas, com certeza
L- Levam a marca “pureza”
V- Várias vezes se escondia:
E- E lá da Escola fugia
S- Saía pra ver as “barcas...”

M- Muitas barcas com carrancas
A- Atraíam ao lugar!
R -Rio São Francisco! Tantas
T- Tarefas a realizar...
I-  Ícone quase Profético!
N- Nosso Patrimônio Artístico
S- Saul aprendeu cuidar.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005

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SAUL  E AS MELANCIAS

Dueto-Acróstico histórico Nº 279
por Sílvia Araújo Motta

S- São doces, ternas, queridas
A- As lembranças refletidas
U- Um sinônimo de ação
L- Liderando a sugestão...

A- Atravessar com alegrias,
L- Largo rio, em correnteza...
V- Vinha  “roubar” melancias,
E- Eram graúdas...Beleza!
S- Sempre verdes e vermelhas.

M- Muitos amigos deixou
A-  Ao ver um sonho desfeito.
R-  Risonha infância passou,
T-  Tão forte, ainda está no peito!
I-   Imagens e caos causou...
N- Na mente hoje, sente o efeito
S-  Saudade do que passou.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005

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SAUL PAI DE JIÇARA MARTINS  ESCRITORA
Dueto-Acróstico Nº 9 por Sílvia Araújo Motta

J-Jiçara Martins é escritora!
I-Importante, seu livro “Árvores
Ç-Caiadas”.Uma Obra que aflora
A-A emoção à primeira leitura.
R-Ressalta a Suprema Criação
A-À beleza secreta da Natureza.
 -
M-Modernos versos na inspiração.
A-Acolhe paradoxos e os colore!
R-Razões cósmicas levam à percepção.
T-Transpõe coisas do tempo e elabora
I-Impressões cotidianas do coração,
N-No verso eterno que incorpora
S-Sensibilidade e conscientização.
 -
F-Filha de Saul Martins e Julinda.
E-Esposa de Paulo, Mãe linda e querida.
R-Rompe barreiras-Graduada Engenheira
N-Na UFMG, em setenta e quatro.
A-Aprovada na Fundação Dom Cabral,
N-Na Especialização Engenheira Econômica.
D-Do Ensino recorda: Colégio Tiradentes,
E-Escolas Henrique Diniz e Caetano Azeredo,
S-Seu 3º ano no Colégio Universitário-UFMG.
 -
S-Sua nova publicação traz novas viagens!
A-As palavras, chaves do espírito elevado,
N-Na forma simples: “Um olhar...Versos e Imagens”
T-Tem estilo agradável, fortemente assinalado
O-O valor do invisível, através do palpável.
S-Seu lema é visível: Amizade, Amor, Verdade.

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PERFEIÇÃO
Por Saul Alves Martins

Não sei cantar-te, ó pétala mimosa,
Impossível pintar-te um sonhador;
É sem proveito a voz tão lacrimosa
No soneto de um simples trovador.


Inda rimando em versos cor-de-rosa,
Poeta algum exprime o teu valor;
És a virgem mais casta e mais formosa,
Alma inocente de bondade e amor.


Com a brancura da lua sobre a neve,
Tens carícia de um lago, a sombra leve
Dos vapores que passam como véu.


Quando partires desta amarga vida,
Hás de saber o quanto és distinguida
Entre os mais belos anjos lá do Céu!

(In: Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 26

            SAUL  E
     “ANTÔNIO  DÓ”

Dueto-Acróstico histórico Nº282
Por Sílvia Araújo Motta

A-A primeira edição é de 1967.
N-No início, Antônio Dó era revoltado.
T-Trabalhava na “Serra das Araras”
O-Onde reclamava, pois era “injustiçado”.
N-No mandonismo, os “coronéis do sertão”
I -Impunham a proteção policial e judiciária.
O-O poderio incentivou  “Dó “  à situação.

D-Defendeu-se das emboscadas e crimes sem punição!
Ó-Orgulhoso, foi o jagunço mais famoso do sertão.!

J -Jagunços, históricos, fortes , corajosos,
A-Atacando os coronéis inescrupulosos,
G-Garatiram o destaque no futuro!
U-Um  mineiro de Januária de valor cultural,
N-Nomeou, “Antônio Dó”com fatos fabulosos.
Ç-Creditou a 2ª edição em 1997.(SESC-MG)
O-O livro serviu de roteiro ao Filme Comercial.

Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL  E “OS BARRANQUEIROS”

                    Dueto-Acróstico histórico Nº283
                    Por Sílvia Araújo Motta

L-Livro que tem tríplice caráter
I-Inerente à Arte ! História verdadeira
V-Valor antropológico e sociológico.
R-Relata os fatos à sua maneira!
0-Obra clássica de valor filosófico.

O-O livro foi publicado em 1969.
S-Sua edição do Centro de Estudos Mineiros.

B-Barranqueiros do Rio São Francisco!
A-A obra é um estudo de Ecologia,
R-Relata a comunidade dos mineiros!
R-Revive o folclore do Brasil, com magia,
A-A grande voz, agindo dos pioneiros,                  
N-Na interpretação cultiva a sabedoria.
Q-Quanta tradição do povo da ribeira!
U-Uma aceitação do sertanejo, na peleja,
E-Enfrenta com resignação as penúrias,
I- Injúrias, labutas, perseguição do sertão.
R-Referência de fatos reais, lendas, toadas,
O-O espírito humanista, a oferta da verdade!
S-Sua contribuição é valiosa pela autenticidade.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL  NA COMISSÃO
MINEIRA DE FOLCLORE

Dueto-Acróstico-histórico  Nº 284
 por Sílvia Araújo Motta

M-Mineiros reunidos no Conservatório de Música
I- Instalaram a Comissão Mineira de Folclore,
N-No dia dezenove de fevereiro de 1948.
E-Eram 28. Por sugestão de Renato Almeida
I- Início de um Patrimônio Mineiro da Nação
R-Reconhecido o primeiro Estado da Federação
O-Organizou-se para a pesquisa e divulgação.
S-Saul é o único sobrevivente.Bem atuante!

D-Da Comissão Mineira de Folclore
A-A aclamação: Saul “Presidente de Honra”.

C-Cargo  desempenhado com prazer!
O-Oitenta e oito anos vividos!
M-Modesto infante a Coronel vibrante
I- Inúmeros trabalhos aplaudidos.
S-Suas publicações, sua cultura e ações
S-São lições que fazem crescer.
Ã-Acadêmico Doutor em Ciências Sociais.
O-Os seus exemplos humanistas, especiais.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL ARTICULISTA
Do Jornal  “ O Diário”-1950

OS ESPANTALHOS

Dueto-Acróstico-histórico Nº 285
Por Sílvia Araújo Motta

E-Espantalhos erguidos nas plantações,
S-Simples estátuas à frente das porteiras,
P-Protegem terras e espalham superstições.
A-Arte-espetáculo com feições grosseiras,
N-Nos manequins de palha chamam atenções.
T-Trazem quase sempre o vermelho colorido!
A-Às vezes, feitos de pano, exibem a crença;
L-Livres opções, evitam feitiço e mal olhado.
H-Há tradições que apenas guardam de herança
O-O crâneo ou caveira do boi de estimação
S-Simplesmente espetada na ponta de uma vara.
-
D-Designam segredo contra a terrível “mundiça”:
E-Evitam pragas de gafanhotos, besouros e outras.
 -
S-Saul, Cientista Social, Folclorólogo real,
A-Articulista em Jornal faz suas revelações.
U-Um respeitável Mestre e Antropólogo
L-Ligado à Sabedoria Popular Tradicional.

Belo Horizonte, 14  de agosto de 2005.

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SAUL 
DOUTOR  EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFMG

Dueto-Acróstico-histórico Nº 286
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul é Doutor em Ciências Sociais
A- Acostumado a abrir fronteiras educacionais.
U- Um intelectual que busca a especialização
L- Lei universal da razão-mente e do coração.

