sexta-feira, 17 de maio de 2019

RAIMUNDO FAGNER - CANTEIROS


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CANTEIROS
FAGNER...

Quando penso em você Fecho os olhos de saudade Tenho tido muita coisa Menos a felicidade Correm os meus dedos longos Em versos tristes que invento Nem aquilo a que me entrego Já me dá contentamento Pode ser até manhã Cedo, claro, feito o dia Mas nada do que me dizem Me faz sentir alegria Eu só queria ter do mato Um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros E esconder minha tristeza E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza E deixemos de coisa, cuidemos da vida Pois senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço Sem ter visto a vida Eu só queria ter do mato Um gosto de framboesa Pra correr entre os canteiros E esconder minha tristeza E eu ainda sou bem moço pra tanta tristeza E deixemos de coisa, cuidemos da vida Pois senão chega a morte Ou coisa parecida E nos arrasta moço Sem ter visto a vida É pau, é pedra, é o fim do caminho É um resto de toco, é um pouco sozinho É um caco de vidro, é a vida, é o sol É a noite, é a morte, é um laço, é o anzol São as águas de março fechando o verão É promessa de vida em nosso coração


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