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Soldado
SAUL: Um Titã da Força Pública Mineira
No
curso da história: Momento Propício! Ideal forte! Condições políticas! Vontade incoercível do
homem! As instituições emergem. Morrem
ou crescem. Crescendo, firmam-se, vencem as tormentas. Perenizam. Avançam no
tempo. Insculpem-se na história. O Ser Humano, com presença criadora, ativa e
proativa, é a seiva.
Todas
carregam, no âmago, um painel espiritual e, nele insculpido, o nome inapagável
dos construtores, dos mestres que legaram lições imorredouras, dos autores de
feitos gloriosos: os TITÃS.
A
instituição que olvida o nome de seus Titãs, que os perde na poeira do tempo, está
fadada a um triste destino: o
desaparecimento.
A
Força Pública, cuja raiz emergiu no distante 1775, consolidou-se com diferentes
denominações, e, apesar das tormentas furiosas e das ondulações políticas, atravessou,
avançou e perenizou.
Bissecular
na preservação da Ordem Pública como expressão máxima de Polícia de Patrulha,
foi além. Guardou as Cadeias e
Presídios. Defendeu princípios nas lutas internas. Guerreou no confronto externo.
Foi decisiva com Delegados de Polícia, Escrivães e Investigadores a estruturar
uma Polícia Judiciária.
Onde
o governo mineiro a convocou, respondeu com pioneirismo: na música, no desporto especializado, no
escotismo, na educação. Semeou e adubou. Viu a árvore frutificar: praças de
esportes do interior, Escola de Educação Física, Bandas de Música, Orquestra
Sinfônica, Escola Caio Martins, dezenas de Colégios Tiradentes...
Se
fizermos a chamada simbólica desse passado, a história responderá presente com
seus patrulheiros, comandantes, oficiais delegados de polícia, sargentos e
cabos escrivães e investigadores criminais. Também ecoará a voz dos que,
movidos pela alma da caserna, participaram da grandeza mineira nas diferentes
vertentes das políticas de Estado.
Os
Titãs – aqueles que fizeram a grandeza
da Força Pública – nunca morrem.
Continuam em trajetória cósmica. Olhando-nos e jorrando eflúvios sublimes sobre
a instituição. São milhares!
Nesta
data, 24 de agosto de 2017, evocando-os, num exercício cívico/espiritual,
destacamos um deles. Um que permanece vivo em nossa memória miliciana. É o Soldado Saul Alves Martins, neste ano do
centenário de seu nascimento.
Januária,
1ºNov1917. Nasce a criança. Pequerrucho, desenvolve-se no árido sertão bafejado
pelas águas do São Francisco. Jovem vigoroso, de corpo e alma, ingressa como Soldado
na Força Pública, 09Out37.
Soldado
pronto, Cavalaria, em 38. Curso de Sargento, em 39. Promovido, serve no 10º
BCM, Muzambinho. De 41 a 43, CFO. Aspirante, dá início à sua vocação de
educador no 7º Batalhão, dirigindo Escolas Regimentais e de Recrutas. 1946
encontra-o no 5º Batalhão, 2º Tenente, exercendo as atividades da caserna e,
concomitantemente, assessorando a Federação Mineira de Escoteiros. Estreia como
Delegado Especial de Polícia em Almenara, Rio Casca e Nova Lima.
O
miliciano, impecável nas atividades policiais e inteligência privilegiada,
notabiliza-se no entorno social e cultural. Fev48: capitaneado por seu
ex-mestre Ayres da Mata Machado, e mais 26 luminares da intelectualidade
mineira, funda a Comissão Mineira de Folclore.
Até
alcançar o posto de Capitão, abril de 1953, torna-se um expoente da educação:
Diretor da Fazenda Santa Tereza e membro do Conselho de Ensino da Granja Escola
Caio Martins. Sobressai-se como timoneiro de uma Polícia Educativa, seja
comandando tropa ou como Delegado Especial de Polícia em sua terra Januária,
Carmo do Paranaíba e São João Nepomuceno.
Na
interação com o povo, surge o arauto do folclore em todas suas manifestações:
costumes, música, literatura popular, danças, congados, artesanato... O poeta
deixa o casulo: seu soneto “Flores do Campo”, em concorrido certame, 1951, é
considerado pela Academia Mineira de Letras, um dos dez melhores da poesia
contemporânea. Em 1952, São Paulo consagra, com prêmio monetário, sua
monografia: “Artes e Ofícios Caseiros”. A revista Libertas, no comando do Cel.
Vargas, enriquece-se com seus ensaios sobre as variadas vertentes do “Folclore
Mineiro”.
1958
registra sua graduação em Ciências Sociais, pela Faculdade de Filosofia. A
simbiose – soldado x intelectual de escol – persiste e impõe-se nos amplos
espectros da sociedade mineira. Insere-se no policiamento ostensivo,
comandando Companhia do 5º BPO, e, paralelamente, faz presença ativa nos Congressos,
em nível nacional, na área do folclore. É uma força-motriz que sustenta a
cultura nativa.
Promovido
a Major, a década de 60 leva-o ao auge da carreira policial-militar. Ascendendo
a Tenente-Coronel, comanda o 5º Batalhão. É mestre das mais renomadas escolas
superiores. Professor do vetusto DI: Sociologia e Economia Política.
1963:
Patamar de Coronel, exerce a função de Diretor de Pessoal. Produtivo em seus
ensaios literários, projeta a imagem de uma Polícia Militar profissional, coesa
e educadora.
Na
reserva, a partir de 1967, segue sua trajetória intelectual, líder em defesa da
integridade do folclore. “Mestre e Doutor”, consagrado desde 1971 – Professor e
dirigente universitário – seu nome alça ao pódio de reconhecimento no Brasil e avança
no exterior: Societé d’Ethnologie et de Folklore, em Liège, Bélgica.
Eis,
num ligeiro escorço, a vida de um Titã da Força Pública Mineira – Cel. SAUL
ALVES MARTINS – 1ºNov1917/10Dez2009. Listar seus feitos na carreira
policial-militar, sua extensa e profícua produção literária, sua caminhada de
educador emérito, sua presença atuante como ícone do folclore nacional,
exigiria um livro de centenas de páginas, da lavra de um escritor à altura do
biografado.
Porém,
nós que convivemos com Saul, que privamos de sua companhia e de sua sabedoria
invulgar, podemos afirmar, em alto e bom tom, SAUL ALVES MARTINS, em toda sua
glória jamais se despojou da farda da Força Pública do imortal Alferes
Tiradentes. Sempre foi o Soldado SAUL, hoje reconhecido e homenageado como um
dos Titãs que compõem o panteão da história da instituição militar mineira.
Camaradas
da Força Pública, convidados, amigos, confrades e confreiras da Academia de
Letras João Guimarães Rosa, neste instante de reverência, convoco-vos:
Aplausos para o centenário SOLDADO
SAUL – o TITÃ - autor da letra da Canção da Polícia Militar de Minas Gerais!
Klinger
Sobreira de Almeida – Cel. PM Ref.
(Discurso
proferido em 24/08/17, em cerimônia cívica na APM)
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CANTO
DO CISNE BRANCO DA PAZ
2003/2017
CANTO DO CISNE
1-Coletânea Organizada por
Sílvia Araújo Motta & Saul
Alves Martins)
(Planejamento, Seleção do
Conteúdo)
CANTO DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta, Silvia Araújo.
Título
Original:
CANTO
DO CISNE
1-Coletânea
Organizada por
Sílvia
Araújo Motta & Saul Alves Martins)
(Planejamento,
Seleção do Conteúdo)
CANTO
DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta,
Silvia Araújo.
Capa,
Produção
Gráfica,
Editoração
Eletrônica,
Arte-finalização
:
Sílvia
Araújo Motta.
Copiadora
Afonso Pena
Encadernação
JC Ltda - José Carlos
Telefone:
(31) 3271-9183.
Ficha Catalográfica:
M922c
MOTTA Sílvia
Araújo
CANTO
DO CISNE BRANCO DA PAZ
Versos
para o centenário de nascimento de Saul Alves Martins e homenagens acrósticas
para
POLICIAIS MILITARES.
2003/2017
278
pp.
1-Literatura.
2 Poesia
3-Anexos
(Prosa)
CDD 869.15
CDU-869(81)-1
|
Por: Edwiges Léa
M.Lopes.CRB 6a R 907.
CANTO
DO
CISNE
BRANCO
DA
PAZ
2003/2017
Título
Original:
CANTO
DO CISNE
1-Coletânea
Organizada por
Sílvia
Araújo Motta & Saul Alves Martins)
(Planejamento,
Seleção do Conteúdo)
2-CANTO
DO CISNE BRANCO DA PAZ
Motta,
Silvia Araújo.
Capa,
Produção
Gráfica,
Editoração
Eletrônica,
Arte-finalização
:
Sílvia
Araújo Motta.
Copiadora
Afonso Pena
Encadernação
JC Ltda - José Carlos
Telefone:
(31) 3271-9183.
Ficha Catalográfica:
M922c
MOTTA Sílvia
Araújo
CANTO
DO CISNE BRANCO DA PAZ
Versos
para o centenário de nascimento de Saul Alves Martins e homenagens acrósticas
para
POLICIAIS MILITARES.
2003/2017
400pp.
1-Literatura.
2 Poesia
3-Anexos
(Prosa) 4-Fotos
CDD 869.15
CDU-869(81)-1
|
Por: Edwiges Léa
M.Lopes.CRB 6a R 907.
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DEDICATÓRIA
Dedico
este trabalho ao imortal
SAUL
ALVES MARTINS,(Saulzinho...)
e
sua esposa JULINDA (Julindinha...)
Aos
FILHOS, NETOS E FAMILIARES
do
CASAL EXEMPLAR.
Aos
Policiais da PMMG e CBM ,
Aos
Amigos,
Acadêmicos,
Poetas,
Trovadores,
Prosadores,
Historiadores
e
Pesquisadores
da
Vida e Obra de Saul Alves Martins
e de
tantos MILITARES
que
merecem notável distinção
histórica-biográfica-acróstica,
neste
2º Volume, segunda edição.
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2003-2017
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PENSAMENTOS
“Faço-me
forte em vossa vista pura”
Luís
Vaz de Camões
“A
minha Pátria é a Língua Portuguesa"...
“A
base da (...) relação permanente entre os indivíduos
é a
Língua, e é a Língua com tudo o que traz em si e consigo
que
define a Nação.” Fernando Pessoa
“Floresça,
fale, cante, ouça-se e viva
a LÍNGUA PORTUGUESA,
a LÍNGUA PORTUGUESA,
e
já,onde for SENHORA vá de si,
soberba
e altiva.” António Ferreira
“Da
minha língua vê-se o mar.
Da minha língua ouve-se o seu rumor,
como da de outros se ouvirá o da floresta
ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar
foi a da nossa inquietação. ”
Vergílio Ferreira.
Da minha língua ouve-se o seu rumor,
como da de outros se ouvirá o da floresta
ou o silêncio do deserto. Por isso a voz do mar
foi a da nossa inquietação. ”
Vergílio Ferreira.
“A
mão promoveu o homem, elevou-o da
base
ínfima da irracionalidade ao plano superior,
ao
vértice luminoso do entendimento,
que
o liberta rumo às forças cósmicas.”
Saul
Alves Martins.
“Não cai a
folha de uma árvore sem anuência cósmica”
Saul Alves Martins
-
APRESENTAÇÃO
Há
14 anos, sob aplausos de Saul Alves Martins ao lado de sua esposa Dona Julinda
e mais 81 convidados especiais, tomei posse na Academia de Letras João
Guimarães Rosa, da Polícia Militar de Minas Gerais.
Posso
afirmar que esta despretensiosa pesquisa literária, “brotou pura como água
fresca da mina, para ser bebida com simplicidade na concha das mãos...”
Inicialmente,
pensei na forma simples de homenagear
SAUL ALVES MARTINS, que aos 88 anos, foi aprovado para ser meu PATRONO,
na ACADEMIA VIRTUAL BRASILEIRA DE LETRAS! Quanta honra! Um PATRONO em VIDA!
Inédito!
Um
feliz acontecimento! Uma grata fusão de cérebros e corações, cujo êxito maior
foi tão somente aumentar a satisfação deste meu imortal COMPANHEIRO DA ACADEMIA
DE LETRAS JOÃO GUIMARÃES ROSA, onde tive a honra receber seus incentivos em
minha posse de Parceira-Assessora aos 04 de outubro de 2003, razão última desta
PESQUISA na nova fase de minha vida de professora-aposentada, com muita honra,
com prazer; cargo que exerci por vocação.
Eis
o que de melhor pude lhe oferecer, em VIDA!
Aceitei
o convite do Presidente da ALJGR, para apresentação do PANEGÍRICO AO MEU
PATRONO SAUL ALVES MARTINS, na primeira reunião da Academia de Letras João
Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais, no dia 1º de julho de 2006.
Que abraço apertado recebi de Cel. Saul, naquele dia. Espaço de tempo longe
demais para demonstrar minha admiração pela vida exemplar deste HOMEM DE
VERDADE! Aproveitei a oportunidade para prestar um preito de reconhecimento e
gratidão à PMMG.
Escolhi
alguns Acadêmicos e lhes ofereci meus acrósticos.
Pedi
desculpas ao Presidente da ALJGR porque antes da minha Palestra, no sodalício,
naquela data do aniversário dos 88 anos de vida de meu Patrono, não pude conter
a vontade de entregar-lhe, pelo menos, alguns dos acrósticos contidos nas 354
páginas de pesquisa fotobiobibliográfica, frutos adocicados de carinho, de uma
coletânea que ainda não tinha revisão amadurecida...Frutos colhidos do meu
coração!
Fiz
um destaque especial ao Clube dos Oficiais da Polícia Militar-COPM, entidade
mantenedora de nossa Academia de Letras.
Um feliz acontecimento, uma grata fusão de cérebros e corações, cujo êxito maior é tão somente a satisfação DO MEU CORAÇÃO FARDADO e de minhas MÃOS, sempre à disposição . Em minhas veias correm sangues militares e literários. Em minha poesia, versos fluem na métrica de gratidão e alegria. É o que posso oferecer à Polícia Militar, na comemoração dos seus 231 anos de fundação.
Um feliz acontecimento, uma grata fusão de cérebros e corações, cujo êxito maior é tão somente a satisfação DO MEU CORAÇÃO FARDADO e de minhas MÃOS, sempre à disposição . Em minhas veias correm sangues militares e literários. Em minha poesia, versos fluem na métrica de gratidão e alegria. É o que posso oferecer à Polícia Militar, na comemoração dos seus 231 anos de fundação.
Para
que serve uma ACADEMIA?
Na
informação a seguir, o Coronel Carlos Alberto Carvalhaes, Presidente “ad vitam”
soube muito bem iniciar nossa pesquisa:
UMA “ACADEMIA DE LETRAS EXISTE PARA DESPERTAR INTERESSES LITEROCIENTÍFICOS, ESTIMULAR TALENTOS E ETERNIZAR AS MELHORES REALIZAÇÕES DA INTELIGÊNCIA ENGAJADAS NA ELEGÂNCIA FRÁSICA, NA RIQUEZA DE CONCEITOS E NA BELEZA LITERÁRIA.”
UMA “ACADEMIA DE LETRAS EXISTE PARA DESPERTAR INTERESSES LITEROCIENTÍFICOS, ESTIMULAR TALENTOS E ETERNIZAR AS MELHORES REALIZAÇÕES DA INTELIGÊNCIA ENGAJADAS NA ELEGÂNCIA FRÁSICA, NA RIQUEZA DE CONCEITOS E NA BELEZA LITERÁRIA.”
PARA
ISSO, FOI FUNDADA ESTA ACADEMIA.
“COM
TRINTA E TRÊS PATRONOS E ONZE MEMBROS FUNDADORES, A POLÍCIA MILITAR, POR
INICIATIVA DO CLUBE DOS OFICIAIS, FUNDOU E INSTALA HOJE, (5 de outubro de 1995)
SUA ACADEMIA DE LETRAS, QUE LEVA O NOME DE SEU CAPITÃO-MÉDICO E RENOMADO
ESCRITOR JOÃO GUIMARÃES ROSA. A PM INCLUI, ASSIM, MAIS UM INEDITISMO EM SUA
HISTÓRIA, JÁ MARCADA POR ALGUMAS EXCLUSIVIDADES. A ACADEMIA RESGATA A MEMÓRIA
DE VULTOS EXPRESSIVOS QUE SE LIGARAM À CORPORAÇÃO, TAIS COMO JUSCELINO
KUBITSCHEK DE OLIVEIRA, CORONEL-MÉDICO DA PMMG, PREFEITO DE BELO HORIZONTE,
GOVERNADOR DE MINAS, PRESIDENTE DA REPÚBLICA; O SENADOR, GUSTAVO CAPANEMA, QUE
FOI SEU COMANDANTE-GERAL; BENEDITO VALADARES RIBEIRO, GOVERNADOR DO ESTADO E
CAPITÃO COMISSIONADO NOS CONTURBADOS ANOS TRINTA.
ENTRE OS PATRONOS DESFILAM NOMES COMO AUGUSTO DE LIMA JÚNIOR, FRANCISCO DUARTE BADARÓ, ELY MENEGALE, EUCLIDES DA CUNHA, PAULO RENÉ DE ANDRADE, CORONEL DA PM E RENOMADO HISTORIADOR; ANATÓLIO ALVES DE ASSIS, QUE LEGOU À HISTÓRIA DE MINAS APLAUDIDOS LIVROS; OTÁVIO BAPTISTA DINIZ, EDMUNDO LERY SANTOS, MANOEL JOSÉ DE ALMEIDA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E OUTROS LUMINARES DA LITERATURA MINEIRA E BRASILEIRA.
OS MEMBROS FUNDADORES SÃO LITERATOS QUE JÁ PRODUZIRAM LIVROS RECONHECIDOS PELA CRÍTICA ESPECIALIZADA, TAIS COMO SAUL ALVES MARTINS, QUE TEM SEU NOME CITADO EM TRÊS ENCICLOPÉDIAS UNIVERSAIS, JOSÉ SATYS RODRIGUES VALLE, QUE COMPLETOU RECENTEMENTE, COM “SUA EXCELÊNCIA O CORONEL”, A SAGA INICIADA COM “SUA EXCELÊNCIA O CABO”.
OUTROS NOMES SÃO OS DE KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA, ANTÔNIO NORBERTO DOS SANTOS, GERALDO TITO SILVEIRA, OSWALDO DE CARVALHO MONTEIRO, JOÃO BOSCO DE CASTRO, JAIR BARBOSA DA COSTA, AFFONSO HELIODORO DOS SANTOS E CARLOS ALBERTO CARVALHAES.
A ACADEMIA APRESENTA RAZÕES DE SOBRA PARA A SUA FUNDAÇÃO. A PMMG TEM SÓLIDA TRADIÇÃO DE CULTURA, BASTANDO CITAR SEU PATRONO NÚMERO UM, O CAPITÃO JOÃO GUIMARÃES ROSA, ALÉM DE ASSIS CHATEAUBRIAND”.(In Discurso do Cel. Carlos Alberto Carvalhaes, Presidente da ALJGR/PMMG).
ENTRE OS PATRONOS DESFILAM NOMES COMO AUGUSTO DE LIMA JÚNIOR, FRANCISCO DUARTE BADARÓ, ELY MENEGALE, EUCLIDES DA CUNHA, PAULO RENÉ DE ANDRADE, CORONEL DA PM E RENOMADO HISTORIADOR; ANATÓLIO ALVES DE ASSIS, QUE LEGOU À HISTÓRIA DE MINAS APLAUDIDOS LIVROS; OTÁVIO BAPTISTA DINIZ, EDMUNDO LERY SANTOS, MANOEL JOSÉ DE ALMEIDA, CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE E OUTROS LUMINARES DA LITERATURA MINEIRA E BRASILEIRA.
OS MEMBROS FUNDADORES SÃO LITERATOS QUE JÁ PRODUZIRAM LIVROS RECONHECIDOS PELA CRÍTICA ESPECIALIZADA, TAIS COMO SAUL ALVES MARTINS, QUE TEM SEU NOME CITADO EM TRÊS ENCICLOPÉDIAS UNIVERSAIS, JOSÉ SATYS RODRIGUES VALLE, QUE COMPLETOU RECENTEMENTE, COM “SUA EXCELÊNCIA O CORONEL”, A SAGA INICIADA COM “SUA EXCELÊNCIA O CABO”.
OUTROS NOMES SÃO OS DE KLINGER SOBREIRA DE ALMEIDA, ANTÔNIO NORBERTO DOS SANTOS, GERALDO TITO SILVEIRA, OSWALDO DE CARVALHO MONTEIRO, JOÃO BOSCO DE CASTRO, JAIR BARBOSA DA COSTA, AFFONSO HELIODORO DOS SANTOS E CARLOS ALBERTO CARVALHAES.
A ACADEMIA APRESENTA RAZÕES DE SOBRA PARA A SUA FUNDAÇÃO. A PMMG TEM SÓLIDA TRADIÇÃO DE CULTURA, BASTANDO CITAR SEU PATRONO NÚMERO UM, O CAPITÃO JOÃO GUIMARÃES ROSA, ALÉM DE ASSIS CHATEAUBRIAND”.(In Discurso do Cel. Carlos Alberto Carvalhaes, Presidente da ALJGR/PMMG).
Vale a pena conhecer todo o histórico da
criação, idealização, fundação e instalação da ALJGR/PMMG.
Dia 24 de agosto de 2017, a ALJGR e APM
prestaram uma emocionante ao SAUL ALVES MARTINS, de Soldado a Coronel. O
Presidente Klinger Sobreira de Almeida proferiu um discurso de dez minutos, que
conquistou aplausos de todos. No Salão Nobre da APM, feita a recepção dos
Convidados, Acadêmicos, Amigos e Familiares, houve uma sessão de FOTOS ao lado
dos “Banners” alusivos ao evento. O encerramento do belo Desfile Militar feito
com apresentação de um banner de 5mx2m carregado por Cadetes da APM e
apresentado aos componentes do Palanque .
Sílvia Araújo Motta.
Primeira
Parte:
Exaltação
in memoriam
ao
ano Centenário de Nascimento
do
Coronel SAUL ALVES MARTINS.
1907-2017
-
SAUL ALVES MARTINS
Acróstico-biográfico
Nº 61
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul
Martins, em Verdade,
A-A
sua vida é Bandeira,
U-Um
farol de Lealdade:
L-Luz
da Educação Mineira.
A-Acadêmico
exemplar,
L-Lírico
Autor, Coronel...
V-Vibrante
Pai cujo Lar
E-Esmalta
os dons de Julinda:
S-Sublime
gema do Anel!...
M-Mestre:
Professor-Doutor,
A-Arquiteto
da Ciência,
R-Rico
em Saber Social,
T-Tem
poder recriador,
I-Indianista
de excelência.
N-No
Conselho Magistral
S-Sempre
exalta a Academia!
Belo
Horizonte, 7 de junho de 2003.
-
SAUL
ALVES MARTINS
Vida
e Obra em Versos (T.272)
Por
Sílvia Araújo Motta
1-Mineiro
de Januária
Saul
Martins é imortal.
Uma
Vida extraordinária
em
Ciências Sociais.
2-Saul
nasceu meio dia
Em
pleno norte mineiro,
no
Chapadão, quem diria:
-Chão
da estrada do pandeiro!
3-A
primeiro de novembro
daquele
ano dezessete,
vendo
o calendário lembro,
bem
dentro, século vinte(XX).
4-Saul
nasceu pequenino
que
nem um quilo pesava
mas,
com carinho o menino,
em
pouco tempo engordava.
5-Seus
pais, a roça deixaram
e o
rancho da liberdade,
para
a cidade levaram
saudade,
muita saudade.
6-Saul
teve infância boa
com
peripécia infantil...
Em
grupo, corria à toa,
para
o tempo juvenil.
7-Via
o Rio São Francisco
a
convidá-lo a nadar.
Criança
não via o risco
e só
queria brincar.
8-Com
outras crianças juntava
para
apanhar melancias
O
dono via e ralhava,
contou-me
em suas memórias.
9-As
festas religiosas
ao
São Gonçalo, à noitinha,
são
lembranças tão gostosas
com
tanta vida, à caminho.
10-Nos
veredais tão imensos
punha
o cavalo a correr,
a
segurar-lhe no dorso...
jamais
irá se esquecer.
11-
O passeio de canoa,
no
grande Rio da História...
é
viagem linda e boa,
que
não lhe sai da memória.
12-Do
tempo que já passou
Saul
lembra com saudade...
De
tudo aquilo guardou
o
valor de uma amizade.
13-Encontrou no amigo, um irmão!
Teve
no irmão, um amigo!
Sempre
soube dar a mão
e a
paz esteve consigo.
14-Saul
valoriza a vida
a
justiça e a verdade.
Crê
em Deus e na Mãe querida,
Madrinha,
na realidade.
15-Mestre-Titular
Doutor,
Humanista
e Antropólogo,
Professor,
Pesquisador,
Escritor
e Folclorólogo.
16-No
Conselho Diretor
da
Escola Caio Martins,
Presidente
de valor:
foi
Doutor Saul Martins.
17--Conselho
Universitário,
na
PUC-Minas, dois anos.
Conselheiro
extraordinário
de
Professores e Alunos.
18-Chefiou
na Faculdade
Federal-Minas
Gerais,
dois
Cargos que na Verdade,
valiam
por muito mais.
19--Departamento
Especial
Área
da Sociologia,’
Antropologia
Social,
Área
da Filosofia.(70-73).
20--Na
Academia Mineira
de
Letras, condecorado,
na
colocação primeira
seu
soneto premiado.
21-
“Flores do Campo”, escolhido
entre
muitos, foi julgado,
entre
os “Dez Mais” aplaudido
da
Fase Contemporânea.(1951)
22-Monografia
famosa
“Artes
e Ofícios Caseiros”
em
São Paulo, tão honrosa,
recebeu
Prêmio em dinheiro.
23-Nos
Congressos Brasileiros
de
Folclore realizados,
representou
bons mineiros
por
seu saber destacado.
24-Congresso
Internacional
em
São Paulo realizado,
Saul,
Membro Nacional:
-Folclore
especializado.
25-Para
o “IV Centenário
do
Brasil”, nosso Doutor,
teve
um trabalho diário,
ordem
do Governador.
26-No
Congresso Brasileiro(VII)
no
Distrito Federal,
Saul
foi sempre o Parceiro
Folclorólogo
sem igual.(1974)
27-No
Conselho Estadual
de
Cultura Popular,
um
Projeto Nacional
Saul
pode (ô) coordenar.
28-Projetos,
divulgações
de
Cultura Artesanal,
diversas
exposições
mostram
Folclore total.
29-E
na Comissão Mineira
foi
grande idealizador,
na
programação inteira,
excelente
Fundador.
30-
Professor em tantos cursos
até
Pós-Graduação,
sempre
ao Folclore ligados
com
sua melhor lição.
31-Em
Beagá/ MG,
membro
do Instituto Histórico,
Geográfico
e AMULMIG,
um
Pesquisador Folclórico.
32-É
Membro Internacional:
do
Folclore e Etnologia.(Bélgica)
Correspondente
Nacional
de
várias Academias.
33-Aos
vinte anos chegou
em
Belô pra trabalhar
e
ser Soldado escolheu
por
que soube a Pátria amar.
34-Aluno
de Aires da Mata
Machado,
pode lembrar,
toda
Pesquisa desata:
o nó
cego a incomodar.
35-No
campo, principalmente,
de
Ciências Sociais,
Área
de Estudo frequente
Saul
colaborou mais.
36-Lá
no Estudo Científico
colocou
o Artesanato,
Saul
deu-lhe o belo título:
“É
uma Ciência de Fato.”
37-Saul-Homem
da Verdade,
um
Diretor Doutorado,
hoje
está, da Faculdade
bem
feliz aposentado.
38-Trabalhou
na Newton Paiva
e na
UFMG,
tantos
cursos ministrava
que
fez crescer o saber.
39-Saul
Martins, é verbete
de
importantes dicionários
Pesquisador
excelente
por
isso tem prêmios vários.
40-No
“Antônio Dó” publicado,
o
jagunço do sertão
no
episódio divulgado
tem
verdade de montão.
41-“Antônio
Dó” traz a história
lá
da Serra das Araras,
obra-prima
literária
que
está entre as obras raras.
42-“Antônio
Dó” revoltado
com
o mando dos fazendeiros,
forte,
andava bem armado
na
defesa dos pioneiros.
43-Não
havia punição
para
coronéis “mandões”
é
histórica a informação
que
deixou muitas lições.
44-A
proteção policial
aos
“coronéis” atendia,
judiciária,
social
dava
ao rico, garantia.
45-Outro
livro bem famoso
de
Saul é “Os Barranqueiros”
científico
trabalhoso,
escolhido
em “romanceiros”.
46-“Barranqueiros”
sociológico
descreve
uma região.
É
histórico, antropológico
desde
a primeira lição.
47-“Barranqueiros”.
Sertanejo
revela
a sabedoria
e
nas penúrias eu vejo
a
pura filosofia.
48-Muitos
livros eu já li.
do
meu querido Patrono:
-Mas
falo que nunca vi
tanta
cultura, em um trono.
49-Certo
dia à tardinha,
ao
Saul fui visitar...
Julinda,
esposa madrinha,
com
prazer fui abraçar.
50-Mês?
Julho, Belo Horizonte,
Vinte
e seis, posso lembrar:
-Da
folhinha, fui à fonte
para
Sant´Ana rezar...
51-Que
belo livro ganhei!
Sempre
em minha cabeceira!
Do
“Número Três” tirei
lições
para a vida inteira.
52-Este
livro é dedicado
a
quem o Bem sempre faz,
a
quem busca ser amado,
com
justiça, amor e paz.
53-Oitenta
e sete! Lançado
pelas
Edições Carranca.
Com
magia elaborado,
muita
reflexão arranca!