M- Mantém-se atualizado, aos conflitos sociais
A-  Às reais dificuldades da humanidade.
R-  Recorre à teoria e  prática educacionais.
T-  Torna viável a marcha da sociedade
I-   Intervém com Palestras para Profissionais
N- Na sinalização do espírito humanista.
S-  Suscita a busca dos símbolos culturais.

S-Sociologia é “antes de tudo” e Saul faz
O-O estudo do Comportamento Social.
C-Cuida de registrar tradição e traz
I- Indiscutivelmente-contribuição cultural.
Ó-Objetivo maior vai além do pessoal,
L-Lê e escreve sobre transformações de um povo
O-Organiza a estrutura social
G-Garante mudanças e mostra o homem novo.
O-O passado é preservado no futuro universal.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL
ANTROPÓLOGO SOCIAL

Dueto-Acróstico-histórico Nº 287
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul Martins é um sábio Antroposófico!
A- Antroposofia é a sabedoria do Homem;
U- Uma “cia” do Cosmo: “Cada ser é único,
L- Livre,  autoconsciente, frente ao mundo.”

M- Mais ainda! Sentimento e memória!
A-  Antropólogo Social, de personalidade marcante!
R-  Relaciona-se bem com sua história!
T-  Transpõe a maturidade resistente,
I-   Intrínseca união, na base do SER,
N- No ente físico-diamante na forma,
S-  Ser Humano-“forma” especial de homem.

A-A sua alma é pura, transparente
N-Na forma(ô) substancial de vivente,
T-Toda a espontaneidade de um HUMANO
R-Retoma a imanência das operações...
O-O ato primeiro do corpo natural organizado.
P-Processo vital intelectivo-SAUL é ativo!
Ó-Objeto da razão-vontade! Saul:sabe o que quer!
L-Luz espiritual-Saul entende e transcende
O-O âmbito do concreto e do sensível.
G-Garante a Ciência e Consciência que busca,
O-O abstrato e o universal na LEI NATURAL.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005.
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SAUL  e seu PATRONO
NA ACADEMIA DE LETRAS
JGR/PMMG

Dueto-Acróstico-histórico  Nº 288
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul Martins é Coronel da PMMG
A-Autor de duas dezenas de livros e mais:
U-Um Professor Universitário da UFMG
L-Lidera, apóia, aconselha ! É demais!
 -
M-Militar de fecundas atividades profissionais
I-Imbatível qualidade de Grande Mestre
L-Líder de Grupos Militares e Culturais
I-Importante Membro da Academia de Letras
T-Tem Posse de Fundador da Cadeira Trinta,
A-A homenagear Dr.José Vieira C. de Magalhães.
R-Reconhecido Escritor, General Brigada EB.                
 -
A-A pesquisa levou-o ao Patrono filho de Português:
C-Com Ensaio de Antropologia: “O Selvagem” 
A-Aos estudos de “Anchieta e as Línguas Indígenas”
D-Dedicado às Viagens do Rio Araguaia, Sertanista,
Ê-Especialista Político e Bacharel em Direito,
M-Mãe: Tereza e Pai: Antônio Carlos Magalhães.
I-Impossível esquecer: Diamantina de seu Patrono
C-Com seu berço inaugurado em 1-11-1837.
O-Orgulho Acadêmico Militar Condecorado.
Belo Horizonte, 22 de agosto de 2005
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JOSÉ VIEIRA DE  COUTO MAGALHÃES
                         Patrono de Saul Alves Martins
Acróstico Histórico-Biográfico Nº 289
Por Sílvia Araújo Motta

J-  Jovem Militar prestou serviços em São Paulo.
O- Onde comprou 120 alqueires do Sr. Santos Camargo.
S-  Sua residência em 1986.Faleceu General, em dois anos.
É- E o filho herdou o local, que foi herdado pelo Tio Leopoldo.

          V-Valoroso Memorialista Regional. Do Bairro Paulista
I- Informou fatos minudentes para o Patrimônio Histórico.
E- Em complemento à História dos “Cem Bairros de São Paulo”.
I-  “Itaim-Bibi”,  ex-fazenda, é a Casa de Saúde Bela Vista.
R- Rapaz , pai de José Couto de Magalhães, sem casamento,
A- Assumiu a paternidade com uma índia que veio do Pará.

C- Corajoso, o General nasceu em Diamantina.
O- O Militar amigo do Imperador D. Pedro II,
U- Um Presidente da Província de São Paulo,
T- Teve a prisão após a Proclamação da República,
O-  Ordenada pelas Tropas do Marechal Floriano.

D- De José Vieira Couto de Magalhães, muitos anais:
E Estudou as canções Populares e as recriou.

M Muitas interpretações folclóricas locais, registrou.
A As suas publicações são históricas:
G Grandiosa e verdadeira “Viagem ao Araguaia”.
A “Anchieta e as Línguas Indígenas”...
L  “Lindo e puramente descritivo “O Selvagem”...
H Heróica-detalhista “Revolta de Felipe dos Santos”
A  “A Fundação de São Paulo” ou “Os Guayanases”.
E Enfim, pelas importantes contribuições culturais,
S Suas informações raras merecem as distinções.
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José Vieira Couto de Magalhães-Patrono da Cadeira 26
Da Arcádia de Minas Gerais
Ocupada por Wilson Veado-Área: Ciências Humanas
Seção: Literatura Indigenista
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SAUL ESPOSO DA
FLOR JULINDA GARCIA MARTINS

Dueto-Soneto decassílabo-clássico nº 1488
Por Sílvia Araújo Motta

Julinda é flor que exala paz e amor,
Rosa em botão nascida em São João
Nepomuceno, Minas traz valor,
Raiz profunda espalha fé, perdão.
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Pétala firme mostra linda cor,
Na primavera, outono até verão,
Emana luz, no inverno põe calor,
No coração materno faz canção.
-
Esposa amada, santa mãe Julinda!
Dezoito netos, puro amor-perfeito,
Nove bisnetos! É mulher querida!

Com proteção divina canta a glória,
Vitória certa conta nesse preito
Lindo jardim florido colhe a história.
Belo Horizonte, 15 de agosto de 2007.
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O PÉ DE ROSAS

Por Saul Alves Martins

Hoje, meu bem, desejo consagrar-te
Os sons da lira que em meu peito chora,
Às Musas suplicando esmero e arte
E força aos versos que te escrevo agora.


E quero ser ouvido em toda parte,
Que o mundo todo escute, sem demora,
As rimas que escandi para expressar-te
O meu estreme amor por ti, senhora.


Há muitas primaveras caminhamos
De braços dados no jardim que nós plantamos,
Que nós plantamos de carinhos teus.


Muitas rosas perfumam nossa vida
E a sagrada roseira és tu, querida,
És tu, querida, a mãe dos filhos meus!

(In: Canção da Terra. 2ª.ed.  1998:22)
Ver dedicatória do livro para:
 JULINDA GARCIA MARTINS.

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JULINDA GARCIA MARTINS

Dueto-Homenagem acróstica Nº 1449
Por Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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J-“Jamais a esquece, quem a conhece”
U-Uma mulher que emana bondade!
L-Linda na história, aplauso merece,
I-Impõe ternura, amor de verdade.
N-No doce lar, a vida floresce;
D-Dos filhos, netos, tantos bisnetos,
A-A cada dia, sonho que cresce.
 -
G-Guarda lembrança em terra mineira!
A-Ama família, pais tão bondosos,
R-Recordação Garcia-Junqueira
C- Com laço eterno, gestos valoiosos .,
I-Idade? Aos treze, quase catorze
A-Apaixonada, tornou-se amada!
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M-Morada certa no Santo Antônio.(BH)
A-Aos dezesseis, a jovem bem casada...
R-Risonhos tempos, duas almas afins,
T-Trabalho enfrenta, mas realizada!
I-Inesquecível, será sempre amada
N-Na companhia , SAUL A. MARTINS,
S-Sempre com Senhor  Deus, feliz na jornada.
Belo Horizonte, 15 de agosto de 2007.
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SAUL FILÓSOFO

“Há mais mistérios entre o céu e a terra
do que a vã filosofia dos homens
possa imaginar"
               William Sheakspeare

PENSAMENTOS E METÁFORAS
 DE SAUL ALVES MARTINS:

1-“Nada acontece sem a anuência cósmica”

2- “...Sou rude aos maus, prezo a justiça e a vida,
creio em Deus e na Virgem-mãe querida...”

3- “...E vi-te, enfim, ó flor do sofrimento,
abrir a fímbria azul do firmamento
e majestosa entrar na eternidade.”

4- “...Muitas rosas perfumam nossa vida
e a sagrada roseira és tu,
és tu, querida,a mãe dos filhos meus!”.

“...Quem atirou no charco a mocidade
não pode na velhice ser feliz.”

6- “...És a Virgem mais casta e mais formosa,
alma inocente de bondade e amor.”

7- “...Sofre o boêmio, clama a mocidade,
mas é debalde: a taça da vaidade
esvaziou-se com o correr  dos anos.”

8- “... Os passos desses heróis
são faróis
que segurança nos dão
e razão,
seguiremos e cada vez mais
paz queremos em Minas Gerais.”

9- “...Quem olvida, soldados,
Vossos feitos em terras estranhas?
Estais já consagrados!
Sois a guarda em que o povo confia,
Sois a voz das montanhas,
Do Brasil sois o guia.”

10- “A mente é tudo. O senso da razão,
eis, lhe digo, a maior consolação
que o homem pode ter...”

11- “...Às vezes o vigor que nos anima.
É o sopro da desgraça que se arrima;
Outras vezes sonhando com a pobreza
Despertamos nos braços da riqueza...”

12- “... há muito pão cruel
que nós comemos sem sentir o fel
Só por sabermos que amanhã, cedinho,
Aos nossos lábios, saboroso vinho.”

13- “...Somos chama no meio’ da tempestade;
ora a tocha clareia, protegida,
e ora teme e escurece enfraquecida.”

14- “...Não se amofine! Enfrente essa procela!
Coragem! Seja a própria sentinela
Que alimenta e mantém a luz acesa,
Que a livra das rajadas de surpresa.
Cabe a nós mesmos amparar a chama
Inda morrendo exposta ao vento e à lama.”

15- “...Maravilhoso espelho do universo,
cabem neles o espaço, o mar,a flor
e a imensidade cálida do amor.”

16- “... Mas, ó Jesus, é incômodo demais
a gente ser ovelha onde há chacais!”

17-“O ponteiro das eras navegava...”

18-“ Plantou no peito o espinho da saudade”

19-“Apenas rampas e portões eu via
no percurso de toda a minha estrada...”

20-“...Limpaste os homens da sujeira física
só os não lavaste do carvão moral...”

21-“... a chuva é filha da paixão, é mágoa,
é lágrima de dor o pingo d`água,
por isso fere o coração da gente!”

22- “...No sangue temos
a nobre herança,
toda a pujança
dos conjurados.
Fortes marchemos,
eia soldados!...”
23- “...O livro é um filho que tem de nascer.”
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HÁ TEMPO PARA TUDO

Acróstico Nº 291
Por Sílvia Araújo Motta
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H-Há um Grande Mestre da Sabedoria Popular
Á-A falar em Eclesiastes sobre o tempo a passar.
 -
T-Tempo para nascer e tempo para morrer.
E-Espalhar pedras e tempo de ajuntar pedras.
M-Matar e curar, tempo de buscar e perder.
P-Palavras para falar e o tempo de calar-se.
O-O tempo de amar e o tempo de aborrecer.
 -
P-Para plantar, tempo de arrancar e de colher.
A-Aguardar o tempo de sorrir e o de chorar.
R-Receber a guerra e esperar o tempo da paz.
A-Abraçar e afastar-se, de rasgar e de costurar.
 -
T-Tudo tem o seu tempo determinado, entende:
U-Um tempo de propósito sob o sol ardente.
D-Dizer que tudo é vaidade em tempo presente:
O-O melhor é saber ouvir o sábio que repreende.
Belo Horizonte, 15 de agosto de 2005.
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SAUL ,
PSICÓLOGO NATO

Dueto-Acróstico-histórico Nº 292
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul é Psicólogo Nato diante de “questões”!
A- A sua vida e obra apresentam soluções.
U- Um HOMEM que se preocupa com o consciente,
L- Ligado às funções vitais do subconsciente.

P-Procura o conhecimento humano completo
S-Sábio Orientador de interações grupais
I- Iluminado em sua subjetividade
C-Consegue distinguir das funções mentais
Ó-O comportamento necessário de VERDADE.
L-LÍDER Nato! Destaque entre Profissionais!
O-Orgulho universitário, Professor de Valor,
G-Garante a releitura da realidade cósmica,
O-O modelo centralizador que é descentralizador.

N-Na lógica pedagógica, sua Metodologia
A-Atinge o estudo da Humanidade imperfeita:
T-Toma os conceitos, coloca-os na hierarquia,
O-Objetivos da anuência cósmica perfeita.

Belo Horizonte, 26 de julho de 2005





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FLORES DO CAMPO

Soneto
por Saul Alves Martins

Quando, em setembro, chega a Primavera,
Aparecem nos campos, nas queimadas,
Ou mesmo nos barrancos das estradas,
Até na palha seca da tapera.

Belas flores de  pétalas bordadas,
De raro olor e de aparência austera,
Lindo jardim que a natureza gera
Para alegrar a vida nas chapadas.

Debalde cultivá-las no canteiro!
Só poderemos vê-las soberanas,
No seu meio, no peito de um vaqueiro,

Nos tapumes de humílimas cabanas,
Depois da chuva, à tona de um ribeiro,
Ou nas tranças de frívolas ciganas.

___________________________

Nota:
Classificado, em 1951, pela Federação das
Academias de Letras do Brasil,
um dos dez melhores sonetos mineiros
da fase contemporânea.
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SAUL MARTINS SONETISTA

Dueto-Acróstico-histórico Nº 293
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul é sonetista premiado!(1951)
A-A Federação das Academias de Letras
U-Um sério certame teve selecionado:
L-Lindo soneto “FLORES DO CAMPO.”
 -
M-Melhor forma clássica consagrada.
A-As estrofes tem versos perfumados
R-Ricos, de metáforas recheados.
T-Toda a inspiração que a natureza gera
I- Induz a pensar na Primavera...
N-Nas flores dos barrancos das estradas
S-Soberanas nas tranças das ciganas.
 -
S-São belas as pétalas bordadas,
O-Olor tão raro, em peito de vaqueiro,
N-Nos campos ou nas queimadas
E-Estão a colorir o seu canteiro.
T-Tempo setembro, alegre nas chapadas,
I- Irradiam luz à tona de um ribeiro,
S-Suas pétalas cheias de gotas da chuva
T-Traduzem a VIDA no mundo inteiro...
A-A Academia Mineira de Letras, a sempre-viva!
Belo Horizonte, 12 de agosto de 2005
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SAUL DESCREVE
BARRANQUEIRO DO SÃO FRANCISCO

Dueto-Acróstico-histórico Nº 294
Por Sílvia Araújo Motta

B-Balsa de boa madeira(cedro)
A-Ao chegar do velho Rio
R-Repõe a alegria inteira.
R-Retornam: Pai, Filho, Tio,
A-Avô, Neto e Bisnetos...
N-Nos lares , muita fartura!
Q-Que  trabalho! O homem é honesto!
U-Um porto em vida segura...
E-E não se importa com o resto.
I-Indica o barco de peixes,
R-Revê o ajoujo carregado,
O-Ostenta o mastro e na praia
S-Seu canto é marco encantado.
 -
D-Da PAISAGEM FLUVIAL
O-O totem é sempre ideal.
 -
S-São Bom Jesus da Lapa
A-Acolhe das águas, os votos,
O-Ofertas dos seus devotos...
 -
F-Feijão “ferrado” é sustento!
R-Reinventa a paz, com cachaça...
A-Ao preparo do alimento
N-No fogo, a panela esquenta...
C-Carne, peixe, jacuba, no muquém!
I-Intempéries da natureza
S-São desafios, com certeza.
C-Com vigor físico excepcional
O-O barranqueiro é sensacional.
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SAUL  MARTINS titula
MUSEU  DO FOLCLORE
EM VESPASIANO-MG

Dueto-Acróstico-histórico Nº 248
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul Martins, o imortal,
A- Até titula Museu
U- Um pesquisador real
L- Lugar certo, mereceu.

A- A cidade é industrial,
L- Local mineiro legal!
V- Vespasiano é “Cultural”
E- Em Folclore Nacional,
S- Sua atração é mundial.

M- Museu SAUL MARTINS:
A- Acervo temático, rico
R- Retém valores de Minas
T- Tem o cunho filosófico,
I-  Impõe magia, em desfiles,
N- Numa visita agradável
S- Sua presença é memorável.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005

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SAUL  E O ARTESANATO

Dueto-Acróstico-histórico Nº 295
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul Martins valorizou o Artesanato
A- Ao publicar sua Obra Nacional (1973)
U- Uma “Contribuição ao Estudo Científico”(1973)
L- Liberando o “Plano de Proteção Artesanal”

E- Esquematizou planos à expansão turística:

O-O ramo artesanal sob a ótica do local.

A-Além da importância histórica, o artesanato
R-Recriou do ponto de vista pedagógico,
T-Trabalho artístico, moral, terapêutico,
E-E ainda, psicológico, sócio-econômico.
S-SAUL nomeia o Museu Saul Martins,
A-Acervo histórico do Folclore Mineiro.
N-Na intenção pura e única de colaborar
A-A sua ação, o imortalizou na doação.
T-Tem peças de Mestres da Arte Popular,
O-Orgulho na Cidade Mineira de Vespasiano.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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ARTE  ARTESÃO  ARTESANATO

Dueto-Acróstico nº 296
por Sílvia Araújo Motta /BH/MG/Brasil

A-A  palavra ARTE tem várias significações:
R-Representa a forma de produção,
T-Transformação da matéria-bruta pelo homem
E-E pode também explorar o belo
S-Se buscar a forma da expressão humana.
A-Aristóteles já explicava sobre a arte:
N-Nos mostrando a arte mecânica, arte técnica,
A-Arte de Fazer , ou parte do simples Ofício.
T-Trabalho original é marca pessoal do ARTESÃO
O-O artista que faz à mão, objetos para a comunidade.

S-Segundo Saul Alves Martins, o ARTESANATO
E-É um sistema de trabalho do Povo,
G-Garantido os tipos: indígena ou primitivo,
U-Um folclórico, semi-erudito, requintado.
N-Não se pode confundir Artesanato-fonte de produção.
D-Diz que Produto é Coisa e Artesanato é
O-O conjunto de maneiras pelas quais a COISA é feita.

S-Sua importância é reconhecida histórica-universal.
A-Atua contra o desemprego, equilíbrio e Paz SOCIAL.
U-Utilitário ARTÍSTICO aprimora a matéria-prima,
L-Libera a imaginação, talento e sensibilidade.
 -
M-Meio PEDAGÓGICO para educar crianças em idade escolar,
A-Aperfeiçoa o lado ESPIRITUAL e MORAL  do Artesão,
R-Recomendado valor TERAPÊUTICO para aliviar  tensão,
T-Tem valor CULTURAL que reproduz e divulga as tradições
I-Inúmeros fatores Psicológicos,filosóficos, antroplógicos
N-Na VIDA ARTESANAL, são forças que carregam lições!
S-Sua expansão turística depende de conscientização POLÍTICA.



INSTITUTO CULTURAL
AMÍLCAR MARTINS

Dueto-Acróstico-histórico Nº 50
Por Sílvia Araújo Motta

S-Selecionada e farta bibliografia
A-À disposição de assíduos leitores:
U-Uma Seção Especial de Folclore,
L-Leva-os à Coleção de Pesquisadores.
 -
M-Muito importante é o ICAM
A-A divulgar o conhecimento mineiro,
R-Realiza eventos de lançamentos,
T-Trabalhos diversos artísticos.
I-Instituto Cultural Amílcar Martins:
N-Novo espaço de valor à tradição,
S-Sempre-viva à memória em doce canção.
 -
N-Nos estudos de Saul Alves Martins,
O-O ICAM é fonte pura de informação,
 -
I-Indica “Os Barranqueiros” do São Francisco
C-Completo estudo; “Folclore em Minas Gerais”
A-“A Dança de São Gonçalo” e outros
M-Mais! Vale a pena visitar  o ICAM.Chega mais!
-
Belo Horizonte, 27 de julho de 2005
Fonte: http://www.icam.org.br/colecao/folclore.html
-
SAUL ,
O PESQUISADOR

Dueto-Acróstico-histórico Nº 298
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul, é mineiro, natural de Januária!
A-A sua  Pesquisa é completa, sem igual!
U-Uma nova terra, recriou para a história.
L- Linguajar simples,  retrata o regional.

O-O Homem de Verdade é da VERDADE.

P-Paciente, Observador, Inteligente, Escritor.
E-É merecedor de incontáveis aplausos “de pé”.
S-Sua produção é o que há de melhor.
Q-Querido e Amigo testemunha sua Fé.
U-Um ilustre, lúcido, sério Pesquisador!
I – Infatigável cultiva devoção clarividente.
S-Sua dedicação  revela-se no Amor.
A-As coisas do passado tão presentes
D-Despertam interesse ao investigador,
O-Os seus livros mostram profundidade
R-Revelam o seu conhecimento  de valor.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005.
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SAUL FALA DO BOI ANDÁ

Dueto-Acróstico-histórico Nº 299
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul, Folclorólogo pesquisou,
A-Anotou uma bela toada a mais:
U-Um texto do “ Boi-Andá” que publicou:
L-Livro: “Folclore em Minas Gerais”(1982)
 -
F-Foi editado pela Universidade UFMG
A-A divulgar um boi “vermeio” e feio:
L-Linguajar simples do povo a cantar,
A-Ajuda a pedir para o “Boi-Andá.”
 -
D-Diz brincadeiras sem jeito para o Prefeito.
O-O pente, a moça, a trança, o “taio” e o “aio”.
-
B-Boi-Andá, mineiro, em Ferros, é tradição.
O-O Boi no Folclore tem ritual parecido.
I-Intenção e tema, matança e ressurreição.

A-A figura do Boi leva um homem na armação.
N-Nas duas varas, rabo, caveira com chifres reais
D-Dão força à imaginação. A gingar, risca o chão.
Á-A exibição tem música típica, plateia, animação.
Belo Horizonte 16 de agosto de 2005.

-
SAUL fala do BOI MORENO

Dueto-Acróstico-histórico Nº 300
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul, Folclorólogo pesquisou,
A-Anotou uma bela toada a mais:
U-Um texto do Boi-Moreno que publicou:
L-Livro: “Folclore em Minas Gerais”(1982)

F-Foi editado pela Universidade UFMG
A-A divulgar “Amaia” para o gado reunir.
L-Linguajar simples para estar “na malhada”
A-“Arriba, meu boi” assume o sentido de partir.

D-Diz ao boi “para comer capim...”
O-O que à dona da casa?: -“Tem dó de mim!”

B-Boi Moreno é identificado mineiro,
O-O Boi da cidade de São Francisco.
I-Inspira o “bucho vazio!” Chegada e saída!

M-Mundo que diz que o “Boi não saía...”
O-O “Boi está na rua”. Comunidade, alegria!
R-Roda, arriba, “amaia.”  “Realidade, ação!
E-Exibição, dança típica! Animação da platéia!
N-Na vida, o valor da paz e socialização.
O- O amor à cultura ! Povo na rua!Tradição.
Belo Horizonte, 28 de julho de 2005.
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SAUL MARTINS E O REISADO

Dueto-Acróstico Histórico Nº 63
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul Martins registrou com atenção
A-A peregrinação dos Três Reis Magos:
U-Um registro da Escritura Sagrada
L-Localizada no Salmo setenta e dois!
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M-Magos seguiram a estrela até Belém
A-Aceitaram a Profecia de Balaão e partiram.
R-Reconhecidos na tradição cristã pela viagem
T-Também pelo que ofertaram à “Criança”:
I-Incenso, Ouro e Mirra, por simbologia.
N-Nomeados pelo povo: Gaspar-o moreno,
S-Senhor Melchior-o branco e Baltasar- o negro.
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O- O REISADO é um canto épico.Há 4 modalidades de reis:
      de-caixa, do-boi, das -pastorinhas,da- mulinha- de -ouro.

R-Rememora o nascimento de Jesus Cristo,
E-Em que o povo chama  a festa de “Rancho”,
I-Indica simplesmente “Folia de Reis”.
S-São festas também chamadas de “Terno”
A-As pessoas céticas ao sobrenatural apontam para
D-Descreverem apenas, o fenômeno astronômico:
O-Onde houve a conjunção de Júpiter e Saturno.
(*)Ver páginas 148/149 do livro:
Panorama Folclórico de Saul Alves Martins.2005.300p.
(*)Silvia nasceu  Dia de Reis, em Belo Vale 6/Jan/1951.
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CONHEÇA SAUL MARTINS DOUTOR

Dueto-Acróstico Por Sílvia Araújo Motta

C-Conheça o Saul Martins Doutor!
O -O Mestre, Poeta Mineiro!
N-Na Ciência Social põe Amor.
H-Homem Certo e Conselheiro,
E-É Antropólogo, Escritor,
Ç-Culto em Saber Popular,
A-A sua Monografia é famosa...
 -
S-Sábio nas “Artes e Ofícios Caseiros”
A-A divulgar nossa cultura tradicional!
U-Uma personalidade amada, real
L-Lidera a Pesquisa, entre os primeiros...
 -
M-Mais do que AMIGO, um pai a falar,
A-A escrever ou dar a melhor sugestão...
R-Reinventa a história com boa memória,
T-Transcende sabedoria, usa a razão.
I-Irradia bondade em qualquer lugar.
N-Nas Academias e nas Universidades
S-Sua Obra é imortal na vida exemplar.
Belo Horizonte, 25 de outubro de 2005.
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SAUDADE

Por Saul Martins

Lembrança amena e triste
Do bem
E desejo de reencontro.
E também
Sensação de abandono,
Que tira o sono.
Saudade abrange
Espaço e tempo:
Envolve caminhos sáfaros
Ou distantes
E está presente
No coração da gente;
Horas verdes de esperança,
Horas azuis de concórdia,
Amarelas de perdão
Ou misericórdia
E horas roxas de solidão.
Saudade é dor
Que se faz de amor.
Belo Horizonte, 12 de abril de 1997.
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SAUL ALVES MARTINS
COM SAUDADE...
-
Dueto-Acróstico Nº ????
Por Sílvia Araújo Motta
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S-“Saudade” um triste sentimento, de breve história
A-Assinada no peito aberto de Saul Alves Martins;
U-Uma data que ele queria guardada na memória:
L-Lamento do 12/Abril/1997, não foi seu eleito!
 -
A-Antigo guerreiro, que foi tão valente, um dia...
L-Limites não tinha nas horas verdes, de esperança;
V-Vencia sempre, com as horas azuis da concórdia;
E-Em horas amarelas do perdão, conseguia a aliança;
S-Seriam roxas, as horas de alguns dias de solidão?
 -
M-Misericórdia sempre soube esperar do Criador;
A-A sensação “de abandono” tirava-lhe o sono...
R-Recordar, às vezes pode causar temor da dor;
T-Transformar a SAUDADE, em alento de amor.
I-Inesquecíveis foram seus bons momentos na vida;
N-Na trilha terrena que plantou paz, união e alegria!
S-Sofrimentos abrangem caminhos sáfaros e áridos.
Belo Horizonte, 25 de outubro de 2005.
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SAUL EM IBIRITÉ

Dueto-Acróstico Histórico Nº 55  
Por Sílvia Araújo Motta

S-Seu Curso em Ibirité
A-Abre-lhe nova visão
U-Um Pós-Graduação que é
L-Livre espaço de Criação.
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E-Em contato com Helena Antipoff
M-Mestra do Ensino Rural, cresce.
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I-Iluminada e profícua Orientação
B-Busca para ser Diretor Escolar.
I-Indicado para atuar  na Educação
R-Recorda com Gratidão e Amor.
I-Invade o tempo, busca a emoção:
T-Tanto aprendeu: O Folclore
É-É Ciência: precisa de dedicação.
Belo Horizonte, 25 de outubro de 2005.
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CARTA ÍNTIMA
(Resposta ao Amigo)

Por Saul Alves Martins

Li três vezes a sua narrativa
E digo, francamente, esta missiva
Não foi escrita, à guisa de conforto,
Ao marinheiro que se julga morto,
Lutando em prol de barco esfacelado
Sobre as ondas de mar encapelado;
Jamais com o intuito de servir de guia
Entre montes de areia e fantasia;
Não foi escrita para dar coragem
Ao viajante que só vê miragem.
Franqueza, amigo, não está tão mal,
Pois inda sente o espírito imortal!
A mente é tudo. O senso da razão,
Eis, lhe digo, a maior consolação
Que o homem pode ter. Se ainda pensa,
Verá por certo, à sombra da descrença,
O raio luminoso e convergente
Da chama verde que ilumina a gente.
Às vezes o vigor que nos anima
É o sopro da desgraça que se arrima
Outras vezes sonhando com a pobreza
Despertamos nos braços da riqueza;
De um lado o tédio, o grito de agonia
E do outro o amor, o riso de alegria;
À frente, atrás, num jogo dualista
Vamos seguindo a estrada fatalista.
Meu triste amigo: há muito pão cruel
Que nós comemos sem sentir o fel
Só por sabermos que amanhã, cedinho,
Aos nossos lábios, saboroso vinho.
Aprenda se não sabe esta verdade:
Somos chama no meio da tempestade;
Ora tocha clareia, protegida,
E ora treme e escurece enfraquecida.
Não se amofine! Enfrente a procela!
Coragem! Seja a própria sentinela
Que alimenta e mantém a luz acesa,
Que a livra das rajadas de surpresa.
Cabe a nós mesmos amparar a chama
Inda morrendo exposta ao vento e à lama.
( In : Canção  da Terra . 1998: 69,70)

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SAUL 
FILÓSOFO ESPIRITUALISTA

Dueto-Acróstico-histórico Nº 48
Por Sílvia Araújo Motta

S- Saul Martins, Filósofo-Espiritualista
A- Admite as leis cósmicas imutáveis,
U- Uma criação complexa universalista.
L- Liga-se aos postulados aceitáveis.

M- Mantém os princípios lógicos da vida
A-  A concepção contínua e harmônica
R-  Realização exclusiva do Criador,
T-  Transcendente de essência infinita,
I-   Integração do Arquiteto do Universo
N- Na regência total da Liberdade,
S-  Segura Igualdade e Fraternidade.

