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6926-IRA-Trilha do Caos [96] Rastreando a Verdade
-Noneto nº 156 - Soneto 6925
Por Silvia Araújo Motta/BH/MG/Brasil
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
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O ser humano irado engendra o mal,
dá o repentino ataque, num segundo,
pode causar estrago, bem brutal;
atos de ofensa dão pesar profundo.
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As emoções do ser mostram sinal
da consciência frágil, neste mundo
ressentimentos, mágoas, em geral
provocam ira, fúria e ódio imundo.
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Via de regra tem nocivo efeito;
leva à prisão ou causa a própria morte;
na corrupção, nos vícios, tem defeito.
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Para o controle, basta o peito aberto,
bússola aponta, trilha para o norte.
Quem doma a ira, segue rumo certo.
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Belo Horizonte, MG, Setembro/2019.
Email:clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6748224
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com/2019/09/6926-ira-trilha-do-caos-96-rastreando.html
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Metodologia dos SONS fortes deste Soneto:
(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto).
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Rastreamento da Verdade (XCVI)
IRA → Trilha do Caos
“Deixa
a ira, e abandona o furor, não te indignes para fazer o mal.”
Sl 37:8
No quadro da geografia psíquica do Ser, as
emoções constituem o balizador das atitudes nos relacionamentos e diante de
todas às circunstâncias ao longo da travessia.
Em linguagem metafórica, diríamos que as
emoções, no amplo espectro dos sentimentos, são “bússolas” que podem indicar
rumos certos ou caminhos equivocados.
Quem maneja a bússola e regula o azimute, buscando a rota desejada? O
portador! Este definirá rumo e operacionalizará o instrumento. Se algo der
errado, a rota se perde.
As emoções existem para a dinâmica dos
sentimentos. Regula-os em conformidade aos caminhos desejados pelo homem. Este
é o senhor, o dono. Todos têm consciência dessa supremacia? Não! Muitos, ao
invés de senhores, são dominados – autênticos escravos das emoções. Preferem, no
império do livre-arbítrio, ceder. Autômatos, curvam-se ao turbilhão interior.
A Ira, nos primórdios da Igreja Católica,
entrou na composição dos sete pecados capitais: Orgulho, Inveja, Avareza,
Luxúria, Gula, Preguiça e... Ira. Ou
seja, segundo os teólogos, vícios matriciais que os cristãos deviam combater
para evitar a perda da vida.
A Ira, sentimento inato (não há como
extingui-lo!), quando emerge em voragem emocional, sem controle, pode causar
grandes estragos, pois seus derivados têm o poder do ataque repentino, ou a
permanência para engendrar o mal: mágoa, raiva, ódio, ressentimento, fúria,
cólera, vingança... São variantes que desembocam, de imediato ou na preparação
temporal e oportuna, em atos de ofensas morais ou físicas, perseguições,
traições, injúrias, calúnias, difamações e até assassinatos.
Via de regra, e isto é inexorável, a Ira
descontrolada, que pode atingir o “outro”, retorna em efeito boomerang. Os Irados sofrem o abandono
dos bons; costumam cair em sérias dificuldades ou mesmo na miséria material
e/ou moral; não raras vezes, a violência também os encontra; morrem cedo ou
acabam na prisão...
Não havendo como extinguir o sentimento de
Ira, cabe ao indivíduo manifestá-lo, sob controle, quando conveniente, em
situações que exigem coragem, indignação... Por exemplo: a corrupção que se
alastrou nas camadas dirigentes (políticos, empresários etc), exige a
indignação do cidadão de bem; escrever, difundir protestos, participar de
movimentos legais que exijam perda de mandato, modificação das leis casuístas...
Como controlar a Ira? Como utilizá-la tão
somente para situações construtivas? Primeiro, ter consciência de que é
um frágil diante desse sentimento. Segundo, entender seu efeito
destrutivo. Terceiro, saber de seu retorno nocivo e querer elevar-se.
Nesse tríplice entendimento, o Indivíduo Irado
(alguns se gabam de “não levar desaforos”, “ser estopim curto”, “impiedoso na
vingança” etc), deverá buscar os ambientes de calma, o convívio com a natureza;
habituar-se a leituras amenas e instrutivas; dedicar um tempo a ouvir músicas
suaves; evitar a agitação das rodas do álcool e outras drogas; selecionar um
círculo de amizades que agregam no bem.
Em suma, vamos manejar a “bússola das
emoções” para direcionar a travessia humana no rumo certo. Domar a IRA! Evitar
a “Trilha do Caos”!
Klinger Sobreira de Almeida – Militar
Reformado/Membro ALJGR/PMMG
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