54-Três
coisas causam desgraça:
_A
quem só busca dinheiro,
mulher
bonita e cachaça,
perderá
o lugar primeiro.
55-Quem
ama pode dar provas
fazer
versos a sorrir,
tocar
no violão as trovas,
ver
o luar, sem dormir.
56-Nunca se pode emprestar
livro,
serrote, mulher,
na
volta, fazem chorar
a
quem mexer a colher.
57-Na
Clássica Antiguidade,
o
três na Mitologia,
denota
sempre a Verdade,
que
à Humanidade extasia.
58-Júpiter
já controlava
raio
trífido famoso,
netuno,
o cetro mostrava,
valor
do tridente honroso!
59-Em
seu “Oráculo-Delfos”
é
importante pra sibila;
assentada
na tripeça
nas
respostas não vacila.
60-Antiga
Roma exigia,
vergonha
ao mal pagador,
pois
nas nádegas sentia,
bater
três vezes a dor.
61-O
endividado, coitado,
no
Pórtico / Capitólio,
nu,
numa pedra assentado,
pagava
com dor, o espólio.
62-São
três as aspirações
que
levam sempre à Verdade:
liberdade
às multidões,
fraternidade
e igualdade.
63-Três
virtudes teologais
Fé,
Esperança, Caridade.
Quatros
estações anuais
tem
três meses, na verdade.
64-Realização
especial:
fatores
de Produção,
Natureza,
Capital,
Trabalho/
dedicação.
65-Três
cores fundamentais:
azul,
vermelha, amarela!
Mulheres
especiais:
rica,
inteligente e bela.
66-Divisões
da sociedade:
_Religiosa
e Militar...
Civil
é uma realidade,
que
vale participar...
67-Tempo:
presente e passado
preparam
vida futura.
Com
o grande amor ao meu lado
minha
vida, feliz dura...
68-Necessidades
vitais,
econômicas
e místicas
a
humanidade quer mais
discutir
ações políticas.
69-O
CRIADOR é legal:
_Nos
reinos da natureza
são
Vegetal, Animal
e
Mineral, com certeza.
70-Eis
a divisão do dia:
Manhã,
Tarde e Noite, enfim
É
certo, que eu não sabia
que
a vida é também assim.
71-Numa
intersecção solar,
o
eclipse é Parcial...
ou
mostra a forma Anular,
ou
de astro Oculto, total.
72-A
matéria, na existência,
Estados
Físicos: Líquido,
pense
numa experiência
pense
no Gasoso, e Sólido!
73-Em
breve continuarei
a
falar do “Panorama
Folclórico”,
que lerei...
Só
com quem Folclore ama...
74-Será
belo o lançamento!
Saul
está entusiasmado.
Já
deixo o agradecimento
para
meu Patrono honrado!
75-Li,
com grande antecedência,
Livro,
antes de ser lançado, (SESC)
Saul
em sã consciência,
mostrou-me
emocionado.
Belo
Horizonte, 2 de setembro de 2005
-
SAUL
ALVES MARTINS-CONSTRUTOR DO PROGRESSO
Patrono
34 da ALJGR-PMMG
-
Acróstico-biográfico, in memoriam Nº 6501
Por Silvia Araújo Motta/BMG/Brasil
-
C-Conhecido como “Construtor do Progresso”
O-O Cidadão Honorário de Belo Horizonte;
N-Na cidade de Bonito: Cidadão Honorário;
S-Seu título foi outorgado pela FIEMG (1972).
T-Teve 35 Troféus; 46 Medalhas, com 8 de ouro;
R-Recebeu 17 placas de prata. Fez no Pós-graduação:
U-Uma monografia: “Educação Rural” que lhe
T-Trouxe os primeiros contatos com o Folclore.
O-O Museu de Artesanato da cidade de Vespasiano
R-Rende-lhe a Homenagem que registra o seu nome.
-
D-Do “eneassílabo” na Canção à PMMG, sua autoria
O-Ouvíamos a sugestão dele, para que fosse corrigida a
-
P-Partitura como a “original.” Lembro-me que pedi esta
R-Realização ao Regente Capitão João Jorge que aceitou
O-O desenho virtual, das notas corretas, pelo Tenor Dr. Sena.
G-Garantido o ritmo adequado, Saul olhou-me e disse-me
R-Rindo e balançando a cabeça, mostrando-me gratidão:
E-É “Profa. Sílvia Motta!_Quero agradecer sua determinação!
S-Se não fosse você, eu não teria visto esta simples correção!
S-SAUL ALVES MARTINS, meu Patrono, “Conselheiro e Amigo”
O-O Acadêmico da ALJGR, que nunca mais vou esquecer!
---Um segundo Pai para mim, Mestre de tantos que conheci”---
-
Belo Horizonte, MG, terça-feira, 27 de julho de 2017.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6066089
-
Acróstico-biográfico, in memoriam Nº 6501
Por Silvia Araújo Motta/BMG/Brasil
-
C-Conhecido como “Construtor do Progresso”
O-O Cidadão Honorário de Belo Horizonte;
N-Na cidade de Bonito: Cidadão Honorário;
S-Seu título foi outorgado pela FIEMG (1972).
T-Teve 35 Troféus; 46 Medalhas, com 8 de ouro;
R-Recebeu 17 placas de prata. Fez no Pós-graduação:
U-Uma monografia: “Educação Rural” que lhe
T-Trouxe os primeiros contatos com o Folclore.
O-O Museu de Artesanato da cidade de Vespasiano
R-Rende-lhe a Homenagem que registra o seu nome.
-
D-Do “eneassílabo” na Canção à PMMG, sua autoria
O-Ouvíamos a sugestão dele, para que fosse corrigida a
-
P-Partitura como a “original.” Lembro-me que pedi esta
R-Realização ao Regente Capitão João Jorge que aceitou
O-O desenho virtual, das notas corretas, pelo Tenor Dr. Sena.
G-Garantido o ritmo adequado, Saul olhou-me e disse-me
R-Rindo e balançando a cabeça, mostrando-me gratidão:
E-É “Profa. Sílvia Motta!_Quero agradecer sua determinação!
S-Se não fosse você, eu não teria visto esta simples correção!
S-SAUL ALVES MARTINS, meu Patrono, “Conselheiro e Amigo”
O-O Acadêmico da ALJGR, que nunca mais vou esquecer!
---Um segundo Pai para mim, Mestre de tantos que conheci”---
-
Belo Horizonte, MG, terça-feira, 27 de julho de 2017.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/6066089
-
Breves
Biografias:
Doutor
SAUL ALVES MARTINS
Pesquisador.
Nasceu em Januária (1917), no Norte de Minas. Veio para BH aos 20 anos, para
ser soldado da antiga Força Pública (a atual PM) - e seguiu carreira militar,
chegando a coronel. Paralelamente, fez curso com Helena Antipoff, em Ibirité.
"Fiz pós-graduação em educação rural, para ser diretor de escola, e este
foi o primeiro contato com o folclore como ciência", recorda.
Cita
as aulas com Aires Mata Machado. Novas pesquisas e mais estudos o levaram
para o campo das ciências sociais. É de 1970 a tese de doutorado de Saul
Martins na área de ciências sociais, com estudo que leva o título de
contribuição ao Estudo Científico do Artesanato. A atração pelas manifestações
populares "é dom". Remete também, como recorda o pesquisador, à
infância em sua terra natal e, em especial, a sedução pelas festas de
São Gonçalo, tema de seu primeiro livro.
(Fonte:
texto do repórter Walter Sebastião, Caderno EM Cultura, jornal Estado de Minas,
24.8.03, pág. 4).
-
Mestre
SAUL ALVES MARTINS
Saul
Alves Martins nasceu no dia l° de novembro de 1917, na cidade de Januária, MG.
Doutor em Ciências Sociais, foi professor da Universidade Federal de Minas
Gerais na qual exerceu dois mandatos de chefe do Departamento do Conselho
Diretor das Escolas Caio Martins, professor de pós-graduação (doutorado) na
UFMG, latu sensu, no Unicentro Newton Paiva (Belo Horizonte, MG).
Aposentado,
atualmente pronuncia conferências, palestras e, como professor, participa de
cursos intensivos de Folclore e Antropologia. Na área de Folclore, além de
diversos ensaios e muitos artigos em revistas e jornais, publicou Artes e
Ofícios Caseiros (1959), O artesanato no Serro (1964), A indústria caseira em
Pitangui (1966), Proteção do artesanato (1966), O museu e as pesquisas artesanais
(1969), Arte e artesanatos folclóricos (1976), O arte popular figurativa
(1977), O artesanato na região de Barreiras (1973) e Uma oficina em cada lar
(1974).
-
Mineiro
SAUL ALVES MARTINS
Saul
Martins, nascido em Januária, em 1917. No livro "Antonio Dó: o jagunço
mais famoso do sertão", cuja primeira edição é de 1967, adiciona
informações históricas e análise sociológica, sendo a obra de caráter
literário. O episódio transcorre nas primeiras décadas do século 20, na Serra
das Araras. Antonio Dó era um homem revoltado contra o poderio e o mandonismo
dos coronéis da região. Escapou-se de emboscadas e tentativas de morte a mando
de fazendeiros. A revolta maior do bandido era em face da proteção policial e
judiciária aos fazendeiros; a não punição aos crimes destes. Para proteger-se
aliou-se a outros bandidos.
O
bando foi crescendo ao ponto de exigir um grande contingente policial para
eliminá-lo. Outro livro de Saul Martins, de plena relação com a região, é
intitulado "Os barranqueiros". A primeira edição é de 1969. Tem um
tríplice caráter científico: histórico, sociológico e antropológico. Traz no seu
conteúdo, a certeza da história e a beleza de um romance.
O
primeiro conto do livro, "O catrumano", revela a sabedoria, a
filosofia do sertanejo analisando as penúrias do sertão; a certeza da morte em
face da pobreza. Ironicamente o sertanejo diz que o governo tinha razão de
desejar substituí-los por imigrantes italianos.
Fonte:
Texto de Antônio de Paiva Moura.Norte de Minas: dos primórdios à Revolução de
1930. Fonte: www.asminasgerais.com.br/cidades-offline/norte
-
Mestre de
Mestres
SAUL
MARTINS ALVES, de Januária, Minas Gerais, 01.11.1917, escreveu, entre outros, A
DANÇA DE SÃO GONÇALO(1954), CONGADO-FAMÍLIA DE SETE IRMÃOS(1988), sem dados
biográficos completos nos livros e sem qualquer outra informação ao alcance da
pesquisa, via textos publicados. Após os estudos primários em sua terra natal,
deslocou-se para outros centros, onde também estudou. Formou-se em Ciências
Sociais. Mudou-se para Brasília em
1972. Professor Universitário, Antropólogo.
É
encontrado no DICIONÁRIO DE ESCRITORES DE BRASILIA, de Napoleão Valadares. Foi
Presidente da Comissão Mineira de Folclore. Membro de diversas entidades, entre
as quais, Associação Nacional de Escritores. Participante de muitas coletâneas,
dentre outras, SEMENTEIRA LUZENTE, 1991, de Antonio José de Azevedo.
Apesar
de sua importância, não é suficientemente estudado na ENCICLOPÉDIA DE
LITERATURA BRASILEIRA, de Afrânio Coutinho, edição do MEC, 1990, com revisão de
Graça Coutinho e Rita Moutinho, em 2001, ou no “DICIONÁRIO HISTÓRICO-BIOGRÁFICO
BRASILEIRO”, da Fundação Getúlio Vargas, publicado em 2002 e nem é
convenientemente referido, em nenhuma das enciclopédias nacionais, Delta,
Barsa, Larousse, Mirador, Abril, Koogan/Houaiss, Larousse Cultural, etc.
É
verbete do DICIONÁRIO BIOBIBLIOGRÁFICO REGIONAL DO BRASIL, de Mário Ribeiro
Martins, via INTERNET, dentro de ENSAIO, no site :
FONTE:
www.usinadeletras.com.br.
-
SAUL
ALVES MARTINS
Entrevistado por Sílvia Araújo
Motta
É
mineiro de Januária, onde nasceu a primeiro de novembro de 1917, Doutor em
Ciências Sociais, pela UFMG, Professor de Antropologia, Pesquisador, Poeta e
Folclorólogo. Veio para Belo
Horizonte aos 20 anos, para ser Soldado da antiga Força Pública (a atual PM) -
e seguiu carreira militar, chegando a Coronel.Já se vê que ocupou, na ativa,
todos os postos, da corporação. Paralelamente, fez curso com Helena Antipoff,
em Ibirité: “Fiz pós-graduação em educação rural, para ser diretor de escola, e
este foi o primeiro contato com o Folclore como Ciência”, recorda.
Cita as aulas com Mestre
Aires da Mata Machado. Novas
pesquisas e mais estudos o levaram para o campo das Ciências Sociais.A
atração pelas manifestações populares “é dom”. Remete também, como recorda o
pesquisador, à infância e sua terra natal e, em especial, a sedução pelas
festas de São Gonçalo, tema de seu primeiro livro, publicado em 1953.
Bacharel
em Ciências Sociais - UFMG , 1957. Registros do Diploma: Na Faculdade, nº 81,
Livro nº 2 fls.27, em 16 de fevereiro de 1958;
Registro
do Diploma na Reitoria: nº 799, Livro nº 3 fls. 40, em 22 de dezembro
de 1958;
No
MEC, nº 24.644, Livro F-24 fls. 170 v, Processo
nº 30.719/59, em 7 de dezembro de 1959.
Licenciado
em Ciências Sociais-UFMG, 1959. Registros do Diploma:
Na
Faculdade, nº 279, Livro nº 2 fls.40, em 12 de fevereiro de 1960;
Na
Reitoria, nº 1800, Livro nº 3 fls. 90,
em 2 de março de 1960;
No
MEC, nº 30255, Livro F-27 fls. 131 v , Processo n º 30.719/59,em 28 de novembro
de 1960.
Doutor em Ciências Sociais - pela FAFICH da
Universidade Federal de Minas Gerais, com especialização em ANTROPOLOGIA, curso
iniciado em 8 de maio de 1968 e concluído, em 14 de dezembro de 1970,com defesa
pública de tese, estudo que leva o
título de Contribuição ao Estudo Científico do Artesanato.
Registro
do Diploma na Reitoria:nº 791, Livro DV-5 fls. 80, em 22 de dezembro de 1958;
Processo nº 30.183 / 71, em 9 de julho
de 1971.
Foi
presidente do Conselho Diretor das Escolas “Caio Martins”, nos anos de 1962 e
1963; membro do Conselho Universitário da Pontifícia Universidade Católica de
Minas Gerais, por dois anos, Professor de Pós-Graduação “lato sensu”, no
Unicentro Newton Paiva-BH; mestrado na FAFICH-UFMG; E Doutorado na Escola de
Direito da UFMG.
Por
três vezes, uma na UFMG e duas na USP, integrou Bancas de Doutorado. Também
três vezes, uma na FAFICH-UFMG e duas na UFDF integrou Bancas para Seleção de
professores universitários.
Chefe
do Departamento de Sociologia e Antropologia da Faculdade de Filosofia e
Ciências Humanas da UFMG, de 1970 a 1973.
