-
SONETO À VERDADE-FRATERNIDADE: Imposição Cósmica
-
Noneto-Poético Nº 100-Soneto nº 6.653
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil
-
Fraternidade humana vai além...
Amor de sangue nasce em mesmo lar!
Revelação é vasta, em fé, também
a Boa Nova exige interna luz solar.
-
A limitada mente tem, porém
primordial visão, que pode amar
a humanidade-irmã e sem desdém,
vê solução que ao outro faz doar.
-
Sem distinção ajuda, sem problema;
por intuição escolhe a trilha certa;
cósmica força enfoca o Bem do lema.
-
O Mandamento ensina:_Estenda as mãos!
"Amai a todos." Tenha a mente aberta.
Todos os homens são, portanto, irmãos.
-
Belo Horizonte, MG, Brasil, março de 2018.
Email:clubedalinguaport@gmail.com
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2018/06/6706-soneto-verdade-fraternidade-soneto.html
-
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto). Email:clubedalinguaport@gmail.com
-
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6290178
-
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2018/06/6706-soneto-verdade-fraternidade-soneto.html
-
Rastreando a Verdade (LXV)
FRATERNIDADE→Imposição Cósmica
Buda, quando lhe
perguntavam qual seria a causa primeira, costumava, às vezes, silenciar, ou era sintético na resposta: “A mente humana é limitada para compreender
o ilimitado”.
Com efeito, o
ilimitado é infinito. Nós, humanos, situamo-nos no finito. Alguns, de mente arejada,
têm a percepção da vastidão cósmica – infinita em seus mistérios nebulosos,
difusos e, ocasionalmente, revelados. A capacidade intuitiva, alicerçada na fé,
enseja a exploração metafísica.
O filósofo Gabriel
Marcel, citado por Vamberto Morais (Parábolas Para Nosso Tempo), focou clara
distinção entre problema e mistério – “O
problema é algo que pode ser resolvido de fora, objetivamente, como uma questão
de ciência ou matemática (...) Já o mistério exige uma participação interna, um
engajamento que, como a parábola e a linguagem simbólica, pertence ao nível da
visão intuitiva”. Na linha especulativa do autor há indagações que só
encontram respostas no campo da revelação ou do voo intuitivo: Qual a origem e o
sentido da vida? Em que consiste o Ser e o Ter? Qual a natureza do Amor – força
regente do universo? E essa Força Primordial – Criadora Incriada – denominada
Deus, ou Allah, ou Brâman?...
Nestes exemplos alinhavados,
acrescentaríamos a questão da fraternidade, termo que vem do latim “frater” – irmão. Portanto, sinônimo de
irmandade.
À primeira vista,
fraternidade seria de compreensão simples: – solidariedade e amor entre irmãos
de sangue. Isto implica em apoio mútuo. Benevolência no trato comum.
Indulgência diante de falhas. União inquebrantável na boa ou na má fortuna.
Filhos dos mesmos pais têm esse dever indeclinável por laços indissolúveis de
família. Na verdade, neste enfoque, há uma situação fática de solução objetiva
que não admite desvios. Se porventura, estes ocorrem, a censura social é
implacável: o irmão malvado que abandonou
o irmão na má sorte; o abominável irmão fratricida; o irmão que subiu na vida e
olvidou os demais; o irmão que se assenhoreou de todos os bens...
Acima da visão
reducionista, fraternidade humana transcende o enfoque meramente familiar.
Situa-se no campo do mistério cósmico. Os grandes avatares que, de tempos em
tempos, caminham pelo orbe terrestre nos dão a luz: Khrisna, Buda, Lao-Tsé... E
também os filósofos de elevação espiritual: Sócrates, Platão, Plotino... O ser
humano é, em essência, alma imortal, e esta vem de uma mesma origem. Somos
todos criaturas criadas no âmbito do Uno Indefinível – irmãos na dimensão
cósmica.
O Mestre dos
Mestres – Jesus, o Cristo – foi o que, num simbolismo metafórico, nos ofereceu
o melhor entendimento sobre o tema. Lendo, com espírito aberto, a Boa Nova, a
verdade emerge cristalina. Reportemo-nos à prece dominical: PAI NOSSO. Duas
palavras que dizem tudo sobre Deus e os homens: Ele, o Pai; a humanidade, os
filhos – Pai único; irmandade humana. Esta clareza é reafirmada e reprisada ao
longo da Boa Nova. Pincemos a pergunta dos saduceus sobre os mandamentos e a
sábia resposta: Amarás a Deus sobre todas
as coisas, e ao próximo como a ti mesmo (Mt 22:34-40).
O próximo, qualquer
que seja sua condição social – mendigo, miserável, faminto, analfabeto,
prisioneiro... – é meu irmão; seu irmão; nosso irmão. Cabe-lhe, caso você
esteja num alto pedestal, ou não, tratá-lo com justiça, solidariedade,
compaixão e misericórdia. Estender-lhe as mãos. Praticar o altruísmo sem
distinção.
A visão intuitiva –
assentada nas revelações e especulações filosófico-metafísicas – aponta uma
inferência incontrastável: a humanidade é um conjunto de irmãos – filhos de um
mesmo Criador. FRATERNIDADE→Imposição Cósmica.
Klinger Sobreira de
Almeida – Mil. Ref.
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário