sábado, 14 de abril de 2018

SONETO À VERDADE:59-ÁGUA É VIDA - Noneto-Poético Nº 103-Soneto nº 6.658 Interação com Klinger Sobreira de Almeida Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil

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SONETO À VERDADE:59-ÁGUA É VIDA
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Noneto-Poético Nº 103-Soneto nº 6.658
Interação com Klinger Sobreira de Almeida
Por Silvia Araújo Motta/BH/Brasil
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Tema complexo, basta só pensar!
Água salgada é farta em sua essência,
mas água doce pode sim, faltar;
essa ameaça aflora, com frequência.
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No Continente pode-se provar
que a escassez requer melhor gerência;
se a natureza, a fonte faz jorrar,
descaso humano vem gerir carência.
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O desperdício está ligado ao Ser,
com inadequado uso em toda idade.
Crise virá e o mundo vai sofrer.
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A sede mata; traz razão vencida,
incontestável! Útil, é verdade...
-Não se discute:_Água pura é Vida.
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Belo Horizonte, Minas Gerais, abril, 2018
https://academiadeletrasdobrasildeminasgerais.blogspot.com.br/2018/04/soneto-verdade59-agua-e-vida-noneto.html
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(*)Soneto-Clássico-sáfico-heroico; com sílabas fortes na 4ª, 6ª, 8ª e 10ª sílabas - Rimas: ABAB, ABAB, CDC, EDE; Noneto com 9 solos: jogral-teatral-toante-cantante-poético: CORO:Rimas: AACEE-somente uma voz com apenas 5 instrumentos musicais . SOLOS: Rimas: BAB-BAB-DC-D-9 vozes acompanhadas por solos de instrumentos musicais. (Noneto musical criado por Villa Lobos). (Noneto poético recriado por Silvia Araújo Motta). Mensagem conclusiva no 14º Verso (Último do segundo terceto). Email:clubedalinguaport@gmail.com
https://www.recantodasletras.com.br/sonetos/6308499

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MENSAGEM DO PRESIDENTE



Prezados confrades e confreiras,

De 18 a 23 de março p. passado, realizou-se em Brasília, o 8º Fórum Mundial da Água, encontro trienal que pretende conscientizar as nações sobre a questão da escassez desse bem precioso à vida, que já vem ocorrendo com certa intensidade, inclusive no Brasil.

A Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e a Associação Mundial para a Água vêm estudando o problema e alertando os governos para sua gravidade. A escassez de água comprometerá, inevitavelmente, a vida no planeta.

A realização do 8º Fórum agitou a imprensa mundial e, em especial, a brasileira, que, acompanhando os temas do encontro, foi farta em desnudar a gravidade da ação predatória das reservas doces de superfície e dos aquíferos.

Os assuntos tratados e ventilados à saciedade durante o fórum comportariam um extenso livro. Certamente, nossos políticos (os que nos governam), as empresas e entidades foram sensibilizados. É o que esperamos!

Teilhard de Chardin  - cientista, filósofo e religioso – numa de suas monumentais palestras na década de 1940, dizia que o dom da reflexão, inerente ao homem, acarreta por si mesmo duas temíveis propriedades: “a percepção do possível e a percepção do futuro”.

O que acontecerá com as fontes de água? Se a irresponsabilidade continuar no trato com a água, qual o futuro reservado aos nossos descendentes?
Entendemos de bom alvitre, dentro do modelo sintético que adotamos na série Rastreando a Verdade, abordar a questão fundamental para o futuro da humanidade, porquanto a ninguém é dado ignorá-lo. Eis o tema LIX: ÁGUA→É Vida.

Se alguém se interessar, ou sensibilizar-se, a literatura é vasta.

Saudações Rosianas,

Klinger Sobreira de Almeida – Cel. QOR
Presidente Academia de Letras João Guimarães Rosa/PMMG
Membro Correspondente Academia Valadarense de Letras
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Rastreamento da Verdade(LIX)
ÁGUA→É Vida
“Milhares viveram sem amor, mas ninguém jamais viveu sem água.”(Auden)
O poeta anglo-americano, no seu lirismo, enunciou uma verdade cediça.
Ao se perscrutar os planetas distantes a milênios de anos-luz, o primeiro indício de vida é a água. Se não há água, não se cogita de vida.  
A água ensejou o surgimento da vida na Terra, que contém 1.400 bilhões kmdo bem: 96,5%, salgada; 1,7%, geleiras; 1,68%, subterrâneas; 0,013%, lagos e rios.
Na ótica mundial, a água é abundante. Seu estoque, renovável e estável. Prima facie, não se corre o risco de esgotamento. As fontes de água aproveitável, fundamental à atividade agropastoril, industrial e consumo, estão adstritas a fatores naturais ou engendrados pela conduta humana – ditada ora pela irresponsabilidade, ora pela ignorância, ora pela ganância... E a escassez aflora com frequência!
Um fator primal: a desigual distribuição geográfica das fontes. Há regiões, no Oriente Médio e Oceania, plenas em carência, que recorrem ao custoso modus operandi da dessalinização. Outro: as ondulações climáticas que provocam prolongadas secas.
Todavia, o fator mor é o baixo nível consciencial da maioria humana. De um lado, a omissão ou despreparo de grande parte dos governantes: miopia administrativa, demagogia, quando não a escancarada corrupção. De outra parte, a atuação predatória individual, coletiva, empresarial... Acresce-se a isto, o desperdício generalizado provocado pelo sentimento da fartura aliado à gratuidade, ou quase, no uso.
Tema complexo! Tão somente uma análise local - o Brasil - que, do potencial de água superficial doce, detém 13%, em contraste com seu percentual de população mundial: 3%. Desse imenso volume, estudos indicam o destino da água utilizável para consumo: 67%, agricultura; 11%, pecuária; 9,5%, indústria; 8,8%, abastecimento urbano; 2,4%, abastecimento rural; 0,8%, mineração; 0,3%, termoelétricas.
Teremos crise de abastecimento de água no Brasil? Teremos, não! Já temos sérias crises que tendem ao agravamento. Grandes cidades, como São Paulo, Brasília e outras, estão sob constante ameaça de racionamento. Por quê?
(1) distribuição: 81% disponibilidade hídrica concentra-se na Amazônia;
(2) desperdício sistemático: deseducação do topo às bases;
(3) poluição: uso indiscriminado de pesticidas, herbicidas, fungicidas etc; além disso, a volúpia do lucro acarreta atividades perigosas sem cautelas de proteção (vide desastre ecológicos nos rios e mares – v.g, rompimento barragem Mariana).
(4) ausência de saneamento: lançamento direto de esgotos em rios e lagos;
(5) descuido secular: despojamento das matas ciliares nas nascentes e cursos d´água (v.g, Rio São Francisco, castigado pelo desmatamento de 98% de suas margens e poluição incessante, tem hoje metade do volume d’água de trinta anos atrás).
 Paradoxalmente, apesar da abundância – superfície e aquíferos – o Brasil sofre e caminha ao padecimento da escassez. Salvo poucas nações, não estamos sozinhos nessa irresponsabilidade/ignorância/ganância.
Se ÁGUA É VIDA – verdade incontestável – o proceder do passado, seguido hoje, dará uma entrega terrível aos nossos descendentes. Despertemo-nos!

Klinger Sobreira de Almeida – Mil. Ref/Membro ALJGR/PMMG



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