Em
1951, em concorrido certame, a Federação das Academias de Letras do Brasil
considerou seu soneto “Flores do Campo” um dos dez melhores da fase
contemporânea, em Minas Gerais. No ano seguinte, a Discoteca Pública Municipal
de São Paulo premiou em dinheiro, sua monografia “Artes e Ofícios
Caseiros”.Prêmio em Dinheiro.
Participou
de todos os Congressos de Folclore realizados no Brasil, tendo sido relator, no
último destes, de um dos painéis. Representou o Estado de Minas Gerais no
Congresso Internacional de Folclore, que reuniu especialistas de 32 países em
São Paulo, durante o IV Centenário. De novo, por expressa delegação do
Governador, representou Minas Gerais no Distrito Federal, por ocasião do VII
Congresso Brasileiro de Folclore, realizado em 1974.
Foi
membro do ex-Conselho Estadual de Cultura Popular do Estado e um dos
Coordenadores do Programa Comemorativo do Sesquicentenário da Independência do
Brasil, em Minas Gerais. Foi membro do Conselho Penitenciário do estado de
Minas gerais, durante cinco anos, nos governos de Hélio Garcia e Itamar Franco.
membro também do Conselho Administrativo da Escola de Serviços Penitenciários
João Franzen de Lima. Coordenou inúmeras semanas, festivais e exposições em
Belo Horizonte para estudo e divulgação de cultura popular tradicional e vem
ministrando cursos ligados à Antropologia,
em muitos lugares do País, inclusive em nível de pós-graduação, como o
que foi dado na Universidade do Amazonas, em 1975.
É
Presidente de Honra da Comissão Mineira de Folclore, criada em 19 de fevereiro de 1948, e único
sobrevivente dos 28 fundadores. Membro do Instituto Histórico e Geográfico de
Minas Gerais, da Societé Internationale d´Ethnologie et de Folklore, com sede
em Liège, Bélgica, é da Academia Municipalista de Letras, da Academia de Letras
Municipais do Brasil e membro correspondente das Academias Conquistense(Bahia),
Itajubense e Juiz-Forana (Minas Gerais) de Letras. É Membro Fundador da Academia
de Letras João Guimarães Rosa da Polícia Militar de Minas Gerais e Presidente
do Conselho Superior . Foi Mestre do Ano, em 1963, personalidade destaque em
1976 e em 1977, Cidadão de Resist~encia em 1978; ganhador dos
Troféus “Antero de Alencar” em 1978,
“Alferes Tiradentes” em 1984 e outros muitos num total de 35.
Em
maio de 1979, a convite da Universidade Nacional de Córdoba, República
Argentina, participou do Seminário sobre Patrimônio Artesanal.Tem várias obras
publicadas e outras a sair. Uma daquelas serviu de roteiro para filme de longa
metragem, colorido, hoje rodando no circuito comercial. Participou do I Simpósio Nacional sobre Folclore, realizado em
Olímpia, Estado de São Paulo, no período de 14 a 17 de agosto de 1986, tendo
atuado como Vice-Presidente por escolha unânime dos colegas folcloristas.
Já
foi agraciado com 46 MEDALHAS, sendo 8 destas de ouro, 17 placas de prata.
Cidadão
Honorário de Belo Horizonte (Resolução 900, de 28 de abril de 1987) e Cidadão
Honorário de Bonito de Minas.
Recebeu
o título de “Construtor do Progresso”. FIEMG, em 1992.
Belo
Horizonte, 26 de agosto de 2005.
Fonte:
Gravação em Fita-cassete, feita pelo próprio Saul Alves Martins, em sua residência, para complemento da
entrevista concedida à escritora Sílvia Araújo Motta.
(Ver
páginas 6 e 7 do Livro de Saul Martins: “O Misterioso Número três”. Edições
Carranca.1987.
-
AUTOBIOGRAFIA
SAUL
ALVES MARTINS
I
Não
longe de Goiás nem da Bahia,
Em
pleno chapadão norte-mineiro,
Foi
lá, precisamente ao meio dia,
No
chão de estrada velha do Pandeiro,
Que
vim à luz, me opondo à biologia,
Pois
se deu de novembro no primeiro
E
pelas contas de mamãe seria
Em
princípios do mês de fevereiro.
O
ponteiro das eras navegava
Sobre
o século vinte e se abeirava
Do
número dezoito, indiferente.
Levaram-me,
com toda a segurança,
Da
caixa de sapatos à balança,
Eu
nem pesava um quilo propriamente.
II
Atrás
de sonhos e ilusões pequenas,
O
meu pai nos levou para a cidade,
Disse,
chorando adeus às açucenas
E ao
ranchinho de paz e liberdade.
Dura
falta sentimos das amenas
Terras
da nossa generosa herdade,
Pois
quem viveu na roça um mês apenas
Plantou
no peito o espinho da saudade.
Seguindo
é certo, as curvas do destino,
Foi
boa a minha vida de menino,
Foi
boa a minha infância, muito boa:
À
noitinha, assistindo ao São-Gonçalo,
Nos
veredais imensos, a cavalo,
Sobre
o dorso das águas, de canoa.
III
Nem
de longe me passa a fantasia
De
vestir-me de príncipe, se nada
Ou
quase nada fui na amarga via
Em
que passei durante a caminhada.
Apenas
rampas e portões eu via
No
percurso de toda a minha estrada;
Nunca
alcancei os louros da poesia
E
nem tive o consolo de uma fada.
Por
onde andei fiz boas amizades,
De
muita gente acumulei saudades,
Sempre
que pude dei a mão a alguém.
Sou
rude aos maus, prezo a justiça e a vida,
Creio
em Deus e na Virgem-mãe querida,
De
vício nem de nada sou refém.
(in:
Canção da Terra: 1998:15,16,17.)
SAUL
EM FAMÍLIA PEQUENA
Dueto-Acróstico-biográfico
Por
Sílvia Araújo Motta
S-São
tantos fatos à mão...
A-A
poesia é uma pintura,
U-Um
pincel no coração...
L-Lindo
quadro, se emoldura!
-
E-Está
chovendo lá fora,
M-Mas
aqui, feliz Senhora!
-
F-Fita
graciosa folia,
A-Atende
um “ai” sem demora!
M-Muito
perto da alegria,
Í
-Insiste, a saudade , agora...
L-Ligeiro
“um” empurra o irmão,
I
-Instante, seu grito implora!
A-À
Mãe, mais uma apreensão.
-
P-Perto
o Sérgio que sorria
E-Então
começa a chorar...
Q-Que
susto! E a Mãe daria
U-Um
passo para ajudar...
E-E
Julinda o socorria!
N-No
entanto, Tuca corria
A-Ao
Papai pra se amparar.
Belo
Horizonte, 30 de julho de 2005.
-
FAMÍLIA
Por
Saul Alves Martins
Lá fora a chuva caía,
Cá
dentro, de pito à mão,
Enquanto
o fumo subia
Eu
dava certa atenção.
À
graciosa folia
Do
Tuca com seu irmão;
O
Sérgio somente ria,
Dava-lhe
o Tuca empurrão.
Nisto
o menor se machuca,
A
Julinda chega, e o Tuca
Junto
a mim vem se amparar.
Entretanto,
leva um esbarro,
Caindo
sobre o cigarro,
E
abrem os dois a chorar.
Fonte:
(In:
Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 35)
-
SAUL E SEU
PAI
Dueto-Acróstico
biográfico Nº 3
por
Sílvia Araújo Motta
S-
Seu pai Justino-um herói,
A- A
plantar muita BONDADE...
U-Um
fio saudoso tece e dói!
L-
Legitima prece à verdade.
A-
Ao educar foi um guia
L-
Luz, caminho e harmonia.
V- Vivia
a aconselhar...
E-
Excelente exemplo a dar,
S-
Sérias lições a cobrar.
M-
Muito apoio pela vida
A- À família soube dar.
R- Ralhava, se necessário,
T- Tempo certo, pra educar,
I- Inesquecível !Extraordinário!
N-
Neste tempo de criança
S- Seu Pai, presença-lembrança.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL
FILHO
PAPAI
Por
Saul Alves Martins
Quando
eu era uma criança,
Oh!
como a saudade dói!
Tudo
em volta era esperança,
Era
o papai meu herói.
No
tempo da juventude,
Tinha
olhos, mas não via;
Nessa
fase, um tanto rude,
O
papai foi o meu guia.
A
idade, então, foi chegando,
Surgem
estorvos -
o joio;
Ele
sempre aconselhando,
era
o papai meu apoio.
No
cume da vida, agora,
O
novo tornou-se antigo;
Eu
vejo que em toda hora
O papai
foi meu amigo.
(In:
Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 56
SAUL RECÉM-NASCIDO
Dueto-Acróstico
histórico Nº 276
por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul Martins é mineiro!
A- A
criança de Januária,
U-
Um irmão, um bom companheiro,
L-
Lembranças extraordinárias.
A-
Ao meio dia nasceu...
L-
Lá estrada do “Pandeiro”
V-
Veio aos “Santos festejar”
E-
Em Novembro, dia primeiro
S-
Sem nem um quilo pesar.
M-
Mamãe Maria Martins
A- Ao lado do Pai Justino
R- Risonhos, todos afins.
T- Total: vinte e seis meninos,
I- Irmãos dos dois casamentos (do Pai)
N-
Na união e nos carinhos
S- São lembrados bons momentos.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
Dia
dos Avós.
Dia
de Sant ´Ana (Mãe de Maria, a Virgem Maria e avó do Menino Jesus.
Fonte:
www.asminasgerais.com.br/cidades-offline/norte
www.jangadabrasil.com.br/revista/julho68/im
-
MAMÃE
Por
Saul Alves Martins
Ela
deu a mim o ensejo
De
abrir caminho seguro
Para
alcançar o desejo
De
conquistar o futuro.
Não
conheci mordomia,
O
seu regime era duro,
Mas
o bem ela queria,
Só
pensava em meu futuro.
Se
indeciso repreendia:
-Não
fique em cima do muro,
Isso
expressa covardia
E
compromete o futuro.
Tinha
razão, Deus louvado,
Oh!
sábia mamãe! Eu juro,
A
senhora, no passado,
deu-me
um presente -o
futuro.
(In:
Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 57
-
SAUL E SUA MÃE
Dueto-Acróstico
histórico Nº 5
por Sílvia Araújo Motta
S-
Sábia Mãe! Autêntica religiosa!
A- A
Dona Maria Moreira Martins,
U-
Uma esposa dedicada, mãe extremosa,
L-
Lúmen emitido aos parentes afins.
A- A
sua palma da mão sustentou-lhe,
L-
Levou-lhe ao oratório e ofereceu-lhe:
V-
Virgem:-“Tome conta dele pra mim”
E- E
“cria-o....” Saul transcende o real.
S-
Saul Martins tem madrinha celestial.
M-
Mãe sentinela! Enfrentou procelas!
A- A sua coragem velou a vela acesa.
R- Razões de sobra buscou nas estrelas,
T- Tempo, luz, sabedoria, paz, beleza,
I- Incomparável fortaleza, pode vê-la
N-
Na tempestade , erguer o mastro-vital,
S- Somar paciência, Amor e Bondade!
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL E AS CARRANCAS
Dueto-Acróstico
histórico Nº 6
por Sílvia Araújo Motta
S-
São tantas recordações
A-
Acordadas lá da infância.
U-
Umas fortes emoções...
L-
Límpidas reminiscências.
A-
As proezas, com certeza
L-
Levam a marca “pureza”
V-
Várias vezes se escondia:
E- E
lá da Escola fugia
S-
Saía pra ver as “barcas...”
M-
Muitas barcas com carrancas
A-
Atraíam ao lugar!
R
-Rio São Francisco! Tantas
T-
Tarefas a realizar...
I- Ícone quase Profético!
N-
Nosso Patrimônio Artístico
S-
Saul aprendeu cuidar.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
-
SAUL E AS MELANCIAS
Dueto-Acróstico
histórico Nº 279
por
Sílvia Araújo Motta
S-
São doces, ternas, queridas
A-
As lembranças refletidas
U-
Um sinônimo de ação
L-
Liderando a sugestão...
A-
Atravessar com alegrias,
L-
Largo rio, em correnteza...
V-
Vinha “roubar” melancias,
E-
Eram graúdas...Beleza!
S-
Sempre verdes e vermelhas.
M-
Muitos amigos deixou
A- Ao ver um sonho desfeito.
R- Risonha infância passou,
T- Tão forte, ainda está no peito!
I- Imagens e caos causou...
N-
Na mente hoje, sente o efeito
S- Saudade do que passou.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL
PAI DE JIÇARA MARTINS ESCRITORA
Dueto-Acróstico
Nº 9 por Sílvia Araújo Motta
J-Jiçara
Martins é escritora!
I-Importante,
seu livro “Árvores
Ç-Caiadas”.Uma
Obra que aflora
A-A
emoção à primeira leitura.
R-Ressalta
a Suprema Criação
A-À
beleza secreta da Natureza.
-
M-Modernos
versos na inspiração.
A-Acolhe
paradoxos e os colore!
R-Razões
cósmicas levam à percepção.
T-Transpõe
coisas do tempo e elabora
I-Impressões
cotidianas do coração,
N-No
verso eterno que incorpora
S-Sensibilidade
e conscientização.
-
F-Filha
de Saul Martins e Julinda.
E-Esposa
de Paulo, Mãe linda e querida.
R-Rompe
barreiras-Graduada Engenheira
N-Na
UFMG, em setenta e quatro.
A-Aprovada
na Fundação Dom Cabral,
N-Na
Especialização Engenheira Econômica.
D-Do
Ensino recorda: Colégio Tiradentes,
E-Escolas
Henrique Diniz e Caetano Azeredo,
S-Seu
3º ano no Colégio Universitário-UFMG.
-
S-Sua
nova publicação traz novas viagens!
A-As
palavras, chaves do espírito elevado,
N-Na
forma simples: “Um olhar...Versos e Imagens”
T-Tem
estilo agradável, fortemente assinalado
O-O
valor do invisível, através do palpável.
S-Seu
lema é visível: Amizade, Amor, Verdade.
-
PERFEIÇÃO
Por
Saul Alves Martins
Não
sei cantar-te, ó pétala mimosa,
Impossível
pintar-te um sonhador;
É
sem proveito a voz tão lacrimosa
No
soneto de um simples trovador.
Inda
rimando em versos cor-de-rosa,
Poeta
algum exprime o teu valor;
És a
virgem mais casta e mais formosa,
Alma
inocente de bondade e amor.
Com
a brancura da lua sobre a neve,
Tens
carícia de um lago, a sombra leve
Dos
vapores que passam como véu.
Quando
partires desta amarga vida,
Hás
de saber o quanto és distinguida
Entre
os mais belos anjos lá do Céu!
(In:
Canção da Terra. 2ª ed. 1998: 26
SAUL E
“ANTÔNIO
DÓ”
Dueto-Acróstico
histórico Nº282
Por
Sílvia Araújo Motta
A-A
primeira edição é de 1967.
N-No
início, Antônio Dó era revoltado.