F-Filosofia é a totalidade do conhecimento
I -Instituída na Ordem Universal,
L-Luz em busca do puro entendimento,
Ó-O estudo para atingir o real,
S-Sobre humano físico-metafísico e mental,
O-O consequente valor da Verdade
F-Força do psíquico e espiritual.
O-O cultivo do “Amor à Sabedoria”.
Belo Horizonte, 26 de julho de 2005
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SAUL,
AMIGO DE
JOSÉ CÔRTES DUARTE

UMA EXPRESSÃO VIVA DE AMOR HUMANO.
TEXTO escrito por SAUL MARTINS

Alheias a meu sangue, três pessoas exerceram notável influência em minha vida. Sem exagero algum, pode-se dizer que elas me traçaram o destino:
Helena Antipoff, que me ensejou travar relações proveitosas com homens ilustres do País;
Aires da Mata Machado Filho, a quem devo, realmente, a posição que ocupo no magistério superior e na carreira intelectual;
e José de Côrtes Duarte, responsável voluntário por tarefa não menos relevante, no que me toca, a do lapidário que esmerila a pedra bruta, representada por nossas deficiências morais, quebra-lhe arestas, dá-lhe forma e brilho até que se torne polida.
Não é que virei brilhante, longe disso! Mas, bem que tentou fazê-lo durante um quarto de século e, acredito, ainda se esforça, coitado, para alcançar essa meta.
Conheci-o em 1947, em circunstâncias curiosas, que merecem ser lembradas para servir de exemplo. Naquela época, fui exercer o cargo de Delegado Especial de Polícia, em Almenara. Moço ainda, aos primeiros passos da viagem e por caminhos sáfaros e escabrosos, sentia-me deveras importante, mais do que em verdade o era.
Às vésperas de eleição, ambiente carregado, grande tensões e antagonismos, o clima era de intimidação. Comentava-se, à boca pequena, que em ambos os lados havia grandes estoques de armamento, até metralhadoras.
Ansioso com os boatos, redigi um edital com várias cópias e as mandei afixar em pontos estratégicos da Cidade. Recomendava a entrega desse material proibido, garantindo, no entanto, que fecharia os olhos ao rigor da lei para quem atendesse sem demora.
Na manhã seguinte, com lacônica explicação, um homem entregava-me um fuzil-“mauser”, modelo 1908: "Li o edital de vossa excelência, e aqui está o que já me incomodava muito!"
Ora, pois!
Foi assim meu primeiro encontro com o autor deste livro. Daí à amizade foi questão de tempo.
Querido como ninguém na região, consultado por todos em horas apertadas, ultima palavra em obstinadas dissidências locais, também usei seu prestígio para resolver casos de minha competência funcional, ou para sair de embaraçosas situações.
Considerei-o, então, um mestre, mais que um companheiro de prosa.
Tornei-me seu aprendiz compenetrado, mas... ... apenas soletrava.
Hoje velho, bastante chegado em idade, enquanto eu bem mais moço, porém, segundo o poeta, descendo também a negra montanha, avisto-o mais abaixo, a passos lentos e cansados, contemplando a pousada além, já não distante, resignadamente. Feliz, talvez.
Aí está um livro que deve ser lido muitas vezes, porque suas páginas, além de informar com absoluta fidelidade sobre uma fase de nossa evolução cultural, elas refletem os modos de quem sofreu muito e nunca se abateu.
Ao contrário, sorriso nos lábios, mãos sempre aptas a ajudar, palavra consoladora e cheia de sabedoria, Duarte foi e será uma expressão viva de amor humano. 
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Guarda no Palácio da Liberdade;
SAUL AMIGO DE MILITÃO

MILITÃO
Por Saul Alves Martins

Foi num dia de janeiro,
Diversos anos atrás:
Ganhei um bom companheiro,
Que me deu agrado e paz.
Comemos do mesmo pão,
Militão.

Eu era magro, franzino,
Ele baixo, atarracado,
Revelava pouco tino,
Mas muito bem-humorado.
Tenho-lhe grande afeição,
Militão.

Ele era bem diferente
De mim na idade e na cor,
Tão igual a mim somente
No puro e fraterno amor.
Sempre o tive por irmão,
Militão.

Aos vinte anos, homem feito,
Eu geri  própria vida:
Disse adeus, em meu proveito,
À Januária querida.
Guardo-o no meu coração,
Militão.
Belo Horizonte, 5 de outubro de 1999.
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SAUL EM CARAPEBUS 
COM A AMIGOS E FAMÍLIA

 CANÇÃO : Letra de Saul  Martins
 Música de José Flávio Abelha

Carapebus,
praia de luz,
lá nossas mágoas
rolam nas águas
longe pro mar.
E então ficamos
sem nossas penas,
entre morenas
a repousar.

Terra formosa,
esplendorosa
qual seja  o dia,
pois a alegria
lá não tem fim:
ninguém padece,
reina a saúde,
é a plenitude
da vida, enfim.

Tanta ventura
quase não dura!
Sinceramente,
gosto da gente
é lá viver
galgando as ondas
ou nas areias,
onde as sereias
vão se aquecer.
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SAUDAÇÃO À BANDEIRA

Por Saul Martins

 Imagem simbólica da Pátria,
Tu representas nossa terra imensa:
Riquezas,
climas,
hábitos de vida,
usos,
costumes,
tradições,
tudo que existe
debaixo de tua fímbria azul;
da pampa gaúcha,
no extremo Sul,
aos píncaros nevados do Roraima,
no extremo Norte;
desde a costa atlântica da Paraíba,
onde sopra a brisa mais oriental do continente,
às nascentes do Rio Javari,
na misteriosa selva do sol poente.

Tu resumes toda a história do nosso povo,
Seus anseios de independência
E sonhos de liberdade.

Tremulaste , gloriosa, em frentes de batalha,
Aqui
E além.
Afagaste o derradeiro sono
Dos que derramaram sangue generoso
Em defesa de tua honra
E dignidade.
És sombra gasallhosa dos que trabalham
No mar,
No campo,
No ar,
No seio das florestas,
No ventre das minas,
No leito das águas diamantinas e auríferas,
Nas estradas nuas
E nas ruas, por teu esplendor.

És testemunha do labor silencioso dos que combatem,
Sob tua inspiração,
Os erros e a ignorância,
E te iluminam
Com as luzes da moral e da razão.

Bandeira do Brasil,
Eu te saúdo!
( In : Canção  da Terra . 1998: 86,87)

-
CANÇÃO DA  POLÍCIA  MILITAR
DO  ESTADO  DE MINAS  GERAIS. (PMMG)

Letra: Coronel PM Doutor Saul Alves Martins.
Música: Coronel PM Egídio Benício de Abreu
.
I
Filhos de Minas,
erguendo a voz,
anos após
anos, lutaram
pelas doutrinas
que eles sonharam.
Rememoremos
os sacrifícios
desses patrícios
desassombrados.
Fortes marchemos,
eia, soldados!

Os passos desses heróis
são faróis
que segurança nos dão
e razão,
*(nós) seguiremos  e cada vez mais
paz queremos em Minas Gerais.

II
De iguais misteres,
com a mesma história,
somos a glória,
os descendentes
do bravo alferes,
o Tiradentes.
No sangue temos
a nobre herança,
toda a pujança
dos conjurados.
Fortes marchemos,
eia, soldados!

Os passos desses heróis
são faróis
que segurança nos dão
e razão,
*(nós) seguiremos
e cada vez mais
paz queremos em Minas Gerais.

III
Somos a aurora,
rútila chama,
luz que derrama
felicidade,
brados de outrora,
paz, liberdade.
Por isso honremos
nossos varões,
pelas ações
já consagrados.
Fortes marchemos,
eia, soldados!

