quarta-feira, 23 de setembro de 2015

LOBOS & OVELHAS-klinger Sobreria de Almeida--METÁFORA DOS PASTORES E OVELHAS - Acróstico-reflexivo nº 6051 Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil





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METÁFORA DOS PASTORES E OVELHAS - Acróstico-reflexivo - Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil

6051-METÁFORA DOS PASTORES E OVELHAS
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Acróstico-reflexivo nº 6051
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
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Texto-Lobos Versus Ovelhas
Klinger Sobreira de Almeida
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M-Mais um cenário real proposto à reflexão
E-Extraordinária sobre o objetivo comum da
T-Tranquilidade Pública e Defesa Social,
Á-Aliadas ao Sistema Nacional do Brasil,
F-Finalidade imprescindível para despertar
O-O pleito que seria aprovado pelo cidadão
R-Respeitado nas organizações de todas
A-As esferas estatais, municipais e locais,
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D-Dentro da harmonia, interação e sinergia sem
O-O egoismo corporativista, para encontrar
S-Soluções, em prol da Ordem Progresso do país.
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P-Para o escritor Rubem Alves, a Bíblia Sagrada
A-Apresenta o [Bom Pastor, em paz com as ovelhas]
S-Serenas... mas, na atual conjuntura brasileira,
T-Tudo está invertido: o POVO ( que representa
O-O rebanho) vive preso amedrontado nas suas
R-Residências, sem direito da liberdade de ir e vir,
E-Enquanto os LÍDERES soltos são os lobos ferozes,
S-Sob o pastoreio de marginais de várias periferias...
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E-Estão a atender solicitações de comandos externos.
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O-O experiente Nelson Rodrigues soube prever
V-Verdadeira resposta do fracasso do Poder...
E-E a Política segue a cultura da Razão Cínica.
L-Lendo Klinger S. de Almeida, recentemente, ainda,
H-Hoje, vê a saída com a Revolução Pacífica, é claro:
A-Ainda é TEMPO de despertar nossa poderosa NAÇÃO,
S-Servida por Pastores e Cajados com legislação realística.
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Belo Horizonte, quarta-feira, 23 de setembro de 2015.
http://www.recantodasletras.com.br/acrosticos/5392096
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Lobos versus Ovelhas

Klinger Sobreira de Almeida(*)

     Abalado com o assassinato de um amigo, o saudoso Rubem Alves, ancorado em passagem bíblica, produziu uma de suas magníficas crônicas: MANSAMENTE  PASTAM  AS  OVELHAS. Nela, reporta à figura do pastor, e seu cajado, a proteger o rebanho contra a investida dos lobos que haviam escapado ao enjaulamento. Tal a tranquilidade, que o pastor tocava sua flauta.  Desse cenário, o cronista tece sua metáfora: povo = ovelha; delinquente = lobo.

     Hodiernamente, neste nosso Brasil, as coisas estão invertidas. O povo – o rebanho de mansas ovelhas - não mais pode exercer qualquer atividade. Tem que se enjaular nos condomínios, nas casas... Porém, mesmo assim, acautelado e temeroso, sofre arrastões violentos ou a ação audaciosa dos marginais – os lobos ferozes que roubam, matam, estupram... Fazem-no porque estão soltos, não são enjaulados como deviam. Ficam livres, armados e perambulando, para inquietar, atacar, trucidar... Se recolhidos a algum presídio, permanecem pouco tempo, logo saem sob o guarda-chuva das benevolentes leis. E o pior: no pouco tempo de permanência, os líderes – os lobos mais sanguinários - dão ordens do interior da prisão, organizam e definem missões, e comandam as grandes ações externas.

     E onde se encontram nossos “Pastores com seus Cajados”(polícia, justiça criminal, sistema prisional...)? Por que não protegem as ovelhas e atacam os lobos?
A resposta, recorrendo a Nelson Rodrigues, é de uma obviedade ululante. O Estado fracassou.  A política – os que empolgaram o poder – norteou-se nos últimos decêndios pela cultura da razão cínica. Nesse atoleiro moral, criou-se uma falaciosa concepção de que o delinquente seria a vítima da sociedade, e a ele toda glória, toda piedade, toda complacência... No topo dessa premissa, o legislador inconsequente esgarçou e esburacou a lei processual penal: fim da prisão preventiva obrigatória nos crimes graves, e, após a pronúncia, dos réus do júri. À tona, institutos da progressão de pena com critérios difusos e uma absurda unificação. Nas sombras, um Código de Execução Penal que inviabilizou a ordem e a disciplina nos presídios, e incentivou a corrupção deslavada. À luz, um Estatuto que incentiva o adolescente à prática delituosa e o seu aproveitamento pelo crime organizado. Em suma, um edifício legal de proteção ao criminoso e sua família. Às vítimas, nada! No coroamento: Sacralizou-se a delinquência (a matilha de lobos) e demonizou-se os pastores (mormente a polícia).

No contexto dessa malha, produto da cultura da razão cínica, o Sistema Nacional de Segurança Pública é uma ficção, salvando-se os esforços isolados de alguns nichos das corporações policiais. Sem ideia de um sistema harmônico e convergente nas ações de proteção à população, prevalece o egoísmo corporativista. Armas de guerra, drogas e contrabando fluem por nossas fronteiras terrestres e pelo extenso litoral desguarnecido, abastecendo o rendoso mercado do crime.

     O que fazer? Uma revolução – pacífica, é claro! – para que as ovelhas, sob a égide dos pastores, possam voltar a pastar mansamente. Para tanto, precisamos promover uma reengenharia visceral no sistema político. Afastar pelo menos 50% dos que aí estão governando e legislando nas três esferas estatais. Rever, com prioridade, as leis que ensejaram essa “orgia dos lobos ferozes”: o Código Penal e, principalmente, revigorar o processo penal (inclusive, destravá-lo das mutretas) e reformular completamente a lei de execução, erradicando a mixórdia que faz dos presídios uma “Casa da Mãe Joana” (O “Lobo Feroz”, enquanto não domesticado, lhe é defesa a liberdade!). Erigir um Sistema Nacional de Defesa Social em que as organizações, em todas as esferas estatais, atuem interativas, harmônicas e sinergicamente – sem egoísmo corporativista! - em prol do objetivo comum: Tranquilidade Pública e Paz Social. Nessa remodelação é imprescindível reforçar a malha protetora, criando um Corpo de Polícia de Fronteiras e uma Guarda Costeira, que visem estancar a livre entrada de armamento de guerra para a bandidagem, toneladas de tóxicos e contrabando generalizado.

     O que se quer? E qualquer cidadão assinaria este pleito: (1) que o Estado – representado pelos Pastores e seus Cajados – estruture legislação realística, sistema de defesa social, justiça criminal, sistema prisional... todos eficazes e efetivos; (2) que as ovelhas – o povo brasileiro – possam pastar mansamente, isto é, o cidadão se sinta protegido para  trabalhar, estudar, passear, divertir ou exercer qualquer atividade, sabendo-se  resguardado dos lobos ferozes (os delinquentes); (3) que os lobos ferozes – os delinquentes - sintam o aguilhão da lei e sejam enjaulados para fins de domesticação (sistema educacional nos presídios), respeitem e temam a força policial.
Oh, Brasil, ainda é tempo de despertar!

Klinger Sobreira de Almeida, Militar Ref./PMMG

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