T-Trabalhava
na “Serra das Araras”
O-Onde
reclamava, pois era “injustiçado”.
N-No
mandonismo, os “coronéis do sertão”
I
-Impunham a proteção policial e judiciária.
O-O
poderio incentivou “Dó “ à situação.
D-Defendeu-se
das emboscadas e crimes sem punição!
Ó-Orgulhoso,
foi o jagunço mais famoso do sertão.!
J
-Jagunços, históricos, fortes , corajosos,
A-Atacando
os coronéis inescrupulosos,
G-Garatiram
o destaque no futuro!
U-Um mineiro de Januária de valor cultural,
N-Nomeou,
“Antônio Dó”com fatos fabulosos.
Ç-Creditou
a 2ª edição em 1997.(SESC-MG)
O-O
livro serviu de roteiro ao Filme Comercial.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL E “OS BARRANQUEIROS”
Dueto-Acróstico histórico Nº283
Por Sílvia Araújo Motta
L-Livro
que tem tríplice caráter
I-Inerente
à Arte ! História verdadeira
V-Valor
antropológico e sociológico.
R-Relata
os fatos à sua maneira!
0-Obra
clássica de valor filosófico.
O-O
livro foi publicado em 1969.
S-Sua
edição do Centro de Estudos Mineiros.
B-Barranqueiros
do Rio São Francisco!
A-A
obra é um estudo de Ecologia,
R-Relata
a comunidade dos mineiros!
R-Revive
o folclore do Brasil, com magia,
A-A
grande voz, agindo dos pioneiros,
N-Na
interpretação cultiva a sabedoria.
Q-Quanta
tradição do povo da ribeira!
U-Uma
aceitação do sertanejo, na peleja,
E-Enfrenta
com resignação as penúrias,
I-
Injúrias, labutas, perseguição do sertão.
R-Referência
de fatos reais, lendas, toadas,
O-O
espírito humanista, a oferta da verdade!
S-Sua
contribuição é valiosa pela autenticidade.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL NA COMISSÃO
MINEIRA
DE FOLCLORE
Dueto-Acróstico-histórico Nº 284
por Sílvia Araújo Motta
M-Mineiros
reunidos no Conservatório de Música
I-
Instalaram a Comissão Mineira de Folclore,
N-No
dia dezenove de fevereiro de 1948.
E-Eram
28. Por sugestão de Renato Almeida
I-
Início de um Patrimônio Mineiro da Nação
R-Reconhecido
o primeiro Estado da Federação
O-Organizou-se
para a pesquisa e divulgação.
S-Saul
é o único sobrevivente.Bem atuante!
D-Da
Comissão Mineira de Folclore
A-A
aclamação: Saul “Presidente de Honra”.
C-Cargo desempenhado com prazer!
O-Oitenta
e oito anos vividos!
M-Modesto
infante a Coronel vibrante
I-
Inúmeros trabalhos aplaudidos.
S-Suas
publicações, sua cultura e ações
S-São
lições que fazem crescer.
Ã-Acadêmico
Doutor em Ciências Sociais.
O-Os
seus exemplos humanistas, especiais.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL
ARTICULISTA
Do
Jornal “ O Diário”-1950
OS
ESPANTALHOS
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 285
Por
Sílvia Araújo Motta
E-Espantalhos
erguidos nas plantações,
S-Simples
estátuas à frente das porteiras,
P-Protegem
terras e espalham superstições.
A-Arte-espetáculo
com feições grosseiras,
N-Nos
manequins de palha chamam atenções.
T-Trazem
quase sempre o vermelho colorido!
A-Às
vezes, feitos de pano, exibem a crença;
L-Livres
opções, evitam feitiço e mal olhado.
H-Há
tradições que apenas guardam de herança
O-O
crâneo ou caveira do boi de estimação
S-Simplesmente
espetada na ponta de uma vara.
-
D-Designam
segredo contra a terrível “mundiça”:
E-Evitam
pragas de gafanhotos, besouros e outras.
-
S-Saul,
Cientista Social, Folclorólogo real,
A-Articulista
em Jornal faz suas revelações.
U-Um
respeitável Mestre e Antropólogo
L-Ligado
à Sabedoria Popular Tradicional.
Belo
Horizonte, 14 de agosto de 2005.
-
SAUL
DOUTOR EM CIÊNCIAS SOCIAIS
UFMG
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 286
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul é Doutor em Ciências Sociais
A-
Acostumado a abrir fronteiras educacionais.
U-
Um intelectual que busca a especialização
L-
Lei universal da razão-mente e do coração.
M-
Mantém-se atualizado, aos conflitos sociais
A- Às reais dificuldades da humanidade.
R- Recorre à teoria e prática educacionais.
T- Torna viável a marcha da sociedade
I- Intervém com Palestras para Profissionais
N-
Na sinalização do espírito humanista.
S- Suscita a busca dos símbolos culturais.
S-Sociologia
é “antes de tudo” e Saul faz
O-O
estudo do Comportamento Social.
C-Cuida
de registrar tradição e traz
I-
Indiscutivelmente-contribuição cultural.
Ó-Objetivo
maior vai além do pessoal,
L-Lê
e escreve sobre transformações de um povo
O-Organiza
a estrutura social
G-Garante
mudanças e mostra o homem novo.
O-O
passado é preservado no futuro universal.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL
ANTROPÓLOGO
SOCIAL
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 287
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul Martins é um sábio Antroposófico!
A-
Antroposofia é a sabedoria do Homem;
U-
Uma “cia” do Cosmo: “Cada ser é único,
L-
Livre, autoconsciente, frente ao mundo.”
M-
Mais ainda! Sentimento e memória!
A- Antropólogo Social, de personalidade
marcante!
R- Relaciona-se bem com sua história!
T- Transpõe a maturidade resistente,
I- Intrínseca união, na base do SER,
N-
No ente físico-diamante na forma,
S- Ser Humano-“forma” especial de homem.
A-A
sua alma é pura, transparente
N-Na
forma(ô) substancial de vivente,
T-Toda
a espontaneidade de um HUMANO
R-Retoma
a imanência das operações...
O-O
ato primeiro do corpo natural organizado.
P-Processo
vital intelectivo-SAUL é ativo!
Ó-Objeto
da razão-vontade! Saul:sabe o que quer!
L-Luz
espiritual-Saul entende e transcende
O-O
âmbito do concreto e do sensível.
G-Garante
a Ciência e Consciência que busca,
O-O
abstrato e o universal na LEI NATURAL.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005.
-
SAUL e seu PATRONO
NA
ACADEMIA DE LETRAS
JGR/PMMG
Dueto-Acróstico-histórico Nº 288
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul
Martins é Coronel da PMMG
A-Autor
de duas dezenas de livros e mais:
U-Um
Professor Universitário da UFMG
L-Lidera,
apóia, aconselha ! É demais!
-
M-Militar
de fecundas atividades profissionais
I-Imbatível
qualidade de Grande Mestre
L-Líder
de Grupos Militares e Culturais
I-Importante
Membro da Academia de Letras
T-Tem
Posse de Fundador da Cadeira Trinta,
A-A
homenagear Dr.José Vieira C. de Magalhães.
R-Reconhecido
Escritor, General Brigada EB.
-
A-A
pesquisa levou-o ao Patrono filho de Português:
C-Com
Ensaio de Antropologia: “O Selvagem”
A-Aos
estudos de “Anchieta e as Línguas Indígenas”
D-Dedicado
às Viagens do Rio Araguaia, Sertanista,
Ê-Especialista
Político e Bacharel em Direito,
M-Mãe:
Tereza e Pai: Antônio Carlos Magalhães.
I-Impossível
esquecer: Diamantina de seu Patrono
C-Com
seu berço inaugurado em 1-11-1837.
O-Orgulho
Acadêmico Militar Condecorado.
Belo
Horizonte, 22 de agosto de 2005
-
JOSÉ
VIEIRA DE COUTO MAGALHÃES
Patrono de Saul Alves
Martins
Acróstico
Histórico-Biográfico Nº 289
Por
Sílvia Araújo Motta
J- Jovem Militar prestou serviços em São Paulo.
O-
Onde comprou 120 alqueires do Sr. Santos Camargo.
S- Sua residência em 1986.Faleceu General, em
dois anos.
É- E
o filho herdou o local, que foi herdado pelo Tio Leopoldo.
V-Valoroso Memorialista Regional. Do
Bairro Paulista
I-
Informou fatos minudentes para o Patrimônio Histórico.
E-
Em complemento à História dos “Cem Bairros de São Paulo”.
I- “Itaim-Bibi”,
ex-fazenda, é a Casa de Saúde Bela Vista.
R-
Rapaz , pai de José Couto de Magalhães, sem casamento,
A-
Assumiu a paternidade com uma índia que veio do Pará.
C-
Corajoso, o General nasceu em Diamantina.
O- O
Militar amigo do Imperador D. Pedro II,
U-
Um Presidente da Província de São Paulo,
T-
Teve a prisão após a Proclamação da República,
O- Ordenada pelas Tropas do Marechal Floriano.
D-
De José Vieira Couto de Magalhães, muitos anais:
E
Estudou as canções Populares e as recriou.
M
Muitas interpretações folclóricas locais, registrou.
A As
suas publicações são históricas:
G
Grandiosa e verdadeira “Viagem ao Araguaia”.
A
“Anchieta e as Línguas Indígenas”...
L “Lindo e puramente descritivo “O Selvagem”...
H
Heróica-detalhista “Revolta de Felipe dos Santos”
A “A Fundação de São Paulo” ou “Os Guayanases”.
E
Enfim, pelas importantes contribuições culturais,
S
Suas informações raras merecem as distinções.
-
José
Vieira Couto de Magalhães-Patrono da Cadeira 26
Da
Arcádia de Minas Gerais
Ocupada
por Wilson Veado-Área: Ciências Humanas
Seção:
Literatura Indigenista
-
SAUL
ESPOSO DA
FLOR
JULINDA GARCIA MARTINS
Dueto-Soneto
decassílabo-clássico nº 1488
Por
Sílvia Araújo Motta
Julinda
é flor que exala paz e amor,
Rosa
em botão nascida em São João
Nepomuceno,
Minas traz valor,
Raiz
profunda espalha fé, perdão.
-
Pétala
firme mostra linda cor,
Na
primavera, outono até verão,
Emana
luz, no inverno põe calor,
No
coração materno faz canção.
-
Esposa
amada, santa mãe Julinda!
Dezoito
netos, puro amor-perfeito,
Nove
bisnetos! É mulher querida!
Com
proteção divina canta a glória,
Vitória
certa conta nesse preito
Lindo
jardim florido colhe a história.
Belo
Horizonte, 15 de agosto de 2007.
-
O PÉ
DE ROSAS
Por
Saul Alves Martins
Hoje,
meu bem, desejo consagrar-te
Os
sons da lira que em meu peito chora,
Às
Musas suplicando esmero e arte
E
força aos versos que te escrevo agora.
E
quero ser ouvido em toda parte,
Que
o mundo todo escute, sem demora,
As
rimas que escandi para expressar-te
O
meu estreme amor por ti, senhora.
Há
muitas primaveras caminhamos
De
braços dados no jardim que nós plantamos,
Que
nós plantamos de carinhos teus.
Muitas
rosas perfumam nossa vida
E a
sagrada roseira és tu, querida,
És
tu, querida, a mãe dos filhos meus!
(In:
Canção da Terra. 2ª.ed. 1998:22)
Ver
dedicatória do livro para:
JULINDA GARCIA MARTINS.
-
JULINDA
GARCIA MARTINS
Dueto-Homenagem
acróstica Nº 1449
Por
Sílvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
-
J-“Jamais
a esquece, quem a conhece”
U-Uma
mulher que emana bondade!
L-Linda
na história, aplauso merece,
I-Impõe
ternura, amor de verdade.
N-No
doce lar, a vida floresce;
D-Dos
filhos, netos, tantos bisnetos,
A-A
cada dia, sonho que cresce.
-
G-Guarda
lembrança em terra mineira!
A-Ama
família, pais tão bondosos,
R-Recordação
Garcia-Junqueira
C-
Com laço eterno, gestos valoiosos .,
I-Idade?
Aos treze, quase catorze
A-Apaixonada,
tornou-se amada!
-
M-Morada
certa no Santo Antônio.(BH)
A-Aos
dezesseis, a jovem bem casada...
R-Risonhos
tempos, duas almas afins,
T-Trabalho
enfrenta, mas realizada!
I-Inesquecível,
será sempre amada
N-Na
companhia , SAUL A. MARTINS,
S-Sempre
com Senhor Deus, feliz na jornada.
Belo
Horizonte, 15 de agosto de 2007.
-
SAUL
FILÓSOFO
“Há
mais mistérios entre o céu e a terra
do
que a vã filosofia dos homens
possa
imaginar"
William Sheakspeare
William Sheakspeare
PENSAMENTOS
E METÁFORAS
DE SAUL ALVES MARTINS:
1-“Nada
acontece sem a anuência cósmica”
2-
“...Sou rude aos maus, prezo a justiça e a vida,
creio
em Deus e na Virgem-mãe querida...”
3-
“...E vi-te, enfim, ó flor do sofrimento,
abrir
a fímbria azul do firmamento
e
majestosa entrar na eternidade.”
4-
“...Muitas rosas perfumam nossa vida
e a
sagrada roseira és tu,
és
tu, querida,a mãe dos filhos meus!”.
“...Quem
atirou no charco a mocidade
não
pode na velhice ser feliz.”
6-
“...És a Virgem mais casta e mais formosa,
alma
inocente de bondade e amor.”
7-
“...Sofre o boêmio, clama a mocidade,
mas
é debalde: a taça da vaidade
esvaziou-se
com o correr dos anos.”
8-
“... Os passos desses heróis
são
faróis
que
segurança nos dão
e
razão,
seguiremos
e cada vez mais
paz
queremos em Minas Gerais.”
9-
“...Quem olvida, soldados,
Vossos
feitos em terras estranhas?
Estais
já consagrados!
Sois
a guarda em que o povo confia,
Sois
a voz das montanhas,
Do
Brasil sois o guia.”
10-
“A mente é tudo. O senso da razão,
eis,
lhe digo, a maior consolação
que
o homem pode ter...”
11-
“...Às vezes o vigor que nos anima.
É o
sopro da desgraça que se arrima;
Outras
vezes sonhando com a pobreza
Despertamos
nos braços da riqueza...”
12-
“... há muito pão cruel
que
nós comemos sem sentir o fel
Só
por sabermos que amanhã, cedinho,
Aos
nossos lábios, saboroso vinho.”
13-
“...Somos chama no meio’ da tempestade;
ora
a tocha clareia, protegida,
e
ora teme e escurece enfraquecida.”
14-
“...Não se amofine! Enfrente essa procela!
Coragem!
Seja a própria sentinela
Que
alimenta e mantém a luz acesa,
Que
a livra das rajadas de surpresa.
Cabe
a nós mesmos amparar a chama
Inda
morrendo exposta ao vento e à lama.”
15-
“...Maravilhoso espelho do universo,
cabem
neles o espaço, o mar,a flor
e a
imensidade cálida do amor.”
16-
“... Mas, ó Jesus, é incômodo demais
a
gente ser ovelha onde há chacais!”
17-“O
ponteiro das eras navegava...”
18-“
Plantou no peito o espinho da saudade”
19-“Apenas
rampas e portões eu via
no
percurso de toda a minha estrada...”
20-“...Limpaste
os homens da sujeira física
só
os não lavaste do carvão moral...”
21-“...
a chuva é filha da paixão, é mágoa,
é
lágrima de dor o pingo d`água,
por
isso fere o coração da gente!”
22-
“...No sangue temos
a
nobre herança,
toda
a pujança
dos
conjurados.
Fortes
marchemos,
eia
soldados!...”
23-
“...O livro é um filho que tem de nascer.”
-
HÁ
TEMPO PARA TUDO
Acróstico
Nº 291
Por
Sílvia Araújo Motta
-
H-Há
um Grande Mestre da Sabedoria Popular
Á-A
falar em Eclesiastes sobre o tempo a passar.
-
T-Tempo
para nascer e tempo para morrer.
E-Espalhar
pedras e tempo de ajuntar pedras.
M-Matar
e curar, tempo de buscar e perder.
P-Palavras
para falar e o tempo de calar-se.
O-O
tempo de amar e o tempo de aborrecer.
-
P-Para
plantar, tempo de arrancar e de colher.
A-Aguardar
o tempo de sorrir e o de chorar.
R-Receber
a guerra e esperar o tempo da paz.
A-Abraçar
e afastar-se, de rasgar e de costurar.
-
T-Tudo
tem o seu tempo determinado, entende:
U-Um
tempo de propósito sob o sol ardente.
D-Dizer
que tudo é vaidade em tempo presente:
O-O
melhor é saber ouvir o sábio que repreende.
Belo
Horizonte, 15 de agosto de 2005.
-
SAUL
,
PSICÓLOGO
NATO
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 292
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul é Psicólogo Nato diante de “questões”!
A- A
sua vida e obra apresentam soluções.
U-
Um HOMEM que se preocupa com o consciente,
L-
Ligado às funções vitais do subconsciente.
P-Procura
o conhecimento humano completo
S-Sábio
Orientador de interações grupais
I-
Iluminado em sua subjetividade
C-Consegue
distinguir das funções mentais
Ó-O
comportamento necessário de VERDADE.
L-LÍDER
Nato! Destaque entre Profissionais!
O-Orgulho
universitário, Professor de Valor,
G-Garante
a releitura da realidade cósmica,
O-O
modelo centralizador que é descentralizador.
N-Na
lógica pedagógica, sua Metodologia
A-Atinge
o estudo da Humanidade imperfeita:
T-Toma
os conceitos, coloca-os na hierarquia,
O-Objetivos
da anuência cósmica perfeita.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
FLORES
DO CAMPO
Soneto
por
Saul Alves Martins
Quando,
em setembro, chega a Primavera,
Aparecem
nos campos, nas queimadas,
Ou
mesmo nos barrancos das estradas,
Até
na palha seca da tapera.
Belas
flores de pétalas bordadas,
De
raro olor e de aparência austera,
Lindo
jardim que a natureza gera
Para
alegrar a vida nas chapadas.
Debalde
cultivá-las no canteiro!
Só
poderemos vê-las soberanas,
No
seu meio, no peito de um vaqueiro,
Nos
tapumes de humílimas cabanas,
Depois
da chuva, à tona de um ribeiro,
Ou
nas tranças de frívolas ciganas.
___________________________
Nota:
Classificado,
em 1951, pela Federação das
Academias
de Letras do Brasil,
um
dos dez melhores sonetos mineiros
da
fase contemporânea.
-
SAUL
MARTINS SONETISTA
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 293
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul
é sonetista premiado!(1951)
A-A
Federação das Academias de Letras
U-Um
sério certame teve selecionado:
L-Lindo
soneto “FLORES DO CAMPO.”
-
M-Melhor
forma clássica consagrada.
A-As
estrofes tem versos perfumados
R-Ricos,
de metáforas recheados.
T-Toda
a inspiração que a natureza gera
I-
Induz a pensar na Primavera...
N-Nas
flores dos barrancos das estradas
S-Soberanas
nas tranças das ciganas.
-
S-São
belas as pétalas bordadas,
O-Olor
tão raro, em peito de vaqueiro,
N-Nos
campos ou nas queimadas
E-Estão
a colorir o seu canteiro.
T-Tempo
setembro, alegre nas chapadas,
I-
Irradiam luz à tona de um ribeiro,
S-Suas
pétalas cheias de gotas da chuva
T-Traduzem
a VIDA no mundo inteiro...
A-A
Academia Mineira de Letras, a sempre-viva!
Belo
Horizonte, 12 de agosto de 2005
-
SAUL
DESCREVE
BARRANQUEIRO
DO SÃO FRANCISCO
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 294
Por
Sílvia Araújo Motta
B-Balsa
de boa madeira(cedro)
A-Ao
chegar do velho Rio
R-Repõe
a alegria inteira.
R-Retornam:
Pai, Filho, Tio,
A-Avô,
Neto e Bisnetos...
N-Nos
lares , muita fartura!
Q-Que trabalho! O homem é honesto!
U-Um
porto em vida segura...
E-E
não se importa com o resto.
I-Indica
o barco de peixes,
R-Revê
o ajoujo carregado,
O-Ostenta
o mastro e na praia
S-Seu
canto é marco encantado.
-
D-Da
PAISAGEM FLUVIAL
O-O
totem é sempre ideal.
-
S-São
Bom Jesus da Lapa
A-Acolhe
das águas, os votos,
O-Ofertas
dos seus devotos...
-
F-Feijão
“ferrado” é sustento!
R-Reinventa
a paz, com cachaça...
A-Ao
preparo do alimento
N-No
fogo, a panela esquenta...
C-Carne,
peixe, jacuba, no muquém!
I-Intempéries
da natureza
S-São
desafios, com certeza.
C-Com
vigor físico excepcional
O-O
barranqueiro é sensacional.
-
SAUL MARTINS titula
MUSEU DO FOLCLORE
EM
VESPASIANO-MG
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 248
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul Martins, o imortal,
A-
Até titula Museu
U-
Um pesquisador real
L-
Lugar certo, mereceu.
A- A
cidade é industrial,
L-
Local mineiro legal!
V-
Vespasiano é “Cultural”
E-
Em Folclore Nacional,
S-
Sua atração é mundial.
M-
Museu SAUL MARTINS:
A-
Acervo temático, rico
R-
Retém valores de Minas
T-
Tem o cunho filosófico,
I- Impõe magia, em desfiles,
N-
Numa visita agradável
S-
Sua presença é memorável.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL E O ARTESANATO
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 295
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul Martins valorizou o Artesanato
A-
Ao publicar sua Obra Nacional (1973)
U-
Uma “Contribuição ao Estudo Científico”(1973)
L-
Liberando o “Plano de Proteção Artesanal”
E-
Esquematizou planos à expansão turística:
O-O
ramo artesanal sob a ótica do local.
A-Além
da importância histórica, o artesanato
R-Recriou
do ponto de vista pedagógico,
T-Trabalho
artístico, moral, terapêutico,
E-E
ainda, psicológico, sócio-econômico.
S-SAUL
nomeia o Museu Saul Martins,
A-Acervo
histórico do Folclore Mineiro.
N-Na
intenção pura e única de colaborar
A-A
sua ação, o imortalizou na doação.
T-Tem
peças de Mestres da Arte Popular,
O-Orgulho
na Cidade Mineira de Vespasiano.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
ARTE ARTESÃO
ARTESANATO
Dueto-Acróstico
nº 296
por
Sílvia Araújo Motta /BH/MG/Brasil
A-A palavra ARTE tem várias significações:
R-Representa
a forma de produção,
T-Transformação
da matéria-bruta pelo homem
E-E
pode também explorar o belo
S-Se
buscar a forma da expressão humana.
A-Aristóteles
já explicava sobre a arte:
N-Nos
mostrando a arte mecânica, arte técnica,
A-Arte
de Fazer , ou parte do simples Ofício.
T-Trabalho
original é marca pessoal do ARTESÃO
O-O
artista que faz à mão, objetos para a comunidade.
S-Segundo
Saul Alves Martins, o ARTESANATO
E-É
um sistema de trabalho do Povo,
G-Garantido
os tipos: indígena ou primitivo,
U-Um
folclórico, semi-erudito, requintado.
N-Não
se pode confundir Artesanato-fonte de produção.
D-Diz
que Produto é Coisa e Artesanato é
O-O
conjunto de maneiras pelas quais a COISA é feita.
S-Sua
importância é reconhecida histórica-universal.
A-Atua
contra o desemprego, equilíbrio e Paz SOCIAL.
U-Utilitário
ARTÍSTICO aprimora a matéria-prima,
L-Libera
a imaginação, talento e sensibilidade.
-
M-Meio
PEDAGÓGICO para educar crianças em idade escolar,
A-Aperfeiçoa
o lado ESPIRITUAL e MORAL do Artesão,
R-Recomendado
valor TERAPÊUTICO para aliviar tensão,
T-Tem
valor CULTURAL que reproduz e divulga as tradições
I-Inúmeros
fatores Psicológicos,filosóficos, antroplógicos
N-Na
VIDA ARTESANAL, são forças que carregam lições!
S-Sua
expansão turística depende de conscientização POLÍTICA.
INSTITUTO
CULTURAL
AMÍLCAR
MARTINS
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 50
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Selecionada
e farta bibliografia
A-À
disposição de assíduos leitores:
U-Uma
Seção Especial de Folclore,
L-Leva-os
à Coleção de Pesquisadores.
-
M-Muito
importante é o ICAM
A-A
divulgar o conhecimento mineiro,
R-Realiza
eventos de lançamentos,
T-Trabalhos
diversos artísticos.
I-Instituto
Cultural Amílcar Martins:
N-Novo
espaço de valor à tradição,
S-Sempre-viva
à memória em doce canção.
-
N-Nos
estudos de Saul Alves Martins,
O-O
ICAM é fonte pura de informação,
-
I-Indica
“Os Barranqueiros” do São Francisco
C-Completo
estudo; “Folclore em Minas Gerais”
A-“A
Dança de São Gonçalo” e outros
M-Mais!
Vale a pena visitar o ICAM.Chega mais!
-
Belo
Horizonte, 27 de julho de 2005
Fonte:
http://www.icam.org.br/colecao/folclore.html
-
SAUL
,
O
PESQUISADOR
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 298
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul, é mineiro, natural de Januária!
A-A
sua Pesquisa é completa, sem igual!
U-Uma
nova terra, recriou para a história.
L-
Linguajar simples, retrata o regional.
O-O
Homem de Verdade é da VERDADE.
P-Paciente,
Observador, Inteligente, Escritor.
E-É
merecedor de incontáveis aplausos “de pé”.
S-Sua
produção é o que há de melhor.
Q-Querido
e Amigo testemunha sua Fé.
U-Um
ilustre, lúcido, sério Pesquisador!
I –
Infatigável cultiva devoção clarividente.
S-Sua
dedicação revela-se no Amor.
A-As
coisas do passado tão presentes
D-Despertam
interesse ao investigador,
O-Os
seus livros mostram profundidade
R-Revelam
o seu conhecimento de valor.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005.
-
SAUL
FALA DO BOI ANDÁ
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 299
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul,
Folclorólogo pesquisou,
A-Anotou
uma bela toada a mais:
U-Um
texto do “ Boi-Andá” que publicou:
L-Livro:
“Folclore em Minas Gerais”(1982)
-
F-Foi
editado pela Universidade UFMG
A-A
divulgar um boi “vermeio” e feio:
L-Linguajar
simples do povo a cantar,
A-Ajuda
a pedir para o “Boi-Andá.”
-
D-Diz
brincadeiras sem jeito para o Prefeito.
O-O
pente, a moça, a trança, o “taio” e o “aio”.
-
B-Boi-Andá,
mineiro, em Ferros, é tradição.
O-O
Boi no Folclore tem ritual parecido.
I-Intenção
e tema, matança e ressurreição.
A-A
figura do Boi leva um homem na armação.
N-Nas
duas varas, rabo, caveira com chifres reais
D-Dão
força à imaginação. A gingar, risca o chão.
Á-A
exibição tem música típica, plateia, animação.
Belo
Horizonte 16 de agosto de 2005.
-
SAUL
fala do BOI MORENO
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 300
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul,
Folclorólogo pesquisou,
A-Anotou
uma bela toada a mais:
U-Um
texto do Boi-Moreno que publicou:
L-Livro:
“Folclore em Minas Gerais”(1982)
F-Foi
editado pela Universidade UFMG
A-A
divulgar “Amaia” para o gado reunir.
L-Linguajar
simples para estar “na malhada”
A-“Arriba,
meu boi” assume o sentido de partir.
D-Diz
ao boi “para comer capim...”
O-O
que à dona da casa?: -“Tem dó de mim!”
B-Boi
Moreno é identificado mineiro,
O-O
Boi da cidade de São Francisco.
I-Inspira
o “bucho vazio!” Chegada e saída!
M-Mundo
que diz que o “Boi não saía...”
O-O
“Boi está na rua”. Comunidade, alegria!
R-Roda,
arriba, “amaia.” “Realidade, ação!
E-Exibição,
dança típica! Animação da platéia!
N-Na
vida, o valor da paz e socialização.
O- O
amor à cultura ! Povo na rua!Tradição.
Belo
Horizonte, 28 de julho de 2005.
-
SAUL
MARTINS E O REISADO
Dueto-Acróstico
Histórico Nº 63
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul
Martins registrou com atenção
A-A
peregrinação dos Três Reis Magos:
U-Um
registro da Escritura Sagrada
L-Localizada
no Salmo setenta e dois!
-
M-Magos
seguiram a estrela até Belém
A-Aceitaram
a Profecia de Balaão e partiram.
R-Reconhecidos
na tradição cristã pela viagem
T-Também
pelo que ofertaram à “Criança”:
I-Incenso,
Ouro e Mirra, por simbologia.
N-Nomeados
pelo povo: Gaspar-o moreno,
S-Senhor
Melchior-o branco e Baltasar- o negro.
-
O- O
REISADO é um canto épico.Há 4 modalidades de reis:
de-caixa, do-boi, das -pastorinhas,da-
mulinha- de -ouro.
R-Rememora
o nascimento de Jesus Cristo,
E-Em
que o povo chama a festa de “Rancho”,
I-Indica
simplesmente “Folia de Reis”.
S-São
festas também chamadas de “Terno”
A-As
pessoas céticas ao sobrenatural apontam para
D-Descreverem
apenas, o fenômeno astronômico:
O-Onde
houve a conjunção de Júpiter e Saturno.
(*)Ver
páginas 148/149 do livro:
Panorama
Folclórico de Saul Alves Martins.2005.300p.
(*)Silvia
nasceu Dia de Reis, em Belo Vale
6/Jan/1951.
-
CONHEÇA
SAUL MARTINS DOUTOR
Dueto-Acróstico
Por Sílvia Araújo Motta
C-Conheça
o Saul Martins Doutor!