Os passos desses heróis
são faróis
que segurança nos dão
e razão,
*(nós)  seguiremos
e cada vez mais
paz queremos em Minas Gerais.
-
(*)Palavra acrescida ao eneassílabo ternário,
por exigência da partitura.
-
Notas:

1-Ao final das Reuniões da Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG, são distribuídas cópias da letra e partitura da Canção da Polícia Militar, para serem cantadas e acompanhadas por todos os presentes. (Ao som de fita-cassete ou tocada por instrumentistas da AMOS: Academia de Militar Orquestra Show.)

 2-Vale ressaltar que em cada Pasta há uma foto colorida do autor do poema Saul Alves Martins, Acadêmico-Fundador,ex-Presidente do Conselho Superior, hoje Presidente Ad Vitam.

3-As Pastas forma organizadas e oferecidas pela Parceira Assessora da ALJGR/PMMG, Sílvia Araújo Motta, com o apoio do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa.








CICLO DA VIDA HUMANA

Por Saul Alves Martins

Se se pede o nascimento,
Com certeza a gente nasce,
Come, bebe e o crescimento
Do corpo em volume faz-se.
Passa o tempo e o destino
Dá-nos vida de menino.

Segue-se a mais agitada
Fase da nossa existência,
Risos , lágrimas...a nada
Compara-se a adolescência:
Vagueia o cosmos, em vão,
Porque tem os pés no chão.

Sobrevém a juventude
Com todo o bem que ela traz:
Vigor, força em plenitude
E alegria no que faz.
Guarda na mente a esperança,
Quem espera sempre alcança.

Chega a vez da grande lida,
É muito duro o batente:
Gastos com roupa e comida
Para a família exigente.
É uma labuta sem par,
Noite e dia sem parar.

Tida como recompensa,
Até que enfim chega o dia,
Alguém assina a sentença:
Chega a aposentadoria.
Lá se vai o entusiasmo
A que sucede o marasmo.

Os olhos perdem o lume,
Vai da cama para a rede...
Tudo, afinal, se resume
Num retrato na parede.
Foi assim e assim será:
Se alguém nasceu, morrerá!

Belo Horizonte, 14 de junho de 2002.



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QUATRO ESTAÇÕES
DA VIDA HUMANA

Dueto-Acróstico-histórico Nº 65
Por Sílvia Araújo Motta

S-São apenas, quatro as Etapas da Vida Humana!
A -A segunda metade do INVERNO é a infância...
U-Uma beleza invade à PRIMAVERA da juventude,
L-Limite, proteção, natureza, educação,lembrança.

A-Avança em terra firme, meia idade no VERÃO
L-Lugar de quem alcança a Verdade, na realidade!
V-Vários desafios! Principais lutas e realizações!
E-Espaço de plantar ações e reações, de acumular
S-Sabedoria, energia, prazer, harmonia, e lições!

M-Muitos bons frutos, no OUTONO são colhidos.
A - A longevidade na velhice  muda atitudes diárias!
R-Recolhe sábias, renúncias úteis nos dias vividos!
T-Trabalha com várias experiências extraordinárias!
I-Início real da Grande Travessia para o Universal!
N-Na princípio do INVERNO, há o retorno TOTAL:
S-Serenidade ! Busca o Caminho da PAZ  e da LUZ .

Belo Horizonte, 20 de setembro de 2005
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SAUL EMOLDURA A PAZ

Dueto-Acróstico-histórico Nº 66
Por Sílvia Araújo Motta

S-SAUL, sua vida reflete no mundo
A-A simetria da sua pureza da alma,
U-Um quadro de exemplo profundo!
L-Linda moldura que merece palmas!

A- A sensibiliddae mística aflora
L-Lição artística, clássica autêntica...
V-Vaso de cristal, perfume que mora
E-E cada flor colorida  que autentica,
S-Sua VIDA é imortal, a toda hora...

M-Maneira sui-gêneris de vivacidade
A-Acolhe e escolhe sempre a Verdade
R-Refrigério para a alma! Sua emoção
T-Transcende vitais circuitos cerebrais,
I-Interpreta o Homem e sua Função:
N-Natureza cósmica, certa realidade...
S-Seu intelecto: Razão, vontade: Coração.
Belo Horizonte, 19 de setembro de 2005.
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TROVAS DE SAUL ALVES MARTINS
Por Saul Alves Martins

TROVA 1 : Tema: Saudade
Quando uma jovem suspira
colhida pela saudade,
aos lábios sobe a mentira,
ao peito desce a verdade.

TROVA 2: Tema:Felicidade
Felicidade é o desejo
De coisa boa encontrar,
É correr atrás de um beijo
Que jamais se pode dar.

TROVA 3: Tema: Nome
Ora, pois, como acredito
Ser a idéia fundamento,
Conservo teu nome escrito
No meu próprio pensamento.

TROVA 4: Tema: Ocaso
Enalteço a boa sina
De pertencer-te, querida;
És a estrela vespertina
No ocaso da minha vida.

TROVA 5: Tema: Mundo
Viver no mundo sozinho
É sofrer a mesma dor
Do galho sem passarinho,
Da rosa sem beija-flor.

TROVA  6 : Tema: Judas
Não cochiles um segundo,
Meu amigo, não te iludas,
Que enquanto o mundo for mundo
Teremos beijos de Judas.

TROVA  7 : Tema: Sertão
Dão-me força aqueles ares
Do sertão onde nasci,
Aliviam-me os pesares
E até minh’ alma sorri.

TROVA  8 : Tema:  Paz
É tanta influência, tanta,
Em mim daquele sertão,
Que, ao fruir seus ares, santa
Paz me invade o coração.

TROVA  9 :Tema: Estação
Ao nascer nós embarcamos,
Chorando, no mesmo trem
E, às cegas, sem rumo, vamos
Descer na estação...além.

TROVA 10  : Tema: Verdade
Dos vícios da humanidade
A mentira está na frente,
Pois quem falta com a verdade
É pra Deus um delinquente.

TROVA  11 : Tema: Vida
A vida de uns -doce vida
A de tantos  -vida atroz,
mas vida pra ser vivida
Depende muito de nós.

TROVA  12 :Tema: Velhice
Verdade, não é tolice
O que esta trova nos fala:
Embora triste a velhice,
Desejamos alcançá-la.






TROVA 13 : Tema: Igualdade
A igualdade - um mito apenas
De sublime trilogia:
Ao rico, manhãs serenas,
E ao pobre, só noite fria.

TROVA  14: Tema: Lição
Não é só, quem lê e escreve
Que lição nos pode dar:
Se fala o que pensa, e breve,
Basta apenas soletrar.

TROVA  15: Tema: Pedra
Pedra bruta -se não prestas,
Se fazes mal nesta vida,
Mas vai quebrando as arestas
Que viras pedra polida.

TROVA  16:Tema: Preceito
Queres ser justo e perfeito?
Então a vida resumes
Neste elevado preceito
“Sê livre e de bons costumes!”

TROVA  17: Tema: Aniversário
É festejado esse dia
Em o nosso calendário,
Recebido com alegria
Seu ditoso aniversário.

TROVA  18: Tema: TAÍS
Desejamos boa sorte
À linda jovem Taís;
Que ela seja sempre forte
E muito, muito feliz.

TROVA 19 : Tema: Cochichos
Os cochichos da vizinha
Chegam logo a toda gente,
Eles nascem na cozinha,
Mas depressa vão à frente.

TROVA  20: Tema: Esperança
Atrás de vaga esperança,
Muita gente corre, corre,
De tanto correr se cansa,
Cai no chão exausta e morre.
 
-

SAUL  MARTINS TROVADOR

Dueto-Acróstico-histórico Nº 67
Por Sílvia Araújo Motta

S-Saul Martins Trovador
A-A trova pode cantar!
U-Um inspirado Professor,
L-Logo a sabe declamar.

