terça-feira, 18 de setembro de 2018

SONETO LXX (70)À VERDADE: DEVER CUMPRIDO FAZ FELIZ - Noneto-Poético Nº 121-Soneto nº 6.737 Interação com Klinger Sobreira de Almeida Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil

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SONETO LXX (70)À VERDADE: DEVER CUMPRIDO FAZ FELIZ
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Noneto-Poético Nº 121-Soneto nº 6.737
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil
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Dever cumprido busca nesta terra
a obrigação moral, vontade interna;
leva a ascensão finita que hora encerra:
quem fecha os olhos para a vida eterna.
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Força ilusória infla o ego que erra,
mas o trabalho da Família terna,
na Caridade, a injustiça cerra;
a honestidade impede tal baderna.
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Mestre dos Mestres traz lição ao Ser:
_"Sede perfeitos, como o Pai" na mente;
na Voz Divina mostra Seu Poder.
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Toda a potência humana à Luz bendiz!
Viver impõe Amar, na Lei Regente:
_Cumprir deveres faz sentir feliz.
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Belo Horizonte, MG, Brasil, setembro de 2018.
Email:clubedalinguaport@gmail.com
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2018/09/soneto-lxx-70a-verdade-dever-cumprido.html
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Prezados confrades e confreiras,
Felicidade?! Busca incansável de todo Ser Humano. O tema LXX tenta ajudar com uma senha: DEVER CUMPRIDO→Sentimento de Felicidade.
Saudações Rosianas,

Klinger Sobreira de Almeida, Cel. PM Ref.
Presidente Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG
Membro Correspondente Academia Valadarense de Letras
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Rastreamento da Verdade (LXX)
DEVER CUMPRIDO→Sentimento de Felicidade
Não conheço senão duas coisas belas no universo: o céu estrelado sobre nossas cabeças e o sentido do dever.” (Immanuel Kant – Crítica da Razão Pura)
Nascer – desabrochar do ventre de uma mulher – marca um instante sublime na trajetória cósmica da Alma. Inicia-se, na dimensão temporal, a travessia humana.
É oportunidade de participação. Se bem aproveitada: realização, construção, ascensão. Mal aproveitada: estagnação ou involução; acumulação de débitos a resgatar.
Tudo isso se situa num tempo finito. Fugaz. Efêmero. A morte, essa falência do corpo – retorno da Alma aos páramos incognoscíveis! – chega inexoravelmente. Dá um ponto final à travessia. É a hora da inquirição íntima. Sim! Questionamento, pois apenas o corpo se foi, e desintegrará. A Alma, individualizada, continua viva. Vendo, escutando, e olhando-se em profundidade, sem os limites da prisão corporal.
E aí, meu amigo! Minha amiga! O momento da prestação de contas. A quem? À consciência. E esta é implacável.
O que fiz durante minha jornada terrena?  Deixo-a melhor do que entrei? Atuei na linha da caridade? Ou fui egoísta, vaidoso, desidioso, semeei injustiças???
Esta introdução nos serve de reflexão, mormente considerando que todos nós – os viajores terrestres – estamos passageiros. Portanto, quando refletimos na trajetória cósmica da Alma e sobre a fugacidade do momento, sempre é tempo de ajustar-se, corrigir desvios...
Neste contexto de profundidade reflexiva, talvez seja bom rever o conceito de DEVER. É obrigação que se impõe; e não, simples faculdade. Falhando-se no Dever, falha-se na vida. Perde-se na travessia. Desperdiça-se a oportunidade.
Viver consiste em cumprir um “Conjunto de Deveres” lastreados na Lei Regente do Universo: o AMOR. Dever de fraternidade e solidariedade. Honestidade em todas as situações e circunstâncias. Trabalho construtivo. Justiça social. Edificação de família moralmente sadia. Indignação diante dos desvios nocivos (corrupção, escravização do ser humano, enriquecimento ilícito...). Exemplo e correção de atitudes...
Viver, na convocação do Mestre dos Mestres – Jesus – é busca da perfeição: “Sede vós, pois. perfeitos, como é perfeito o vosso Pai que está nos céus.” – Mt:5-48
Com efeito, a caminhada no cumprimento do dever, num mundo de atrações ilusórias, não é fácil. A cada ponto um atrativo, uma visão extasiada com os prazeres ofertados, uma cilada, o “canto da sereia” – o ego infla-se, a vontade dobra-se às fantasias exuberantes, mas falaciosas... Queda!
O ser humano, com a potência da inteligência, traz, dentro de si, uma Centelha Divina. Esta, dependendo da capacidade de discernir, pode despertar em luz. Então, o claudicante nos Deveres, buscará o reerguimento. Retomará a ascensão.
O momento glorioso da vida é aquele em que, olhando-se, o homem pode dizer, a cada passo, em tranquilidade de consciência: DEVER CUMPRIDO, e sentir-se feliz.

Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref/ Membro ALJGR/PMMG

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