O -O
Mestre, Poeta Mineiro!
N-Na
Ciência Social põe Amor.
H-Homem
Certo e Conselheiro,
E-É
Antropólogo, Escritor,
Ç-Culto
em Saber Popular,
A-A
sua Monografia é famosa...
-
S-Sábio
nas “Artes e Ofícios Caseiros”
A-A
divulgar nossa cultura tradicional!
U-Uma
personalidade amada, real
L-Lidera
a Pesquisa, entre os primeiros...
-
M-Mais
do que AMIGO, um pai a falar,
A-A
escrever ou dar a melhor sugestão...
R-Reinventa
a história com boa memória,
T-Transcende
sabedoria, usa a razão.
I-Irradia
bondade em qualquer lugar.
N-Nas
Academias e nas Universidades
S-Sua
Obra é imortal na vida exemplar.
Belo
Horizonte, 25 de outubro de 2005.
-
SAUDADE
Por
Saul Martins
Lembrança
amena e triste
Do
bem
E
desejo de reencontro.
E
também
Sensação
de abandono,
Que
tira o sono.
Saudade
abrange
Espaço
e tempo:
Envolve
caminhos sáfaros
Ou
distantes
E
está presente
No
coração da gente;
Horas
verdes de esperança,
Horas
azuis de concórdia,
Amarelas
de perdão
Ou
misericórdia
E
horas roxas de solidão.
Saudade
é dor
Que
se faz de amor.
Belo
Horizonte, 12 de abril de 1997.
-
SAUL
ALVES MARTINS
COM
SAUDADE...
-
Dueto-Acróstico
Nº ????
Por
Sílvia Araújo Motta
-
S-“Saudade”
um triste sentimento, de breve história
A-Assinada
no peito aberto de Saul Alves Martins;
U-Uma
data que ele queria guardada na memória:
L-Lamento
do 12/Abril/1997, não foi seu eleito!
-
A-Antigo
guerreiro, que foi tão valente, um dia...
L-Limites
não tinha nas horas verdes, de esperança;
V-Vencia
sempre, com as horas azuis da concórdia;
E-Em
horas amarelas do perdão, conseguia a aliança;
S-Seriam
roxas, as horas de alguns dias de solidão?
-
M-Misericórdia
sempre soube esperar do Criador;
A-A
sensação “de abandono” tirava-lhe o sono...
R-Recordar,
às vezes pode causar temor da dor;
T-Transformar
a SAUDADE, em alento de amor.
I-Inesquecíveis
foram seus bons momentos na vida;
N-Na
trilha terrena que plantou paz, união e alegria!
S-Sofrimentos
abrangem caminhos sáfaros e áridos.
Belo
Horizonte, 25 de outubro de 2005.
-
SAUL
EM IBIRITÉ
Dueto-Acróstico
Histórico Nº 55
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Seu
Curso em Ibirité
A-Abre-lhe
nova visão
U-Um
Pós-Graduação que é
L-Livre
espaço de Criação.
-
E-Em
contato com Helena Antipoff
M-Mestra
do Ensino Rural, cresce.
-
I-Iluminada
e profícua Orientação
B-Busca
para ser Diretor Escolar.
I-Indicado
para atuar na Educação
R-Recorda
com Gratidão e Amor.
I-Invade
o tempo, busca a emoção:
T-Tanto
aprendeu: O Folclore
É-É
Ciência: precisa de dedicação.
Belo
Horizonte, 25 de outubro de 2005.
-
CARTA
ÍNTIMA
(Resposta
ao Amigo)
Por
Saul Alves Martins
Li
três vezes a sua narrativa
E
digo, francamente, esta missiva
Não
foi escrita, à guisa de conforto,
Ao
marinheiro que se julga morto,
Lutando
em prol de barco esfacelado
Sobre
as ondas de mar encapelado;
Jamais
com o intuito de servir de guia
Entre
montes de areia e fantasia;
Não
foi escrita para dar coragem
Ao
viajante que só vê miragem.
Franqueza,
amigo, não está tão mal,
Pois
inda sente o espírito imortal!
A
mente é tudo. O senso da razão,
Eis,
lhe digo, a maior consolação
Que
o homem pode ter. Se ainda pensa,
Verá
por certo, à sombra da descrença,
O
raio luminoso e convergente
Da
chama verde que ilumina a gente.
Às
vezes o vigor que nos anima
É o
sopro da desgraça que se arrima
Outras
vezes sonhando com a pobreza
Despertamos
nos braços da riqueza;
De
um lado o tédio, o grito de agonia
E do
outro o amor, o riso de alegria;
À
frente, atrás, num jogo dualista
Vamos
seguindo a estrada fatalista.
Meu
triste amigo: há muito pão cruel
Que
nós comemos sem sentir o fel
Só
por sabermos que amanhã, cedinho,
Aos
nossos lábios, saboroso vinho.
Aprenda
se não sabe esta verdade:
Somos
chama no meio da tempestade;
Ora
tocha clareia, protegida,
E ora
treme e escurece enfraquecida.
Não
se amofine! Enfrente a procela!
Coragem!
Seja a própria sentinela
Que
alimenta e mantém a luz acesa,
Que
a livra das rajadas de surpresa.
Cabe
a nós mesmos amparar a chama
Inda
morrendo exposta ao vento e à lama.
( In
: Canção da Terra . 1998: 69,70)
-
SAUL
FILÓSOFO
ESPIRITUALISTA
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 48
Por
Sílvia Araújo Motta
S-
Saul Martins, Filósofo-Espiritualista
A-
Admite as leis cósmicas imutáveis,
U-
Uma criação complexa universalista.
L-
Liga-se aos postulados aceitáveis.
M-
Mantém os princípios lógicos da vida
A- A concepção contínua e harmônica
R- Realização exclusiva do Criador,
T- Transcendente de essência infinita,
I- Integração do Arquiteto do Universo
N-
Na regência total da Liberdade,
S- Segura Igualdade e Fraternidade.
F-Filosofia
é a totalidade do conhecimento
I
-Instituída na Ordem Universal,
L-Luz
em busca do puro entendimento,
Ó-O
estudo para atingir o real,
S-Sobre
humano físico-metafísico e mental,
O-O consequente
valor da Verdade
F-Força
do psíquico e espiritual.
O-O
cultivo do “Amor à Sabedoria”.
Belo
Horizonte, 26 de julho de 2005
-
SAUL,
AMIGO
DE
JOSÉ
CÔRTES DUARTE
UMA
EXPRESSÃO VIVA DE AMOR HUMANO.
TEXTO
escrito por SAUL MARTINS
Alheias
a meu sangue, três pessoas exerceram notável influência em minha vida. Sem
exagero algum, pode-se dizer que elas me traçaram o destino:
Helena
Antipoff, que me ensejou travar relações proveitosas com homens ilustres do
País;
Aires
da Mata Machado Filho, a quem devo, realmente, a posição que ocupo no
magistério superior e na carreira intelectual;
e
José de Côrtes Duarte, responsável voluntário por tarefa não menos relevante,
no que me toca, a do lapidário que esmerila a pedra bruta, representada por
nossas deficiências morais, quebra-lhe arestas, dá-lhe forma e brilho até que
se torne polida.
Não
é que virei brilhante, longe disso! Mas, bem que tentou fazê-lo durante um
quarto de século e, acredito, ainda se esforça, coitado, para alcançar essa
meta.
Conheci-o
em 1947, em circunstâncias curiosas, que merecem ser lembradas para servir de
exemplo. Naquela época, fui exercer o cargo de Delegado Especial de Polícia, em
Almenara. Moço ainda, aos primeiros passos da viagem e por caminhos sáfaros e
escabrosos, sentia-me deveras importante, mais do que em verdade o era.
Às
vésperas de eleição, ambiente carregado, grande tensões e antagonismos, o clima
era de intimidação. Comentava-se, à boca pequena, que em ambos os lados havia
grandes estoques de armamento, até metralhadoras.
Ansioso
com os boatos, redigi um edital com várias cópias e as mandei afixar em pontos
estratégicos da Cidade. Recomendava a entrega desse material proibido,
garantindo, no entanto, que fecharia os olhos ao rigor da lei para quem
atendesse sem demora.
Na
manhã seguinte, com lacônica explicação, um homem entregava-me um fuzil-“mauser”,
modelo 1908: "Li o edital de vossa excelência, e aqui está o que já me
incomodava muito!"
Ora,
pois!
Foi
assim meu primeiro encontro com o autor deste livro. Daí à amizade foi questão
de tempo.
Querido
como ninguém na região, consultado por todos em horas apertadas, ultima palavra
em obstinadas dissidências locais, também usei seu prestígio para resolver
casos de minha competência funcional, ou para sair de embaraçosas situações.
Considerei-o,
então, um mestre, mais que um companheiro de prosa.
Tornei-me
seu aprendiz compenetrado, mas... ... apenas soletrava.
Hoje
velho, bastante chegado em idade, enquanto eu bem mais moço, porém, segundo o
poeta, descendo também a negra montanha, avisto-o mais abaixo, a passos lentos
e cansados, contemplando a pousada além, já não distante, resignadamente.
Feliz, talvez.
Aí
está um livro que deve ser lido muitas vezes, porque suas páginas, além de
informar com absoluta fidelidade sobre uma fase de nossa evolução cultural,
elas refletem os modos de quem sofreu muito e nunca se abateu.
Ao
contrário, sorriso nos lábios, mãos sempre aptas a ajudar, palavra consoladora
e cheia de sabedoria, Duarte foi e será uma expressão viva de amor
humano.
-
Guarda
no Palácio da Liberdade;
SAUL
AMIGO DE MILITÃO
MILITÃO
Por
Saul Alves Martins
Foi
num dia de janeiro,
Diversos
anos atrás:
Ganhei
um bom companheiro,
Que
me deu agrado e paz.
Comemos
do mesmo pão,
Militão.
Eu
era magro, franzino,
Ele
baixo, atarracado,
Revelava
pouco tino,
Mas
muito bem-humorado.
Tenho-lhe
grande afeição,
Militão.
Ele
era bem diferente
De
mim na idade e na cor,
Tão
igual a mim somente
No
puro e fraterno amor.
Sempre
o tive por irmão,
Militão.
Aos
vinte anos, homem feito,
Eu
geri própria vida:
Disse
adeus, em meu proveito,
À
Januária querida.
Guardo-o
no meu coração,
Militão.
Belo
Horizonte, 5 de outubro de 1999.
-
SAUL
EM CARAPEBUS
COM
A AMIGOS E FAMÍLIA
CANÇÃO : Letra de Saul Martins
Música de José Flávio Abelha
Carapebus,
praia
de luz,
lá
nossas mágoas
rolam
nas águas
longe
pro mar.
E
então ficamos
sem
nossas penas,
entre
morenas
a
repousar.
Terra
formosa,
esplendorosa
qual
seja o dia,
pois
a alegria
lá
não tem fim:
ninguém
padece,
reina
a saúde,
é a
plenitude
da
vida, enfim.
Tanta
ventura
quase
não dura!
Sinceramente,
gosto
da gente
é lá
viver
galgando
as ondas
ou
nas areias,
onde
as sereias
vão
se aquecer.
-
SAUDAÇÃO
À BANDEIRA
Por
Saul Martins
Imagem simbólica da Pátria,
Tu
representas nossa terra imensa:
Riquezas,
climas,
hábitos
de vida,
usos,
costumes,
tradições,
tudo
que existe
debaixo
de tua fímbria azul;
da
pampa gaúcha,
no
extremo Sul,
aos
píncaros nevados do Roraima,
no
extremo Norte;
desde
a costa atlântica da Paraíba,
onde
sopra a brisa mais oriental do continente,
às
nascentes do Rio Javari,
na
misteriosa selva do sol poente.
Tu
resumes toda a história do nosso povo,
Seus
anseios de independência
E
sonhos de liberdade.
Tremulaste
, gloriosa, em frentes de batalha,
Aqui
E
além.
Afagaste
o derradeiro sono
Dos
que derramaram sangue generoso
Em
defesa de tua honra
E
dignidade.
És
sombra gasallhosa dos que trabalham
No
mar,
No
campo,
No
ar,
No
seio das florestas,
No
ventre das minas,
No
leito das águas diamantinas e auríferas,
Nas
estradas nuas
E
nas ruas, por teu esplendor.
És
testemunha do labor silencioso dos que combatem,
Sob
tua inspiração,
Os
erros e a ignorância,
E te
iluminam
Com
as luzes da moral e da razão.
Bandeira
do Brasil,
Eu
te saúdo!
( In
: Canção da Terra . 1998: 86,87)
-
CANÇÃO
DA POLÍCIA MILITAR
DO ESTADO
DE MINAS GERAIS. (PMMG)
Letra:
Coronel PM Doutor Saul Alves Martins.
Música:
Coronel PM Egídio Benício de Abreu
.
I
Filhos
de Minas,
erguendo
a voz,
anos
após
anos,
lutaram
pelas
doutrinas
que
eles sonharam.
Rememoremos
os
sacrifícios
desses
patrícios
desassombrados.
Fortes
marchemos,
eia,
soldados!
Os
passos desses heróis
são
faróis
que
segurança nos dão
e
razão,
*(nós)
seguiremos e cada vez mais
paz
queremos em Minas Gerais.
II
De
iguais misteres,
com
a mesma história,
somos
a glória,
os
descendentes
do
bravo alferes,
o
Tiradentes.
No
sangue temos
a
nobre herança,
toda
a pujança
dos
conjurados.
Fortes
marchemos,
eia,
soldados!
Os
passos desses heróis
são
faróis
que
segurança nos dão
e
razão,
*(nós)
seguiremos
e
cada vez mais
paz
queremos em Minas Gerais.
III
Somos
a aurora,
rútila
chama,
luz
que derrama
felicidade,
brados
de outrora,
paz,
liberdade.
Por
isso honremos
nossos
varões,
pelas
ações
já
consagrados.
Fortes
marchemos,
eia,
soldados!
Os
passos desses heróis
são
faróis
que
segurança nos dão
e
razão,
*(nós) seguiremos
e
cada vez mais
paz
queremos em Minas Gerais.
-
(*)Palavra
acrescida ao eneassílabo ternário,
por
exigência da partitura.
-
Notas:
1-Ao
final das Reuniões da Academia de Letras João Guimarães Rosa da PMMG, são
distribuídas cópias da letra e partitura da Canção da Polícia Militar, para
serem cantadas e acompanhadas por todos os presentes. (Ao som de fita-cassete
ou tocada por instrumentistas da AMOS: Academia de Militar Orquestra Show.)
2-Vale ressaltar que em cada Pasta há uma foto
colorida do autor do poema Saul Alves Martins, Acadêmico-Fundador,ex-Presidente
do Conselho Superior, hoje Presidente Ad Vitam.
3-As
Pastas forma organizadas e oferecidas pela Parceira Assessora da ALJGR/PMMG,
Sílvia Araújo Motta, com o apoio do Clube Brasileiro da Língua Portuguesa.
CICLO
DA VIDA HUMANA
Por
Saul Alves Martins
Se
se pede o nascimento,
Com
certeza a gente nasce,
Come,
bebe e o crescimento
Do
corpo em volume faz-se.
Passa
o tempo e o destino
Dá-nos
vida de menino.
Segue-se
a mais agitada
Fase
da nossa existência,
Risos
, lágrimas...a nada
Compara-se
a adolescência:
Vagueia
o cosmos, em vão,
Porque
tem os pés no chão.
Sobrevém
a juventude
Com
todo o bem que ela traz:
Vigor,
força em plenitude
E
alegria no que faz.
Guarda
na mente a esperança,
Quem
espera sempre alcança.
Chega
a vez da grande lida,
É
muito duro o batente:
Gastos
com roupa e comida
Para
a família exigente.
É
uma labuta sem par,
Noite
e dia sem parar.
Tida
como recompensa,
Até
que enfim chega o dia,
Alguém
assina a sentença:
Chega
a aposentadoria.
Lá
se vai o entusiasmo
A
que sucede o marasmo.
Os
olhos perdem o lume,
Vai
da cama para a rede...
Tudo,
afinal, se resume
Num
retrato na parede.
Foi
assim e assim será:
Se
alguém nasceu, morrerá!
Belo
Horizonte, 14 de junho de 2002.
-
QUATRO
ESTAÇÕES
DA
VIDA HUMANA
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 65
Por
Sílvia Araújo Motta
S-São
apenas, quatro as Etapas da Vida Humana!
A -A
segunda metade do INVERNO é a infância...
U-Uma
beleza invade à PRIMAVERA da juventude,
L-Limite,
proteção, natureza, educação,lembrança.
A-Avança
em terra firme, meia idade no VERÃO
L-Lugar
de quem alcança a Verdade, na realidade!
V-Vários
desafios! Principais lutas e realizações!
E-Espaço
de plantar ações e reações, de acumular
S-Sabedoria,
energia, prazer, harmonia, e lições!
M-Muitos
bons frutos, no OUTONO são colhidos.
A -
A longevidade na velhice muda atitudes diárias!
R-Recolhe
sábias, renúncias úteis nos dias vividos!
T-Trabalha
com várias experiências extraordinárias!
I-Início
real da Grande Travessia para o Universal!
N-Na
princípio do INVERNO, há o retorno TOTAL:
S-Serenidade
! Busca o Caminho da PAZ e da LUZ .
Belo
Horizonte, 20 de setembro de 2005
-
SAUL
EMOLDURA A PAZ
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 66
Por
Sílvia Araújo Motta
S-SAUL,
sua vida reflete no mundo
A-A
simetria da sua pureza da alma,
U-Um
quadro de exemplo profundo!
L-Linda
moldura que merece palmas!
A- A
sensibiliddae mística aflora
L-Lição
artística, clássica autêntica...
V-Vaso
de cristal, perfume que mora
E-E
cada flor colorida que autentica,
S-Sua
VIDA é imortal, a toda hora...
M-Maneira
sui-gêneris de vivacidade
A-Acolhe
e escolhe sempre a Verdade
R-Refrigério
para a alma! Sua emoção
T-Transcende
vitais circuitos cerebrais,
I-Interpreta
o Homem e sua Função:
N-Natureza
cósmica, certa realidade...
S-Seu
intelecto: Razão, vontade: Coração.
Belo
Horizonte, 19 de setembro de 2005.
-
TROVAS
DE SAUL ALVES MARTINS
Por
Saul Alves Martins
TROVA
1 : Tema: Saudade
Quando
uma jovem suspira
colhida
pela saudade,
aos
lábios sobe a mentira,
ao
peito desce a verdade.
TROVA
2: Tema:Felicidade
Felicidade
é o desejo
De
coisa boa encontrar,
É
correr atrás de um beijo
Que
jamais se pode dar.
TROVA
3: Tema: Nome
Ora,
pois, como acredito
Ser
a idéia fundamento,
Conservo
teu nome escrito
No
meu próprio pensamento.
TROVA
4: Tema: Ocaso
Enalteço
a boa sina
De
pertencer-te, querida;
És a
estrela vespertina
No
ocaso da minha vida.
TROVA
5: Tema: Mundo
Viver
no mundo sozinho
É
sofrer a mesma dor
Do
galho sem passarinho,
Da
rosa sem beija-flor.
TROVA 6 : Tema: Judas
Não
cochiles um segundo,
Meu
amigo, não te iludas,
Que
enquanto o mundo for mundo
Teremos
beijos de Judas.
TROVA 7 : Tema: Sertão
Dão-me
força aqueles ares
Do
sertão onde nasci,
Aliviam-me
os pesares
E
até minh’ alma sorri.
TROVA 8 : Tema:
Paz
É
tanta influência, tanta,
Em
mim daquele sertão,
Que,
ao fruir seus ares, santa
Paz
me invade o coração.
TROVA 9 :Tema: Estação
Ao
nascer nós embarcamos,
Chorando,
no mesmo trem
E,
às cegas, sem rumo, vamos
Descer
na estação...além.
TROVA
10 : Tema: Verdade
Dos
vícios da humanidade
A
mentira está na frente,
Pois
quem falta com a verdade
É
pra Deus um delinquente.
TROVA 11 : Tema: Vida
A
vida de uns -doce
vida
A de
tantos -vida atroz,
mas
vida pra ser vivida
Depende
muito de nós.
TROVA 12 :Tema: Velhice
Verdade,
não é tolice
O
que esta trova nos fala:
Embora
triste a velhice,
Desejamos
alcançá-la.
TROVA
13 : Tema: Igualdade
A
igualdade -
um mito apenas
De
sublime trilogia:
Ao
rico, manhãs serenas,
E ao
pobre, só noite fria.
TROVA 14: Tema: Lição
Não
é só, quem lê e escreve
Que
lição nos pode dar:
Se
fala o que pensa, e breve,
Basta
apenas soletrar.
TROVA 15: Tema: Pedra
Pedra
bruta -se não prestas,
Se
fazes mal nesta vida,
Mas
vai quebrando as arestas
Que
viras pedra polida.
TROVA 16:Tema: Preceito
Queres
ser justo e perfeito?
Então
a vida resumes
Neste
elevado preceito
“Sê
livre e de bons costumes!”
TROVA 17: Tema: Aniversário
É
festejado esse dia
Em o
nosso calendário,
Recebido
com alegria
Seu
ditoso aniversário.
TROVA 18: Tema: TAÍS
Desejamos
boa sorte
À
linda jovem Taís;
Que
ela seja sempre forte
E
muito, muito feliz.
TROVA
19 : Tema: Cochichos
Os
cochichos da vizinha
Chegam
logo a toda gente,
Eles
nascem na cozinha,
Mas
depressa vão à frente.
TROVA 20: Tema: Esperança
Atrás
de vaga esperança,
Muita
gente corre, corre,
De
tanto correr se cansa,
Cai
no chão exausta e morre.
-
SAUL MARTINS TROVADOR
Dueto-Acróstico-histórico
Nº 67
Por
Sílvia Araújo Motta
S-Saul
Martins Trovador
A-A
trova pode cantar!
U-Um
inspirado Professor,
L-Logo
a sabe declamar.
M-Muitos
temas escolheu
A-Amor,
tristeza, saudade...
R-Razões
que o mundo lhe deu.
T-Ternura,
felicidade...
I-Ilusão,
Judas, perdão,
N-Nascimento,
paz, verdade,
S-Silêncio,
luz, estação.
T-Trova
a Vida e a Canção!
R-Rima
perfeita compõe
O-O
preceito da lição...
V-“Vá
à luta” é o que propõe,
A-Atrás
da paz e esperança.
D-Ditado
certo, otimista!
O-O
tempo passa e a lembrança
R-Recorda
e faz a revista.
Belo
Horizonte, 24 de outubro de 2005.
-
TROVAS LUSO-BRASILEIRAS
Do
arquivo pessoal de Saul Alves Martins
TEMA:
Língua Portuguesa/Idioma
1-Nossa
Língua tem causado
orgulho
a duas Nações:
pela
prosa de Machado...
pelos
versos de Camões
Arlindo
Tadeu Hagen
02-Toda
humana inteligência
em
estrutura e grandeza
resplandece
na opulência,
que
há na Língua Portuguesa.
Zenília
Paixão-
03-Só
na Língua Portuguesa
este
contraste aparece:
-quem
diz “Adeus”com tristeza,
diz
“Saudade”em tom de prece.
Izo Goldman
04-Rica
e doce Língua minha
feita
de arrulhos e brados,
és
mãe, fadista, rainha,
cuja
voz canta meus fados.
Thalma
Tavares
06-Este
idioma é o retrato
de
um elo de amor perfeito,
pois
cada luso, de fato,
é
nosso irmão por direito.
Helvécio
Barros-Bauru
23-Nossa
Língua Portuguesa
linda joia
deste mundo,
é
rica, em sua beleza
e
exige saber profundo.
Sílvia
Araújo Motta
24-
O escritor Vasco da Gama
valorizou
toda a história
pelo
Brasil ganhou fama
e em
Portugal toda a glória.
Sílvia
Araújo Motta
25-Vieira
foi com certeza,
de
uma Língua, Imperador.
e da
Pátria Portuguesa,
um
Diplomata do amor.
Sílvia
Araújo Motta
26-Foi
Pedro Álvares Cabral
o
timoneiro do idioma
que
falava em Portugal
e no
Brasil ganhou fama.
Sílvia
Araújo Motta
Belo
Horizonte-MG-Brasi
HINO AO MUNICÍPIO DE BONITO
Letra
de Saul Alves Martins
Lugar
formoso,
Esplendoroso,
De
belezas naturais,
Com
paisagens,
Mil
paragens
De
altivos buritizais:
Em
alamedas,
Muitas
veredas.
Por
tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe
o povo Bonito.
Chão produtivo,
Ar curativo,
Fauna
e flora exuberantes.
Água pura,
Com fartura,
E
palmeiras sussurrantes.
Mãe
natureza
Deu-lhe grandeza.
Por
tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe
o povo Bonito.
Antepassados
Serão
amados,
Merecem
nossa atenção:
Os primeiros
Brasileiros
Que
nos deram formação.
Viva a lembrança
Da nobre herança!
Por
tudo que aqui foi dito,
Chamou-lhe
o povo Bonito.
Belo Horizonte, 28 de junho de 1999.
-
SABES
QUEM SOU?
Sou
a maldição,
o
horror
que
cobre uma multidão
de
pavor.
Não
respeito nação,
faço
confusão,
causo
a dor.
Mato
sem saber quem,
pois
não vejo ninguém.
Sou
terror,
não
tenho amor,
nado
muito bem,
sou
amiga da traição,
vôo
com perfeição
não
temo perigo,
a
todos castigo
e
persigo.
Sou
transitória,
mas
deixo na História
minha
tradição.
Domino
a terra
para
onde vou.
Sabes
quem sou?
-
A guerra!
Soldado
Saul Martins.
Belo
Horizonte, 2 de agosto de 1939.
-
HERÓDOTO
Por
Saul Alves Martins
Natureza
cobriu-lhe
pouco
e
quase loucos
de
tristeza
você
nos deixou.
A
graça
que
nos dava tanto
e o
cruel espanto
quando
a desgraça
nos
visitou.
A
paixão
que
nos trazem dores
nada
a ver com as flores
do
caixão
que
o transportou.
Foi
dor medonha
e fé
não demos
quanto
sofremos.
Vida
tristonha
de
nós se apossou.
3º
Sargento Saul Martins
Muzambinho,
5 de outubro de 1940.
-
PINÓQUIO
Por
Saul Alves Martins
Travestido com
pele de cordeiro,
Um lobo
mau surgiu nas
Alagoas,
Percorreu do
Brasil o solo
inteiro
Fazendo pregação
de ideias boas.
Confiadas
nas mensagens do embusteiro
E habilidoso contador de
loas,
Para elevar
o povo brasileiro,
Seguem-lhe
os passos crédulas pessoas.
Passada a festa
da vitória, um
susto
Emudeceu a
sociedade. A custo
Ela sentiu
pulsar-lhe o coração.
O caçador
de marajás, no
fundo,
Apenas enganou
a Deus e
o mundo,
Por
isso a História vai chamar-lhe Cão!
Belo
Horizonte, 9 de abril de 1990.
-
MUDANÇA
A família
era ajustada
E
hoje está desagregada.
Outrora
fartura havia
E
hoje temos carestia.
A
autoridade dos pais
Já
não vale nada mais.
Em
casa não há respeito,
Triste
viver desse jeito!
Outros
muitos empecilhos
São
exigências dos filhos.
Querem
dinheiro sem conta,
Se
não dá filho amedronta.
Há
quem ouse até dizer:
-Quem
os mandou me fazer?!
O
namoro, hoje em dia,
Traduz-se
por sodomia.
O
carinho agora é imagem
Perversa
da sacanagem.
Belo
Horizonte, 25 de junho de 2003.
-
SAUDADE
Por
Saul Martins
Lembrança
amena e triste
Do
bem
E
desejo de reencontro.
E
também
Sensação
de abandono,
Que
tira o sono.
Saudade
abrange
Espaço
e tempo:
Envolve
caminhos sáfaros
Ou
distantes
E
está presente
No
coração da gente;
Horas
verdes de esperança,
Horas
azuis de concórdia,
Amarelas
de perdão
Ou
misericórdia
E
horas roxas de solidão.
Saudade
é dor
Que
se faz de amor.
Belo
Horizonte, 12 de abril de 1997.
“O
chamado mensalão e outras forma aviltantes de propina em curso, agora no
Brasil, causam vergonha nacional e muita preocupação ao eleitorado.”
-
DESFECHO
O
Brasil, esse menino
De
fraqueza hereditária,
Carrega
em seu intestino
Uma
grande solitária.
Por
mais que entupa a barriga
Conserva
o magro perfil,
Pois
a boca da lombriga
Chega
à goela de Brasil.
Por
vezes, nem sabe como,
Julga-se
livre do anzol,
Ao
ver da tênia um só gomo
Bem
no fundo do urinol.
Mais
tarde, no entanto, grita,
Torna-se
mais decadente:
No
rabo do parasita
Dá
brota nova semente.
*
*
inserir
três estrelas............
O
remédio é um tanto esperto,
Mas
o garoto melhora:
Um
litro de Azeite preto
Põe
essa bicha pra fora.
Belo
Horizonte, 12 de setembro de 2005.
-
TITIA
Por
Saul Alves Martins
Na
praça corre o zumzum
Que
é namorada de todos
Mas
não casas com nenhum.
Por
isso,
Nem
a poder de feitiço
Nas
malhas de teus engodos
Um
marido apanhas tu,
Marilu!
Namoraste,
em vão, trint´anos,
Mas
jamais Apolo quis
Minorar-te
os desenganos.
Coitada,
És
agora uma frustrada
Que
odeia quem é feliz.
Sorte
medonha tens tu,
Marilu!
Ficarás
velha e cansada,
Sofrerás
no caritó,
Ou
no barricão jogada,
Porque
Mereces
bem a mercê.
Volverá
na cara o pó
De
cuspo que lanças tu,
Marilu!
Belo
Horizonte, 12 de março de 1959.
-
-
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