M-Muitos temas escolheu
A-Amor, tristeza, saudade...
R-Razões que o mundo lhe deu.
T-Ternura, felicidade...
I-Ilusão, Judas, perdão,
N-Nascimento, paz, verdade,
S-Silêncio, luz, estação.

T-Trova a Vida  e a Canção!
R-Rima perfeita compõe
O-O preceito da lição...
V-“Vá à luta” é o que propõe,
A-Atrás da paz e esperança.
D-Ditado certo, otimista!
O-O tempo passa e a lembrança
R-Recorda e faz a revista.
Belo Horizonte, 24 de outubro de 2005.

-
TROVAS   LUSO-BRASILEIRAS
Do arquivo pessoal de Saul Alves Martins

TEMA: Língua Portuguesa/Idioma

1-Nossa Língua tem causado
orgulho a duas Nações:
pela prosa de Machado...
pelos versos de Camões
Arlindo Tadeu Hagen

02-Toda humana inteligência
em estrutura e grandeza
resplandece na opulência,
que há na Língua Portuguesa.
Zenília Paixão-

03-Só na Língua Portuguesa
este contraste aparece:
-quem diz “Adeus”com tristeza,
diz “Saudade”em tom de prece.
Izo  Goldman

04-Rica e doce Língua minha
feita de arrulhos e brados,
és mãe, fadista, rainha,
cuja voz canta meus fados.
Thalma Tavares

06-Este idioma é o retrato
de um elo de amor perfeito,
pois cada luso, de fato,
é nosso irmão por direito.
Helvécio Barros-Bauru

23-Nossa Língua Portuguesa
linda  joia  deste mundo,
é rica, em sua beleza
e exige saber profundo.
Sílvia Araújo Motta

24- O escritor Vasco da Gama
valorizou toda a história
pelo Brasil ganhou fama
e em Portugal toda a glória.
Sílvia Araújo Motta

25-Vieira foi com certeza,
de uma Língua, Imperador.
e da Pátria Portuguesa,
um Diplomata do amor.
Sílvia Araújo Motta

26-Foi Pedro Álvares Cabral
o timoneiro do idioma
que falava em Portugal
e no Brasil ganhou fama.
Sílvia Araújo Motta
Belo Horizonte-MG-Brasi



 HINO AO MUNICÍPIO DE BONITO

Letra de Saul Alves Martins

Lugar formoso,
Esplendoroso,
De belezas naturais,
Com paisagens,
Mil paragens
De altivos buritizais:
Em alamedas,
Muitas veredas.

Por tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe o povo Bonito.

            Chão produtivo,
            Ar curativo,
Fauna e flora exuberantes.
            Água pura,
            Com fartura,
E palmeiras sussurrantes.
Mãe natureza
            Deu-lhe grandeza.

Por tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe o povo Bonito.

Antepassados
Serão amados,
Merecem nossa atenção:
            Os primeiros
            Brasileiros
Que nos deram formação.
            Viva a lembrança
            Da nobre herança!

Por tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe o povo Bonito.
                 Belo Horizonte, 28 de junho de 1999.









-
SABES QUEM SOU?

Sou a maldição,
o horror
que cobre uma multidão
de pavor.
Não respeito nação,
faço confusão,
causo a dor.
Mato sem saber quem,
pois não vejo ninguém.
Sou terror,
não tenho amor,
nado muito bem,
sou amiga da traição,
vôo com perfeição
não temo perigo,
a todos castigo
e persigo.
Sou transitória,
mas deixo na História
minha tradição.
Domino a terra
para onde vou.
Sabes quem sou?
- A guerra!

Soldado Saul Martins.
Belo Horizonte, 2 de agosto de 1939.

-
HERÓDOTO

Por Saul Alves Martins

Natureza
cobriu-lhe pouco
e quase loucos
de tristeza
você nos deixou.

A graça
que nos dava tanto
e o cruel espanto
quando a desgraça
nos visitou.

A paixão
que nos trazem dores
nada a ver com as flores
do caixão
que o transportou.

Foi dor medonha
e fé não demos
quanto sofremos.
Vida tristonha
de nós se apossou.

3º Sargento Saul Martins
Muzambinho, 5 de outubro de 1940.

-

PINÓQUIO

Por Saul Alves Martins

Travestido    com   pele   de   cordeiro,
Um    lobo   mau  surgiu  nas  Alagoas,
Percorreu    do   Brasil  o   solo  inteiro
Fazendo    pregação   de   ideias   boas.

Confiadas nas mensagens do embusteiro
E   habilidoso     contador      de      loas,
Para    elevar      o      povo     brasileiro,
Seguem-lhe os passos crédulas pessoas.

Passada   a   festa da  vitória,  um  susto
Emudeceu    a      sociedade.      A custo
Ela     sentiu   pulsar-lhe     o     coração.

O     caçador   de   marajás,   no   fundo,
Apenas   enganou  a  Deus   e  o  mundo,
Por isso a História vai chamar-lhe  Cão!
Belo Horizonte, 9 de abril de 1990.

-

MUDANÇA

A família era ajustada
E hoje está desagregada.

Outrora fartura havia
E hoje temos carestia.

A autoridade dos pais
Já não vale nada mais.

Em casa não há respeito,
Triste viver desse jeito!

Outros muitos empecilhos
São exigências dos filhos.

Querem dinheiro sem conta,
Se não dá filho amedronta.

Há quem ouse até dizer:
-Quem os mandou me fazer?!

O namoro, hoje em dia,
Traduz-se por sodomia.

O carinho agora é imagem
Perversa da sacanagem.
Belo Horizonte, 25 de junho de 2003.
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SAUDADE

Por Saul Martins

Lembrança amena e triste
Do bem
E desejo de reencontro.
E também
Sensação de abandono,
Que tira o sono.
Saudade abrange
Espaço e tempo:
Envolve caminhos sáfaros
Ou distantes
E está presente
No coração da gente;
Horas verdes de esperança,
Horas azuis de concórdia,
Amarelas de perdão
Ou misericórdia
E horas roxas de solidão.
Saudade é dor
Que se faz de amor.

Belo Horizonte, 12 de abril de 1997.








“O chamado mensalão e outras forma aviltantes de propina em curso, agora no Brasil, causam vergonha nacional e muita preocupação ao eleitorado.”
-

DESFECHO

O Brasil, esse menino
De fraqueza hereditária,
Carrega em seu intestino
Uma grande solitária.

Por mais que entupa a barriga
Conserva o magro perfil,
Pois a boca da lombriga
Chega à goela de Brasil.

Por vezes, nem sabe como,
Julga-se livre do anzol,
Ao ver da tênia um só gomo
Bem no fundo do urinol.

Mais tarde, no entanto, grita,
Torna-se mais decadente:
No rabo do parasita
Dá brota nova semente.






                *
*

inserir três estrelas............


O remédio é um tanto esperto,
Mas o garoto melhora:
Um litro de Azeite preto
Põe essa bicha pra fora.

Belo Horizonte, 12 de setembro de 2005.
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TITIA 
Por Saul Alves Martins

Na praça corre o zumzum
Que é namorada de todos
Mas não casas com nenhum.
Por isso,
Nem a poder de feitiço
Nas malhas de teus engodos
Um marido apanhas tu,
Marilu!

Namoraste, em vão, trint´anos,
Mas jamais Apolo quis
Minorar-te os desenganos.
Coitada,
És agora uma frustrada
Que odeia quem é feliz.
Sorte medonha tens tu,
Marilu!

Ficarás velha e cansada,
Sofrerás no caritó,
Ou no barricão jogada,
Porque
Mereces bem a mercê.
Volverá na cara o pó
De cuspo que lanças tu,
Marilu!
Belo Horizonte, 12 de março de 1959.

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